por Eli Halfoun
Faz parte do esquema de novelas (e os
autores seguem a risca) incluir assuntos que promovam discussões e sejam bons
exemplos. “Em Família” não foge da fórmula e embora ainda sem muita repercussão
coloca em discussão assuntos interessantes e importantes: 1) o Mal de Parkinson
mostrado através do personagem interpretado por Paulo José que sofre da doença
na vida real está servindo para acabar com alguns tabus e mostrar que vítimas
do mal de Parkinson devem ser tratadas com naturalidade e que podem (devem)
levar uma vida produtiva normal mesmo sabendo que sofrem de um mal sem cura. Na
verdade quem convive com portadores da doença é que precisa aprender a conviver
com eles sem exagerados cuidados e com a máxima naturalidade como faz a família
de Helena e Virgílio; 2) outro tema que promete necessárias discussões é o do
envolvimento de Clara (Giovana Antonelli) e Marina (Tainá Muller. Envolvimentos
afetivos femininos já são praticamente normais na sociedade e precisam ser
aceitos sem muitas restrições e preconceitos e não só da parte das envolvidas;
3) outra doença também está como alerta na novela. É a de Cadu mostrando a
necessidade de fazer sempre exames preventivos que ainda é a melhor forma de
evitar que as doenças apareçam e se agravem.
4) O alcoolismo de difícil tratamento também está sendo colocado na
novela e tratado com apoio do AA que é uma espécie de bloqueador para os que
não sabem e não conseguem livrar-se da bebida, que é inclusive o mais difícil
tratamento de dependência química: depende muito mais do paciente do que de
qualquer outra coisa, mas o apoio de familiares ao tratamento é fundamental
como mostra a personagem Luisa; 5) o galpão que Laerte e Verônica transformaram
em centro cultural é um bom exemplo para os governos de todos os estados e municípios.
Não existem números oficiais, mas é válido prever que, por exemplo, o Rio (tanto
município quanto estado) tem dezenas de galpões abandonados e que seriam de grande
utilidade se houver um esforço geral de transformá-los em galpões de arte. A
arte é a mais bela maneira de tirar quem que seja dos caminhos que até agora só
tem tido a violência como péssimo exemplo - um exemplo inútil e criminoso. (Eli
Halfoun)
Um comentário:
Essa novela é uma das piores que já vi. Torcendo pra que acabe logo.
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