terça-feira, 1 de abril de 2014

“Em Família” tem muitos assuntos para discutir com a família brasileira

por Eli Halfoun
Faz parte do esquema de novelas (e os autores seguem a risca) incluir assuntos que promovam discussões e sejam bons exemplos. “Em Família” não foge da fórmula e embora ainda sem muita repercussão coloca em discussão assuntos interessantes e importantes: 1) o Mal de Parkinson mostrado através do personagem interpretado por Paulo José que sofre da doença na vida real está servindo para acabar com alguns tabus e mostrar que vítimas do mal de Parkinson devem ser tratadas com naturalidade e que podem (devem) levar uma vida produtiva normal mesmo sabendo que sofrem de um mal sem cura. Na verdade quem convive com portadores da doença é que precisa aprender a conviver com eles sem exagerados cuidados e com a máxima naturalidade como faz a família de Helena e Virgílio; 2) outro tema que promete necessárias discussões é o do envolvimento de Clara (Giovana Antonelli) e Marina (Tainá Muller. Envolvimentos afetivos femininos já são praticamente normais na sociedade e precisam ser aceitos sem muitas restrições e preconceitos e não só da parte das envolvidas; 3) outra doença também está como alerta na novela. É a de Cadu mostrando a necessidade de fazer sempre exames preventivos que ainda é a melhor forma de evitar que as doenças apareçam e se agravem.  4) O alcoolismo de difícil tratamento também está sendo colocado na novela e tratado com apoio do AA que é uma espécie de bloqueador para os que não sabem e não conseguem livrar-se da bebida, que é inclusive o mais difícil tratamento de dependência química: depende muito mais do paciente do que de qualquer outra coisa, mas o apoio de familiares ao tratamento é fundamental como mostra a personagem Luisa; 5) o galpão que Laerte e Verônica transformaram em centro cultural é um bom exemplo para os governos de todos os estados e municípios. Não existem números oficiais, mas é válido prever que, por exemplo, o Rio (tanto município quanto estado) tem dezenas de galpões abandonados e que seriam de grande utilidade se houver um esforço geral de transformá-los em galpões de arte. A arte é a mais bela maneira de tirar quem que seja dos caminhos que até agora só tem tido a violência como péssimo exemplo - um exemplo inútil e criminoso. (Eli Halfoun)

Um comentário:

Bruna disse...

Essa novela é uma das piores que já vi. Torcendo pra que acabe logo.