segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celular Kodak Ektra - Um debate entra em foco: os smartphones substituirão as câmeras?



por Jean-Paul Lagarride

O jornalista Roberto Catania levantou, essa semana, na revista italiana Panorama, uma questão atual: os smartphones substituirão as câmeras fotográficas compactas?

Talvez, avalia ele, ao sugerir que a questão é mais de semântica.

Os celulares não exterminarão as câmeras; os celulares estão, a cada dia, transformando-se em câmeras compactas que se comunicam, interagem, mandam e recebem mensagens, dados e, principalmente, geram, enviam e recebem fotos.

Fabricantes de câmeras consagradas como Leica e Hasselblad, além das famosas lentes Zeiss, já operam parcerias com marcas de smartphones. Agora, a Kodak - na verdade, o grupo Bullitt, que adquiriu a empresa - lança um modelo de celular com design inspirado em uma das suas câmeras mais populares, a Ektra, lançada em 1941.

A ideia é agradar aos nostálgicos mas também aos fotógrafos amadores e profissionais - o Kodak Ektra vem com dispositivos virtuais semelhantes aos usados nas câmeras DSLR e oferece um série de modos de operação (Smart Auto, Portrait, Sports, Bokeh, Night-time, HDR, Panorama, Macro, Landscape, Film / Video e Manual).

O modo Manual deve despertar o interesse dos fotógrafos profissionais, assim como a discreta empunhadura na sua base com botão de disparo, o que dá mais firmeza ao bater a foto.

O modo Film, que pode imitar o visual icônico dos filmes Super 8mm da Kodak, é um mais um toque vintage.. Preço estimado: 550 dólares. Deve chegar ao mercado ainda esse ano.

Um pouco de história...

A Ektra, da década de 40
A Ektra chegou ao mercado em 1941 como uma tentativa da Kodak de concorrer com as alemãs Leica e Contax, com uma linha de câmera, lentes e filmes 135mm.


O modelo Ektra 10, anos 80


E a mesma Kodak Ektra que foi oferecida como brinde para assinantes da revista Fatos, em 1985. com direito a logotipo Kodak Fatos, como se vê no corpo da câmera. 

Já nos anos 1980, um novo modelo, a Ektra 10, em versão popular, foi comercializado no Brasil. Na época do lançamento da revista Fatos, da Bloch, era essa a câmera que o marketing da empresa oferecia como brinde aos assinantes da publicação.

Um comentário:

Hoffmann disse...

Como equipamento de massa, sim, como hobby e como abastecedoras de redes sociais. E os smartphones são usados até por fotógrafos profissionais. Mas as câmeras profissionais estão igualmente evoluindo e mesmo com toda a sofisticação vão depender sempre do talento artístico do fotógrafo que opera.