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Quando se fala em vetar o financiamento de campanhas por parte de empresas, sem limites, há uma resistência de muitos políticos, partidos e parte da mídia. Entende-se. O financiamento de campanhas aqui, como a lei prevê atualmente, equivale a uma espécie de "compra" de muitos mandatos. Isso torna o parte do Congresso um aglomerado de bancadas privadas. Só que não tem bancada nas duas Casas, na Câmara e no Senado é o cidadão.O perfil conservador e corporativista (empresarial) do Congresso vem dessa deformação que de democrática nada tem. O legislador vira uma espécie de "funcionário", sem carteira assinada, dos grupos econômicos. Simples: o empresário que apostou milhões na campanha do elemento-candidato, sempre aparece na hora certa para cobrar a "dívida". É business. Não se pode afirmar que o caso acima é o caso. Mas que é estranho um setor que é campeão de reclamações da população ganhar esse mamão com açúcar, lá isso é. Uma reforma eleitoral é praticamente impossível já que dependerá sempre dos votos dos mesmos sujeitos. Isso faz lembrar que o Brasil perdeu grande oportunidade de renovação ao não fazer a Constituinte exclusiva em 1988. Falta limitar reeleições de deputados e senadores, falta possibilitar candidaturas independentes (partidos impedem candidaturas e até "vendem" legenda), falta vergonha, enfim. O governo é contra o mimo de Páscoa para os planos de saúde, um verdadeiro chocolate, mas e daí? O governo, como se vê, não tem maioria nem poderes sobre as bancadas setoristas quando chega a "fatura".
3 comentários:
Nunca um governo teve tanto poder no congresso para reformular ou fazer as reformas necessárias a este país. Mas ele não quis, mesmo criando o mensalão.
Nunca um governo teve tanto poder no congresso para reformular ou fazer as reformas necessárias a este país. Mas ele não quis, mesmo criando o mensalão.
A piada é que esse Congresso que fazer CPI de propaganda, os caras não querem nem que investiguem os encandalos em que estão envolvidos. Querem escolher com cuidado o que vão investigar e até onde vão. E o povo não é babacsa, tá vendo isaso
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