por Eli Halfoun
O público quer sentir-se cada vez
mais íntimo e até igual em alguns aspectos dos artistas que admira e assim
procura identificar-se com momentos da vida de seu (ou seus) ídolo. Isso
explica o sucesso programas (ou quadros) que são sempre garantia de audiência
em encontros que humanizam os artistas e os aproximam ainda mais dos fãs. O
público se emociona, mas a crítica prefere manter-se fria e acha que essa
bisbilhotice é apenas apelação barata para ganhar audiência com momentos piegas
de emoção. E se assim não fossem não seriam a essência da emoção. A vida é
feita de momentos bregas de emoção e de encontros afetivos piegas: o comportamento
em torno do amor será sempre brega, do contrário jamais será amor intenso vivido
em cada pedacinho de um corpo invadido pela emoção.
O “Arquivo Confidencial” do “Domingão do
Faustão” é uma maneira de sem dúvida humanizar o artista homenageado (sim é uma
homenagem) e aproximá-lo do público, que mais do que arte busca no artista
exemplos, identificação e até de esperança. Duvido que depois de ter desnudado
a vida da cantora Paula Fernandes em recente “Arquivo” ela não tenha conquistado
mais carinho e aplauso dos que já a admiravam como cantoras e agora admiram
também como pessoa. Quadros como o ‘”Arquivo Confidencial” estão na televisão
desde o começo e embora feitos com olhares diferentes tem sempre mesma
intenção: emocionam o púbico e mostram que por mais bem sucedido que seja o
artista é acima de tudo igual a todos nós e que, portanto, sofre, chora,
enfrenta dificuldades e segue em frente até vencer. Mostrar essa insistência em
busca do sonho ensina ao público que na vida é preciso insistir se não para
realizar um sonho para simplesmente viver. Viver fazendo de todos os momentos
pedacinhos de esperança. Foi o que Paula Fernandes fez e mostra agora que todo
o sofrimento vale a pena se soubermos colher dele as lições que nos ensina. (Eli
Halfoun)
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