por Eli Halfoun
Não se tem falado no assunto com
muita frequência e com entusiasmo (a mídia dá uma notinha aqui outra ali), mas
ainda assim especialistas em bastidores de futebol (ou seja, da mesma e suja
política que se instala em tudo nesse país) acreditam que o movimento de
jogadores timidamente chamado de “Bom Senso” conseguirá enfim mudar o
desgastante calendário do futebol brasileiro que parece estar mais preocupado
com arrecadação do que em permitir desenvolver um futebol de qualidade. A
mudança de calendário, ou seja, menos jogos e menos desnecessários campeonatos,
é um sonho antigo que deverá ao que tudo indica finalmente virar uma realidade
e que permitirá melhor desempenho dos atletas e maiores possibilidades para o
comparecimento da torcida aos estádios. Não há trabalhador (e atletas são
trabalhadores) que aguente uma exagerada carga horária de trabalho. Com tempo
para um melhor preparo físico e técnico os jogadores sofrerão menos contusões e
não estarão arriscados a encerrar por contas do desgaste físico suas carreiras
prematuramente. Os torcedores também serão beneficiados pelo necessário
(fundamental até bom senso): com o atual e exorbitante preço dos ingressos par
a realidade salarial do trabalhador brasileiro não há torcedor que tenha condições
financeira de ver todos os jogos de seu time, o que sem dúvida empobrece a
qualidade do espetáculo que tem na presença da torcida um motor humano que faz
o futebol ser ainda mais mágico e emocionante. Não é mais possível que dirigentes
esportivos continuem jogando a bola no meio do mato: a bola deve ser tratada com
carinho e com bom senso e não ser pisoteada como se costuma fazer também com a
torcida. (Eli Halfoun)
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