Está hoje nos sites de todo o mundo: a Internet é a vitória da informação, da liberdade de imprensa e de opinião. É um novo palco para o discurso político; nela, a vitória é representada pela qualidade, e não pelo tipo, porte ou antiguidade da mídia. Ao contrário do que supõem alguns catastrofistas, ela não destrói nem ultrapassa os veículos já existentes: ao contrário, a Internet melhora o jornalismo. Ela o libera para buscar novas idéias e formatos - num processo de constante mudança não apenas no que diz respeito às tecnologias da comunicação, mas também e principalmente de novas maneiras de pensar e formatar os relacionamentos sociais. Essa é a essência do Manifesto Internet, dezessete conceitos publicados por um grupo de quinze blogueiros e jornalistas alemães, num documento que o colega Julio Hungria postou no www.bluebus.com.br de hoje. Está acessível em diversas línguas, inclusive no castiço português de nossos irmãos d'além mar, em http://manifesto-internet.org/. Sua leitura é saborosa e reconfortante, a nós, profissionais desse ofício; e incômoda, porém instrutiva, aos parlamentares e outros "legisladores" que ainda não entenderam o fenômeno da Web e pretendem regulá-la como se fosse possível revogar a lei da gravidade. Aos donos dos meios de comunicação tradicionais que vêm deitando falação sobre o jornalismo na Internet, os coleguinhas alemães recomendam "adaptar seus métodos de trabalho à realidade tecnológica atual, em vez de a ignorarem e desafiarem. É o seu dever desenvolverem a melhor forma possível de jornalismo, com base na tecnologia disponível. Isso inclui novos produtos e métodos jornalísticos."
Vitor Sznejder
2 comentários:
Você tem razão Vitor. Tenho amigos que com esses modernos celulares de última geração, não compram mais jornais. Com eles acessam a internet e se põe a par do que está acontecndo aqui e no mundo. A internet está invadindo a vida de todos nós e eu, como aposentado, dentro do meu quarto me comunico com quem quiser a qualquer hora do dia ou da noite. Cabe aos jornais procurar uma solução que venha dar continuidade as suas vidas senão eles vão morrer mesmo.
É exatamente isso, Vitor. Acho que a grande revolução da Internet é dar voz e vez ao cidadão. Sem intermediários. A comunicação tinha mão única. No máximo, o leitor mandava uma carta para o jornal ou revista e torcia para que, entre milhares, fosse publicada. Hoje, faz a sua crítica no blog, no twitter. Também acho válido que empresas ou instituições mantenham canais diretos para divulgar fatos e opiniões. Inclusive a íntegra de entrevistas dadas a jormais ou revistas. Por que não? Saber que um determinado conteúdo pode ser divulgado e confrontado com uma versão publicada só pode ajudar a transparência e credibilidade tanto da fonte quanto do veículo.
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