terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tragédia de Newtown: mídia finge que não vê polêmica da venda livre de armas

Jornal americano Rock Hill Herald publica a notícia sobre a tragédia de Newtown bem ao lado de um promoção natalina de venda de pistolas e fuzis
Por aqui, a cobertura jornalística da chacina de Newtown disfarça, olha pro lado, e não entra de sola em uma discussão que afeta o Brasil. Em 2005, a centro-esquerda brasileira perdeu plebiscito que proibia de vez o comércio de armas, lembra? O lobby da indústria de trabucos continua dando as cartas. Além disso, a maior parte do armamento que abastece os traficantes brasileiros vem dos Estados Unidos. Esse semana, uma revista semanal conseguiu publicar uma grande matéria sobre Newtown sem citar sequer o problema da venda livre de fuzis, pistolas e munição no país que é um triste campeão mundial nesse tipo de massacre.
Leia artigo de Alberto Dines no Observatório da Imprensa. 
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4 comentários:

debarros disse...

A segunda emenda da Constituição dos EUA faz parte de 10 emendas da "Carta dos Direitos" aprovada no ano de 1791 e foi redigida assim:
"Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido."
Sempre me causou espécie a justificativa do cidadão americano para portar armas e ter acesso a elas em lojas de ruas como qualquer outra casa comercial. Quer dizer que como você vai a uma loja de sapatos e depois de escolher de acordo com seu gosto pessoal e comprar um, você pode ir a uma loja de armas, na outra esquina na mesma rua e depois de muito escolher, de acordo com o seu gosto pessoal e que venha atender ao uso que pretende dela fazer, escolhe o fuzil com mira telescópica que pode matar o seu desafeto a uma distância de 2 quilômetros ou então até mesmo um Tanque de guerra, último modêlo, usado com eficiência comprovada na Guerra do Iraque. Com ele você arrasar a casa do vizinho com tudo que tem em seu interior, principalmente o vira-latas que vem latindo todas as noites não deixando você dormir.
É simples assim. Você está protegido por uma emenda da Constituição redigida no ano de 1791, há 221 anos.Diante dessa emenda constitucional fico me perguntando se estamos mesmo no século XXI.

Gonça disse...

Na época, a justificativa era armar milícias populares para defender o país dos ingleses, se necessário. Mas é espantoso que até hoje essa cláusula permaneça.

debarros disse...

O incrível que hoje tem Estados que permitem que o cidadão ande armado pelas suas ruas como nos tempos do oeste selvagem. Se bem que o lendário Wiatt Earp, como Sherif de Dodge Citty não permitia que os vaqueiros entrassem armados na cidade. Pelo menos era mais civilizado do que esses Estados que permitem o porte de armas dentro das cidades.
Mas, não acho que seja só porte de armas que leve esses doentes mentais a assassinar indiscriminadamente adultos e crianças em locais públicos e em escolas. Acho que o cinema com filmes de uma violência assustadora passados não só em salas de projeção mas também dentro das nossas casas nas telinhas de televisão assistimos de nossas poltronas filmes em que um personagem mascarado,chamado Jason ou Fredy não sei o que, enpunhando facões, machados e facas, mutilam, degolam jovens que passam à sua frente e tudo isso gratuitamente sem motivos fortes que tenham levado a essas matanças. Esses filmes, na minha opinião, influeciam sim, mentes doentias a sairem atirando e matando a quem estiver à sua frente.

Careca disse...

Uma importante revista brasileira declarou-se através de um dos seus articulistas ser favorável à venda livre de armas. Incrível mas verdadeiro. Vão ser nazistas assim na puta que o pariu.