por Eli Halfoun
Nunca foi muito fácil para os
profissionais de imprensa trabalhar nas ruas para a cobertura de grandes
acontecimentos mesmo que fossem apenas apresentações artísticas. Repórteres e
fotógrafos sempre foram alvos de agressões e ofensas. Como repórter do jornal
Ultima Hora senti na pele as dificuldades que os profissionais de imprensa
enfrentaram para deixar a população informada. Entre tapas e empurrões sem
contar dedos na cara de soldados fardados que se sentiam o máximo até porque não
sabiam o mal que ajudavam a implantar no país. Foi difícil, mas a imprensa
livre superou todos os obstáculos e noticiou o que podia e muitas vezes o que
não podia. O tempo de enfrentar a pancadaria nas ruas parece que jamais passará
para a imprensa: as manifestações têm feito da imprensa não uma aliada, mas uma
inimiga. Manifestantes não entenderam ainda que ao agredirem a imprensa através
de seus profissionais ou bem materiais é jogar para escanteio o mais forte dos
aliados. Sem a presença da imprensa qualquer manifestação perde força e perdendo
força perde o sentido. Além do mais com absurdas agressões à imprensa o que se
faz é tentar valer outra vez a mordaça de uma ditadura da informação que só
serviu para atrasar o Brasil no rumo das mudanças democráticas. Portanto deixemos que as manifestações sejam
absolutamente pacíficas e aí sim totalmente democráticas. (Eli Halfoun)
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