terça-feira, 8 de setembro de 2009

Do baú do Paniscumovum -2


Era um tempo em que não havia programas de Tv do tipo "Esta é a minha vida" ou no estilo do quadro "Quem é", do Faustão´. Em 1959, as fotonovelas estavam em moda. Grande Hotel, nas bancas desde 1947, Capricho, que foi lançada em 1952 e Sétimo Céu, no começo dos anos 60, eram lidas por milhares de leitores. Capricho chegou a rodar, em média, nos anos 50, 500 mil exemplares. O gênero era sucesso e a Manchete Esportiva, dirigida obviamente ao público masculino embarcou na fórmula. Há 50 anos, a revista lançou uma edição especial sobre a vida de Pelé. Com uma curiosa particularidade: o "elenco" da fotonovela era formado pelo próprio protagonista da história e sua família. Estavam lá Zoca, "seu" Dondinho, a turma toda. Veja nas reproduções também publicadas no livro Aconteceu na Manchete - As histórias que ninguém contou (Editora Desiderata).

Um comentário:

deBarros disse...

Ano de 1958. O Brasil conquistava a Copa do Mundo em terras européias, na Suécia. O País explode e em todas as cidades o povo sai às ruas comemorando o feito fazendo um tremendo carnaval. A Revista O Cruzeiro, queria aproveitar o fato e se promover trazendo a Seleção para a sua Redação na rua do Livramento, na Gamboa. Trabalhava na Redação, na época, e testemunhei o que ocorreu. A Direção da Revista consultou a CBF – acho que na época era CBD – que negou a passagem pela Redação. Ora o caminho da Seleção do aeroporto do Galeão para a Avenida Rio Branco passava pela Rodrigues Alves, no Cais do Porto. Rudolfo Brandt, filho do alemão, técnico gráfico que trabalhava na gráfica, "Seu Brandt" , ex policial da Polícia Especial do Rio de Janeiro, pegou uma moto se posicionou na frente do cortejo como guia do trajeto. Na altura da Barão de Teffé desviou o cortejo entrando por essa rua, passando em frente ao Hospital dos Servidores Públicos, pegando à direita na Sacadura Cabral, alcançando a rua do Livramento botando a Seleção Campeã do Mundo dentro da redação da Revista O Cruzeiro. A Direção tinha preparado uma festa regada a caviar, beluga, e champanhe francesa. O circo estava montado.Todos os jogadores estavam lá. A Revista tinha convidado os parentes dos jogadores e ido buscá-los em casa. A festa foi completa. Conheci o Pelé nos seus 18 anos e os seus pais. Foi quando ouvi de Dondinho numa roda de papo dizer que Pelé seria o maior jogador de todos os tempos, que ninguem iria tirar dele essa glória porque o garoto era fora de série. A profecia de Dondinho se tornou realidade em pouco tempo. Pelé, hoje é o herói nacional e tambem a lenda de um povo que ama o futebol.