A presidente Dilma Rousseff , nessa semana, durante entrega de máquinas agrículas em Minas Gerais. Foto Roberto Stukert Filho/PR |
Pesquisa, como se sabe, é uma "fotografia" do momento. Muda como as formações de nuvens em dia de vento. Levantamento do instituto MDA contratado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a presidente Dilma Rousseff venceria no primeiro turno com 43,7% das intenções de votos. Os candidatos da oposição, Aécio e Eduardo Campos, teriam respectivamente 17% e 9,9%. Se Marina fosse candidata, teria, no lugar de Eduardo, 20%. Aécio cairia então para 15,1%.
O que chama atenção são os índices de rejeição do eleitorado em relação a todos os candidatos que se apresentaram até agora, praticamente iguais dentro da margem de erro. Não votariam em Dilma 37,3%; descartam Aécio 36%; não votam em Eduardo 33,9%; e não querem ver Marina presidente 35,5% dos eleitores.
Quando os pesquisadores perguntam aos eleitores em quem votarão mas não citam nomes, as respostas espontâneas indicam Dilma com 21,3%, seguida de Lula, com 5,6%. Aécio tem o mesmo percentual de Lula, que não é candidato. Marina é lembrada por 3,5% dos pesquisados e Eduardo Campos teria 2,6%. José Serra 0,5% e Geraldo Alckmin 0,4%.
Quanto à avaliação do governo Dilma caiu de 58,8% de novembro de 2013 para fevereiro de 2014 quando ela registra 36,4%. Mas o índice ainda é superior ao seu pior momento (durante as manifestações de junho do ano passado) quando o governo em geral teve apenas 24,8% de avaliação positiva. Já a aprovação pessoal da presidente Dilma indica números melhores e variação menos expressiva: foi de 58,8% em novembro e alcança 55% neste mês de fevereiro.
Além dos fatores imprevisíveis, os candidatos devem enfrentar obstáculos até agosto quando a corrida começar a efetivamente se definir. Dilma tem a crise econômica e a Copa no meio do caminho, além das alianças, da montagem dos palanques regionais e do próprio governo, eficiência da administração, resultados etc. E tem a mídia em forte campanha contrária. A oposição também tem problemas para montar palanques nos estados, Aécio corre o risco de enfrentar a repercussão do julgamento, se o STF vier a fazer, dos acusados do mensalão do PSDB, além das investigações do propinoduto em governos tucanos de São Paulo. Eduardo tem que administrar Marina na formação de alianças e apresentação de candidaturas regionais e deve enfrentar pressões para ceder o posto de candidato a presidente à polêmica aliada. Para a oposição é fundamental levar a eleição para o segundo turno, quando Eduardo, Aécio e Marina juntariam forças para tentar derrotar Dilma. Daí, há quem "torça" pelas "desgraças", como analisam alguns marqueteiros. Isto é, que a Copa seja um desastre, que as represas sequem e o apagão dure semanas, que a inflação dispare, que a dengue dizime os cubanos do Mais Médicos e por aí vai. Diz-se que isso aí é especulação em meio à "guerra" eleitoral que se prevê pesada ao longo do ano. Uma vantagem extra com que conta a oposição é a intensidade da cobertura com viés eleitoral e partidário da grande mídia. Lula venceu essas forças poderosas mas cada candidato é um candidato e Dilma pode ter mais dificuldade para enfrentar a já tradicional ofensiva de oposição por parte dos grandes grupos de comunicação.
Por tudo isso, Dilma, que estará em Roma nos próximos dias 21 e 22 de fevereiro - quando se reunirá com o Papa e assistirá à sagração dos novos cardeais, entre os quais o arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani Tempesta - deve pedir uma benção especial a Francisco.
6 comentários:
É cedo ainda. Quem sabe Joaquim Barbosa se candidata para governar com mão de ferro e dar um jeito no Brasil
Uma oposição cujo projeto é torcer contra, estamos mal de oposição, basta ver o nivel baixo dos adversarios. Brasil merecia melhor sorte.
O Brasil precisa mudar. Feliciano para presidente. Glória a Deus
As eleições será em outubro deste ano e muita coisa pode mudar. Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte.
Com a mediocridade geral e com o pessoalzinho que os comentários tentam bombar, sou mais a Dilma. Não voto em autopritário, nem em fanático, nem em playboy, nem em traíra
Com a mediocridade geral e com o pessoalzinho que os comentários tentam bombar, sou mais a Dilma. Não voto em autopritário, nem em fanático, nem em playboy, nem em traíra
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