por Eli Halfoun
A crítica costuma fazer (na maioria das vezes com razão) uma série de restrições aos chamados programas de auditório. Mesmo assim não se pode deixar de reconhecer que esses programas têm sido fundamentais para o entretenimento da maior camada do público da televisão. É muito importante quando um popular programa como o “Domingão do Faustão” abre espaço para divulgar livros. Pode ser que o fato de Fausto Silva falar de um livro não signifique que aumentará sua venda. Mas de uma forma ou de outra, o apresentador desperta no público que tem pouco acesso aos livros um maior interesse pela leitura e se o livro do qual está falando não for (sempre é) diretamente beneficiado, certamente outros livros ganharão o interesse do público e isso é o mais importante. A literatura tem espaço limitado na mídia impressa que, com exceção, de alguns suplementos especiais publicados nos finais de semana, geralmente fica restrita a uma notinha aqui outra ali. Cada vez que Fausto Silva mostra um livro está falando para milhões de pessoas com um alcance que nenhum órgão da mídia impressa jamais terá. Faustão está prestando um grande serviço em benefício da literatura e incentivando o prazer, mais do que obrigação, de ler. Programas de auditório podem ser muito úteis e benéficos quando querem. Palmas para o Faustão. (Eli Halfoun)
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