por Eli Halfoun
O fato de a Câmara dos
Deputados ter aprovado o fim do voto secreto não apagará a vergonha que foi a
não cassação do mandato do deputado-presidiário Natan Donadon. O fim do voto secreto,
que era uma exigência popular, foi com 452 votos não secretos. Termina assim a
possibilidade dos deputados se esconderem covardemente atrás de um vergonhoso
anonimato. O fim do voto secreto não
significa que os deputados que o utilizavam com frequência para não assumir
suas posições políticas e morais não continuem se “protegendo”: de agora em
diante teremos muitos deputados covardes faltando às sessões quando houver uma
votação importante e acompanhada com a atenção pelos eleitores. Haverá também,
note aí, muito deputado procurando um jeitinho de enganar o computador que registra
os votos no painel.
Mesmo com o voto aberto
nada mudará muito: a Câmara dos Deputados só começará realmente a mudar quando
nós, eleitores, tirarmos de lá todos, mas todos mesmo, os atuais deputados,
principalmente os que estão há anos sem fazer nada. Ou melhor: fazendo o que
mais sabem que é encher os próprios bolsos com dinheiro público. (Eli Halfoun)
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