segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celular Kodak Ektra - Um debate entra em foco: os smartphones substituirão as câmeras?



por Jean-Paul Lagarride

O jornalista Roberto Catania levantou, essa semana, na revista italiana Panorama, uma questão atual: os smartphones substituirão as câmeras fotográficas compactas?

Talvez, avalia ele, ao sugerir que a questão é mais de semântica.

Os celulares não exterminarão as câmeras; os celulares estão, a cada dia, transformando-se em câmeras compactas que se comunicam, interagem, mandam e recebem mensagens, dados e, principalmente, geram, enviam e recebem fotos.

Fabricantes de câmeras consagradas como Leica e Hasselblad, além das famosas lentes Zeiss, já operam parcerias com marcas de smartphones. Agora, a Kodak - na verdade, o grupo Bullitt, que adquiriu a empresa - lança um modelo de celular com design inspirado em uma das suas câmeras mais populares, a Ektra, lançada em 1941.

A ideia é agradar aos nostálgicos mas também aos fotógrafos amadores e profissionais - o Kodak Ektra vem com dispositivos virtuais semelhantes aos usados nas câmeras DSLR e oferece um série de modos de operação (Smart Auto, Portrait, Sports, Bokeh, Night-time, HDR, Panorama, Macro, Landscape, Film / Video e Manual).

O modo Manual deve despertar o interesse dos fotógrafos profissionais, assim como a discreta empunhadura na sua base com botão de disparo, o que dá mais firmeza ao bater a foto.

O modo Film, que pode imitar o visual icônico dos filmes Super 8mm da Kodak, é um mais um toque vintage.. Preço estimado: 550 dólares. Deve chegar ao mercado ainda esse ano.

Um pouco de história...

A Ektra, da década de 40
A Ektra chegou ao mercado em 1941 como uma tentativa da Kodak de concorrer com as alemãs Leica e Contax, com uma linha de câmera, lentes e filmes 135mm.


O modelo Ektra 10, anos 80


E a mesma Kodak Ektra que foi oferecida como brinde para assinantes da revista Fatos, em 1985. com direito a logotipo Kodak Fatos, como se vê no corpo da câmera. 

Já nos anos 1980, um novo modelo, a Ektra 10, em versão popular, foi comercializado no Brasil. Na época do lançamento da revista Fatos, da Bloch, era essa a câmera que o marketing da empresa oferecia como brinde aos assinantes da publicação.

Josiane Magalhães: fotógrafa mineira se especializa em ensaios sensuais femininos sob encomenda. É o álbum fotográfico "on demand"

Reprodução blogdescalada.com

Foto : Acervo pessoal Jo Magalhães

Foto: Jo Magalhães

Foto: Jo Magalhães


(do Blogdescalada)

A fotógrafa mineira Josiene Magalhães, por um acaso do destino, especializou-se no que ela mesmo intitula de “fotografia feminina”. Assim Jo, como gosta de ser chamada, começou a lapidar uma especialidade focada em um nicho específico, o qual procura fotografar essencialmente mulheres que desejam presentear os maridos com um álbum sensual. Magalhães, que é formada em jornalismo, possui experiência de 10 anos trabalhando como fotógrafa profissional.

A partir deste tipo de demanda, realizada sempre com muito bom gosto e talento, tudo começou a ganhar dimensões que já transcendiam os parâmetros que estabeleciam um simples ensaio fotográfico.

Por meio de suas lentes a fotógrafa mineira começou a perceber que cada uma de suas modelos, ao final de cada ensaio, ficavam com a auto-estima renovada e visivelmente sentiam-se mais confiantes. Como todas as suas clientes ficavam satisfeitas com o resultado, o marketing de boca-a-boca fez com que uma escaladora entrasse em contato com Jo com um pedido singular : realizar um ensaio no mesmo estilo do Stone Nudes (trabalho realizado pelo fotógrafo americano Dean Fidelman). Magalhães, que já tinha praticado escalada em sua vida e já conhecia o trabalho pedido pela cliente, aceitou o desafio e, assim, viu nascer um novo estilo em sua galeria de habilidades fotográficas.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA MAIS FOTOS NO BLOGDESCALADA, 
CLIQUE AQUI

domingo, 23 de outubro de 2016

Convite do concurso Miss Bumbum 2016: santa polêmica...


por Ed Sá
O Miss Bumbum 2016 deflagrou uma ira santa. Para anunciar a final do concurso, os organizadores divulgam uma peça de propaganda que lembra o quadro A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci. Católicos consideram a foto uma demonstração de apelação e desrespeito. Nas redes sociais, as criticas condenam a exploração de um símbolo religiosos e também a redução da mulher aos seus atributos físicos.
O organizador do concurso, Cacau Oliver diz que não pensou em momento algum em desrespeitar religiosos.
Não foi a primeira vez que o Miss Bumbum faz referência ao famoso quadro. Em 2011 (abaixo), um anúncio até mais elaborado reuniu "santas" para uma ceia biblicamente caracterizada.
Aparentemente, dessa vez a polêmica é maior e a foto repercutiu até no exterior.


sábado, 22 de outubro de 2016

A ficha de Crivella e a Operação "Calma Aí, Cunha!"



por Flávio Sépia 

A Veja está nas bancas com duas capas.

No alto, o bispo licenciado Marcelo Crivella posa para uma "selfie" policial "obrigatória". Segundo a revista, tal ficha andava escondida há anos.

O líder evangélico seria o responsável pela construção de um templo do conglomerado da Igreja Universal. O terreno foi invadido e Crivella não se conformava com a demora da reintegração judicial e tentou tomar na marra e retirar uma família da área pendente.

Na época, ele também trabalhava na Empresa de Obras Públicas do Estado, durante o governo de Moreira Franco. Foi detido. A revista dá mais detalhes do inquérito.

Na outra capa, a Veja estampa Eduardo Cunha, ex-louvado e exaltado quando conquistou a Câmara dos Deputados. A revista opina na chamada que a cela do político vai lotar. Será?

Pelo menos uma consultoria internacional, segundo a BBC Brasil, avalia que elites empresariais e políticas agem para garantir a contenção de danos e blindar nomes do governo eventualmente na mira de Cunha. Ainda não é possível antecipar se o preso fará delação premiada. E, se o fizer, se o acordo será aceito pela Lava Jato.

Um colunista da Veja defende que "a partir de certo ponto, a delação vira o outro nome da impunidade". Tudo indica que o "certo ponto" é Cunha. Nos últimos dias, esse tipo de opinião ganhou força entre políticos, juristas alinhados com o governo e colunistas idem.


Já a capa da Época analisa aspectos já revelados da arrecadação operada pela chapa Dilma-Temer nas últimas eleições. Na teoria, denúncias que se efetivadas poderiam alcançar o atual presidente. Na prática já circulam opiniões até de ministro do STF que embutem parecer de que Temer é Temer, Dilma é Dilma e as contas são separadas. Cunha poderia enterrar essa versão caso sua delação seja um dia, quem sabe, aceita.

Dizem que o ex-presidente da Câmara é metódico e tem na sua caixa preta "recuerdos" de momentos especiais. Se é folclore ou não, especula-se que o ex-deputado guardava desde guardanapo com rabiscos e cifras a vídeos, documentos com firmas reconhecíveis, fotos de churrascos e comes e bebes, emails, orkut, face, whatapps, bilhetinhos e canhoto de entregas a domicílio.

Daí, estaria em curso uma monumental "Operação Calma Aí, Cunha!"

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Vaza o título da delação premiada de Cunha: "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado"

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook

por O V. Pochê

Na próximas semanas, o Brasil viverá o suspense de aguardar duas listas: uma, a relação de participantes do BBB Brasil é certa; a outra, o listão dos corruptos incluídos na delação premiada de Eduardo Cunha ainda é incerta.

O fato é que ontem, após a prisão do ex-festejado presidente da Câmara, motoboys cruzavam constantemente as guaritas do Palácio do Planalto, do Senado, da Câmara, do STF, do TCU, do Setor das Mansões e dos condomínios de imóveis funcionais fazendo entregas rápidas de Diazepan, Lorezepan, Sintocalmy, Tensart, Lexotan, Rivotril e até supositórios de camomila em embalagem industrial.

Tem autoridade desligando a TV ao ver que vai passar o filme "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado".

O que acalma o pessoal, mais do que os tranquilizantes, são comentários e indícios de que duas hipóteses seriam mais prováveis: Cunha, como já teria afirmado, diz que não é homem de entregar a rapadura e não fará delação; ou Cunha reverá essa posição, liberará o dossiê acusatório, mas sua delação não será aceita, como já ocorreu em mais de um caso.

O ex-deputado, de qualquer forma, teria passado os últimos meses a formatar sua papelada preparando-se para ligar o ventilador.

Políticos mais otimistas, potencialmente inseridos no listão, especulam que a delação premiada de Cunha só ocorrerá se mirar nomes do PT. Aí, no pacote, poderá sobrar para figuras de todos partidos que se relacionaram com o poderoso ex-deputado do PMDB do Rio de Janeiro.

Se o dossiê não incluir Lula e companhia, se mirar apenas em parte do PMDB e no PSDB, as chances de aceitação despencarão. Tudo isso, claro, são cenários que Brasília faz nesses dias de pânico.

Políticos pessimistas acham que Cunha é vingativo e o imaginam em seus pesadelos como a figura ao lado, ameaçadora e de dedo em riste.

O furacão de memes que varreu a internet, ontem, é um sinal de que os brasileiros torcem para que Cunha abra a caixa preta.

Mas até que esse enigma seja esclarecido, não passa nem um micro nanotubo no esfíncter da República.

Duvida? Confira os dois emoticons mais usados por suas excelências, no momento, em troca de mensagens pelo Whatapps.





E veja a fila do check-in do aeroporto de Brasília, hoje de manhã. Foi o embarque para o exterior de políticos que subitamente pediram licença para tratamento de saúde no Panamá, nas Bahamas e na Suíça.



Relatório Durex: Pesquisa mundial mostra que o Brasil é o país em que os jovens perdem a virgindade mais cedo...




por Jean-Paul Lagarride

Uma pesquisa feita pela Durex, fabricante de camisinhas, constatou que indianos, indonésios e malaios são os povos que mais retardam a perda da virgindade.

Na Índia, a primeira relação sexual ocorre, em média, aos 22 anos e meio; 23,6 na Indonésia e 23,7 na Malásia. O caso da Índia surpreende. É a terra do Kama Sutra. Mas a juventude local parece não ler o livro.

O Brasil, com a média de 17,3 anos para a estréia sexual, lidera o ranking mundial.

Em segundo lugar está a Colômbia e em terceiro a Áustria, que só parece um país de jovens frios nos cartões postais.

O Japão é meio devagar: o sushi sexual só é servido lá aos 20 anos e quatro meses, em média. Nos Estados Unidos, um jovem corre o risco de ser convocado para uma das inúmeras guerras em que o país se envolve antes mesmo de botar sua bazuca para funcionar.

Na Coréia do Sul, os jovens parecem mais rápidos em fabricar celular do que estabelecer uma conexão real entre si. Só se ligam aos 22 anos e um mês.

A pesquisa foi feita em 37 países, em 2012, tratava-se de uma iniciativa interna, de marketing, sem previsão inicial de divulgação. Recentemente foi publicada no The Sun.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Fotografia: instantes que definem o pesado clima da atual campanha eleitoral americana

por Niko Bolontrin
Matéria no site da Columbia Journalism Review aponta fotos que considera representativas da atual campanha eleitoral americana. E não é para elogiar. Cinismo, hostilidade, ironia e sátira visual são elementos presentes. Não por acaso, a atual corrida eleitoral tem sido considerada a de mais baixo nível da história. Essas e outras fotos foram reproduzidas no Instagram e no Twitter.
Hilary pressionada por repórteres.

Ted Cruz: o então pré-candidato era pro-armas

Por um instante, a imagem de Trump evoca a saudação nazista. 
VEJA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DA COLUMBIA JOURNALISM REVIEW, CLIQUE AQUI


Pai trola filha para criticar as selfies sensuais da menina...




Reproduções Instagram

por Clara S. Britto

Cansado de pedir à filha Cassie, de 19 anos, que parasse de postar selfies sensuais no Instagram, o pai da menina, Chris, que trabalha no controle de estoques de uma loja e, nas horas vagas, ganha uns trocados como comediante em eventos comunitários, partiu para a gozação e recriou poses da filha.

O caso chamou a atenção da revista US Weekly, que entrevistou a ambos.

Na rede, Chris foi chamado de idiota por outros pais, mas ganhou apoio da maioria.

Cassie achou engraçada a tática do pai para criticar suas selfies, mas não se comprometeu a mudar seu estilo.

Parem de dizer besteira: FORRÓ VEM DE FORROBODÓ

por Jean-Paul Lagarride
Primeiro foi o filme nacional For All/ O trampolim da vitória, de 1997, que mostra a atuação dos militares norte-americanos em 1943 na cidade brasileira de Parnamirim, nos arredores de Natal, no Rio Grande do Norte, durante a construção da maior base militar fora dos EUA em plena Segunda Guerra Mundial. 
A partir do título, o filme veicula a tese de que a palavra “forró” se originou dos bailes “para todos” (“for all”) promovidos pelos gringos.
Agora a Polícia Federal embarca na mesma canoa furada. Em nova e meritória ofensiva em defesa do dinheiro público, decidiu batizar a operação de For All (o alvo são várias bandas de forró que “esqueceram” sistematicamente de declarar seus ganhos nos últimos anos e de pagar o devido imposto.) 
A origem da palavra “forró” ainda é gringa, mas desta vez a fonte é outra. Citamos O Globo de hoje, quarta-feira, 19/10: 
“Segundo a PF, o nome da operação, “For All” (“para todos”, em português) tem relação com a origem do nome forró. Há notícias de que, no início do século XX, engenheiros britânicos instalados em Pernambuco para construir uma ferrovia promoviam bailes abertos ao público, “for all”. O termo passou a ser pronunciado ‘forró’.”                  
Para desfazer este ledo e ivo engano, basta consultarmos a básica Wikipedia, que se valeu dos conhecimentos de nosso maior etimologista, Mestre Evanildo Bechara. Leiam abaixo – as versões em gringuês, inclusive, são mencionadas e devidamente contestadas. 
Origem do nome
 O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara, é uma redução de forrobodó, que por sua vez é uma variante do antigo vocábulo galego-português forbodó, corruptela do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação[1]. O elo semântico entre forbodó e forrobodó tem origem, segundo Fermín Bouza-Brey, na região noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), onde "a gente dança a golpe de bumbo, com pontos monorrítmicos monótonos desse baile que se chama forbodó"[2][3][4].
Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos).[2] Para essa versão foi inventada uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal (Rio Grande do Norte) do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.[5]
Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo. Em 1912, estreou a peça teatral "Forrobodó", escrita por Carlos Bettencourt (1890-1941) e Luís Peixoto (1889-1973), musicada por Chiquinha Gonzaga[6] e em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base militar em território potiguar, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém[3].
Histórico
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" ou ainda "forrobodão"já em fins do século XIX.[7]
O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos anos 60 grandes forrozeiros fizeram sucesso, tais como Luiz Wanderley, Nino e Trio Paranoá, Sebastião do Rojão, Zé do Baião e muitos outros que, posteriormente, caíram no mais completo esquecimento. Uma possível causa para esse ostracismo vivido pelos cantores de forró dos anos 60 e 70 na atualidade pode ser o desinteresse do grande público pelo forró tradicional, aliado à falta de apoio por parte dos grandes artistas da MPB regional.
Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Marinês, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram. Foi nessa década que surgiu a moda do forró de duplo sentido, consagrada pelas composições e interpretações de João Gonçalves. Outros grandes cantores do período foram Zenilton e Messias Holanda.
A década de 1980 foi de crise para o forró, o que fez com que grandes nomes do gênero carregassem na maliciosidade das letras para atrair a atenção do público. Foi a década do chamado "forró malícia" representado por nomes como Genival Lacerda, Clemilda,Sandro Becker, Marivalda entre outros. Foi nessa década que a bateria (esporadicamente utilizada nos anos 70) foi inserida oficialmente na instrumentação do gênero, assim como a guitarra, o contrabaixo e, mais raramento, os metais. A década de 1980 terminou sem que o gênero conseguisse recuperar o prestígio e, nos anos 1990, surgia um movimento que procurou dar novo fôlego ao forró, adaptando-o ao público jovem; era o nascimento do reinado das bandas de "forró eletrônico", surgidas no Ceará, cuja pioneira foi a Mastruz com Leite. Outros grandes nomes desse movimento são Calcinha Preta (que impulsionou o crescimento do forró pelo Brasil e pelo mundo a fora), Cavalo de Pau, Magníficos e Limão com Mel.
 Referências
1. BECHARA, Evanildo (2009). Minidicionário da Língua Portuguesa Nova Fronteira [S.l.] p. 957. ISBN 9788520921852.
2. ↑ Ir para:a b Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete "forrobodó"
3. ↑ Ir para:a b Sobre Palavras - Forró vem de "for all"? Conta outra!, Sérgio Rodrigues, Revista Veja, 4 de agosto de 2011
4. José Augusto Carvalho. . "A origem forrobodó". Conhecimento Prático Língua Portuguesa (53). Editora Escala.
5. ↑ a b c Mvirtual. «Forró - Origens e Manifestações atuais». Consultado em 13 de janeiro de 2012.
6. ChiquinhaGonzaga.com - peças teatrais
7. IEnciclopédia da Música Brasileira: p. 301.
8. Ricardo Schott (Janeiro de 1995). «Raimundos: A corrida do ouro». Super Interessante


Imprensa: a notícia possível


por Elstor Hanzen (para o Observatório da Imprensa)

Um dos livros mais interessantes sobre o processo produtivo do jornalismo e, por consequência, da própria construção da realidade social, é do pesquisador espanhol Miquel Rodrigo Alsina: A construção da notícia. A obra de teorias do jornalismo e da notícia reflete que o noticiário não é só resultado de um trabalho profissional de produção de textos, e muito menos uma simples representação da realidade, mas o resultado de um processo de construção que começa com a compreensão da realidade na qual os eventos acontecem, resumindo o processo em três fases – seleção, hierarquização e tematização da informação. Assim a mídia realiza uma atividade especializada da qual depende a construção da própria realidade social.

Alsina faz a seguinte definição: a notícia é uma representação social da realidade cotidiana, gerada institucionalmente e que se manifesta na construção de um mundo possível. Ela “é gerada numa instituição informativa que pressupõe uma complexa organização”. Mas, além disso, o papel da mídia é institucionalizado e tem a legitimidade de gerar a realidade socialmente relevante.

Embora se esteja diante de um processo complexo de produção industrial da notícia, a mídia não mostra isso com facilidade, pois quer transmitir a autoimagem sobre seu trabalho como sendo apenas uma receptora e retransmissora de informações – uma espécie de reprodutor da realidade. E, justamente por esse ser um contexto pouco conhecido da grande maioria da população, os conceitos de jornalismo como espelho da realidade e da objetividade jornalística tiveram terreno fértil por muito tempo.

A objetividade como estratégia

No livro, o pesquisador chama esses conceitos de táticas para ocultar o verdadeiro funcionamento da produção noticiária e, agrupando outros autores ao seu pensamento, faz um percurso pelo desenvolvimento do acontecimento e sua importância antes de ganhar a grande massa midiática da atualidade. “O jornalista é o autor de um mundo possível que se manifesta em forma de notícia. Na construção da notícia estão presentes três mundos distintos e que estão inter-relacionados; são eles: o mundo ‘real’, o mundo de referência e o mundo possível.”

O autor explica que o mundo real ou o mundo dos acontecimentos é onde o jornalismo recolhe parte das informações; o recorte é feito com base no mundo de referência – cultura, conhecimento, orientação editorial do veículo –, quando se estabelece a verossimilhança com os fatos conhecidos e recolhidos do mundo real; e daí se constrói o mundo possível com marcas da veracidade.

Evidentemente que tais procedimentos ocorrem dentro de um modelo de conveniência política, ideológica e fatores técnicos do órgão de comunicação que confecciona a notícia. Com isso a produção se reduz, basicamente, em seleção, hierarquização e tematização: contato direto e geral aos acontecimentos – exclusão/inclusão; atribuição de importância menor ou maior ao fato na edição e estabelecer os temas que devem centrar a atenção da opinião pública, respectivamente. Assim, o espanhol conclui que quando mais avançar na ordem desse processo maior será a discricionariedade do produtor, ou seja, o poder de controle e de interferência do profissional e do veículo de comunicação será maior na parte da hierarquização e da tematização dos assuntos, a saber.

A objetividade no jornalismo foi adotada por vários motivos, inicialmente nos EUA, para viabilizar uma ideologia de modelo liberal de imprensa. Tem como proposta básica desvincular os fatos do seu contexto histórico e de qualquer tipo de classe, além de neutralizar o sujeito do enunciado, o que de forma alguma é factível, ressalta Alsina. Seria o mesmo que excluir o observador da coisa observada. O conceito, aliás, nunca foi imutável à crítica e enfrentou sua maior crise nos anos de 1960, com o aparecimento do “novo jornalismo”, muito mais subjetivo e flexível na estrutura narrativa dos fatos, inclusive focado em contar mais os pequenos acontecimentos do cotidiano.

Ademais, conforme Alsina, o século 20 foi marcado pela utilização dos meios de comunicação para fins políticos e de guerras, o que acabou de vez com a ideia da objetividade como requisito de verdade das notícias. Como estratégia militar, exemplifica o autor, a informação pode sofrer um apagão ou vier em excesso. No primeiro caso, usam-se dados técnicos para justificar a não publicação, sonegando os fatos do conhecimento público; no segundo, a hiperinformação e as imagens chocantes são dadas para desviar a atenção da opinião pública da verdade, como no caso da Guerra do Golfo em 1990, por exemplo.

LEIA O ARTIGO COMPLETO NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, CLIQUE AQUI




Esquentando... UOL terá camarote na Marquês de Sapucaí

Segundo o Meio & Mensagem, o UOL terá um espaço exclusivo na Marquês de Sapucaí durante os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Pela primeira vez, o portal terá um camarote próprio no Sambódromo, onde receberá convidados e promoverá shows.
O UOL realizará, ainda, dois bailes em São Paulo e cobrirá os carnavais de outras cidades.

"Kim Kardashian do Bolsa Família" doa R$ 75 milhões para campanha eleitoral". Ooopps! Desculpe aí. São 75 reais... Ou 750 reais... E o nome dela é Geni

ONTEM
HOJE

AGORA


Se a notícia interessar, embrulha e manda? Então, tá.

Ontem, o Globo divulgou na primeira página uma espantosa informação do TSE. Uma beneficiária do Bolsa Família, uma só, doou R$ 75 milhões para campanha eleitoral.

O povo diz que acredita em qualquer coisa quem está louco de vontade de ver como verdade o boato.

O Bolsa Família, como, de resto, a maioria das políticas sociais, é desde o minuto zero detestado pelo neoliberalismo.

A "notícia" viria a calhar para desmoralizar de vez o instrumento de renda auxiliar.

Tome primeira página.

No mínimo, tenha a suposta  beneficiária (agora ela passou a ser chama da suposta) originado o erro ou não, uma doação tão monumental mereceria uma investigação própria por parte da mídia.

Hoje, em página interna, o jornal publica um "foi mal". Os 75 milhões de reais das contas de uma candidata a vereadora que não se elegeu eram, na verdade 75 reais.

Pra confundir mais um pouco, ou esclarecer, sabe-se lá, o G1 diz agora que a doação foi de 750 reais...

Parece até música do Gonzagão: "Eu lhe dei vinte mil réis/Prá pagar três e trezentos/Você tem que me voltar/Dezesseis e setecentos!/Dezessete e setecentos!/ Dezesseis e setecentos!..."

Fazer o que? Nesses momentos o "jornalismo" não se diferencia das fantasiosas e às vezes até hilárias, de tão absurdas, correntes de email.

Se o TSE errou ao divulgar, o jornal também vacilou ao publicar a "notícia" sem sequer tentar descobrir quem seria essa bilionária "Kim Kardashian do Bolsa Família" e para quem ou quais candidatos ela teria doado toda essa bufunfa.

Ontem, alegava-se "sigilo da investigação", hoje, rapidinho, isso foi esquecido e candidata e contador já são até entrevistados.

Em tempo: a doadora chama-se, na verdade, Geni. Pois é, jogaram merda na Geni e ela é inocente.

Sem falar que o Bolsa Família é uma espécie de Geni para a direita brasileira.

O TSE está investigando irregularidades em doações para campanhas eleitorais, o que é sua obrigação. Diz-se que os valores ultrapassam o bilhão de reais. O ideal é que seja transparente e divulgue nomes de doadores (o que é público e obrigatoriamente deve constar das contas dos candidatos) e destinatários das doações.

Depois de conferir os números, naturalmente

A fé não costuma "faiá"... Repórter Fernando Molica tira o Apocalipse do armário

Coube ao repórter Fernando Molica, que nos anos 1980 foi free lancer da Fatos & Fotos e da Manchete, revelar o que parecia óbvio mas até aqui não despertava o interesse da mídia em geral: as pérolas do pensamento fundamentalista do candidato a prefeito do Rio, Marcelo Crivella, registradas em livros que a campanha do sobrinho do Macedo e do aliado do Garotinho preferiria que permanecessem empoeirados no fundo do baú.

A onda conservadora tem favorecido políticos que acenam com a perigosa mistura, como o mundo mostra, entre política e religião. O que é lamentável e não vai acabar bem.

O caso do Rio é exemplar. Um candidato acusado de agredir a mulher foi justamente rejeitado pelo voto feminino. Como em um jogo sem saída, um não-tem-tu-vai-tu-mesmo, o Rio poderá ser governado por um religioso que, segundo revelações do Molica, expressou nos livros que escreveu ou organizou o "dogma" de que a mulher deve ser submissa ao homem.

Antes, definiu religiões que não a sua como "diabólicas", usou um termo racista, "mundo amarelo", para dizer que no Oriente "os espíritos imundos vêm disfarçados de forças e energias da natureza".

Demônios são responsabilizados por vícios, homossexualidade e doenças, o que sugere que uma "política" de saúde "eficiente" seria espalhar pela cidade clínicas ambulatoriais para expulsão do diabo dos corpos e mentes.

Hoje, o site Conexão Jornalismo tira do armário mais um dado revelador.



É a música "Chute na Heresia" onde o atual candidato comenta o famoso chute em uma imagem de N.S Aparecida perpetrado por um colega pastor, Sergio von Helde.

A canção faz parte de um CD de Crivella e a letra não poderia ser mais explícita: "Na minha vida dei um chute na heresia / Houve tanta gritaria de quem ama a idolatria / Eu lhe respeito meu irmão, não quero briga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga" (...) "Aparecida, Guadalupe ou Maria / Tudo isso é idolatria de quem vive a se enganar / Mas não se ofenda meu irmão, não me persiga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga".

Além de ironizar o ponta-pé em um símbolo religioso caro a milhões de brasileiros católicos, a letra tem notas ameaçadoras e meio "bélicas": "Eu vou cortar o poste de baal? Atropelar a jezabel com meu cavalo/Lançar a pedra na cabeça do golias/E lutar a cada dia contra essa idolatria/Eu quero ver a babilônia despencar/E a fornalha não queimar/Aquele que só serve a Deus/O mar aberto, nosso povo a passar/Faraó a se afogar no meio do mar vermelho".

Crivella tem acusado o opositor, Marcelo Freixo, de supostamente apoiar a tática black bloc.

Mas esse versinho aí, meu amigo, é puro black bloc do fundamentalismo.

Barra pesada. Eu, hein?

LEIA MAIS NO SITE CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Car Wash Park: um mundo de sonho e fantasia...








por O. V. Pochê

A Lava-Jato ainda vai render livros - já saíram dois, um que é samba-exaltação e outro que mostra o "outro lado" da operação, aquele que não chega à mídia - há citação em novelas, projetos de filmes, seriados, um museu (quem sabe com figuras em cera do juiz, da força-tarefa, do japonês, dos caguetas e dos acusados) e futuramente, segundo vazamentos de fontes não-identificadas, será construído um parque temático em Curitiba onde os visitantes poderão interagir com holografias das principais figuras da operação, games do tipo caça-níquel onde os turistas simularão delações premiadas e, se o depoimento mandar um petista pra cadeia, receberão uma grana de respeito.

Nasce o Car Wash Park.

Uma espécie de Las Vegas da lei.

Réplicas do triplex de Lula e do sítio poderão ser visitadas. A lanchonete servirá todos os tipos de petiscos, inclusive hamburger de jabá, mas coxinhas serão oferecidas gratuitamente. O livro dos visitantes terá um interessante característica: em vez de assinatura, impressão digital. Os mais realistas poderão passar uma noite na réplica da cela de um condenado.

Haverá simulações de como vivem em suas mansões alguns delatores premiados, seus hábitos de consumo sofisticado etc.

Sobre um dos mais famosos alvos da Lava Jato, um ex-presidente da Câmara, não há nada planejado no parque temático já que não há certeza nem previsão de que a dita figura sofrerá condenação ou mesmo se será inocentada por falta de provas.

Haverá um recanto de tucanos onde as aves passearão livremente. Na parte educativa, lideranças do PMDB darão aulas de ética para crianças e participarão de um reality show de etiqueta política.

Os idealizadores do Car Wash Park estão finalizando o projeto básico e pretendem reivindicar inclusão do empreendimento na Lei Rouanet, pelo seu inegável impacto cultural e educativo.

Dentre os desdobramentos culturais e intelectuais da Lava Jato apenas o filme épico que, segundo a mí dia, seria dirigido por José Padilha enfrentaria percalços. O diretor teria convidado o ator Wagner Moura para o papel de galã da força-tarefa. Moura teria declinado.
Não há notícia se ele mudará de ideia ou se será conduzido coercitivamente ao set. Embora tenha topado viver o drug lord Pablo Escobar na série do Netflix e percorrido os grotões de Medellín, Moura surpreendentemente teria achado complicado ligar seu nome às pessoas em terrenos de Curitiba ainda não desbravados pela História. Será?

Vaza na Operação Mobral - Revista cria um novo verbete: "exitou", supostamente de hesitar


por Holanda Aurélio Houaiss Buarque

Um vazamento da Operação Mobral revela que os passaralhos da Editora Abril podem ter atingido dois funcionários que antes atuavam nas redações: um deles tinha o apelido de "Português" e o outro atendia pelo codinome de "Ortografia".
Em matéria sobre o desdobramento do caso Fábio Porchat-Rita Cadilac - o apresentador pediu desculpas por ter sido grosseiro com a convidada do seu programa - a revista conta que, em sinal de paz, Porchat deu um beijo na lendária bunda da Cadilac.
Segundo o texto da Veja, Rita "exitou". Não se sabe se a intenção foi criar um novo verbo para nomear o "êxito' do beijo ou vagamente passou pela cabeça do sujeito dizer que Rita demonstrou dúvida, hesitou. O texto também erra o acento de derrière, mas aí é outro departamento fora da jurisdição da operação..
Aguarda-se um novo vazamento de depoimentos à força-tarefa da Operação Mobral para identificar o responsável.  Não vale "delassão" premiada

domingo, 16 de outubro de 2016

Capa da Time: derretimento de Donald Trump... a continuação



por Jean-Paul Lagarride

A mídia americana tem divulgado uma sequência de depoimentos de mulheres que foram sexualmente atacadas por Donald Trump.

Hoje, divulgam o relato de uma ex-participante do programa O Aprendiz, que ele apresentava na TV.

Segundo ela, Trump forçou um beijou na boca e fez-lhe uma promessa de emprego. Outra mulher, hoje septuagenária, denuncia que foi tão apalpada por Trump que em certo momento achou que o atual candidato à Casa Branca tinha umas oitos mãos, algo como um polvo, tal a capacidade de estar presente em tantas partes do seu corpo no mesmo momento frenético.

Tudo indica que tais revelações podem decretar o naufrágio da candidatura republicana.

Se isso acontecer, o mundo ficará devendo essa às mulheres que Trump assediou.

A revista Time deu há algumas semanas uma capa do Trump derretendo (Meltdown). Não sei se o fato é inédito entre as grandes revistas do mundo, mas a edição dessa semana é ilustrada por uma espécie de continuação da mesma capa.

Na Time Parte II, Trump aparece ainda mais liquefeito (Total Meltdown).

Revista diz que Venezuela, Bolívia e Equador invadirão o Brasil caso Lula seja preso. Prepare-se para defender as fronteiras da Pátria cantando "verás que um filho teu não foge à luta"

por Flávio Sépia

A velha mídia costuma criticar blogs jornalísticos e redes sociais e até defende um bloqueio aos alternativos. Argumenta que só o baronato da comunicação detém a credibilidade. A realidade e o avanço da mídia digital independente desmentem tal autodefesa. A internet já derrubou o absolutismo do jornalismo comercial. Se, por interesses próprios, a velha mídia não publica determinado fato, este não vai mais para debaixo do tapete corporativo, são múltiplas as chances de podres poderes virem a público em canais de grande audiência (medida, aliás, em milhões de leitores). 
Mas...e quando a velha mídia veicula fantasias como se fosse uma dessas incríveis correntes de emails? Deve-se dar credibilidade ao vale o que está escrito deles? 
Olha só o que a Veja divulgou no seu site.




O pior é que um assessor político do Temer acreditou realmente que Venezuela, Bolívia e Equador estão de tanques lubrificados e caças esquentando motores para atacar o Brasil. 
Leia o post do sujeito:




Registre-se que o assessor logo em seguida caiu na real, viu que ajudava a espalhar boatos, postou sua desconfiança e rapidinho fez delação não premiada da fonte da "notícia":



A Rádio Gaúcha tem a íntegra da entrevista de Dilma Rousseff no seu site oficial.  Não há indício de que o Doutor Fantástico, o famoso personagem de Stanley Kubrick que lança um bomba nuclear na União Soviética por desconfiar que comunistas estariam envenenando os reservatórios de água dos Estados Unidos, tenha assessorado Dilma durante a entrevista à rádio.


De qualquer forma, já que a "credibilidade" move a velha mídia, vale o alerta: cave trincheiras, lubrifique os fuzis, tire a poeira do uniforme e apresente-se ao posto de recrutamento mais próximo. Prepare-se para defender as virgens e as crianças: o Brasil precisa de você!

sábado, 15 de outubro de 2016

Faça humor não faça bullying: Fábio Porchat humilha Rita Cadilac na Record








LEIA MAIS NO MIDIA NEWS, CLIQUE AQUI







E VEJA O DESABAFO DE RITA CADILAC, CLIQUE  AQUI



Google e SIP se unem para combater censura on line

(do site da ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) 

A Associação Interamericana de Imprensa (SIP) e o Google anunciam uma nova parceria para combater os ataques DDoS como ferramenta de censura e expandir a disponibilidade e adoção do Projeto Shield, um serviço gratuito desenvolvido pela Jigsaw que utiliza a tecnologia e infraestrutura do Google para proteger os sites de notícias e a liberdade de expressão de ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) em toda a América Latina.

O objetivo da parceria entre a SIP e Google é garantir que todos os membros da associação estejam protegidos contra ataques DDoS. O Projeto Shield, serviço da Jigsaw, está disponível para empresas jornalísticas independentes, de todos os tamanhos, além de organizações de direitos humanos, e grupos de acompanhamento eleitoral, todos que, frequentemente, são alvos de ataques DDos. Os ataques DDoS são considerados uma das formas mais perigosas de censura digital no século 21 e estão crescendo a um ritmo alarmante.

As publicações de notícias estão, especialmente, em risco de serem alvos de ataques por questões políticas, econômicas ou pessoais. Os ataques DDoS têm derrubado editoras grandes e pequenas, desde o TechCrunch e Página12 até a BBC. De acordo com um relatório NeuStar, as chances de uma empresa ser atacada pela primeira vez são de 50%, e a chance de ser atacada novamente é de 80%. Estima-se que 50% dos sites de mídia já foram atingidos.

"A SIP tem estado na linha de frente na defesa pela liberdade de expressão desde quando foi criada", disse Pierre Manigault, presidente da Associação Interamericana de Imprensa, durante a Assembléia Geral da organização na Cidade do México. "À medida que o consumo de notícias tem sido cada vez mais digital, há evidências preocupantes de que novas formas de censura estão crescendo, o que poderia limitar a capacidade dos editores de entregarem notícias, opiniões e análises para um número cada vez maior de pessoas nas Américas. Por meio desta parceria, esperamos oferecer proteção total contra ataques DDoS para grandes e pequenas editoras em toda a região.”

O Projeto Shield foi criado pela Jigsaw, uma empresa da Alphabet, controladora do Google. O serviço gratuito foi lançado no início de 2016 como uma forma de defender as organizações jornalísticas do mundo de ataques DDoS, e é parte do objetivo maior da Jigsaw de acabar com a censura repressiva online. O Projeto Shield é gratuito para organizações elegíveis e os novos usuários podem se inscrever aqui.

"Estamos muito contentes em anunciar esta nova parceria com a SIP para proteger as publicações de notícias em toda a América Latina", disse George Conard, gerente de produto da Jigsaw que lidera a equipe do Projeto Shield. "Nosso objetivo é acabar com censura online repressiva, e defender as publicações contra ataques DDoS, um passo crucial para eliminá-los como uma ameaça à liberdade de expressão."

O Projeto Shield utiliza um sistema de defesa multi-camadas e é construído com a infraestrutura sofisticada do Google para proteger as publicações contra toda a gama de ataques DDoS, grandes e pequenos, vetoriais e multi-vetoriais. Ou seja, o Projeto Shield utiliza as próprias defesas do Google e capacidade de rede para proteger sites de notícias de ataques DDoS.

VISITE O SITE DA ABRAJI, CLIQUE AQUI


Pqp! Foi gafe? Talvez. Mas fica valendo como a melhor expressão para descrever o efeito Donald Trump.


VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Fotomemória da redação: em um sábado como este peladeiros da Manchete entravam em campo...

Sábado de sol, dia de jogo em Teresópolis. Manchete em campo. Não por acaso em um "estádio" perto da Granja Comari, hoje sede da Seleção Brasileira. Sem data precisa, provavelmente lá por meados da década de 1970.
Pelada de responsa, com direito a uniforme, bola nova e árbitro.
De pé: sua senhoria, o juiz (infelizmente não identificado, o que não é mal, dizem que juiz bom é o que não chama atenção), Cesarion Praxedes, Julio Cesar, Paulinho, Gervásio Baptista e Jader Neves com a camisa da Adidas (seria um merchandising?)
Agachados: Arnaldo Niskier, David Klajmic, Alberto, Osmar Gonçalves e Ney Bianchi.
A pequena mascote seria a filha do Arnaldo. 

Deu no Conexão Jornalismo: "O favorecimento do Flamengo e a crise moral no futebol"

por Fábio Lau
Favorecimentos ao Flamengo nos campeonatos, sejam eles regional ou nacional, são queixas constantes. E não há dúvidas de que boa parte delas é verdadeira e pertinente.

O mesmo acontece com o Corinthians.

Costumam ironizar: "o copo caiu? pênalti para o Corinthians!".

Detentores das maiores torcidas do país, não por acaso são as equipes que mais recebem recursos da Rede Globo para garantir a transmissões das partidas via PPV. Tê-las, portanto, em disputa de título em uma competição acirrada quanto o atual Campeonato Brasileiro é algo mercadologicamente importante para quem investe no futebol.

A partida desta quinta-feira (13) entre Fla X Flu foi exemplo claro. Um gol do tricolor, anulado pelo auxiliar quando o placar ficaria empatado em 2 a 2, foi confirmado pelo árbitro que o considerou legal. Mas eis que as queixas do time do Fla levaram o juiz a um comportamento para lá de suspeito. Ele aguardou por 13 minutos que lhe dissessem o que de fato ocorreu - ou, em outras palavras, como deveria proceder. Quem é que está acima do juiz em campo para determinar suas decisões? Você sabe.

É importante que se frise este ponto. A decisão passou obrigatoriamente pela Rede Globo. É ela quem disponibiliza recursos eletrônicos usados nas transmissões para dirimir dúvidas durante os jogos. Portanto, foi ela quem indicou, provavelmente baseada nas câmeras, que o gol foi ilegal. Foi? Não Foi? Mesmo o chamado tira-teima é falho. Isso já foi verificado quando confrontados equipamentos da Globo e da Fox.

Mas o fato é que a derradeira decisão da arbitragem, anulando o gol, beneficiou o Flamengo que passa agora a ter condições de igualdade com o Palmeiras na competição. Ambos vão disputar oito partidas para garantir o título. Mas a dúvida sobre as reais intenções de quem manipula resultados, mesmo diante das câmeras e em partidas Ao Vivo, permanecerá.

O cinismo, neste processo todo, é que ainda se discute se o futebol deve ou não aderir ao chamado recurso eletrônico para torná-lo mais honesto. Muitos não aceitam e tem até boas razões. Mas, afora estas, outras são inconfessáveis. Há uma máfia no mundo que aposta sobre resultados de jogos e campeonatos. E o Brasil acredita que estaria fora dela? Outros torcedores, ao contrário, querem a precisão no lugar da polêmica. Com isso as câmeras seriam consultadas durante as partidas.

Ontem, no estádio de Volta Redonda, o recurso tecnológico foi adotado. Informalmente. Clandestinamente. E os cínicos fingem não ver.

O futebol é uma atividade que é, na prática, um "negócio" meramente comercial. E, como tal, cercado de canalhas interesseiros por todos os lados. Vê-lo como prática esportiva, entretenimento e cultural é para nós, os ingênuos.

Se tirarmos a bola do centro do campo restará apenas a evidência de que no seu entorno há interesses criminosos que usam jogadores, torcedores e a paixão para se manterem pujantes.

O que aconteceu em favor do Flamengo é algo corriqueiro. E, como diria Millor Fernandes, o que espanta é o susto.

LEIA NO CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI



Atualização: A TORCIDA FLAMÍDIA...

Reprodução/Globo, hoje 



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Deauville: 50 anos depois, o set onde Claude Lelouch filmou "Um homem e uma mulher"

por José Esmeraldo Gonçalves

Algumas cidades ganham links irremovíveis que remetem a filmes antológicos.

Impossível ir a Casablanca e não lembrar de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, embora o filme clássico tenha sido rodado inteiramente em estúdio apenas com a inserção de umas poucas cenas do Marrocos real.

De Paris, Roma e Nova York nem se fala tantas são as referências cinematográficas.

O mundo só ouvia falar de Stromboli, a 70 km de Nápoles, quando o vulcão local entrava em erupção. Mas a pequena ilha se tornou definitivamente famosa e passou a atrair turistas quando o diretor Roberto Rosselini a transformou em set para Karen (Ingrid Bergman) e o pescador Antonio (Mario Vitale). Hoje, Stromboli, a ilha, e Stromboli, o filme, ainda se confundem no imaginário dos visitantes.

Há centenas de exemplos. Deauville, na Normandia, também tem o filme da sua vida: "Um homem e uma mulher", de Claude Lelouch.

Balneário sofisticado, a cidade sedia um importante festival de cinema, tem um cassino que atrai parisienses desde o começo do século passado e recebe corridas de cavalo milionárias. Mas cabe a Les Planches, as famosas passarelas de madeira que emolduram a areia banhada pelo Atlântico Norte, levar os passantes ao filme de Lelouch.

Em 1966, há 50 anos, quando a nouvelle vague estava no auge, Anne Gauthier (Anouk Aimée) e Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) viveram naquela praia cenas de uma dramática história de amor que comoveu as plateias da década, ganhou a Palma de Ouro de Cannes, em 1966, e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte.

Em 1986, Claude Lelouch voltou a Deauville com o mesmo par central do primeiro filme para rodar "Um homem e uma mulher 20 anos depois", que não obteve o mesmo sucesso nem destronou o original na memória da cidade.

Para a maioria dos turistas, caminhar sobre o deque de Deauville é percorrer por instantes os fotogramas de Lelouch e ouvir, ainda que em play back imaginário, a célebre trilha sonora de Francis Lai.

Deauville, a praça central.

O deque em cartão postal do começo século passado. Reprodução.

Les Planches, hoje, com a homenagem a atores e atrizes em cada cabine, e...

...no filme "Um Homem e Uma Mulher" (Foto:Divulgação)

Um casal na praia ainda ensolarada, há poucos dias, neste outono de 2016 e...

... na cena, em 1966, do premiado filme de Claude Lelouch (Foto Divulgação)

Em Deauville, a homenagem ao cineasta.
Fotos de J.Esmeraldo Gonçalves