Está hoje nos sites de todo o mundo: a Internet é a vitória da informação, da liberdade de imprensa e de opinião. É um novo palco para o discurso político; nela, a vitória é representada pela qualidade, e não pelo tipo, porte ou antiguidade da mídia. Ao contrário do que supõem alguns catastrofistas, ela não destrói nem ultrapassa os veículos já existentes: ao contrário, a Internet melhora o jornalismo. Ela o libera para buscar novas idéias e formatos - num processo de constante mudança não apenas no que diz respeito às tecnologias da comunicação, mas também e principalmente de novas maneiras de pensar e formatar os relacionamentos sociais. Essa é a essência do Manifesto Internet, dezessete conceitos publicados por um grupo de quinze blogueiros e jornalistas alemães, num documento que o colega Julio Hungria postou no www.bluebus.com.br de hoje. Está acessível em diversas línguas, inclusive no castiço português de nossos irmãos d'além mar, em http://manifesto-internet.org/. Sua leitura é saborosa e reconfortante, a nós, profissionais desse ofício; e incômoda, porém instrutiva, aos parlamentares e outros "legisladores" que ainda não entenderam o fenômeno da Web e pretendem regulá-la como se fosse possível revogar a lei da gravidade. Aos donos dos meios de comunicação tradicionais que vêm deitando falação sobre o jornalismo na Internet, os coleguinhas alemães recomendam "adaptar seus métodos de trabalho à realidade tecnológica atual, em vez de a ignorarem e desafiarem. É o seu dever desenvolverem a melhor forma possível de jornalismo, com base na tecnologia disponível. Isso inclui novos produtos e métodos jornalísticos."
Vitor Sznejder

Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Você tem razão Vitor. Tenho amigos que com esses modernos celulares de última geração, não compram mais jornais. Com eles acessam a internet e se põe a par do que está acontecndo aqui e no mundo. A internet está invadindo a vida de todos nós e eu, como aposentado, dentro do meu quarto me comunico com quem quiser a qualquer hora do dia ou da noite. Cabe aos jornais procurar uma solução que venha dar continuidade as suas vidas senão eles vão morrer mesmo.
ResponderExcluirÉ exatamente isso, Vitor. Acho que a grande revolução da Internet é dar voz e vez ao cidadão. Sem intermediários. A comunicação tinha mão única. No máximo, o leitor mandava uma carta para o jornal ou revista e torcia para que, entre milhares, fosse publicada. Hoje, faz a sua crítica no blog, no twitter. Também acho válido que empresas ou instituições mantenham canais diretos para divulgar fatos e opiniões. Inclusive a íntegra de entrevistas dadas a jormais ou revistas. Por que não? Saber que um determinado conteúdo pode ser divulgado e confrontado com uma versão publicada só pode ajudar a transparência e credibilidade tanto da fonte quanto do veículo.
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