sábado, 29 de dezembro de 2012

O novo caminho da televisão é o telefilme


por Eli Halfoun
Telefilmes são comuns na televisão americana e demorou muito para que a Globo entrasse nesse esquema que é, por exemplo, mais barato do que produzir um seriado, mais rápido e, o que é mais importante, abre espaço para produtoras independentes, ou seja, libera a emissora de ter de produzir toda a programação. Filmes feitos especialmente para a televisão e não necessariamente pela televisão costumam ter um bom retorno de audiência porque não obrigam o telespectador a acompanhar capítulos diários e, como nos corridos dias de hoje, o público tem pressa uma atração vapt-vupt (como dizia Chico Anysio) com começo meio e fim definidos em um único episódio. A fórmula atrai o público que parece não ter mais paciência para seguir seriados e novelas que se arrastam em tramas sem fim e muitas vezes sem mostrar absolutamente nada que realmente interessa. A recente exibição de “Doce de Mãe” mostrou que o caminho dos telefilmes terá muita distância para percorrer na programação da Globo. “Doce de Mãe” é um produto produzido no Rio Grande do Sul que brindou o público com mais um maravilhoso trabalho de Fernanda Montenegro, colocou em discussão um tema atualíssimo que é o de como cuidar de nossos velhos e fez tudo isso em ritmo der comédia, que é sempre melhor aceito do que as tragédias. Me parece que essa deverá ser a trilha adotada pela Globo com Renato Aragão e com Xuxa que serão atrações mensais de telefilmes. Esse é o caminho moderno e eficiente da televisão: a Globo se livra de produzir mais programas, abre espaço para que mais profissionais sejam utilizados por produtoras independentes e ganha atrações que com movimento cinematográfico não mais encherão a paciência dos telespectadores. (Eli Halfoun)

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