por Omelete
Eram apenas 11h30 quando o "observador de manifestações" resolveu dar por concluida sua missão. Mas o Centro da do Rio permanecia agitado.
Algumas anotações no caderninho de um brasileiro que já participou de outros protestos, da luta contra a ditadura, passando pelas Direta-Já e o Fora Collor:
- Fiquei muito curioso com o grande número de manifestantes que carregam pesadas mochilas. Será que vão para alguma viagem? Ou levam um cobertor para o caso de eventualmente pegarem uma cana dura?
- Mais curioso ainda: as mochilas ficam lá fechadas, eles não abrem em nenhum momento. Se carregavam coquetéis molotov, não foram sacados até a hora em que estive lá.
- A maioria parece que está lá mais pela "emoção". Os mascarados quase não falam palavras de ordem ou "slogans revolucionários". O que mais se ouve é "vamos lá", "vâmo encarar", "vâmo esculachar".
- Latinha de cerveja não faltava. Afinal, é sábado.
- Na Visconde do Rio Branco, quando o grupo caminhava, sem correria, um mascarado falou pro outro: "o patrão tá gostando, nóis Brack Broc tirâmo os 'verme' do morro. O Choque tem que vir pra pista e deixa a Boca liberada". Tá aí: um novo subproduto das manifestações. Antes, a polícia já havia insinuado a presença de bandidos e gangues mas apenas no incentivo aos saques, assaltos e roubo.
- Comprovei que o "gigante" acordou. Mas diminuiu de tamanho, são agora minimanifestações.
- O número de mascarados, diante da determinação judicial que obriga a identificação, também mingou.
- No conflito da Presidente Vargas, os Black Bloc tiraram o time após a reação da PM. Por alguns minutos, sobrou para os manifestantes de cara limpa e faixas. Mas logo um comandante mais lúcido fez a polícia recuar. Ficou claro que o alvo principal eram os mascarados.
- Ficou claro também que o modelo de protestos dos anos 70, 80 e 90, foi-se. Daqui para a frente é provável que qualquer manifestação, digamos, organizada, tenha que conviver com a parcela convocada por redes sociais. Será difícil para qualquer liderança garantir o controle de passeatas. Como hoje, haverá bandeiras de movimentos sociais e múltiplas bandeiras da rede social. Uns tendem a se misturar com outros, a unidade é impossível. O que se vê é que na hora em que um mascarado tenta arrombar uma loja, os de cara limpa, muitos, pelo menos, afastam-se.
- Aliás, tudo indica que nem os Black Block sabem que são os Black Bloc. Uns queriam ir por uma ruas outro por outra. Volta e meia um deles tentava liderar um grupo e nem recebia muita atenção. Acabava desistindo.
- Entre os manifestantes, de preto, havia skin heads. Um deles, sem máscara, na Av. Passos, vestia uma camiseta com a suástica encoberta por um casaco preto e ameaçou um rapaz que tentou fotografar o símbolo nazista.
- Enfim, há mais coisas nas ruas do que supõe a vã sociologia...
Eram apenas 11h30 quando o "observador de manifestações" resolveu dar por concluida sua missão. Mas o Centro da do Rio permanecia agitado.
Algumas anotações no caderninho de um brasileiro que já participou de outros protestos, da luta contra a ditadura, passando pelas Direta-Já e o Fora Collor:
- Fiquei muito curioso com o grande número de manifestantes que carregam pesadas mochilas. Será que vão para alguma viagem? Ou levam um cobertor para o caso de eventualmente pegarem uma cana dura?
- Mais curioso ainda: as mochilas ficam lá fechadas, eles não abrem em nenhum momento. Se carregavam coquetéis molotov, não foram sacados até a hora em que estive lá.
- A maioria parece que está lá mais pela "emoção". Os mascarados quase não falam palavras de ordem ou "slogans revolucionários". O que mais se ouve é "vamos lá", "vâmo encarar", "vâmo esculachar".
- Latinha de cerveja não faltava. Afinal, é sábado.
- Na Visconde do Rio Branco, quando o grupo caminhava, sem correria, um mascarado falou pro outro: "o patrão tá gostando, nóis Brack Broc tirâmo os 'verme' do morro. O Choque tem que vir pra pista e deixa a Boca liberada". Tá aí: um novo subproduto das manifestações. Antes, a polícia já havia insinuado a presença de bandidos e gangues mas apenas no incentivo aos saques, assaltos e roubo.
- Comprovei que o "gigante" acordou. Mas diminuiu de tamanho, são agora minimanifestações.
- O número de mascarados, diante da determinação judicial que obriga a identificação, também mingou.
- No conflito da Presidente Vargas, os Black Bloc tiraram o time após a reação da PM. Por alguns minutos, sobrou para os manifestantes de cara limpa e faixas. Mas logo um comandante mais lúcido fez a polícia recuar. Ficou claro que o alvo principal eram os mascarados.
- Ficou claro também que o modelo de protestos dos anos 70, 80 e 90, foi-se. Daqui para a frente é provável que qualquer manifestação, digamos, organizada, tenha que conviver com a parcela convocada por redes sociais. Será difícil para qualquer liderança garantir o controle de passeatas. Como hoje, haverá bandeiras de movimentos sociais e múltiplas bandeiras da rede social. Uns tendem a se misturar com outros, a unidade é impossível. O que se vê é que na hora em que um mascarado tenta arrombar uma loja, os de cara limpa, muitos, pelo menos, afastam-se.
- Aliás, tudo indica que nem os Black Block sabem que são os Black Bloc. Uns queriam ir por uma ruas outro por outra. Volta e meia um deles tentava liderar um grupo e nem recebia muita atenção. Acabava desistindo.
- Entre os manifestantes, de preto, havia skin heads. Um deles, sem máscara, na Av. Passos, vestia uma camiseta com a suástica encoberta por um casaco preto e ameaçou um rapaz que tentou fotografar o símbolo nazista.
- Enfim, há mais coisas nas ruas do que supõe a vã sociologia...
5 comentários:
Black Bloc é direita nazista, são os camisas pardas, núcleo de SS. Não são novidades, Alemanha de antes da guerra, ascensão de Hitler viu isso. Espanha de Franco também. São fascistas nos metodos e na essencia sob o manto preto do nacional socislismo.
Acho que nenhum democrata pode apoiar o quebra-quebra promovido por esses ignorantes sem ideias. têm sim, como comentou o Stenio, forma de agir típica da direita, sem ideias, apelam para a força. Não foi à toa que o povo na Lapa, no Rio, gritou para a polícia atirar nos mascarados. E o alto grau de revolta por quem destroi lojas, saqueia, dar enorme prejuízo a pequenos comerciantes. Quebraram até um carrinho de milho verde deixando o vendedor desesperado. Que tipo de protesto é esse? Como alguém pode incentivar isso?
O povo tem que ir pras ruas, forte e e decidido, é como eles vão nos entender.
Esse ataque de Black Bloc é bem parecido com os ataques do PCC, que destruiu carros e incendiou onibus em Sao Paulo. . É coisa de bandido. É uma nova tática para tirar a policia do pé do crime organizado. Quem financia esses bandidos que nao travalham nem estudam?
Fúteis infantilidades de todos os lados.
Postar um comentário