A notícia de que a revista chilena Ya
decidiu parar de publicar fotos com retoques é um exemplo que deveria ser
seguido por veículos de comunicação impressa do mundo inteirou. A direção da
revista tomou a decisão depois de concluir que “falsear uma foto não é diferente
de mentir sobre um fato ou omitir um detalhe de uma notícia". É mesmo e
quem me acompanha sabe que nunca
fui favorável ao excessivo uso de photoshop, especialmente em fotojornalismo
que precisa documentar e mostrar a imagem como ela é. Em fotos de publicidade
e de moda o uso de retoques (sem os exagerados excessos cometidos normalmente) é
até compreensível, mas ainda assim é melhor que seja dada ao consumidor e ao
leitor uma imagem verdadeira e sem mentira, ou seja, sem que a verdade esteja
maquiada. Uma dos principais ensinamentos e recomendações do jornalismo é buscar
a verdade, mas enquanto a imprensa
continuar mentindo nas imagens a verdade estará sempre incompleta. É como se faz
também nos estúdios musicais com os computadores embelezando, modulando e afinando
a voz de cantores que mal sabem cantar e, portanto, enganam o público com uma
voz tão falsa quanto é uma imagem retocada exageradamente em revistas. Falar e
mostrar a verdade em qualquer coisa na vida é fundamentalmente não mentir
nadinha. Deixemos as mentiras para os especialistas, ou seja, os políticos. (Eli
Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário