terça-feira, 18 de outubro de 2016

Car Wash Park: um mundo de sonho e fantasia...








por O. V. Pochê

A Lava-Jato ainda vai render livros - já saíram dois, um que é samba-exaltação e outro que mostra o "outro lado" da operação, aquele que não chega à mídia - há citação em novelas, projetos de filmes, seriados, um museu (quem sabe com figuras em cera do juiz, da força-tarefa, do japonês, dos caguetas e dos acusados) e futuramente, segundo vazamentos de fontes não-identificadas, será construído um parque temático em Curitiba onde os visitantes poderão interagir com holografias das principais figuras da operação, games do tipo caça-níquel onde os turistas simularão delações premiadas e, se o depoimento mandar um petista pra cadeia, receberão uma grana de respeito.

Nasce o Car Wash Park.

Uma espécie de Las Vegas da lei.

Réplicas do triplex de Lula e do sítio poderão ser visitadas. A lanchonete servirá todos os tipos de petiscos, inclusive hamburger de jabá, mas coxinhas serão oferecidas gratuitamente. O livro dos visitantes terá um interessante característica: em vez de assinatura, impressão digital. Os mais realistas poderão passar uma noite na réplica da cela de um condenado.

Haverá simulações de como vivem em suas mansões alguns delatores premiados, seus hábitos de consumo sofisticado etc.

Sobre um dos mais famosos alvos da Lava Jato, um ex-presidente da Câmara, não há nada planejado no parque temático já que não há certeza nem previsão de que a dita figura sofrerá condenação ou mesmo se será inocentada por falta de provas.

Haverá um recanto de tucanos onde as aves passearão livremente. Na parte educativa, lideranças do PMDB darão aulas de ética para crianças e participarão de um reality show de etiqueta política.

Os idealizadores do Car Wash Park estão finalizando o projeto básico e pretendem reivindicar inclusão do empreendimento na Lei Rouanet, pelo seu inegável impacto cultural e educativo.

Dentre os desdobramentos culturais e intelectuais da Lava Jato apenas o filme épico que, segundo a mí dia, seria dirigido por José Padilha enfrentaria percalços. O diretor teria convidado o ator Wagner Moura para o papel de galã da força-tarefa. Moura teria declinado.
Não há notícia se ele mudará de ideia ou se será conduzido coercitivamente ao set. Embora tenha topado viver o drug lord Pablo Escobar na série do Netflix e percorrido os grotões de Medellín, Moura surpreendentemente teria achado complicado ligar seu nome às pessoas em terrenos de Curitiba ainda não desbravados pela História. Será?

2 comentários:

Nando342 disse...

Ideia muito interessante. Pode ser acrescentado um guichê de banco onde o turista "lavará" seu dinheiro. Um réplica do metrô de SP onde ninguém vai pagar passagem mais propina. a lanchonete também pode servir merenda escolar desviada conforme conta o escandalo da merenda escolar em São Paulo. O visitante tambem vai ver como funciona uma redação de jornal manipulando informações. o Brail vai arpende muito nesse parque temático kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Rick disse...

Cunha já pode ter sua estátua no museu de cera da Lava Jato