quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As "tias" da mídia perdem espaço para os "tiozinhos" colunistas

por Omelete
Já se vão mais de 10 anos que os jornais escalaram um meia dúzia de jornalistas para carregar os estandartes da direita radical e do neo-liberalismo. Nas redações, elas ficaram conhecidas como as "tias". Estão nas colunas, fazem comentários na TV e editam páginas poderosas. À medida em que o palavrório das "tias" foi perdendo eleições para o operário, os patrões decidiram reforçar o time. Surgiram então os "tiozinhos" colunistas. São igualmente fissurados no Brasil para uns poucos e bem nutridos. Estão em toda parte. Estão assanhados, roubaram os holofotes das "tias". Alguns são fixos e assalariados, outros escrevem de graça, são os "articulistas convidados". De escribas sustentados por pro-labore de empresários a antropólogos, humoristas, músicos, ex-militantes da ditadura, professores-doutores e milicos aposentados. Quando não estão escrevendo seus próprios artigos, são convocados como "fontes" de reportagens. Têm algumas características em comum: quase todos se formaram em colégios católicos radicais, são zelite, partilham a "teoria" de que o Brasil é bom mas o "povinho, ó".... Têm saudades da "Marcha da Família com Deus pela Democracia", gostam de fazer piquenique nos fins de semana com amiguinhos da Opus Dei, se reúnem em "institutos", "pensam" o Brasil a partir dos seus camarins de divas do conservadorismo, chamam a presidente de Dilma Ráussef, caprichando no acento "búlgaro" segundo lhes ensina a "erudição". O que deixa um  "tiozinho" ainda mais dândi" é ser convidado à mesa com o patrão. Mas se o convescote for em uma mansão paulistana, dividindo mesa com os "capitães" da mídia, aí os rapazes ficam trêmulos de orgasmo ideológico. Os "tiozinhos" estão especialmente agitados nesses dias. Andam agachados lustrando coturnos e revendo filmes de 1964. Ui! Parece piada mas é sério. Nos anos 70, quando a barra estava pesada, a meninada trocava telefonemas com a frase de alerta: "não esquece o guarda-chuva". Era o sinal de que o Dops estava "passeando" no pátio da faculdade. Pois é: tem nuvem de chuva por aí.

Um comentário:

Wilson disse...

A guerra fria acabou, o comunismo , o fantasma de antes, não assusta, mas os ricos querem ficar cada vez mais ricos, os corruptos cada vez mais corruptos, para isso complôs avançam. Nem é preciso mais golpes, eles vão tomando conta das instituições e abrindo campanhas violentas contra os interesses do povo e da democracia representativa. O golpismo muda de cara mas continua ativo. Perdem eleições mas tentam a todo custo ganhar no grito. A estratégia é destruir qualquer governo que tenha inspiraçaõ popular, que tente diminuir a desigualdade.