segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vai ter Copa... Deu na Folha

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(da Redação)
Percentual de brasileiros que são contra as manifestações aumentou de 15% para 42%. Em junho do ano passado, pesquisa indicou que 81% aprovavam os protestos. Esse número caiu para 52%. Nesse percentual dos que são a favor do protesto nas cidades-sedes da Copa, 63% têm entre 16 e 24 anos. 
Especificamente em relação à realização da Copa, 52% dos brasileiros apoiam e 38% são contra. À pergunta do Datafolha sobre manifestações durante a Copa, 63% dos brasileiros são contra os protestos; 32% acham que deve haver protestos durante o Mundial.
Sobre as preferências eleitorais dos manifestantes, o Datafolha apurou que 59% votarão em Eduardo Campos; 58% em Aécio Neves. Cerca de 47% dos manifestantes vão votar em Dilma Rousseff. Marina Silva, se candidata, teria o apoio de 64% dos manifestantes. 
Um detalhe: essa pesquisa do Datafolha foi realizada dez dias depois do assassinato do cinegrafista Santiago Andrade por manifestantes, no Rio.
Comentários do blog - A violência surge como um dos fatores que levaram ao enfraquecimento dos protestos. Quebra-quebra, assassinato, saques, assaltos, agressões a pessoas que não participam dos protestos (como no caso do Fusca incendiado por manifestantes e que transportava crianças) e o aumento da repressão afastaram das ruas um grande percentual de cidadãos. Reivindicações como tentar impedir a Copa e bandeiras mais específicas, como tarifa zero, que não sensibiliza parcela da classe média motorizada, também são fatores que teriam levado ao descrédito dos protestos. Já as camadas mais populares, alvos da política social do governo no últimos anos, que resultaram em benefícios como aumento de renda, de emprego, programas de casa própria, salário, de saúde (Mais Médicos) consumo e escolaridade (Prouni, cotas raciais, cursos de formação técnica etc) também não se motivaram a massificar os protestos: 72% dos manifestantes têm curso superior; 32% têm apenas ensino fundamental.  

5 comentários:

J.A.Barros disse...

Os primeiros protestos foram, basicamente, contra o aumento das passagens no transporte público e no seu bojo vieram as críticas ao governo no que toca à Saúde e Educação. Poderão vir novas manifestações porque nada ficou resolvido pelos políticos que prometeram até mudar a Constituição. Vamos esperar e ver o vai acontecer.

Ebert disse...

O direito de manifestação tem que ser dado mesmo que para uma minoria da população. Mas violência não é democracia e a sociedade tem que se defender. E nem falo de partidos pois as manifestações são contra políticos de vários partidos que governam estados e cidades.

Haimovic disse...

Uma sugestão a vocês jornalistas que cobrem manifestações. Para evitar que aconteça o que aconteceu em São Paulo no fim de semana quando jornalistas levaram gravatas de PM e só depois de se identificarem foram liberados não é melhor vocês usarem uma camisa com IMPRENSA escrito bem grande como a gente vê nas manifestações internacionais, lá tem um PRESS gigante? Assim na hora da baderna, a PM saberá quem é jornalista e que é baderneiro.

alberto carvalho disse...

Na minha opinião, se o Brasil se propôs a sediar a Copa, temos que fazer com que tudo dê certo. Ou bem ou mal, os estados sedes estão tendo algumas melhorias. Sabotar a Copa não vai mudar nada que está errado neste país. O que poderá mudar são as urnas. Votar em gente honesta, competente, voltado aos problemas da população. Não renovar os votos nesses que já estão aí e nem naqueles que já estiveram e não fizeram nada. Pronto, falei!

J.A.Barros disse...

Alberto, você falou tudo e nada mais precisa ser dito.