Esta é a reprodução de uma primeira página histórica do JB. Chegou às bancas 12 em setembro de 1973. Os militares chilenos assassinam Salvador Allende no Palácio La Moneda e dão início a uma das mais sangrentas ditaduras da América do Sul. Como não podia publicar fotos do presidente do Chile, por imposição da censura da ditadura brasileira, o JB fez uma dramática primeira página apenas com o texto do enviado especial Humberto Vasconcelos. O editor de arte do JB era, na época, Ezio Speranza que trabalhou na Bloch e chefiou a paginação da revista Fatos e Fotos. O editor-chefe era o Alberto Dines. Por que recordo isso? Porque ontem, o site Jornalistas & Cia informou a demissão de mais seis jornalistas do JB e citou "rumores de que em breve deixará de circular a edição impressa do tradicional jornal ficando apenas a edição on line". Torço para que não seja verdade, não apenas pelos colegas que lá trabalham, pelos empregos que podem se perder neste já restrito mercado carioca, mas pela história do jornal, pela sua presença nas vidas e formação profissional de gerações de jornalistas. Com o tempo e com a crise, se descaracterizou. Há muito, já não é o jornal que conhecemos. Mesmo assim, boa sorte, JB.
Um comentário:
Lia o JB, talvez fosse antes menos comercial e mais isento. Hoje, jornais representam grupos econômicos, notícia só se interessar politica e economicamente. Ajudaram a destruir as escolas públicas, os hospitais públicos e tantas instituições do país em nome de empresárfios e do lucro. Sinto falta daquela troca de idéias que havia na imprensa, hoje parece que todos pensam a mesma coisa. Não sei se faz falta mais um jornal igual aos outros.
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