sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Carioca importado não é um carioca

por Eli Halfoun

Apesar da exagerada papagaiada em tudo (comportamento, figurinos, gesticulação) todo mundo gosta e se diverte com o personagem Zé Carioca, criado em 1942 nos estúdios Walt Disney para incrementar as relações com o Brasil na Segunda Guerra Mundial. As novas gerações nem conhecem tanto assim um dois mais populares personagens de Disney, mas as mais velhas certamente divertiram-se bastante com o desenho animado (longa-metragem que tinha Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, como tema musical) e as histórias em quadrinhos. Zé Carioca era sem dúvida muito divertido, mas isso não o credencia a ser o mascote, como foi sugerido, da Olimpíada de 2016 que será realizada no Rio, se o Rio cumprir direitinho ( é aí que a porca torce o rabo) tudo o que prometeu. A proposta de oficializar Zé Carioca como mascote certamente nem está sendo levada muito a sério, embora não se possa negar que ao lado do Pato Donald e, depois, dos Três Porquinhos e Panchito, Zé Carioca divulgou muito o Brasil. Afinal, o Rio tem artistas plásticos criativos e excelentes e não precisa importar um símbolo criado nos Estados Unidos e hoje completamente fora de forma. O Rio precisa criar seu próprio símbolo para a Olimpíada, mas não me venham com aqueles repetitivos bonecos de calça branca, camisa listrada e chapéu de palha. O Rio é muito mais do que isso. Merece mais do que um americanizado Zé Carioca.

2 comentários:

Boa Ideia disse...

Tenho medo é da Festa de Abertura...
Quase morri de vergonha quando no desfile de apresentação do Brasil em uma Copa do Mundo, do interior de uma enorme bola surgiu uma dúzia de mulatas de bundas e peitos de fora.

Gonça disse...

Tem razão, parecia um show da Plataforma