por Eli Halfoun
A morte do cinegrafista Santiago
Andrade, assassinado enquanto cumpria sua missão profissional, levantou muitas
questões, especialmente sobre a participação criminosa dos black blocs nas
manifestações e colocou novamente em pauta uma antiga discussão que é a venda
de fogos de artifício fabricados para alegrar e iluminar festas e não para
matar como tem feito muitas vezes. Existem regras para adquirir qualquer tipo
de artefato fabricado com pólvora, mas ainda assim é muito fácil comprar em
qualquer estabelecimento especializado caixas e mais caixas de rojões. É como
comprar legalmente e literalmente armas de fogo.
É preciso mais rigor na venda de fogo
de artifício. Existem regras para que qualquer consumidor possa adquirir esse
tipo de “brinquedo” mortal em uma loja, mas são regras nunca cumpridas: sabemos
que em qualquer estabelecimento dito especializado é possível comprar qualquer
tipo de fogos de artifício (busca-pé, bombinhas, estrelinhas, “cabeça de nego”,
foguetes) sem nenhuma dificuldade - até porque existem muitas fabriquetas de
fundo de quintal que produzem fogos de artifício e explodem levando pelos ares
casas vizinhas e vidas inocentes.
A venda quase liberada de fogos de
artifício já provocou muitos danos e não faz muito tempo deixou presos torcedores
que mataram um menino. Médicos que fazem plantões de hospitais em festas
juninas estão cansados de atender jovens que perdem dedos, a mão e outros órgãos
do corpo brincando com fogos de artifício que está provado, matam mais do que
divertem: não são brinquedinhos explosivos. São como se viu muitas vezes armas
mortais.
É verdade que a população não sai por
aí comprando rojões e mirando contra outras pessoas como fizeram e fazem os
black blocs assassinos. Como é proibido proibir ninguém quer ou espera que a
venda de fogos de artifício seja definitivamente proibida, mas nada impede que
sejam feitas regras mais duras sejam feitas para que qualquer tipo de bombinha
possa ser vendida para qualquer um. Esse qualquer um pode ser um black bloc e, portanto,
um assassino que quer brincar de matar. (Eli Halfoun)
P. S. - Vale a pena ler e guardar
essa frase que retirei de um artigo da jornalista Eliane Catanhede, na Folha de
São Paulo. Diz aí Eliane: “Jogar um rojão em pessoas, sejam jornalistas,
transeuntes, policiais contrapõe o legítimo e saudável direito de manifestação
e doentia ação de vândalos”
Um comentário:
Com o assassinato desse profissional da imprensa a Polícia pode chegar aos financiadores dos Black blocs.
O seu sacrifício há de revelar e por a nu as cabeças desse nefasto movimento de mascarados, covardes e insanos.
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