“O início de um novo tempo” - a frase
do último capítulo de “Saramandaia” define bem a intenção de Dias Gomes quando
escreveu a novela original que a partir de um realismo fantástico foi uma
tentativa de renovar a cartilha dos folhetins. Na versão livre escrita agora o
autor Ricardo Linhares manteve o mesmo espírito renovador e se permitiu também
usar a realidade para escrever uma nova história e o início de um novo tempo. Linhares
foi buscar em acontecimentos atuais temas que estarão sempre em discussão e que
podem sim marcar uma nova era: pela novela passaram as manifestações (no caso
da novela para mudar o nome da cidade) o mensalão (tratado na novela como
mesadão proposto pelo ex-prefeito corrupto Zico Rosado e que como todos os políticos
envolvidos em corrupção “não sabia de nada”). A adaptação livre de “Saramandaia”
não conquistou a audiência que se esperava e não a conquistou muito mais pelo
tardio horário de exibição do que pela falta de qualidade que, aliás, não faltou
em “Saramandaia” tanto nos efeitos especiais quanto no capricho da produção e
no desempenho de um elenco que esteve perfeito em todos os momentos - tanto que
não é justo destacar um único trabalho: o time inteiro jogou coletivamente
muito bem entrosado. “Saramandaia” chegou ao fim deixando um saldo positivo
para a televisão de uma maneira geral. Só é de se lamentar que não tenha
conseguido a quantidade de público que realmente merecia. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Por melhor que tenha sido esse "remake"de Saramandaia não foi melhor do que o original.
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