terça-feira, 28 de junho de 2011

"Morte" de Amin Khader: mídia cai em pegadinha. Ninguém confirma mais a notícia antes de divulgar? Conclusão: Amin não morreu mas a mídia não passa nada bem

por JJcomunic
Brincadeira, pegadinha, piada de amigos... Pouco importa. A mídia divulgou como se fosse verdade a falsa informação de que o apresentador Amin Khader havia morrido. E aí? Ninguém mais cumpre o fundamento do jornalismo que manda apurar e confirmar com mais de uma fonte antes de publicar? Colunistas já têm o péssimo hábito de publicar sem confirmar e só no dia seguinte acatar o desmentido do personagem da falsa notícia. Em um desses supostos escândalos há alguns anos, ficou célebre a afirmação de uma revista de informação em nota publicada junto com a reportagem: os editores simplesmente admitiam que não tinham a menor ideia de como confirmar determinada acusação mas resolviam publicar assim mesmo. Ou seja: vestiam na boa a carapuça do amadorismo.
Não faz muito tempo, dois grandes jornais do país contaram para os seus leitores que o senador Romeu Tuma havia morrido. Tuma, que só morreu mesmo alguns meses depois, estava hospitalizado, vivo e conversando com a família. Um dos jornais admitiu que falhou, que tinha sido informado por um funcionário do hospital mas não checou a informação. O outro não reclamou: sua fonte era o site do concorrente de quem a redação copiou e colou a notícia.
No caso do Amin, a própria TV Record, onde o apresentador trabalha, alardeou a "morte". Um dos seus âncoras chegou a pedir desculpas pela voz embargada. A Globo também noticiou. Em poucos minutos, havia centenas de portais de notícias e sites de veículos impressos divulgando a "morte", o local do velório e ouvindo amigos abalados.
O pior nesse episódio da pegadinha da "morte" de Amin Khader é o sintoma. O que vier neguinho publica. Apurar pra que? Melhor fazer onda e criar "polêmica". E a credibilidade? Deve ser apenas um detalhe que atrapalha vendas de jornais, revistas e a audiência de TVs, rádios e sites.
O humorista Tom Cavalcante, comovido, postou no twitter: "Nosso querido e irreverente Amim partiu.Vai com Deus. A morte e certa e bem verdade, mas inaceitável nessas horas. Parece brincadeira".
Pagou mico mas acertou na última frase: era brincadeira.

8 comentários:

debarros disse...

E o querido amigo é jornalista.

JJcomunic disse...

Mas não corporativista nem desnorteado a ponto de não saber quem controla e a quem serve a mídia e a que classe social ela representa, quais os interesse que defende. Sejamos críticos e não ovelhinhas dóceis.

Crazy Lord disse...

A cafajestada da midia foi grande, a maioria dos portais apenas retirou a noticia do ar r não teve a honestidade de desmentir claramente. Mas o que esperar dessa turma da imprensa. A maioria é vendida mesmo, inventa, é o jornalismo do supostamente. Esses escândalos que você fala, a maioria sem provas, não vira nem processo, o interesse é eleitoral, mas nem isso adianta esse mané só perdem eleição.

debarros disse...

Fazer o que? No Brasil jornalistas tem partido! O último jornalista na área política, imortalizado na ABL, parece ser filiado ao PSDB, de tão amigo do FHC.
Mas isso não quer dizer muita coisa O ex-presidente é muito amigo do ditador de Cuba, hoje aposentado – engracado: ditador se aposenta. Antgamente era deposto e passado a ferros quando não fuzilado ou enforcado.
Ah!, ia me esquecendo que ele é também muito amigo de um outro ditador latino americano, que hoje, parece se encontrar entre a vida e a morte na ilha encantada dos sonhos de nossos "progressistas" de plantão. Quem pode responder a isso é o Chico.
IH!, quase me esqueço, tem também o Ahmadijenad, da eterna e memorável Pérsia hoje batizada com um nome bem sugestivo: Irã.Quase ira de raiva, de quem é um grande amigo.
Como gosta de ditadores esse senhor! Ele me deixa impressionado!
Tem mais um outro ditador de quem ele é um grande amigo e me esqueci de sitar? Amém!

debarros disse...

Acho que faltou no seu texto a identificação do Amin Khader. Quem é Amim Khader e o que faz na vida.

debarros disse...

Há alguns anos atrás, Luiz Alberto Bahia cobrava dos "coleguinhas" da Imprensa a confirmação dos fatos e salientava o risco que notícias de mortes e outros fatos de maior importância fossem publicadas sem a comprovação devida.
Parece que os "coleguinhas" não aprenderam a lição.

JJcomunic disse...

o texto identificao apresentador Amin Khader. E informa que Amim trabalha na TV Record

O Ouvidor disse...

É assim que a imprensa leva o jogo, um show de incompetência e má fé