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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

FENAJ: Pesquisa mostra que 93 jornalistas perderam a vida após contrair Covid-19. Quatro deles eram colegas da Manchete




Pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) revela que desde o início da pandemia de Covid 19 no Brasil até o final de janeiro de 2021, pelo menos 93 profissionais de imprensa (da ativa e aposentados) perderam a vida após contrair a doença. Os autores do relatório advertem que "esses dados podem não refletir a crua realidade das mortes na categoria, pois não existe um mecanismo oficial de registro dos casos", o que pode significar que os números são maiores. 

O dossiê mostra que pelo menos três colegas jornalistas que passaram pela Manchete perderam a vida por Covid-19:  Luiz Edgar de Andrade, Sérgio Jorge e Jesus Chediak. Não consta da relação o fotojornalista Zeka Araújo, que também trabalhou na Manchete e faleceu após a conclusão do levantamento. 

A Fenaj fez a pesquisa como uma forma de homenagem aos jornalistas. A maioria contraiu a doença trabalhando para levar informação crucial aos brasileiros. Não são números, são vidas e ajudaram a salvar outras vidas, considerando que o país governado por criminosos negacionistas não fez sequer campanhas oficiais de esclarecimentos à população. Para isso, o Brasil contou e conta apenas com os meios de comunicação. 

A todos o nosso pesar e eterno reconhecimento. 

Você pode acessar o relatório da Fenaj  AQUI

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Fotógrafo da Magnum mostra a destruição da Mata Atlântica e o trabalho de cientistas que encontram na floresta respostas para o passado remoto do Brasil



O Brasil é destaque no site da Magnum. Uma série de fotos de Moises Saman mostra a devastação da Mata Atlântica, em Parelheiros, na Grande São Paulo. Mas a região ainda possui uma área restrita, relativamente intocada, dentro da chamada Bacia de Colônia, que recebe cientistas - entre os quais Marie-Pierre Ledru, do Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento - à procura de amostras de plantas e  movidos por uma pergunta: por que as florestas tropicais são tão ricas em espécies?

"Durante várias décadas, os cientistas têm feito esta pergunta sem muito sucesso - até agora. Geralmente, quando se trata de traçar a história da Terra ao longo de centenas de milhares de anos, usamos núcleos de gelo ou sedimentos marinhos; Em casos raros, os sedimentos em lagos nos permitem rastrear os climas passados ​​das regiões temperadas. Mas nos trópicos do hemisfério sul, nenhum registro continental ainda nos permitiu juntar climas em tais escalas de tempo", escreve o peruano Moises Saman, fotógrafo da Magnum desde 2014, e autor de fotorreportagens para New York Times e Time, entre outras publicações. Ele cobriu as guerras do Iraque, Afeganistão, Síria e a Primavera Árabe,

Área devastada em Parelheiros (SP). Foto de Moises Saman/Magnum (link para o site oficial da agência, abaixo)

A cientista Marie-Pierre Ledru na Bacia de Colônia. Foto de Moises Saman/Magnum (link para o site oficial da agência, abaixo)

A Bacia de Colônia, formada há milhões de anos, é um campo excepcional para pesquisa. O trabalho dos cientistas, apoiado pelo BNB Paribas, investiga uma região crítica onde índios guaranis ainda tentam sobreviver em meio à urbanização no entorno. A área tem um diâmetro de 3,6 quilômetros e 275 metros de profundidade. A depressão torna-se especial por ter acumulado sedimentos por centenas de milhares de anos. Através desse material, é possível investigar as mudanças climáticas do passado na floresta brasileira. Um núcleo de perfuração de 14 metros de profundidade permitiu uma análise das mudanças hidrológicas, a variabilidade das temperaturas e a biodiversidade nos últimos 250 mil anos - informa o texto no site da Magnum. Abre-se, como diz o título da matéria, uma janela para o passado do Brasil.

VEJA MAIS FOTOS E LEIA A MATÉRIA COMPLETA 
NO SITE DA MAGNUM, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Quer ir para Harvard? Fundação Nieman oferece bolsa para pesquisa em jornalismo...

Um programa de bolsas de pesquisa em jornalismo da Fundação Nieman proporciona salário e alojamento para o candidato que enviar um projeto - que pode ser de pesquisa, design, programação, modelos de negócios etc - que ofereça novas perspectivas para o futuro do jornalismo. Caso seu projeto seja selecionado, estarão abertas as portas de Harvard e acesso às bibliotecas e centros de pesquisa.

As inscrições vão até o dia 29 de setembro de 2017.

O site do programa relaciona sugestões para melhor focalização e clareza dos projetos.

Para mais detalhes, clique AQUI

 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sindicato realiza pesquisa sobre assédios moral e sexual no jornalismo

(do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo)

A Comissão de Jornalistas pela Igualdade de Gênero do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) organizou uma enquete para retratar o impacto dos assédios sexual e moral sobre a categoria.

A partir do levantamento de dados, o SJSPP visa melhorar as condições para debater amplamente o problema, proteger as mulheres e homens jornalistas vítimas de assédio e para cobrar das empresas de comunicação medidas de combate.

Participe da pesquisa acessando http://bit.ly/EnqueteAssedio. A pesquisa é objetiva e rápida, podendo ser respondida em menos de cinco minutos, e o sigilo é garantido.

A pauta de reivindicações da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital 2017-2018, entregue às empresas no último 24 de abril, foi a primeira a ser apresentada com nova redação sobre o tema. A cláusula também será incluída na pauta de Jornais e Revistas do Interior, já aprovada em assembleia, e deve fazer parte das próximas campanhas dos demais segmentos (Rádio e TV, Internet).

Apesar da luta do SJSP, que há anos vem pressionando os empresários nas mesas de negociação, a atual Convenção Coletiva de Jornais e Revistas da Capital tem uma redação ainda genérica: "As empresas promoverão regularmente, palestras e campanhas de conscientização contra a prática de assédio moral e sexual, a todos empregados".

Assim, na busca por avanços, a redação da cláusula na pauta da Campanha Salarial que se inicia é mais enfática quanto à abordagem da questão.

Pressão e mobilização contra o assédio

Uma das preocupações da direção do Sindicato foi a de separar a forma de encarar o assédio moral do sexual. O primeiro é uma prática de abuso dentro do local de trabalho, associada ao desrespeito aos direitos trabalhistas e à pressão pela produtividade, e por isso a entidade cobra a responsabilidade das empresas. A forma encontrada foi a de oficializar um canal de denúncias, como hoje existe em vários sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Já o assédio sexual é crime e precisa ser tratado como tal. Neste caso, a principal preocupação é que a vítima possa se sentir segura e protegida para fazer a denúncia contra o assediador, e a reivindicação é pela proteção que a empresa precisa garantir às vítimas.

Em ambos os casos, sejam mulheres ou homens jornalistas vítimas de assédio, o intuito é combater as práticas, exigindo apuração e punição.

Os e as sindicalistas destacam que, por enquanto, trata-se de uma proposta apresentada pelos jornalistas às empresas. Contudo, para pressionar e fazer com que a cláusula passe a fazer parte da próxima Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), haverá uma reunião aberta a participação de todos os e as jornalistas, no próximo dia 22 de maio (hoje), às 20h, no auditório Vladimir Herzog, na sede do Sindicato, à Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, centro da capital.

Veja abaixo a íntegra das cláusulas com reivindicação sobre o assédio:

"CLAUSULA 41ª – ASSÉDIO MORAL

Para prevenir e combater a prática de assédio moral no local de trabalho, as empresas e o Sindicato dos Jornalistas estabelecem o seguinte Procedimento de Combate ao Assédio Moral.

Parágrafo 1º - O sindicato profissional disponibilizará canal específico aos jornalistas para o encaminhamento de denúncias, reclamações, sugestões e pedidos de esclarecimento.

Parágrafo 2º - O encaminhamento e a solução das questões suscitadas observarão os seguintes procedimentos:

a) apresentação de denúncias, reclamações e pedidos de esclarecimento, devidamente fundamentados, por parte do empregado, ao sindicato;

b) a apuração dos fatos, por parte da empresa, deverá ser concluída em até 60 dias corridos a partir da apresentação da questão pelo sindicato. Neste período, não poderá haver qualquer divulgação do fato denunciado e dos nomes envolvidos, nem pelo sindicato, nem pela empresa;

c) ao final da apuração, a empresa presta esclarecimentos ao sindicato profissional, dos fatos apurados e das medidas tomadas caso a denúncia se confirme;

d) ao sindicato profissional fica garantido acesso a todas as informações apuradas;

e) a denúncia encaminhada pelo sindicato à empresa poderá preservar o nome do denunciante.

Parágrafo 3º - Compete ao sindicato profissional signatário decidir sobre o encaminhamento, ou não, da denúncia a ele formulada.



CLAUSULA 42ª – PROTEÇÃO À VITIMA DE ASSÉDIO SEXUAL

Os jornalistas profissionais que, vítimas de assédio sexual, realizarem denúncia formal ao Poder Público, passam a fazer jus às seguintes medidas de proteção:

a) garantia de sigilo por parte da empresa, que não divulgará nome ou qualquer informação que possa identificar a vítima, sem a anuência desta;

b) impedimento de demissão imotivada até a conclusão do inquérito, sendo que no caso deste ser convertido em ação penal, o impedimento durará 12 meses a partir da data do recebimento da denúncia pela Justiça;

Parágrafo 1º - As medidas de que tratam este artigo serão garantidas tantos aos empregados que denunciem casos de assédio sexual no local de trabalho da empresa, como aqueles acontecidos no cumprimento das pautas jornalísticas

Parágrafo 2º – Confirmado assédio na ação penal, o assediador deverá ser punido nos termos da legislação trabalhista."

Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

domingo, 16 de abril de 2017

New Scientist: Pesquisadores estudam uso do ayahuasca contra depressão...


Segundo a revista New Scientist On Line, o chá alucinógeno ayahuasca, usado por séculos em rituais religiosos na Amazônia, pode ajudar pessoas com níveis de depressão resistentes aos antidepressivos. Países como Brasil e Peru recebem a cada dia mais turistas em busca de alívio. A revista cita uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,que envolveu um grupo de pessoas com depressão. Cerca de metade tomou o chá, enquanto os outros receberam placebo. Os depressivos que tomaram ayahuasca mostraram expressiva melhora. Os pesquisadores alertam que precisam de mais estudos e acompanhamento de mais pacientes para verificar se os efeitos se sustentam por períodos mais longos. O estudo foi compartilhado com a Universidade da Califórnia. A ayahuasca não é a única droga psicodélica que está sendo investigada como um tratamento potencial para a depressão. Os pesquisadores também têm visto benefícios com cetamina e psilocibina, extraídos de cogumelos mágicos, embora psilocibina ainda está para ser testado contra um placebo.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA EM NEW SCIENTIST ON LINE, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Caindo pelas tabelas... mas com apoio entre os "formadores de opinião"







O Instituto Ipsos fez uma pesquisa entre "formadores de opinião" da América Latina para saber como jornalistas e articulistas veem seus respectivos presidentes. No ranking geral, no alto, Michel Temer amarga um novo lugar, estaria no G4 do rebaixamento se fosse uma tabela de campeonato de futebol.

Ouvidos os "formadores de opinião" da AL, a nossa ilegítima figura tem 64% de desaprovação e 30% de rejeição.

No segundo quadro, Temer se sai um pouco melhor.  Explica-se: o item Brasil se refere apenas a entrevistados brasileiros. Entre estes, Temer 41% de aprovação e 59% de rejeição.

Tais números mostram que os nossos controvertidos "formadores de opinião" estão em certo descompasso com o povo. Preferem ficar mais próximos do poder. Recentes pesquisas de opinião pública mostram que, no Brasil real, apenas pouco mais de 10% das entrevistados aprovam o presidente pós-golpe. Já entre os responsáveis pela "opinião publicada" esse número sobe para 41%.

A pergunta que fica: nossos "formadores de opinião" preferem falar e escrever o que a mídia dominante quer ler e ouvir?

VEJA A PESQUISA COMPLETA, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Relatório Durex: Pesquisa mundial mostra que o Brasil é o país em que os jovens perdem a virgindade mais cedo...




por Jean-Paul Lagarride

Uma pesquisa feita pela Durex, fabricante de camisinhas, constatou que indianos, indonésios e malaios são os povos que mais retardam a perda da virgindade.

Na Índia, a primeira relação sexual ocorre, em média, aos 22 anos e meio; 23,6 na Indonésia e 23,7 na Malásia. O caso da Índia surpreende. É a terra do Kama Sutra. Mas a juventude local parece não ler o livro.

O Brasil, com a média de 17,3 anos para a estréia sexual, lidera o ranking mundial.

Em segundo lugar está a Colômbia e em terceiro a Áustria, que só parece um país de jovens frios nos cartões postais.

O Japão é meio devagar: o sushi sexual só é servido lá aos 20 anos e quatro meses, em média. Nos Estados Unidos, um jovem corre o risco de ser convocado para uma das inúmeras guerras em que o país se envolve antes mesmo de botar sua bazuca para funcionar.

Na Coréia do Sul, os jovens parecem mais rápidos em fabricar celular do que estabelecer uma conexão real entre si. Só se ligam aos 22 anos e um mês.

A pesquisa foi feita em 37 países, em 2012, tratava-se de uma iniciativa interna, de marketing, sem previsão inicial de divulgação. Recentemente foi publicada no The Sun.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Pesquisa revela: brasileiros querem antecipação das eleições presidenciais.

Uma semana depois da divulgação de controvertida pesquisa na Folha de São Paulo, o Instituto Ipsos divulga novos números: 52% querem novas eleições; 20% querem a volta de Dilma Rousseff para concluir o mandato; 16% preferem que Michel Temer permaneça; 14% pedem que Dilma volte apenas para convocar novas eleições.

A pesquisa registra também aumento na reprovação ao interino: 48% acham o governo pós-golpe ruim ou péssimo.

Outros institutos têm apurado nas últimas semanas um crescente desejo dos brasileiros por novas eleições presidenciais.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

The Intercept: Folha comete fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer


(por Gleen Greenwald e Erick Dau, The Intercept)

UM DOS MISTÉRIOS mais obscuros da crise política que atingiu o país nos últimos meses (conforme relatado inúmeras vezes pela Intercept ) tem sido a ausência completa de pesquisas de opinião nos grandes meios de comunicação e órgãos de pesquisa do país. Há mais de três meses, no dia 17 de abril, a Câmara dos Deputados votou em favor de enviar ao Senado Federal o pedido de impeachment da presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, resultando na investidura temporária de seu vice-presidente, Michel Temer, como “presidente interino”.

Desde a posse de Temer, o Datafolha – instituto de pesquisa utilizado pelo maior jornal do país, Folha de São Paulo  – não havia publicado pesquisas de opinião sobre o impeachment da presidente, nem sobre o impeachment de Temer, e nem mesmo sobre a realização de novas eleições para presidente. A última pesquisa do instituto antes da votação do impeachment foi realizada em 9 de abril e apontava que 60% da população apoiava o impeachment de Dilma, enquanto 58% era favorável ao impeachment de Temer. Além disso, a sondagem indicou que 60% dos entrevistados desejavam a renúncia de Temer após o impeachment de Dilma, e 79% defendiam novas eleições após a saída de ambos.


A última pesquisa de outra grande empresa do setor, o Ibope, foi publicada em 25 de abril, e concluiu que 62% desejavam que Dilma e Temer saíssem e que novas eleições fossem realizadas; 25% queriam a permanência de Dilma e a conclusão de seu mandato; e apenas 8% eram favoráveis a situação atual: com suspensão de Dilma e Temer como presidente interino. Essa pesquisa, mesmo sendo negativa para Temer, foi realizada há algum tempo, em abril deste ano.

De forma surpreendente, mesmo três meses depois da entrada de Temer, a poucas semanas da votação final do impeachment de Dilma no Senado e com toda a atenção do mundo voltada para o Brasil por conta das Olimpíadas, nenhuma pesquisa havia sido publicada até o último final de semana. No sábado, a Folha de São Paulo anunciou uma nova pesquisa realizada pelo Datafolha que se demonstrou, ao mesmo tempo, surpreendente e positiva para o presidente interino, Michel Temer, além de apresentar uma grande variação com relação a pesquisas anteriores. A manchete principal impressa pela Folha, que rapidamente se alastrou pelo país como era de se esperar, dizia que metade do país deseja que Temer permaneça como presidente até o fim do mandato que seria de Dilma no final de 2018.

A IMINÊNCIA DA VOTAÇÃO FINAL DO IMPEACHMENT torna esse resultado (50% dos brasileiros desejam que Temer conclua o mandato de Dilma) extremamente significativo. Igualmente importante foi a afirmação da Folha de que apenas 4% disseram não querer nenhum dos dois presidentes, e somente 3% desejam a realização de novas eleições. O artigo on-line de destaque no sábado:


O jornal também estampou o resultado na primeira página da edição impressa de domingo, a edição de jornal mais lida do país:


Esse resultado não foi apenas surpreendente por conta da ampla hostilidade com relação a Temer revelada pelas pesquisas anteriores, mas também porque simplesmente não faz sentido. Para começar, outras perguntas foram colocadas aos eleitores pelo Datafolha sobre quem prefeririam que se tornasse presidente em 2018 e os resultados apontaram que apenas 5% escolheriam Temer, enquanto o líder da pesquisa, o ex-presidente Lula, obteve entre 21% e 23% das intenções de voto, seguido por Marina Silva, com 18%. Apenas 14% aprovam o governo de Temer, enquanto 31% o consideram ruim/péssimo e 41%, regular. Além disso, um terço dos eleitores não sabe o nome do Presidente Temer. E, conforme observou um site de esquerda ao denunciar a recente manchete sobre a pesquisa da Folha como uma “fraude estatística”, é simplesmente inconcebível que a porcentagem de brasileiros favoráveis às novas eleições tenha caído de 60%, em abril, para apenas 3% agora, enquanto a porcentagem da população que deseja a permanência de Temer na Presidência da República tenha disparado de 8% para 50%.

Considerando todos esses dados, fica extremamente difícil compreender como a manchete principal da Folha – 50% dos entrevistados querem que Temer continue como presidente até o fim do mandato de Dilma – possa corresponder à realidade. Ela contradiz todos os dados conhecidos. A Folha é o maior jornal do país e o Datafolha é uma empresa de pesquisa de credibilidade considerável. Ambos foram categóricos em sua manchete e gráfico principal a respeito do resultado da pesquisa. Curiosamente, a Folha não publicou no artigo as perguntas realizadas, nem os dados de suporte, impossibilitando a verificação dos fatos que sustentam as afirmações do jornal.

Como resultado disso, a manchete – que sugere que metade da população deseja a permanência de Temer na Presidência até 2018 – foi reproduzida por grande parte dos veículos de comunicação do país e rapidamente passou a ser considerada uma verdade indiscutível: como um fato decisivo, com potencial para selar o destino de Dilma. Afinal, se literalmente 50% do país deseja que Temer permaneça na Presidência até 2018, é difícil acreditar que Senadores indecisos contrariem a vontade de metade da população.

MAS ONTEM, os dados completos e as perguntas complementares foram divulgados. Tornou-se evidente que, seja por desonestidade ou incompetência extrema, a  Folha cometeu uma fraude jornalística. Apenas 3% dos entrevistados disseram que desejavam a realização de novas eleições, e apenas 4% disseram que não queriam nem Temer nem Dilma como presidentes, porque nenhuma dessas opções de resposta encontrava-se disponível na pesquisa. Conforme observado pelo jornalista Alex Cuadros hoje, a pergunta colocada deu aos entrevistados apenas duas opções de resposta: (1) Dilma retornar à Presidência ou (2) Temer continuar como presidente até 2018.


Portanto, fica evidente que os 50% de entrevistados não disseram que seria melhor para o país se Temer continuasse até o fim do mandato de Dilma em 2018: eles disseram apenas que essa seria a melhor opção se a única alternativa fosse o retorno de Dilma. Além disso, simplesmente não procede alegar que apenas 3% dos entrevistados querem novas eleições, já que essa pergunta não foi feita. O que aconteceu foi que 3% dos entrevistados fizeram um esforço extra para responder dessa forma frente a opção binária entre “Dilma retorna” ou “Temer fica”. É impossível determinar com base nessa pesquisa a porcentagem real de eleitores que desejam a permanência de Temer até 2018, novas eleições ou o retorno de Dilma. Ao limitar de forma infundada as respostas a apenas duas opções, a Folha gerou as amplas distorções observadas nos resultados.

É totalmente injustificável, por inúmeras razões, que a pergunta tenha sido colocada dessa maneira, excluindo todas as outras opções, com exceção das duas respostas disponíveis. Primeiramente, o Supremo Tribunal Federal  já havia decidido que a votação do impeachment de Temer deve prosseguir, visto que o interino cometeu o mesmo ato que Dilma. Em segundo lugar, diversas figuras de destaque político no país – incluindo o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, bem como um editorial da própria Folha – se manifestaram em favor de novas eleições para presidente após o impeachment de Dilma. Andréa Freitas, Professora de Ciência Política na Unicamp, disse à Intercept: “como as novas eleições são uma opção viável, deveriam ter sido incluídas como uma das opções”.

E como Cuadros observou, pesquisas anteriores sobre Dilma e Temer, incluindo a pesquisa de 9 de abril do Datafolha, perguntaram explicitamente aos entrevistados a respeito de novas eleições. Portanto, é difícil entender por que essa pesquisa do Datafolha omitiria propositadamente o impeachment de Temer e as novas eleições, e limitar as opções a “Dilma volta” ou “Temer fica”.

Mas o argumento a respeito de limitar as possíveis respostas a apenas duas opções é simplesmente referente à metodologia da pesquisa. O que aconteceu foi muito mais grave. Após ter decidido limitar as opções de resposta dessa forma, a Folha não pode enganar o país fingindo ter oferecido aos entrevistados todas as opções possíveis. Com a omissão desse fato, a manchete e o gráfico principal do artigo da Folha se tornam enganosos e completamente falsos.

É simplesmente incorreto alegar (como fez o gráfico da Folha) que apenas 3% dos brasileiros acreditam que “novas eleições são o melhor para o país”, já que a pesquisa não colocou essa pergunta aos entrevistados. E ainda mais prejudicial: é completamente incorreto dizer que “50% dos brasileiros acreditam que a permanência de Temer seja melhor para o país” até o fim do mandato de Dilma. Só é possível afirmar que 50% da população deseja a permanência de Temer se a única outra opção for o retorno de Dilma.

Mas se outras opções forem incluídas – impeachment de Temer, renúncia de Temer, novas eleições – é praticamente certo que a porcentagem de brasileiros que desejam a permanência de Temer até 2018 caia vertiginosamente. Como observou a Professora Andréa Freitas: “pode ser que 50% da população prefira Temer a Dilma se essas forem as únicas opções, mas parte desses 50% pode ser favorável a novas eleições. Com a ausência dessa opção, não há como estabelecer que essas pessoas prefiram o Temer”.

ISSO NÃO É TRIVIAL. Não se pode subestimar o impacto dessa pesquisa. É a única pesquisa de um instituto com credibilidade a ser publicada em meses. Sua publicação se deu exatamente antes da votação final do impeachment no Senado. E contém a extraordinária alegação de que metade do país deseja que o Michel Temer permaneça na presidência até 2018: uma manchete tão sensacionalista quanto falsa.

Considere como os resultados dessa pesquisa foram reproduzidos de forma incansável – como era de se esperar – em manchetes de outros grandes veículos do país:


No primeiro parágrafo: “Pesquisa do Instituto Datafolha realizada nos dias 14 e 15 aponta que 50% dos brasileiros preferem que o presidente interino Michel Temer continue no poder até 2018. A volta da presidente afastada Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto foi a opção de 32% dos entrevistados. Os 18% restantes não escolheram nenhum dos dois, disseram não saber ou que preferiam novas eleições”.


Em entrevista à Intercept, Luciana Schong do Datafolha insistiu que foi a Folha, e não o instituto de pesquisa, quem estabeleceu as perguntas a serem colocadas. Ela reconheceu o aspecto enganoso na afirmação de que 3% dos brasileiros querem novas eleições “já que essa pergunta não foi feita aos entrevistados”. Luciana Schong também conta que qualquer análise desses dados que alegue que 50% dos brasileiros querem Temer como presidente seriam imprecisos, sem a informação de que as opções de resposta estavam limitadas a apenas duas.

No fim de abril, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou seu ranking anual de liberdade de imprensa e o Brasil caiu para a 104ª posição, em parte devido à “propriedade dos meios de comunicação continuar concentrada nas mãos de famílias dominantes vinculadas à classe política”. Mais especificamente, o grupo observou que “de forma pouco velada, a mídia nacional dominante encorajou o povo a ajudar a derrubar a Presidente Dilma Rousseff” e “os jornalistas que trabalham nesses grupos midiáticos estão evidentemente sujeitos à influência de interesses privados e partidários, e esses conflitos de interesse permanentes são obviamente prejudiciais à qualidade do jornalismo produzido”.


Uma coisa é a mídia plutocrática brasileira incentivar e incitar abertamente a queda de um governo democraticamente eleito. De acordo com a RSF, esse comportamento representa uma ameaça direta à democracia e à liberdade de imprensa. Mas é muito diferente testemunhar a fabricação de manchetes e narrativas falsas insinuando que uma grande parte do país apoia o indivíduo que tomou o poder de forma antidemocrática, quando isso não é verdade.

PARA IR AO THE INTERCEPT, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Confira a força da Internet no Brasil e entenda porque deputados e interesses contrariados querem censurar as redes sociais

por Flávio Sépia
Como aliados históricos, políticos conservadores estão acostumados a ser bem tratados pela mídia comercial. Por isso, a internet livre e crítica os incomoda tanto. Afinal, quase 100 milhões de brasileiros estão ligados na web. 

Projeto em andamento no Congresso, impulsionado por Eduardo Cunha, sua bancada e políticos da oposição pretende desfigurar o Marco Civil da Internet. Se aprovado, entre outras numerosas amarras, vai considerar crime caso um político qualquer se sinta prejudicado com uma crítica ou comentários em sites, blogs, Facebook, Twitter, Instagram etc. 

Na prática, o risco é a intimidação de eleitores e jornalistas, violação das liberdades individuais e a ameaça de um block na Constituição. São projetos de autoria de deputados do PMDB que já passaram por Comissão presidida pelo PSDB e com relatoria do PP. 

As leis do cala-boca das redes sociais vão agora a votação no plenário da Câmara. E não é que a Internet seja um reino da impunidade. Já existem leis, e têm sido aplicadas, para conter os excessos e os crimes cibernéticos tipificados. E o Códigos Civil e Penal estão em vigor. Sabem disso, excelências? 



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(do site do IBGE)
"O suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, realizado em convênio com o Ministério das Comunicações, mostrou que, pela primeira vez, o acesso à Internet via telefone celular nos domicílios brasileiros ultrapassou o acesso via microcomputador: de 2013 para 2014, entre os domicílios que acessaram a Internet (inclusive os que utilizaram mais de uma forma de acesso), o percentual dos que o fizeram por microcomputador recuou de 88,4% para 76,6%, enquanto a proporção dos domicílios que acessavam a Internet por celular saltou de 53,6% para 80,4%.

Em 2004, o acesso à Internet via microcomputador estava em 6,3 milhões dos domicílios do país e passou para 28,2 milhões deles, em 2014. Esses números equivaliam a 12,2% dos domicílios, em 2004, e a 42,1% deles, em 2014.

A partir de 2013, a PNAD TIC passou a investigar também o acesso à Internet por equipamentos diferentes do microcomputador (telefone móvel celular, tablet, televisão e outros). Considerando-se todas essas formas de acesso, 48,0% dos domicílios tinham acesso à Internet em 2013 e 54,9% deles (ou 36,8 milhões), em 2014.

Em 2014, cerca de 16,5% (11,1 milhões) dos domicílios do país tinham tablet, um aumento de 5,7 pontos percentuais em relação a 2013, quando a presença deste equipamento nos domicílios foi investigada pela primeira vez. Aliás, em relação a 2013, os acessos domiciliares à Internet por tablet cresceram 50,4%.

Dos 36,8 milhões de domicílios com acesso à Internet, 0,8% possuíam só a conexão discada e 99,2%, conexão em banda larga em 2014. A conexão em banda larga fixa cresceu 9,9% em relação a 2013, mas a sua proporção caiu: de 77,1% para 71,9% dos domicílios com Internet. Já a presença da banda larga móvel (celular) pulou de 43,5% para 62,8% dos domicílios com Internet.
Entre as três modalidades de TV investigadas pela PNAD TIC 2014, a TV digital aberta chegava a 39,8% dos domicílios do país, a TV por assinatura chegava a 32,1% deles e a TV por antena parabólica, a 38,0%. Entre essas três modalidades, a que mais cresceu foi a TV por assinatura: uma expansão de 12%, em relação a 2013. Entre os domicílios com aparelhos de TV, 23,1% (ou cerca de 15,1 milhões) não tinham nenhuma dessas três modalidades de acesso à programação televisiva.

Em 2014, entre os 106,8 milhões de aparelhos de TV existentes nos domicílios do país, 52,1% eram de tubo e 47,9%, de tela fina, contra 61,6% e 38,4%, respectivamente, em 2013. Em um ano, a proporção de televisões de tela fina aumentou em 9,5 pontos percentuais.

De 2013 para 2014, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que acessaram a Internet por equipamentos eletrônicos diferentes do microcomputador saltou de 4,2% para 10,5%. Em números absolutos, esse crescimento foi de 155,6% (ou mais 11,2 milhões de pessoas).

O percentual da população com 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular para uso pessoal chegou a 77,9% em 2014 (136,6 milhões de pessoas). Em relação a 2005, esse contingente cresceu 142,8%.

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade (52,5%) da população rural com 10 anos ou mais de idade tinha celular. Nas áreas urbanas, esse percentual chegou a 82,3%.

A seguir, as principais informações da PNAD TIC 2014. 

A PNAD TIC 2014 tem informações referentes a 2005, 2008, 2011, 2013 e 2014, até o nível geográfico das unidades da federação. Nos domicílios, foram analisados o acesso às TVs digital aberta, por assinatura e por antena parabólica; a existência e quantidade de aparelhos de TV de tubo e de tela fina; a existência de tablet; o acesso à Internet e os tipos de aparelhos eletrônicos utilizados (microcomputador, telefone celular, tablet, TV e outros) e, ainda, se esse acesso foi discado, em banda larga fixa ou em banda larga móvel .
Também foi investigada a utilização da Internet e a posse de telefone móvel celular para uso pessoal da população de 10 anos ou mais de idade, segundo a idade, o sexo, a escolaridade, as formas de inserção no mercado de trabalho e o rendimento mensal domiciliar per capita.

Em um ano, proporção de domicílios com acesso à Internet sobe de 48,0% a 54,9%

O número de domicílios com acesso à Internet por meio de microcomputador variou de 6,3 milhões, em 2004, para 25,7 milhões em 2012. Esses números equivaliam a 12,2% dos domicílios, em 2004, e a 40,3% deles, em 2012. Nos anos seguintes, o crescimento em números absolutos foi mais suave: para 27,6 milhões, em 2013 para 28,2 milhões, em 2014. Observe-se que, proporcionalmente, nesse período, houve um ligeiro recuo no percentual de domicílios com acesso à Internet via microcomputador: de 42,4%, para 42,1% do total de domicílios do país, de 2013 para 2014.
A partir de 2013, a PNAD TIC também passou a investigar o acesso à Internet por meio de equipamentos eletrônicos diferentes do microcomputador (telefone móvel celular, tablet, televisão e outros). Assim, considerando-se todas as formas de acesso investigadas, 48,0% dos domicílios do país tinham acesso à internet em 2013 e mais da metade deles, em 2014: 54,9% do total, ou 36,8 milhões de domicílios. Segundo a situação dos domicílios, os percentuais diferiam muito: 60,8% dos urbanos e 18,5% dos rurais.

Considerando-se as faixas de rendimento domiciliar per capita, o maior percentual de domicílios com acesso à Internet era entre aqueles acima de 5 salários mínimos (88,9%) e o menor (25,3%) era entre os domicílios com rendimento inferior a ¼ do salário mínimo.

Em 2014, celulares superaram microcomputadores no acesso domiciliar à Internet

Pela primeira vez, nos domicílios brasileiros, o acesso à Internet via telefone celular ultrapassou o acesso via microcomputador: de 2013 para 2014, o percentual dos domicílios que acessavam a Internet por microcomputador recuou de 88,4% para 76,6%, enquanto a proporção dos que acessavam a Internet por celular saltou de 53,6% para 80,4%.
Entre os domicílios que acessaram a Internet (inclusive os que utilizaram mais de uma forma de acesso) em 2014, 80,4% o fizeram por celular, 76,6% via microcomputador, 21,9% por tablet, 4,9% por TV e 0,9% por outros equipamentos. Os acessos por meio de tablet, de telefone celular e de televisão cresceram 50,4%, 76,8% e 116,34%, respectivamente, em relação a 2013.

A PNAD TIC 2014 investigou se o acesso à Internet era feito por meio de conexão discada, em banda larga fixa ou em banda larga móvel. Dos 36,8 milhões de domicílios com acesso à Internet, 0,8% possuíam só a conexão discada e 99,2%, a conexão em banda larga.

Em termos absolutos, a conexão em banda larga fixa cresceu 9,9% em relação a 2013, mas a sua proporção diminuiu 5,2 pontos percentuais: de 77,1% para 71,9% dos domicílios com Internet.

Enquanto isso, a presença da banda larga móvel pulou de 43,5% para 62,8% dos domicílios com Internet, um ganho de 19,3 pontos percentuais no período.

Acesso à Internet sem microcomputador cresceu 155,6% de 2013 para 2014

De 2013 para 2014, a proporção dos que acessaram a Internet por equipamentos eletrônicos diferentes do microcomputador saltou de 4,2% para 10,5% das pessoas de 10 anos ou mais de idade.

Foi um crescimento de 155,6% (ou mais 11,2 milhões de pessoas). No mesmo período, diminuiu de 45,3% para 43,9% a proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizam microcomputador para acessar a Internet, assim como o seu número absoluto: de 78,3 milhões para 76,9 milhões de pessoas.

Em 2014, cerca de 95,4 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade (54,4% dessa população) utilizaram a Internet pelo menos uma vez nos 90 dias anteriores à entrevista da PNAD. Houve um aumento de 5,0 pontos percentuais em relação a 2013 (49,4%).
Em 2014, o acesso à Internet cresceu nas cinco regiões, mas graças ao uso de equipamentos diferentes do microcomputador, pois a utilização deste meio recuou em todas elas.

Acesso à Internet predomina entre os mais jovens e os mais escolarizados

Os grupos mais jovens tinham os maiores percentuais de utilização da Internet, com predomínio no grupo de 15 a 17 anos (81,8%) de idade. Já a menor proporção era entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade (14,9%). De 2013 para 2014, a utilização da Internet cresceu em todos os grupos etários.

O acesso à Internet mostrou proporções crescentes entre os mais escolarizados. O maior percentual foi observado na população com 15 anos ou mais de estudo (92,1%). Em relação a 2013, a utilização da Internet cresceu em todos os níveis de instrução, com exceção do grupo sem instrução e menos de 1 ano de estudo (de 5,4%, em 2013, para 5,2% em 2014).

Em 2014, entre os estudantes da rede pública, 73,3% (19,9 milhões) utilizavam a Internet. Na rede privada, 97,2% deles (9,1 milhões) utilizavam a Internet.

A proporção de pessoas que utilizaram Internet era maior nas classes com rendimento mensal domiciliar per capita mais elevado. O maior percentual (91,5%) foi observado na classe acima de 10 salários mínimos, e o menor (28,8%), na classe inferior a ¼ do salário mínimo. A proporção de usuários cresceu em todas as faixas de rendimento.

11,1 milhões de domicílios do país tinham tablet em 2014

Em 2014, cerca de 16,5% (11,1 milhões) dos domicílios particulares permanentes do País tinham tablet, um aumento de 5,7 pontos percentuais em relação a 2013. Mais da metade deles (6,1 milhões) estava no Sudeste, região com o maior percentual de domicílios com esse aparelho (20,8%) enquanto a menor proporção estava no Norte (8,6%).

Em 2014, os domicílios com tablet tinham rendimento médio domiciliar per capita de
R$ 2 213 e, naqueles que não tinham, esse rendimento era R$ 1 049.
97,1% dos domicílios do país tinham aparelhos de TV em 2014

Em 2014, o país tinha 67,0 milhões de domicílios particulares permanentes e 97,1% deles (65,1 milhões) possuíam o aparelho de TV. Esse indicador cresceu 2,9% em relação a 2013.

A PNAD TIC 2014 também investigou três modalidades de acesso à programação de TV: Televisão digital aberta (recepção gratuita de sinal aberto, digital e transmitido por antenas terrestres); TV por assinatura (recepção paga de sinal de TV fechado, restrito por código) e TV por antena parabólica (recepção gratuita de sinal via satélite). A TIC 2014 não apura acesso à programação televisiva por meio da Internet.

Em 2014, televisão digital aberta chegava a 39,8% dos domicílios do país

A proporção de domicílios com acesso à TV digital aberta cresceu 8,6 pontos percentuais e chegou a 39,8% dos domicílios com televisão. A TV digital aberta cresceu tanto na área rural quanto na urbana, chegando, respectivamente, a 15,7% e 43,5% dos domicílios com TV.
O Sudeste continuou com o maior percentual de domicílios com televisão digital aberta (45,7%), com o Sul (41,5%) e o Centro-Oeste (40,8%) a seguir. O Norte e o Nordeste alcançavam ambos, aproximadamente, 30%. A proporção de domicílios com TV digital aberta cresceu em todas as Unidades da Federação.

Em um ano, número de domicílios com TV por assinatura cresceu 12,0%

O número de domicílios com TV por assinatura cresceu 12,0% em relação a 2013, alcançando 32,1% dos domicílios com aparelho de televisão. Assim como a TV digital aberta, a TV por assinatura estava mais presente na área urbana (35,9%) do que na rural (7,5%). O Sudeste continuou com a maior proporção de domicílios com TV por assinatura (43,6%), com o Sul (32,5%), Centro-Oeste (30,0%), Norte (19,8%) e Nordeste (16,3%) a seguir.

Quanto maior a classe de rendimento mensal domiciliar per capita, maior o percentual de domicílios com TV por assinatura: para os domicílios com rendimento de até três salários mínimos, as proporções foram inferiores a 50,0%. Já entre os domicílios onde esse rendimento superava os cinco salários mínimos, a proporção era de 77,3%.

TV por antena parabólica chega a 38,0% dos domicílios e predomina na área rural

A TV por antena parabólica estava em 38,0% dos domicílios com aparelho de televisão e, ao contrário das modalidades “digital aberta” e “por assinatura”, sua presença na área rural (78,5%) era superior à urbana (31,8%). Também ao contrário dessas modalidades, a TV por antena parabólica predominava entre os domicílios com os menores rendimentos per capita.

Em 2014, entre os domicílios com aparelho de televisão, 32,1% não tinham TV digital aberta, mas contaram com pelo menos uma modalidade de acesso à programação: 22,6% tinham somente TV por antena parabólica; 7,4% tinham somente TV por assinatura e 2,1% tinham TV por antena parabólica e televisão por assinatura.

15,1 milhões de domicílios não tinham nenhuma das três modalidades de TV investigadas

Ainda entre os domicílios com aparelhos de TV, cerca de 15,1 milhões (23,1%) não tinham nenhuma das três modalidades de acesso à programação televisiva investigadas (nem televisão por antena parabólica, nem televisão por assinatura, nem televisão digital aberta).

Para os domicílios sem nenhuma dessas três modalidades, a alternativa de acesso à programação televisiva é a televisão analógica aberta. Esse grupo de domicílios merece atenção especial, pois ficaria impossibilitado de acessar programação televisiva por meios convencionais quando concluído o processo de desligamento do sinal analógico e sua substituição pelo sinal digital em todo o Território Nacional. A Região Norte continuou com o maior percentual de domicílios sem nenhuma das três modalidades (27,7%) e o Sudeste (21,8%), com o menor percentual.

Em um ano, proporção de TVs com tela fina passa de 38,4% para 47,9%

Em 2014, entre os 106,8 milhões de aparelhos de TV existentes nos domicílios do país, 55,6 milhões (52,1%) eram de tubo e 51,2 milhões (47,9%), de tela fina. Em 2013, esses percentuais eram de 61,6% e 38,4%, respectivamente. A proporção de televisões de tela fina aumentou em 9,5 pontos percentuais em relação a 2013. A área rural tinha maior proporção de televisões de tubo (74,0%) e a urbana, maior proporção de TVs com tela fina (50,4%).

Dos 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes com televisão, 33,6% possuíam somente televisão de tela fina, 44,3% somente televisão de tubo e 22,1%, ambos os tipos. O Nordeste tinha o maior percentual de domicílios com apenas televisão de tubo (56,7%) e o Centro-Oeste, a maior proporção de domicílios com somente televisão de tela fina (38,5%).
77,9% da população com 10 anos ou mais de idade tinham celular em 2014

Em 2014, cerca de 136,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal, o que correspondia a 77,9% da população nessa faixa de idade. Em relação a 2005, esse contingente aumentou 142,8% (ou mais 80,3 milhões de pessoas). Em relação a 2008, o aumento foi de 56,7% (49,4 milhões de pessoas) e comparando com 2013, o aumento foi de 4,9% (6,4 milhões de pessoas a mais).

Apesar de possuírem as menores proporções de pessoas com celular no total da população, as regiões Norte e Nordeste mostraram os maiores crescimentos desse contingente, entre 2013 e 2014 (2,7 e 3,8 pontos percentuais, respectivamente).

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade da população rural tinha celular

Em 2014, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade era de 82,3% na área urbana e 52,5% na área rural. Esses dois contingentes cresceram em relação a 2013 e a maior expansão na área rural: 4,6 pontos percentuais, de maneira que mais da metade da população rural passou a contar com telefone celular em 2014. O Centro-Oeste apresentou os maiores percentuais de pessoas com esse equipamento, tanto na área urbana (87,6%) quanto na rural (71,1%).

De 2013 a 2014, a posse de telefone celular cresceu em todos os grupos etários, atingindo seu máximo entre aqueles com 20 a 24 anos de idade (89,4%). Em 2014, mais de 80% das pessoas com entre 15 e 54 anos de idade tinham celular. As menores proporções estavam nos grupos com 10 a 14 anos (54,1%) e com 60 anos ou mais (55,6%) de idade.

A posse de telefone móvel celular para uso pessoal varia conforme a posição na ocupação e a categoria do emprego. Enquanto 95,7% dos empregadores e 95,3% dos militares e funcionários públicos estatutários tinham telefone celular em 2014, 91,1% dos empregados e trabalhadores domésticos, 81,4% dos trabalhadores por conta própria e 61,1% dos trabalhadores não remunerados possuíam esse equipamento no mesmo período.

Quanto às classes de rendimento mensal domiciliar per capita, na faixa sem rendimento a ¼ do salário mínimo, 53,0% das pessoas tinham telefone celular, ao passo que na faixa acima de 10 salários mínimos a proporção alcançou 95,9% em 2014.

Fonte: Comunicação Social/IBGE. Clique AQUI

sexta-feira, 9 de maio de 2014

SUJOU!: Um bilhão de pessoas ainda defecam nas ruas. E sabe qual é o país onde isso mais acontece? A Índia. Segundo a OMS, são os "defecators"

(da Redação)
A pesquisa é da Organização Mundial de Saúde, órgão da ONU, que divulgou a notícia. Um bilhão de pessoas defecam nas ruas (em 1990, eram 1,3 bilhão). E não lavam as mãos, claro, seria pedir muito. Mas faltou a ONU explicar a metodologia. Seus pesquisadores saíram às ruas contando cada montinho de excremento? Ou foi uma enquete oral, do tipo um pesquisador com prancheta indagando  "por gentileza, o senhor ou a senhora já cagou na via pública?". "Sim, uma vez bebi água do Ganges e me deu uma dor de barriga aguda e tive que batizar o monumento ao Gandhi. Mas conversa com a minha sogra que ele caga na rua duas vezes por dia". E o rapaz da pesquisa anotando tudo, sem rir. Interessante também imaginar antropólogos e sociólogos da ONU interpretando os dados. "Não é melhor em vez de contar as pessoas dizer também a quantidade em quilogramas?". E outro: "Vale apenas o sólido? E o excremento líquido depois de um curry?. A  OMS leva o assunto a sério e chama o ato de " defecação ao ar livre ". "Excrementos, fezes , cocô , eu poderia até dizer merda talvez, esta talvez seja a causa de tantas doenças ", disse Bruce Gordon, da agência da ONU. Além da campeã, a Índia, a África sub-saariana também é importante adepta da defecação ao ar livre. Mas pobreza não é desculpa.  "O que é chocante na Índia é a imagem de alguém praticando defecação a céu aberto e no outro lado ter um telefone celular ", disse uma pesquisadora.
Mas a Organização Mundial de Saúde precisa explicar melhor a metodologia das suas pesquisas. Na semana passada, a mesma instituição divulgou uma avaliação das cidades mais poluídas do mundo e colocou o Rio entre elas, acima de São Paulo, Belo Horizonte e outras menos votadas. A  imprensa embarcou na  informação sem muita contestação e sem pedir muita explicação. Sabe-se agora, que a OMS comparou dados levantados por institutos diferentes e em épocas diferentes, o que evidentemente compromete qualquer levantamento comparativo. Fica parecendo trabalho escolar de primeiro grau.  Já a pesquisa do cocô mundial não diz se o Rio está entre as primeiras. Não se sabe se a pesquisa incluiu a defecação em cabines de caixas eletrônicos (talvez porque não sejam considerados "ar livre".  Se incluírem, o Rio vai se destacar nesse quesito. Pergunte a qualquer carioca.

A INDIA, A NÚMERO UM DA "DEFECAÇÃO AO AR LIVRE", FEZ ATÉ UM VÍDEO EDUCATIVO PARA TENTAR COMBATER OS CAGÕES.
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terça-feira, 8 de abril de 2014

Ipea erra pesquisa e faz jornalistas, sociólogos, filósofos e antropólogos darem uma de bobos na TV, no rádio e na mídia impressa. Foi a pegadinha do ano... Todo mundo pra Escolinha do Professor Raimundo, já!

(da Redação)
O mais hilário do erro do IPEA sobre a pesquisa que apontou um percentual absurdo de opiniões sobre as mulheres que "provocam" agressões sexuais e estupros por se vestirem sensualmente, foram as "análises" de sociólogos, antropólogos, filósofos e âncoras na TV, no rádio e na mídia imprensa. Todos encontraram uma explicação pomposa e elaborada para o "fenômeno". Foram buscar até na "formação cultural" do Brasil uma justificativa para o "machismo" exarcerbado. Outros afirmaram já esperar porque a formação ibérica dos brasileiros desvaloriza as mulheres. Ficou claro que esses tais sociólogos e antropólogos de salões pouco conhecem do povo brasileiro. Nas suas visões elitistas - alguns são ferozmente de direita - não duvidaram nem um pouco de que mais de 60% da população, incluindo mulheres, botavam na conta das saias, shorts, tops e decotes a culpa que obviamente é só do estuprador. Têm em muito pouca conta a população. O número que era 60% caiu para 20%, mais coerente. Disso tudo fica a crítica ao Ipea, claro,  e o super mico dos jornalistas e os professores-doutores que fizeram papel de bobões ao tentar explicar a tal pesquisa para nós, os zé-manés. Todo mundo já, correndo, para Escolinha do Professor Raimundo.