por Eli Halfoun
Apesar da exagerada papagaiada em tudo (comportamento, figurinos, gesticulação) todo mundo gosta e se diverte com o personagem Zé Carioca, criado em 1942 nos estúdios Walt Disney para incrementar as relações com o Brasil na Segunda Guerra Mundial. As novas gerações nem conhecem tanto assim um dois mais populares personagens de Disney, mas as mais velhas certamente divertiram-se bastante com o desenho animado (longa-metragem que tinha Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, como tema musical) e as histórias em quadrinhos. Zé Carioca era sem dúvida muito divertido, mas isso não o credencia a ser o mascote, como foi sugerido, da Olimpíada de 2016 que será realizada no Rio, se o Rio cumprir direitinho ( é aí que a porca torce o rabo) tudo o que prometeu. A proposta de oficializar Zé Carioca como mascote certamente nem está sendo levada muito a sério, embora não se possa negar que ao lado do Pato Donald e, depois, dos Três Porquinhos e Panchito, Zé Carioca divulgou muito o Brasil. Afinal, o Rio tem artistas plásticos criativos e excelentes e não precisa importar um símbolo criado nos Estados Unidos e hoje completamente fora de forma. O Rio precisa criar seu próprio símbolo para a Olimpíada, mas não me venham com aqueles repetitivos bonecos de calça branca, camisa listrada e chapéu de palha. O Rio é muito mais do que isso. Merece mais do que um americanizado Zé Carioca.