por Eli Halfoun
O mundo muda, mas tem gente que faz questão de não perceber. É, entre muitos outros, o caso da bancada evangélica da Câmara dos Deputados em Brasília. Alheios às novas determinações legais que reconhecem a união homoafetiva e lutando contra uma realidade que é definitiva, os deputados evangélicos homenagearam o juiz que anulou um casamento gay (decisão derrubada imediatamente). Todo cidadão tem o direito de ser contra o que bem entender desde que isso não seja feito instigando o preconceito e a violência. Os evangélicos estão em seu direito de não concordar com a união entre casais de mesmo, mas devem expor sua opinião sem perseguir os gays até porque se olharem diretinho para as suas fileiras de fiéis perceberão facilmente que há entre eles muitos que assumiram com coragem o direito de praticar uma opção sexual diferente. O fato é que muito da violência cometida contra homossexuais ultimamente é consequência de campanhas absurdas até em outdoors espalhados pelo Rio e, creio, por todo o país. Incitar a violência é tão criminoso quanto exercê-la. A turma evangélica pode sim ser contra uniões homoafetivas, mas deve estar consciente de que luta contra a maré. Ao mesmo tempo em que o juiz anulador de casamento gay era homenageado em Brasília 40 casais gay uniam-se legalmente em cerimônia coletiva (com juiz e tudo) realizada no Rio. Era nítida durante a cerimônia que apenas confirmou legal e publicamente uma união que já existia. Afinal, todo mundo tem direto de buscar a felicidade até que “a morte os separe” seja qual for a sua opção sexual e de vida. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
um juiz equivocado, justiça não pode se confundir com sectarismo religioso.
Postar um comentário