terça-feira, 14 de junho de 2011

Picaretagem aérea

Uma colunista do Globo conta, hoje, sua experiência com o chamado "caos aéreo". Sem qualquer surpresa, atribui os problemas que viu de perto aos aeroportos. Voou, claro, sobre um lado só da questão. Pois, conto outro, em dose dupla. Sem qualquer problema meteorológico - apenas por falta de avião, pois as companhias utilizam os aparelhos e tripulações à exaustão -, o aeroporto estava até meio vazio, embarquei em um vôo já atrasado que se dirigia a Natal, com escala em BH. Para "otimizar" a rota, a empresa mudou o plano de vôo, deu uma passadinha em Brasilia, onde obrigou os passageiros a trocarem de avião, e levou todo mundo para Fortaleza, outra escala não prevista. O que seria um vôo de menos de três horas, transformou-se em uma odisseia de mais de 12 horas. Na semana passada, uma amiga passou por um sufoco semelhante: na sua rota, depois de um atraso gigantesco, a companhia incluiu Fortaleza e Recife, escalas não previstas, obrigando passageiros a darem volta pelo país. Milhões de consumidores têm histórias semelhantes de absoluto descaso e arrogância (já que ficam impunes) das voadoras. Só por uma questão de honestidade, a mídia deveria criticar também as empresas, junto com Infraero e outros penduricalhos oficiais. Uma análise equilibrada contribuiria para a solução do problema. Mas esperar o que? Elas, as empresas, pagam os anúncios, são "assim" com a tal agência de (des) regulamentação e decolam todos os dias para um eterno céu de brigadeiro: a imunidade. Os passageiros que se danem...

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