quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Vencedores do Prêmio Jabuti. Quer ver?
Prêmio Jabuti. Vencedores e relação das obras premiadas
Processo auditado por:
Adaptação
1º Lugar - Título: Romeu e Julieta – Autor(a): Walcyr Carrasco – Editora: Editora Moderna
2º Lugar - Título: A Ilha do Tesouro – Autor(a): Rodrigo Machado – Editora: FTD Educação
3º Lugar - Título: Samba de uma noite de Verão – Autor(a): Renato Forin Jr. – Editora: KAN Editora
Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia
1º Lugar - Título: A Modernidade Impressa: Artistas Ilustradores da Livraria do Globo - Porto Alegre – Autor(a): Paula Ramos – Editora: Editora da UFRGS
2º Lugar - Título: Millôr: obra gráfica – Autor(a): Cássio Loredano, Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires – Editora: IMS
3º Lugar - Título: Lentes da Memória: A descoberta da fotografia de Alberto de Sampaio (1888-1930) – Autor(a): Adriana Martins Pereira – Editora: Bazar do Tempo
Biografia
1º Lugar - Título: Caio Prado Júnior: Uma biografia política – Autor(a): Luiz Bernardo Pericás – Editora: Boitempo
2º Lugar - Título: Xica da Silva: a Cinderela Negra – Autor(a): Ana Miranda – Editora: Record
3º Lugar - Título: Enquanto Houver Champanhe, Há Esperança: Uma biografia de Zózimo Barrozo do Amaral – Autor(a): Joaquim Ferreira dos Santos – Editora: Intrínseca
Capa
1º Lugar - Título: História da Teoria da Arquitetura – Capista: Casa Rex / Gustavo Piqueira – Editora: Editora da Universidade de São Paulo
2º Lugar - Título: Millôr: obra gráfica – Capista: Celso Longo e Daniel Trench – Editora: IMS
3º Lugar - Título: Diário de Francisco Brennand: O Nome do Livro e o Nome do Outro – Capista: Flavio Flock – Editora: Inquietude Brennand Fortes Produções Culturais
Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática
1º Lugar - Título: A espiral da morte – Autor(a): Claudio Angelo – Editora: Companhia das Letras
2º Lugar - Título: A simples beleza do inesperado – Autor(a): Marcelo Gleiser – Editora: Record
3º Lugar - Título: Os cientistas da minha formação – Autor(a): Mario Novello – Editora: Editora Livraria da Física
Ciências da Saúde
1º Lugar - Título: Zika: do Sertão nordestino à ameaça global – Autor(a): Debora Diniz – Editora: Civilização Brasileira
2º Lugar - Título: Medicina Cardiovascular - Reduzindo o impacto das doenças – Autor(a): Roberto Kalil Filho, Valentin Fuster e Cícero Piva de Albuquerque – Editora: Atheneu
3º Lugar - Título: Neurofisiologia básica para profissionais da área de saúde – Autor(a): Márcia Radanovic, Eliane Mayumi Kato-narita – Editora: Atheneu
Ciências Humanas
1º Lugar - Título: A Nervura do Real II – Autor(a): Marilena Chaui – Editora: Companhia das Letras
2º Lugar - Título: A radiografia do golpe: entenda como e por que você foi enganado – Autor(a): Jessé Souza – Editora: Leya
3º Lugar - Título: A Tentação Fascista no Brasil: Imaginário de Dirigentes e Militantes Integralistas – Autor(a): Hélgio Trindade – Editora: Editora da UFRGS
Comunicação
1º Lugar - Título: Manual de Editoração e Estilo – Autor(a): Plinio Martins Filho – Editora: Editora da Unicamp
2º Lugar - Título: Bota o retrato do velho outra vez: a campanha presidencial de 1950 na imprensa do Rio de Janeiro – Autor(a): Luís Ricardo Araujo da Costa – Editora: Paco Editorial
3º Lugar - Título: Todos os Monstros da Terra. Bestiários do Cinema e da Literatura – Autor(a): Adriano Messias – Editora: EDUC - Editora da PUC-SP / FAPESP
Contos e Crônicas
1º Lugar - Título: Sul – Autor(a): Veronica Stigger – Editora: Editora 34
2º Lugar - Título: Se for pra chorar que seja de alegria – Autor(a): Ignácio de Loyola Brandão – Editora: Global
3º Lugar - Título: Caixa Rubem Braga - Crônicas – Autor(a): Rubem Braga (autor), André Seffrin, Bernardo Buarque de Hollanda, Carlos Didier (organização) – Editora: Autêntica
Didático e Paradidático
1º Lugar - Título: África e Brasil História e Cultura – Autor(a): Eduardo D'Amorim – Editora: FTD Educação
2º Lugar - Título: Com os pés na África – Autor(a): Sérgio Túlio Caldas – Editora: Editora Moderna
3º Lugar - Título: Terra de Cabinha: Pequeno inventário da vida de meninos e meninas do Sertão – Autor(a): Gabriela Romeu – Editora: Editora Peirópolis
Direito
1º Lugar - Título: Comentários ao Código de Processo Civil - Coleção Completa 17 Volumes – Autor(a): Diretor: Luiz Guilherme Marinoni, Coords.: Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero – Editora: Revista dos Tribunais
2º Lugar - Título: A "tradução" de Lombroso na Obra de Nina Rodrigues: O racismo como base estruturante da Criminologia Brasileira – Autor(a): Luciano Góes – Editora: Revan
3º Lugar - Título: Os Direitos da Mulher e da Cidadã por Olímpia de Gouges – Autor(a): Dalmo de Abreu Dallari – Editora: Saraiva
Economia, Administração, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer
1º Lugar - Título: Finanças Públicas – Autor(a): Felipe Salto e Mansueto Almeida – Editora: Editora Record
2º Lugar - Título: A crise fiscal e monetária Brasileira – Autor(a): Edmar Bacha – Editora: Civilização Brasileira
3º Lugar - Título: Executivos Negros: Racismo e Diversidade no Mundo Empresarial – Autor(a): Pedro Jaime – Editora: Editora da Universidade de São Paulo
Educação e Pedagogia
1º Lugar - Título: Alfabetização: A questão dos métodos – Autor(a): Magda Soares – Editora: Editora Contexto
2º Lugar - Título: A Instrução Pública nas Vozes dos Portadores de Futuros (Brasil - Séculos XIX e XX) – Autor(a): Carlos Monarcha – Editora: EDUFU
3º Lugar - Título: Currículos Integrados no Ensino Médio e na Educação Profissional: Desafios, Experiências e Propostas – Autor(a): Francisco de Moraes e José Antonio Küller – Editora: Editora Senac São Paulo
Engenharias, Tecnologias e Informática
1º Lugar - Título: Nanotecnologia Experimental – Autor(a): Henrique Eisi Toma, Delmárcio Gomes da Silva e Ulisses Condomitti – Editora: Editora Blucher
2º Lugar - Título: Acústica de Salas - Projeto e Modelagem – Autor(a): Eric Brandão – Editora: Editora Blucher
3º Lugar - Título: Introdução à Engenharia de Produção — Conceitos e Casos Práticos – Autor(a): Orlando Roque da Silva e Délvio Venanzi – Editora: LTC
Gastronomia
1º Lugar - Título: Enciclopédia dos Alimentos Yanomami (Sanöma): Cogumelos. – Autor(a): Moreno Saraiva Martins – Editora: Instituto Socioambiental
2º Lugar - Título: Todas as Sextas – Autor(a): Paola Carosella – Editora: Editora Melhoramentos
3º Lugar - Título: Mari Hirata Sensei Por Haydée Belda – Autor(a): Haydée Belda – Editora: Bei Editora
Histórias em Quadrinhos
1º Lugar - Título: Castanha do Pará – Autor(a): Gidalti Oliveira Moura Júnior – Editora: Publicação Independente
2º Lugar - Título: Hinário Nacional – Autor(a): Marcello Quintanilha – Editora: Veneta
3º Lugar - Título: Quadrinhos dos Anos 10 – Autor(a): André Dahmer – Editora: Companhia das Letras
Ilustração
1º Lugar - Título: Knispel: Retrospectiva 1950-2015 – Ilustrador(a): Gershon Knispel – Editora: Editora Maayanot
2º Lugar - Título: Outras Meninas – Ilustrador(a): Manu Cunhas – Editora: Independente
3º Lugar - Título: Rio Sketchbook – Ilustrador(a): Eduardo Bajzek – Editora: Marte Cultura e Educação
Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil
1º Lugar - Título: Adélia – Ilustrador(a): Jean-Claude Alphen – Editora: Editora Pulo do Gato
2º Lugar - Título: Teleco, o Coelhinho – Ilustrador(a): Odilon Moraes – Editora: Editora Positivo
3º Lugar - Título: Nuno e as Coisas Incríveis – Ilustrador(a): Andre Neves – Editora: Jujuba Editora
Infantil
1º Lugar - Título: Drufs – Autor(a): Eva Furnari – Editora: Editora Moderna
2º Lugar - Título: Se Eu Fosse... Um bicho, uma planta ou até um objeto, minha vida seria muito diferente. – Autor(a): Luisa Massarani – Editora: Publifolha Editora: Selo Publifolhinha
3º Lugar - Título: A Boca da Noite – Autor(a): Cristino Wapichana – Editora: Zit Editora (Meneghetti's Gráfica e Editora)
Infantil Digital
1º Lugar - Título: Kidsbook Itaú Criança – Autor(a): Marcelo Rubens Paiva e Alexandre Rampazo, Luis Fernando Verissimo e Willian Santiago, Fernanda Takai e Ina Carolina, Adriana Carranca e Brunna Mancuso, Antonio Prata e Caio Bucaretchi – Editora: Agência Africa
2º Lugar - Título: Nautilus - Baseado na Obra Original de Jules Verne: Vinte Mil Léguas Submarinas – Autor(a): Maurício Boff e Fernando Tangi (ilustrador) – Editora: Storymax
3º Lugar - Título: Quanto Bumbum! – Autor(a): Isabel Malzoni (texto) e Cecilia Esteves (arte) – Editora: Editora Caixote/Webcore
Juvenil
1º Lugar - Título: Dentro de Mim Ninguém Entra – Autor(a): José Castello – Editora: Berlendis & Vertechia
2º Lugar - Título: Vozes Ancestrais – Autor(a): Daniel Munduruku – Editora: FTD Educação
3º Lugar - Título: O Caderno da Avó Clara – Autor(a): Susana Ventura – Editora: SESI-SP Editora
Livro Brasileiro Publicado no Exterior
1º Lugar - Título: A Cup Of Rage – Autor(a): Raduan Nassar – Editora: Penguin Random House Uk – Editora Internacional: Penguin Random House Uk
2º Lugar - Título: Enigmas of Spring – Autor(a): João Almino – Editora: Dalkey Archive Press – Editora Internacional: Dalkey Archive Press
3º Lugar - Título: Mijn Duitse Broer – Autor(a): Chico Buarque – Editora: Penguin Random House Uk – Editora Internacional: De Bezige Bij
Poesia
1º Lugar - Título: Quase Todas as Noites – Autor(a): Simone Brantes – Editora: 7letras
2º Lugar - Título: A Palavra Algo – Autor(a): Luci Collin – Editora: Iluminuras
3º Lugar - Título: Identidade – Autor(a): Daniel Francoy – Editora: Urutau
Projeto Gráfico
1º Lugar - Título: Estórias da rua que foi balsa: Trilhas e Intuições na Educação Popular em Saúde – Responsável pelo projeto gráfico: Patrícia Rezende e Valquíria Rabelo – Editora: Guayabo Edições
2º Lugar - Título: História da Teoria da Arquitetura – Responsável pelo projeto gráfico: Casa Rex / Gustavo Piqueira – Editora: Editora da Universidade de São Paulo
3º Lugar - Título: Aniki Bóbó – Responsável pelo projeto gráfico: Beatriz Lamego – Editora: Verso Brasil Editora
Psicologia, Psicanálise e Comportamento
1º Lugar - Título: A Clínica Psicanalítica em Face da Dimensão Sociopolítica do Sofrimento – Autor(a): Miriam Debieux Rosa – Editora: Editora Escuta
2º Lugar - Título: O Adolescente e a Internet: Laços e Embaraços no Mundo Virtual – Autor(a): Cláudia Prioste – Editora: Editora da Universidade de São Paulo / FAPESP
3º Lugar - Título: De que Cor Será Sentir? : Método Psicanalítico na Psicose – Autor(a): Marina de Oliveira Costa – Editora: Manole Editora
Reportagem e Documentário
1º Lugar - Título: Petrobras: Uma história de Orgulho e Vergonha – Autor(a): Roberta Paduan – Editora: Companhia das Letras
2º Lugar - Título: Nazistas entre nós: A trajetória dos oficiais de Hitler depois da guerra – Autor(a): Marcos Guterman – Editora: Editora Contexto
3º Lugar - Título: O Livro dos Bichos – Autor(a): Roberto Kaz – Editora: Companhia das Letras
Romance
1º Lugar - Título: Machado – Autor(a): Silviano Santiago – Editora: Companhia das Letras
2º Lugar - Título: A Tradutora – Autor(a): Cristovão Tezza – Editora: Record
3º Lugar - Título: Outros Cantos – Autor(a): Maria Valéria Rezende – Editora: Companhia das Letras
Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas
1º Lugar - Título: Machado de Assis e o Cânone Ocidental: Itinerários de Leitura – Autor(a): Sonia Netto Salomão – Editora: EDUERJ
2º Lugar - Título: O Mundo Sitiado: A Poesia Brasileira e a Segunda Guerra Mundial – Autor(a): Murilo Marcondes de Moura – Editora: Editora 34
3º Lugar - Título: De Volta ao Fim: O "Fim das Vanguardas" Como Questão da Poesia Contemporânea – Autor(a): Marcos Siscar – Editora: 7letras
Tradução
1º Lugar - Título: Conversações com Goethe nos Últimos Anos de Sua Vida: 1823-1832 – Tradutor(a): Mário Luiz Frungillo – Editora: Unesp
2º Lugar - Título: Romeu e Julieta – Tradutor(a): José Francisco Botelho – Editora: Companhia das Letras
3º Lugar - Título: Ouça a Canção do Vento / Pinball, 1973 – Tradutor(a): Rita Kohl – Editora: Companhia das Letras
Fonte: site oficial do Prêmio Jabuti
Paolla Oliveira na capa da VIP. Ela é também a editora-contribuinte da edição
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Paola Oliveira na VIP em foto de Alê de Souza. Você pode ver mais imagens no site da revista, AQUI |
Depois do sucesso na novela A Força do Querer, a atriz Paolla Oliveira está na capa na VIP como "a mulher mais sexy do mundo", escolhida em votação pelos leitores da revista. Além disso, a edição da VIP tem a atriz como editora contribuinte. O ensaio fotográfico é assinado por Alê de Souza.
Snoop Dogg leva Trump para o necrotério...
Donald Trump na mesa de autópsia. É a capa do novo álbum do rapper Snoop Dogg. No título acima do "presunto" presidencial etiquetado, “Make America Crip Again”. Com "crip", de "cripple (aleijado) no lugar do "great" do slogan ufanista de Trump. "Crip" é também o nome de uma das maiores gangues de Los Angeles. Com a capa do presidente já a caminho de um resort eterno, Snoop Dogg, que na foto registra a cena no celular, conseguiu o que queria: polêmica.
Fotomemória da redação: na "sala de crise" da Fatos & Fotos
A Fatos & Fotos foi lançada em fins de 1960. A edição regular, semanal, durou 25 anos. Na segunda metade dos anos 1980 e ainda na década de 1990 ia para as bancas em edições esporádicas, especiais.
A revista tinha uma curiosa característica: entrava em crise quando estava bem feita e vendendo nas bancas e criava problema quando encalhava ou publicava alguma matéria que desagradava os padrões da Bloch.
A crise por vender bem se explicava: a semanal F&F, por manter uma tabela de anúncios mais baixa e preço de capa idem, não podia concorrer ou ameaçar o carro-chefe da editora, a Manchete. Estabelecia-se um teto não verbalizado de "sucesso". A crise por publicar reportagens "fora do padrão" da empresa também tinha uma explicação: havia mais liberdade de pautas, a revista estava um pouco mais distante do radar da direção, que acompanhava muito de perto a principal semanal da casa, a Manchete.
Era essa liberdade casual que, às vezes, surpreendia a Bloch. Valia a pena aquele tipo de "crise. Quase sempre, o que dava merda eram as matérias de bom conteúdo jornalístico, fora da caixa e menos "comportadas".
Talvez por isso, muitos ex-F&F admitem que, apesar de tudo, restaram bons momentos a recordar naquela redação. Para os muitos editores que por lá passaram, era vital a habilidade de gerenciar crises e principalmente sair delas sem baixas, o que, obviamente, nem sempre era possível. A rotatividade era alta naquelas mesas. Mas, com o tempo, a equipe aprendia a enfrentar o caos sem sentar no meio fio e chorar lágrimas de crocodilo, como dizia Nelson Rodrigues.
Fotomemória da redação: uma tarde qualquer na sala de reportagem da revista Manchete...
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Foto: Acervo bqvMANCHETE |
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Foto: Acervo bqvMANCHETE |
Sala da reportagem da revista Manchete. Em 1988, aproximadamente. Na foto do alto, Zé Carlos, Alberto e Tânia. No meio, os três e, à direita, o repórter Geraldo Lopes. Acima, na mesma sala, o fotógrafo José Egberto e a repórter Patrícia Oliveira. As máquinas de escrever ainda estavam na ativa. Nessa época, a Bloch começava a instalar os computadores,
mas o sistema ainda não estava operando em todas os departamentos. Foto: Acervo bqvMANCHETE
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Nos 100 anos da Revolução de Outubro, o marketing da nostalgia ainda resiste na antiga URSS...
Assim como os bolcheviques não apagaram da história os símbolos, a arte e os palácios da Rússia czarista, o Rússia atual não deletou a memória da União Soviética nas ruas e praças das grandes cidades. Razões históricas explicam: a URSS e o Exército Vermelho ainda são lembrados pela vitória na Grande Guerra Patriótica, como eles denominam a Segunda Guerra Mundial. E os russos, independentemente do regime em voga, guardam motivos para celebrar a defesa da Россия-Матушка (a Mãe Rússia) e desconfiar do Ocidente.
De Napoleão à agressão militar de 1918 por parte de tropas inglesas, holandesas e americanas com o envolvimento dos japoneses, da invasão nazista à Guerra Fria, de Churchill a Eisenhower, de Kennedy a Ronald Reagan, de Nixon a Trump, as ameaças vieram em ondas.
Em 1918, o primeiro-ministro francês, George Clemenceau, aliou-se à Inglaterra para a impor o "Cordão Sanitário" contra a Revolução. Era uma tentativa isolar a Rússia economicamente. Não por acaso, algo semelhante às atuais e vigentes sanções impostas ao país pelos Estados Unidos e seus aliados europeus.
Está nos livros, a Rússia acossada costuma se unir.
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O símbolo preservado nas paredes do metrô |
Talvez isso, junto com um interesse cult dos turistas, mantenha uma certa memória da União Soviética nas ruas e esquinas de grandes centros como Moscou e São Petersburgo, onde ambulantes fazem a festa.
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Moedas, cigarreira, quepe: a memorabilia comunista |
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Lênin: moeda comemorativa |
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Cartazes revolucionários do começo do século passado |
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Camiseta: é o figurino da URSS nas lojas e barracas. |
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Diante do Encouraçado Aurora, atração turística em São Petersburgo. |
Alex, lembra?, recria um mundo soviético paralelo para poupar a mãe - uma comunista de carteirinha que ficou fora do ar por causa de um coma - do choque ideológico que sofreria ao saber do fim da Alemanha Oriental e da inacreditável dissolução da União Soviética.
Na Rússia, ainda é possível fazer um tour Back in the URSS, como cantaram os Beatles.
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Pesquisa mostra que leitores começam a se proteger contra fake news em todas as mídias
por Flávio Sépia
A empresa de pesquisa de mídia, Kantar, divulga os resultados de um levantamento sobre os índices de confianças nos noticiários de diversos tipos de veículos. Segundo o Meio &Mensagem, o "Trust In News" ouviu oito mil pessoas nos Estados Unidos, Brasil, França e Reino Unido. As conclusões são interessantes e mostram um avanço por parte dos leitores na busca de mais de uma fonte para confirmar notícias. De acordo com o estudo, 40% dos entrevistados aumentaram o número de fontes que usam para comparar informações. Mais de 75% dos consumidores de notícias fizeram averiguação própria dos fatos em várias origens.
Sites jornalísticos exclusivamente on line têm a confiança de 50% dos leitores. Aplicativos de mensagens e mídias sociais, mais comumente geradores de fake news, são confiáveis para apenas 30% dos pesquisados.
Outro número interessante demonstra que 40% dos leitores admitem que têm a responsabilidade de combater fake news. Um em cada cinco entrevistados fez mea culpa por ter compartilhado informação após ler apenas o título.
O público começa a adotar um comportamento defensivo para se proteger das fake news. E isso é bom.
Ela e a brisa: holandesa viaja com uma câmera na mão... e nada mais
por Jean-Paul Lagarride
Uma loura holandesa, de 21 anos, faz um tour pela Austrália e resolve postar fotos no Instagram. Normal. O diário visual pode ser visto na conta a.naked,girl.
Para não ter muito trabalho em carregar malas ela faz nudismo junto com o turismo. Ao Daily Mail (vídeo AQUI), a holandesa disse que faz fotos e vídeos de não-sexual.
Seja lá qual for sua intenção, as fotos estão abalando o Instagram.
Uma loura holandesa, de 21 anos, faz um tour pela Austrália e resolve postar fotos no Instagram. Normal. O diário visual pode ser visto na conta a.naked,girl.
Para não ter muito trabalho em carregar malas ela faz nudismo junto com o turismo. Ao Daily Mail (vídeo AQUI), a holandesa disse que faz fotos e vídeos de não-sexual.
Seja lá qual for sua intenção, as fotos estão abalando o Instagram.
"Soldados do Araguaia": documentário quebra o silêncio dos recrutas que foram jogados no horror do "Vietnã brasileiro"
A 41ª Mostra Internacional de São Paulo quebrou o silêncio sobre a história dos recrutas do Exército Brasileiro que participaram da Guerrilha do Araguaia (1967-1974).
Convocados junto às comunidades rurais por conhecer o terreno, eles revelam no documentário "Soldados do Araguaia", exibido na mostra, que não tinham a menor ideia do que o conflito significava para o país. Restou-lhes o trauma, que os acompanha até hoje. Os ex-soldados, que foram dispensados ao fim das operações, contam o que testemunharam, das lembranças de sessões de tortura à frieza das execuções. A extrema crueldade da campanha (com prisioneiros sendo lançados de helicópteros) é um fantasma que ainda atormenta homens humildes que se viram em meio a um triste capítulo da história do Brasil.
Pela primeira vez, soldados de baixa patente que participaram das operações para exterminar guerrilheiros que se opunham à ditadura militar, descrevem os horrores que viveram.
"Soldados do Araguaia" tem direção de Belisario Franca, é uma realização da Giros Produtora, com o apoio do canal Cinebrasil TV.
VEJA O TRAILER DE "SOLDADOS DO ARAGUAIA", CLIQUE AQUI
Depois do golpe, o cargo de vice agora é "o cara"
por Flávio Sépia
O ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, foi mordido pelo carrapato azul. Quer ser presidente. É o candidato do "mercado", que também não ficaria infeliz com o Bolsonaro presidente.
O problema é que Meireles, ex-empregado de Joesley Batista, não tem voto. As pesquisas o colocam na zona de rebaixamento. E isso, em termos políticos, equivale a uma obstrução eleitoral tão problemática quanto o entupimento urinário sofrido pelo seu atual chefe. Meireles sabe disso tanto que estaria pensando em aceitar ser o vice de algum candidato mais embalado para 2018.
Especula-se que poderia ser o reserva de Luciano Huck ou de Bolsonaro. Antes, Meireles teria recusado um convite para ser o vice de Lula, em 2006, de Dilma, em 2010 e de Aécio Neves em 2014.
Só que, com o golpe que catapultou Temer ao Planalto, o cargo de vice ganhou mais status. Meireles pode estar considerando que pra quem não tem voto ser o regra três facilita, quem sabe, subir a rampa do Planalto caso o "mercado", que já mostrou sua força, também não fique muito feliz com o próximo presidente.
O ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, foi mordido pelo carrapato azul. Quer ser presidente. É o candidato do "mercado", que também não ficaria infeliz com o Bolsonaro presidente.
O problema é que Meireles, ex-empregado de Joesley Batista, não tem voto. As pesquisas o colocam na zona de rebaixamento. E isso, em termos políticos, equivale a uma obstrução eleitoral tão problemática quanto o entupimento urinário sofrido pelo seu atual chefe. Meireles sabe disso tanto que estaria pensando em aceitar ser o vice de algum candidato mais embalado para 2018.
Especula-se que poderia ser o reserva de Luciano Huck ou de Bolsonaro. Antes, Meireles teria recusado um convite para ser o vice de Lula, em 2006, de Dilma, em 2010 e de Aécio Neves em 2014.
Só que, com o golpe que catapultou Temer ao Planalto, o cargo de vice ganhou mais status. Meireles pode estar considerando que pra quem não tem voto ser o regra três facilita, quem sabe, subir a rampa do Planalto caso o "mercado", que já mostrou sua força, também não fique muito feliz com o próximo presidente.
Quem controla o que você lê? Pesquisa investiga subterrâneos dos grupos que mandam na grande mídia e mapeia as ligações perigosas dos seus proprietários
por Pedro Juan Bettancourt
Hoje, às 18h, a organização internacional Repórter Sem Fronteiras em parceria com Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social lança em São Paulo o "Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor/MOM). A pesquisa faz um mapeamento dos 50 maiores veículos de mídia impressa, rádio, televisão e internet do país, desvenda as corporações a que pertencem e apura outros negócios dos controladores e suas relações com políticos e governantes, ligações religiosas e financeiras. Estarão presentes no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo Olaf Steenfadt, coordenador global do Media Ownership Monitor, Cynthia Ottaviano (Presidente da Organização Interamericana de Defensoras e Defensores das Audiências – OID), Martín Becerra (Universidad Nacional de Quilmes/Argentina) e o jornalista e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins.
Entre outros aspectos do cenário midiático brasileiro, destaca-se a concentração das concessões e propriedades: como exemplo, dos 50 veículos líderes em audiência, nove pertencem ao Grupo Globo, cinco ao Grupo Bandeirantes, cinco à família Macedo (do Grupo Record e da corporação Igreja Universal), quatro são da RBS e três da Folha de S.Paulo.
Os resultados apontam para uma alta oligopolização da mídia. Um dos motores da concentração é a permissão de propriedades cruzadas - com um mesmo dono controlando TV aberta, rádio, TV paga, jornais, revistas, portais da internet - algo proibido em muitos países, incluindo os Estados Unidos, eleva a concentração dos meios e da circulação de notícias a níveis dramáticos, com danos a liberdade e ao ambiente democrático.
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Repórter Sem Fronteiras
Justiça censura show de Caetano Veloso
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O show foi proibido, mas o ato político aconteceu. Reprodução Instagram |
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"Ocupação Povo Sem Medo", de São Bernardo. Foto de Ricardo Stuckert |
Mas há outros fatos a considerar. O pedido do MP caracteriza a censura ao fundamentar o pedido no argumento de que o show seria realizado "em local que foi ocupado, e que está sub judice referida ocupação". Além disso, em operação para tentar proibir o ato político a Prefeitura de São Bernardo impediu a entrada de equipamento de som no terreno ocupado que, aliás, tem alta dívida de IPTU com a própria prefeitura e estava abandonado há 40 anos, segundo o MTST.
Depois da proibição, Caetano Veloso e vários artistas foram à ocupação, ontem. O cantor subiu ao palanque, mas não cantou. Foi a primeira vez que um show de Caetano foi censurado desde o fim da ditadura militar. Sem música, o ato político aconteceu.
Nesta manhã de terça-feira, 6.500 famílias fazem uma marcha de 23km, até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para pressionar o governador Geraldo Alckmin a ceder o tereno para a construção de moradias.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Ainda bem que a Folha esclareceu...
Ainda bem que o estagiário da Folha deixou claro, hoje. que um homem matou cinco pessoas e depois se suicidou. Se foi preciso enfatizar o depois, vai ver que o futuro jornalista tem conhecimento de um caso similar, mas com o suicídio vindo antes. (O.V.Pochê)
Já viu isso? o presidente da Fiesp, Paulo "Pato Infável" Skaff, do PMDB, leva uma trolada direto na sua folclórica cara de plástico...
Com o sorriso do tipo inflável, o presidente da Fiesp, Paulo "Pato" Skaff, levou uma invertida antológica. O empresário e político se aproxima de um rapaz, que ele pensava ser um "fã", certo de que vai fazer uma selfie-exaltação em nome das suas "realizações", uma delas o famoso pato inflável, um símbolo da "revolução ética" que levou ao poder a facção de Temer hoje investigada por corrupção. Skaff é do do PMDB e se diz novamente candidato ao governo do Estados de São Paulo, embora os eleitores já o tenham rejeitado duas vezes em eleições para o mesmo cargo.
Veja o que aconteceu. Leia a matéria e veja o video no Conexão Jornalismo, , clique AQUI
sábado, 28 de outubro de 2017
E o impresso desembarcou...
Katz recriou para a NYMag sua própria série de "desenhos dos subterrâneos" feita nos anos 1940, no mesmo ambiente.
Quando a revista foi lançada em 1967, tinha a pretensão de unir os personagens, as facetas e as variadas situações de uma "cidade dividida", identificar os pontos onde essas vidas se entrelaçavam e aproximá-los, talvez. Um ideal muito acima da influência de uma simples revista. O ilustrador, ele mesmo um voyeur da vida urbana, observa que "todo mundo constrói sua própria Nova York". E talvez haja alguma beleza nessas múltiplas cidades.
O metrô continua conduzindo multidões de desconhecidos, mas os novos desenhos de Alex Katz, às vésperas de completar 90 anos, apresentam uma sutil e nostálgica diferença entre as versões 1940 e 2017. Ler revistas ou jornais impressos - livros, poucos, até que ainda se vê, o que não deixa de ser um alento.- é hábito cada vez mais raro nos subterrâneos das grandes cidades.
Um novo e hipnótico personagem se impõs: o smartphone.
O plenário-octógono do STF
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Reprodução Instagram |
O plenário do STF será redecorado. Com a alta frequência de embates entre ministros, geralmente com Gilmar Mendes no ringue, renomados designers projetam um octógono para o ambiente.
A ideia é que a cada barraco os contendores sejam conduzidos coercitivamente à arena, com Carmen Lúcia cuidando da arbitragem.
Voluntárias serão indicadas para ring girls e o Instituto Nacional de Pesos e Medidas realizará a pesagem dos lutadores.
Ministro que finalizar o adversário ganhará férias em Miami.
O cinturão de ouro será entregue por Aécio. Vale armlock, alavanca, baiana, base invertida. Se um dos lutadores quiser desistir durante um mata-leão é só bater com a Constituição no chão.
O perdedor ganhará uma bolsa de estudos no Instituto Brasileiro de Direito Público oferecida por Gilmar Mendes, um dos donos da instituição.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Fotografia: revista People lança o livro The 100 Best Celebrity Photos
por Ed Sá
A revista People foi lançada em 1974. Em mais de 40 anos, acumulou um impressionante acervo de fotos produzidas para quase três mil edições, incluídos os números especiais.
O livro The 100 Best Celebrity Photos (disponível na Amazon) seleciona as melhores imagens, segundo os editores, e destaca o enredo dos bastidores de cada cena.
São registros de várias épocas, mesmo anteriores ao lançamento da publicação, que também recorreu para isso aos arquivos da Time-Life, à qual pertence.
Uma das fotos fala por si, não apenas pela simbologia do flagrante como ao resumir o espírito do livro. Em 1957, a atriz Sophia Loren desembarcava em Hollywood contratada pela Paramount. A estrela italiana brilhava pelo talento e pela beleza das suas acentuadas curvas. Houve uma recepção de gala e Jayne Mansfield, então uma aposta da produtora, foi escalada para a mesma mesa da diva italiana. Deu-se o choque dos planetas.
Sophia Loren focaliza o mega busto da rival. Nem precisava de legenda. E olha que La Loren não era exatamente uma tábua, muito longe disso. O fotógrafo Joe Shere registrou o olhar seca-pimenteira fatal.
Outra foto famosa, a do vestido de Marilyn Monroe flutuando sobre um bueiro de ventilação, também está no livro. Mas a People destaca um ângulo menos conhecido da situação: o dos fotógrafos e das equipes técnicas que tiveram o prazer de ver ao vivo as pernas da loura que reinava em Hollywood.
The 100 Best Celebrity Photos está à venda na Amazon.
A revista People foi lançada em 1974. Em mais de 40 anos, acumulou um impressionante acervo de fotos produzidas para quase três mil edições, incluídos os números especiais.
O livro The 100 Best Celebrity Photos (disponível na Amazon) seleciona as melhores imagens, segundo os editores, e destaca o enredo dos bastidores de cada cena.
São registros de várias épocas, mesmo anteriores ao lançamento da publicação, que também recorreu para isso aos arquivos da Time-Life, à qual pertence.
Uma das fotos fala por si, não apenas pela simbologia do flagrante como ao resumir o espírito do livro. Em 1957, a atriz Sophia Loren desembarcava em Hollywood contratada pela Paramount. A estrela italiana brilhava pelo talento e pela beleza das suas acentuadas curvas. Houve uma recepção de gala e Jayne Mansfield, então uma aposta da produtora, foi escalada para a mesma mesa da diva italiana. Deu-se o choque dos planetas.
Sophia Loren focaliza o mega busto da rival. Nem precisava de legenda. E olha que La Loren não era exatamente uma tábua, muito longe disso. O fotógrafo Joe Shere registrou o olhar seca-pimenteira fatal.
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Em 1954, uma fila do gargarejo vê, ao vivo, as famosas pernas de Marilyn Monroe. Foto: Sam Shaw/Divulgação |
Outra foto famosa, a do vestido de Marilyn Monroe flutuando sobre um bueiro de ventilação, também está no livro. Mas a People destaca um ângulo menos conhecido da situação: o dos fotógrafos e das equipes técnicas que tiveram o prazer de ver ao vivo as pernas da loura que reinava em Hollywood.
The 100 Best Celebrity Photos está à venda na Amazon.
Do Comunique-se: 20 impactos da reforma trabalhista para jornalistas
por Anderson Scardoelli (para o Comunique-se)
A reforma trabalhista elaborada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer pode trazer malefícios aos profissionais da comunicação social. Quem garante isso são entidades ligadas a quem trabalha em órgãos da imprensa, como os sindicatos dos jornalistas do Distrito Federal e de São Paulo. As duas instituições chegam a endossar 20 pontos que impactam negativamente no setor.
A lista – elaborada pela jornalista Flaviana Serafim, publicada originalmente no site do sindicato de São Paulo e repercutida pela instituição da capital do país – traz o seguinte conteúdo:
1. Prevalência do negociado sobre o legislado
A mudança é que se podem reduzir direitos. Hoje, já é permitido que os sindicatos negociem com as empresas pontos previstos em lei, mas só para melhorar as condições de trabalho. Os direitos trabalhistas legais são o mínimo. O projeto permite que as empresas forcem negociações nocivas aos trabalhadores, sem a necessidade de qualquer contrapartida.
2. Fim da homologação no sindicato
Atualmente, quando o trabalhador é demitido (com mais de um ano no emprego), a empresa tem de homologar sua demissão no Sindicato dos trabalhadores. Isso permite que a entidade sindical confira as contas e alerte o trabalhador sobre os direitos que a empresa possa estar sonegando. Além do mais, também permite que o Sindicato tenha conhecimento das demissões que ocorrem na categoria. O projeto prevê que a homologação seja feita diretamente pela empresa, sem a participação do Sindicato.
3. Criação de uma nova modalidade de demissão sem justa causa…
Na qual o trabalhador recebe apenas metade da multa do FGTS e do aviso-prévio, além de só poder sacar apenas 80% do Fundo de Garantia e perder o direito ao seguro-desemprego – abre uma nova forma de pressão contra o trabalhador, forçando acordos de demissão com redução de direitos.
4. Criação de banco de horas por acordo individual, sem a intermediação do sindicato
Hoje, a lei garante o respeito à jornada de trabalho, com o pagamento de horas extras (se as empresas não cumprem, violam a lei). Mas é possível flexibilizar a jornada, se houver acordo com o Sindicato. Isso permite que os trabalhadores negociem coletivamente a questão com as empresas. O acordo individual acaba com isso: como a empresa é a parte forte das relações de trabalho, ela pode impor sua posição ao assalariado individualmente.
5. Jornada de 12 horas X 36 horas por acordo individual, ou seja, sem a participação do sindicato
É o mesmo problema do ponto anterior. Na relação de trabalho frente ao assalariado, a empresa tem posição de força e pode impor o que quiser.
6. Autorização para demissões coletivas, sem exigência de negociação prévia com o sindicato de trabalhadores
Hoje, há jurisprudência considerando que, em caso de demissões coletivas, as empresas têm de avisar previamente as categorias, por meio dos sindicatos, para que haja uma negociação. Com base nisso, o SJSP tem conseguido forçar negociações que estabeleceram contrapartidas, barraram demissões e até chegaram à reintegração de demitidos. Agora, a lei “libera” demissões em massa.
7. Retirada da natureza salarial de verbas pagas a título de “ajuda de custo”, diárias de viagens, abonos, vale-refeição (ainda que pagos em dinheiro) e prêmios pagos ao empregado
A medida “legaliza” o salário “por fora” (sem incidência de Fundo de Garantia, férias, 13º salário etc.), propiciando que as empresas fixem um salário baixo (como um piso salarial) sobre o qual incidem direitos, e determinem o restante do salário como verbas adicionais, sem direitos associados.
8. Limitação dos valores em caso de condenação por danos morais em no máximo 50 salários nominais
A determinação inclui até acidentes de trabalho, mesmo em casos de responsabilidade direta do empregador. Com isso, um trabalhador pode sofrer um dano que o impeça de ter uma vida produtiva, mas a empresa responsável não poderá ser condenada a arcar com as consequências de seu ato.
9. Em três pontos: dificulta a responsabilização solidária do grupo econômico em caso de não pagamento ao trabalhador, livra o ex-sócio de empresa da dívida trabalhista de seus antigos empregados e deixa os débitos à empresa sucessora, impedindo que o empregador originário seja acionado
Hoje, já são muitos os casos em que trabalhadores ganham ações trabalhistas, mas não conseguem ser pagos (pois a antiga empresa alega não ter patrimônio, bem como os seus donos, para honrar os compromissos). Os jornalistas sabem muito bem disso, como nos casos da Gazeta Mercantil, TV Manchete e Diários Associados. A lei introduz ainda mais obstáculos para que se responsabilize judicialmente empresas do grupo, seus donos ou seus compradores, facilitando aos empresários que “esvaziem” empresas em dificuldades e deixem os trabalhadores na mão.
10. Desestimula o ingresso de reclamações trabalhistas, pois limita a concessão de gratuidade da Justiça e impõe o pagamento ao trabalhador de honorários advocatícios e periciais (ainda que ele ganhe vários pontos do processo)
Hoje, o trabalhador entra com ação judicial para reclamar de questões legais não respeitadas pelas empresas. No caso de jornalistas, são correntes ações pelo não pagamento de horas extras (situação generalizada na categoria), não pagamento de adicional noturno, não cumprimento de intervalo intrajornada, acúmulo de função e equivalência salarial (decorrente do exercício de função de responsabilidade sem que a empresa formalize o cargo). Segundo o projeto, mesmo que o trabalhador ganhe em diversos pontos, terá de pagar honorários para os pontos que a Justiça não lhe der ganho de causa. A medida visa expressamente bloquear o ingresso de ações trabalhistas.
PARA LER MAIS 10 TÓPICOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE PREJUDICAM JORNALISTAS, CLIQUE AQUI
Jornalistas sofrerão impactos negativos com a reforma trabalhista. As afirmações são dos sindicatos da classe em São Paulo e no Distrito Federal
A reforma trabalhista elaborada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer pode trazer malefícios aos profissionais da comunicação social. Quem garante isso são entidades ligadas a quem trabalha em órgãos da imprensa, como os sindicatos dos jornalistas do Distrito Federal e de São Paulo. As duas instituições chegam a endossar 20 pontos que impactam negativamente no setor.
A lista – elaborada pela jornalista Flaviana Serafim, publicada originalmente no site do sindicato de São Paulo e repercutida pela instituição da capital do país – traz o seguinte conteúdo:
1. Prevalência do negociado sobre o legislado
A mudança é que se podem reduzir direitos. Hoje, já é permitido que os sindicatos negociem com as empresas pontos previstos em lei, mas só para melhorar as condições de trabalho. Os direitos trabalhistas legais são o mínimo. O projeto permite que as empresas forcem negociações nocivas aos trabalhadores, sem a necessidade de qualquer contrapartida.
2. Fim da homologação no sindicato
Atualmente, quando o trabalhador é demitido (com mais de um ano no emprego), a empresa tem de homologar sua demissão no Sindicato dos trabalhadores. Isso permite que a entidade sindical confira as contas e alerte o trabalhador sobre os direitos que a empresa possa estar sonegando. Além do mais, também permite que o Sindicato tenha conhecimento das demissões que ocorrem na categoria. O projeto prevê que a homologação seja feita diretamente pela empresa, sem a participação do Sindicato.
3. Criação de uma nova modalidade de demissão sem justa causa…
Na qual o trabalhador recebe apenas metade da multa do FGTS e do aviso-prévio, além de só poder sacar apenas 80% do Fundo de Garantia e perder o direito ao seguro-desemprego – abre uma nova forma de pressão contra o trabalhador, forçando acordos de demissão com redução de direitos.
4. Criação de banco de horas por acordo individual, sem a intermediação do sindicato
Hoje, a lei garante o respeito à jornada de trabalho, com o pagamento de horas extras (se as empresas não cumprem, violam a lei). Mas é possível flexibilizar a jornada, se houver acordo com o Sindicato. Isso permite que os trabalhadores negociem coletivamente a questão com as empresas. O acordo individual acaba com isso: como a empresa é a parte forte das relações de trabalho, ela pode impor sua posição ao assalariado individualmente.
5. Jornada de 12 horas X 36 horas por acordo individual, ou seja, sem a participação do sindicato
É o mesmo problema do ponto anterior. Na relação de trabalho frente ao assalariado, a empresa tem posição de força e pode impor o que quiser.
6. Autorização para demissões coletivas, sem exigência de negociação prévia com o sindicato de trabalhadores
Hoje, há jurisprudência considerando que, em caso de demissões coletivas, as empresas têm de avisar previamente as categorias, por meio dos sindicatos, para que haja uma negociação. Com base nisso, o SJSP tem conseguido forçar negociações que estabeleceram contrapartidas, barraram demissões e até chegaram à reintegração de demitidos. Agora, a lei “libera” demissões em massa.
7. Retirada da natureza salarial de verbas pagas a título de “ajuda de custo”, diárias de viagens, abonos, vale-refeição (ainda que pagos em dinheiro) e prêmios pagos ao empregado
A medida “legaliza” o salário “por fora” (sem incidência de Fundo de Garantia, férias, 13º salário etc.), propiciando que as empresas fixem um salário baixo (como um piso salarial) sobre o qual incidem direitos, e determinem o restante do salário como verbas adicionais, sem direitos associados.
8. Limitação dos valores em caso de condenação por danos morais em no máximo 50 salários nominais
A determinação inclui até acidentes de trabalho, mesmo em casos de responsabilidade direta do empregador. Com isso, um trabalhador pode sofrer um dano que o impeça de ter uma vida produtiva, mas a empresa responsável não poderá ser condenada a arcar com as consequências de seu ato.
9. Em três pontos: dificulta a responsabilização solidária do grupo econômico em caso de não pagamento ao trabalhador, livra o ex-sócio de empresa da dívida trabalhista de seus antigos empregados e deixa os débitos à empresa sucessora, impedindo que o empregador originário seja acionado
Hoje, já são muitos os casos em que trabalhadores ganham ações trabalhistas, mas não conseguem ser pagos (pois a antiga empresa alega não ter patrimônio, bem como os seus donos, para honrar os compromissos). Os jornalistas sabem muito bem disso, como nos casos da Gazeta Mercantil, TV Manchete e Diários Associados. A lei introduz ainda mais obstáculos para que se responsabilize judicialmente empresas do grupo, seus donos ou seus compradores, facilitando aos empresários que “esvaziem” empresas em dificuldades e deixem os trabalhadores na mão.
10. Desestimula o ingresso de reclamações trabalhistas, pois limita a concessão de gratuidade da Justiça e impõe o pagamento ao trabalhador de honorários advocatícios e periciais (ainda que ele ganhe vários pontos do processo)
Hoje, o trabalhador entra com ação judicial para reclamar de questões legais não respeitadas pelas empresas. No caso de jornalistas, são correntes ações pelo não pagamento de horas extras (situação generalizada na categoria), não pagamento de adicional noturno, não cumprimento de intervalo intrajornada, acúmulo de função e equivalência salarial (decorrente do exercício de função de responsabilidade sem que a empresa formalize o cargo). Segundo o projeto, mesmo que o trabalhador ganhe em diversos pontos, terá de pagar honorários para os pontos que a Justiça não lhe der ganho de causa. A medida visa expressamente bloquear o ingresso de ações trabalhistas.
PARA LER MAIS 10 TÓPICOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE PREJUDICAM JORNALISTAS, CLIQUE AQUI
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Piada intelectual de esquerda...
Em dia de Temer com obstrução urológica - uma espécie de registro fechado no encanamento - ao mesmo tempo em que a Câmara Federal desobstruía sua ficha em espetáculo burlesco, um leitor do blog resumiu o momento político: Penis et Circenses
Fotografia: a Costa Verde por Alex Ferro
O verão aponta na esquina e o caderno Boa Viagem, do Globo, publica hoje matéria de dez páginas sobre Angra dos Reis, Ilha Grande e Paraty, com fotos de Alex Ferro, ex-Manchete, e texto de Denis Kuck.
Ilhas, praias, referências históricas, tudo está lá relatado e registrado de frente para o mar aberto.
A região é exuberante e a matéria um exemplo idem. E com o DNA do jornalismo ilustrado.
Confira AQUI
Ilhas, praias, referências históricas, tudo está lá relatado e registrado de frente para o mar aberto.
A região é exuberante e a matéria um exemplo idem. E com o DNA do jornalismo ilustrado.
Confira AQUI
2ª FESTA LITERÁRIA DE NOVA FRIBURGO: AGITO CULTURAL NA SERRA FLUMINENSE COMEÇA HOJE
Uma reportagem recente publicada no Globo mostrou que Nova Friburgo - em maio do ano que vem a cidade vai comemorar seus 200 anos -, atravessa a crise econômica e se recupera melhor do que outras regiões do Estado do Rio de Janeiro. Polos produtivos em setores têxtil, de agricultura, floricultura, turismo, metal-mecânico e de microempreendedores, incluindo o de cerveja artesanal, impulsionam a retomada.
A área cultural acompanha esse dinamismo. Começa hoje em Nova Friburgo (vai até o dia 29/10), a 2ª FLINF - Festa Literária de Nova Friburgo - que esse ano homenageia os escritores Affonso Romano de Sant'Anna e Marina Colassanti.
Além dos homenageados, a Flinf contará com o jornalistas e escritores Zuenir Ventura, Arthur Dapieve, Sergio Rodrigues, Hugo Sukman, Álvaro Ottoni, Paulo César Araújo e Flávia Oliveira, o historiador Luiz Antonio Simas, os poetas Omar Salomão, Ana Blue, Botika e Iracema Macedo, entre outros convidados. A dica é da jornalista Dalva Ventura, ex-Pais & Filhos.
Festa Literária de Nova Friburgo
Data: 26 a 29 de outubro de 2017
Local: no Cadima Shopping (Rua Moisés Amélio, 17 centro), no corredor cultural da cidade (Oficina Escola e Fundação D João VI – Praça Getúlio Vargas, 71 e 89, centro) e no Teatro Municipal (Rua Salusse, 616, Praça do Suspiro) – Nova Friburgo
Todas as atividades são gratuitas e sujeitas à lotação, exceto as oficinas de mediação de leitura na OAB e Usina Cultural Energisa.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI
"Querido, não esquece a listinha do supermercado"... Deputado confere relação de "demandas" durante votação que impede que Temer seja investigado por corrupção
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Foto de Lula Marques/Twitter |
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Foto de Lula Marques/Twitter |
por O.V.Pochê
Faça esse sacrifício. Finja por um minuto que você é um deputado da base governista. Ao sair de casa, gravata arrumada sob o colarinho branco, vossa excelência se despede da "patroa". Tem pressa para chegar ao plenário. Dá um beijinho no rosto da mulher ainda com restos de lama vulcânica para esticar as rugas e entra no carro com motorista que os contribuintes lhe deram. Mal sai da garagem vê a "patroa" correndo com um papel na mãos. "Amor, você esqueceu a listinha do supermercado". Ufa, vossa excelência respira aliviado. Aquela lista é a sua missão do dia.
As fotos acima são do fotógrafo Lula Marques, profissional que tem captado flagrantes reveladores do momento político no Congresso.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que conferia uma lista na hora da votação que impediu que Michel Temer fosse processado por corrupção, alega que o documento não era uma relação de "votos comprados" através da liberação de emendas para a bancada governista, mas uma excel de "demandas" de municípios do Rio Grande do Sul.
Então, tá.
Parece que foi ontem... Serviço de Meteorologia informa: chove dinheiro em Brasília
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Charge de Mariano publicada na revista Fatos em 1985. |
Naquele ano, o Brasil teve eleições municipais. As primeiras realizadas sob o poder da fracassada "Nova República". Havia, claro, os escândalos da vez. Embora ainda pouco noticiados, ganhavam apelidos: "Escândalo das Jóias ou Caso Ibrahim Abi-Ackel", "Escândalo Coroa Brastel", "Escândalo do INAMPS", "Caso Brasilinvest etc.
Mas a charge acima ilustrava uma reportagem da Fatos sobre a não menos escandalosa compra de votos em todo o país durante as eleições municipais ocorridas naquele fim de ano ou fim de mundo.
A matéria dava conta de uma chuva torrencial de dinheiro, com empresários molhando a mão de muitos políticos e políticos fazendo um "carinho" em eleitores.
Nas últimas semanas, a tempestade foi mais forte ainda. Com duas diferenças: choveu apenas sobre os felizes eleitores de Michel Temer. E a contrapartida, para maior prejuízo da sociedade, também foi dada por caneta e assinatura, em forma de decretos que favorecem setores e beneficiam certos políticos e seus padrinhos empresários. A eterna dobradinha que rege os podres poderes.
A Lava Jato do futuro? Para eles, é passado. Não os assusta.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Anitta no Multishow: "tem que ter muito peito para chegar até aqui"
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Reproduções You Tube |
VEJA UMA SELEÇÃO DE IMAGENS, CLIQUE AQUI
por Ed Sá
O prêmio Multishow, ontem, foi #chato.
O som era péssimo. A embalagem - cenário e efeito -, até que funcionou, pena que o conteúdo era medíocre e os desempenhos musicais idem, com algumas exceções, principalmente as do Nego do Borel e Anitta, esta com o seu balé da diversidade.
No mais, saudades da MTV.
Os apresentadores Tatá Werneck e Fábio Porchat deram a impressão de estar conduzindo um show de colégio em fim de ano. Perderam a graça em algum lugar antes de subirem ao palco da Jeunesse Arena, no Parque Olímpico. Não conseguiram envolver a plateia. Provocavam 'ahãs', 'ois' e silêncios constrangedores.
Anitta, a grande vencedora (Melhor Música, Melhor Cantora e Música Chiclete, Loka, com Simone e Simaria, onde fez participação) acabou salvando a noite, e não apenas pelo topless involuntário, que está bombando no You Tube.
O show de peitos, alás, ela levou no bom humor.
A cantora postou um textão no Instagram onde diz tudo e mais um pouco.
Mão boba: ex-presidente assediou atriz...
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Reprodução Mail on Line |
por Ed Sá
George HW Bush, 93, tinha 89 anos quando posou em Houston, Texas, para a foto acima publicada no Mail.
Aparentemente, tudo normal, um ex-presidente, ao lado da sua mulher, Barbara Bush, recebe um equipe de televisão, entre as quais a atriz Heather Lind então com 30 anos.
O detalhe oculto na imagem só foi revelado agora. Sentado na cadeira de rodas, Bush pai tem a mão esquerda livre para explorar certas latitudes curvilíneas do corpo da atriz. Enquanto todos sorriem para a câmera, inclusive a atriz que naquele momento era bolinada, o anfitrião concede apenas um meio sorriso já que estava concentrado em atividade que lhe pareceu prioritária.
Em meio à atual onda de denúncias de assédio sexual envolvendo figuras famosas, Heather Lind revelou no Instagram - e achou melhor apagar depois - a apalpada presidencial.
Diante da repercussão, Bush pediu desculpas e disse que em sua "tentativa de humor" não quis ofender a atriz.
Esse tipo de investida do ex-presidente já seria conhecido do seu staff. Um dos seguranças percebeu as evoluções da mão boba do chefe e comentou que a atriz não deveria ter ficado ao lado do ex-presidente. Certamente ali não era uma zona de segurança.
A polêmica do papel higiênico preto
A campanha do papel higiênico preto gerou polêmica por que usou a frase "Black is beautiful" e internautas viram nisso um conotação racista. A frase é derivada de uma importante etapa do movimento nos anos 60 e 70.
A marca de desculpou, a protagonista da campanha, Marina Ruy Barbosa, idem, mas o assunto rendeu memes como essa na internet a partir de outras e criativas interpretações do novo papel.
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