O elenco de Carrossel, sucesso do SBT. Foto: Divulgação |
por Eli Halfoun
O maior acerto do ano na televisão
foi sem dúvida de Silvio Santos. Ao apostar, insistir e investir em uma nova
produção da novela infantil “Carrossel”, o experiente patrão-apresentador criou
o maior sucesso de audiência e comercial do SBT. Além de ser uma novela
divertida e muito bem produzida, “Carrossel” é sucesso em venda de CDs (tem um
bom trabalho musical produzido pelo craque Arnaldo Sacomani), de revistas e de
todo o tipo de produtos infantis. O mais admirável em “Carrossel” é o
excepcional elenco infantil formado por meninas e meninos que representam com
naturalidade, cantam com alegria e emoção e repassam ao público a diversão que
sentem quando estão trabalhando. Trabalhar como se estivéssemos nos divertindo
é a melhor maneira de escapar do hoje moderno estresse que um dia já foi
chamado só de cansaço.
Com ótimo texto de Íris Abravanel, “Carrossel” fecha o ano como a mais divertida e saudável das novelas de 2012 e
o melhor produto destinado para as crianças. É uma novela ingênua (como são
todas as crianças), sem violência e acima de tudo um incentivo para fazer da
escola um verdadeiro templo de aprendizado.
“Carrossel” também foi responsável
por aquele que é sem dúvida o melhor dos especiais que as emissoras de televisão
costumam produzir para o final do ano. Reunindo alegremente o elenco infantil
da novela e os jurados do programa “Astros”, o especial de “Carrossel” foi um
programa divertido, alegre, pra cima sem aquela melosa e chatíssima preocupação
de fazer um programa emocionalmente apelativo. Não precisou: ao tratar o Natal
apenas como uma festa de alegria o especial “Carrossel” emocionou pelo talento
de seu elenco, muito mais do que pelas repetitivas frases feitas usadas nessa
época. Em 2012, “Carrossel” mostrou com muito talento que é possível fazer
novelas sem apelar para tragédias, violência e apenas sofrimento. “Carrossel”
não é, assim como não foi seu programa especial, uma novela para fazer chorar.
Pelo contrário: é uma infantil e, portanto, sincera celebração da vida. (Eli Halfoun)
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