Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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sábado, 4 de agosto de 2018
Ibope: 65% dos católicos e 59% dos evangélicos aprovam a descriminalização do aborto
O grupo Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) apresentou ao STF um pesquisa do Ibope realizada em 2017 mostrando que a maioria das pessoas religiosas não é contra o aborto legal e seguro.
Para 65% dos entrevistado, cabe à mulher decidir sobre a interrupção da gestação.
Conclui-se que líderes religiosos fundamentalistas - a maioria, não por acaso, homens - que fazem campanhas contra a descriminalização do aborto não ouvem nem seus rebanhos. Atuam como se fossem aiatolás a impor sharias sobre um país constitucionalmente laico.
O site Justificando publica uma matéria completa sobre o assunto.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
A fé não costuma "faiá"... Repórter Fernando Molica tira o Apocalipse do armário
Coube ao repórter Fernando Molica, que nos anos 1980 foi free lancer da Fatos & Fotos e da Manchete, revelar o que parecia óbvio mas até aqui não despertava o interesse da mídia em geral: as pérolas do pensamento fundamentalista do candidato a prefeito do Rio, Marcelo Crivella, registradas em livros que a campanha do sobrinho do Macedo e do aliado do Garotinho preferiria que permanecessem empoeirados no fundo do baú.
A onda conservadora tem favorecido políticos que acenam com a perigosa mistura, como o mundo mostra, entre política e religião. O que é lamentável e não vai acabar bem.
O caso do Rio é exemplar. Um candidato acusado de agredir a mulher foi justamente rejeitado pelo voto feminino. Como em um jogo sem saída, um não-tem-tu-vai-tu-mesmo, o Rio poderá ser governado por um religioso que, segundo revelações do Molica, expressou nos livros que escreveu ou organizou o "dogma" de que a mulher deve ser submissa ao homem.
Antes, definiu religiões que não a sua como "diabólicas", usou um termo racista, "mundo amarelo", para dizer que no Oriente "os espíritos imundos vêm disfarçados de forças e energias da natureza".
Demônios são responsabilizados por vícios, homossexualidade e doenças, o que sugere que uma "política" de saúde "eficiente" seria espalhar pela cidade clínicas ambulatoriais para expulsão do diabo dos corpos e mentes.
Hoje, o site Conexão Jornalismo tira do armário mais um dado revelador.
É a música "Chute na Heresia" onde o atual candidato comenta o famoso chute em uma imagem de N.S Aparecida perpetrado por um colega pastor, Sergio von Helde.
A canção faz parte de um CD de Crivella e a letra não poderia ser mais explícita: "Na minha vida dei um chute na heresia / Houve tanta gritaria de quem ama a idolatria / Eu lhe respeito meu irmão, não quero briga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga" (...) "Aparecida, Guadalupe ou Maria / Tudo isso é idolatria de quem vive a se enganar / Mas não se ofenda meu irmão, não me persiga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga".
Além de ironizar o ponta-pé em um símbolo religioso caro a milhões de brasileiros católicos, a letra tem notas ameaçadoras e meio "bélicas": "Eu vou cortar o poste de baal? Atropelar a jezabel com meu cavalo/Lançar a pedra na cabeça do golias/E lutar a cada dia contra essa idolatria/Eu quero ver a babilônia despencar/E a fornalha não queimar/Aquele que só serve a Deus/O mar aberto, nosso povo a passar/Faraó a se afogar no meio do mar vermelho".
Crivella tem acusado o opositor, Marcelo Freixo, de supostamente apoiar a tática black bloc.
Mas esse versinho aí, meu amigo, é puro black bloc do fundamentalismo.
Barra pesada. Eu, hein?
A onda conservadora tem favorecido políticos que acenam com a perigosa mistura, como o mundo mostra, entre política e religião. O que é lamentável e não vai acabar bem.
O caso do Rio é exemplar. Um candidato acusado de agredir a mulher foi justamente rejeitado pelo voto feminino. Como em um jogo sem saída, um não-tem-tu-vai-tu-mesmo, o Rio poderá ser governado por um religioso que, segundo revelações do Molica, expressou nos livros que escreveu ou organizou o "dogma" de que a mulher deve ser submissa ao homem.
Antes, definiu religiões que não a sua como "diabólicas", usou um termo racista, "mundo amarelo", para dizer que no Oriente "os espíritos imundos vêm disfarçados de forças e energias da natureza".
Demônios são responsabilizados por vícios, homossexualidade e doenças, o que sugere que uma "política" de saúde "eficiente" seria espalhar pela cidade clínicas ambulatoriais para expulsão do diabo dos corpos e mentes.
Hoje, o site Conexão Jornalismo tira do armário mais um dado revelador.
É a música "Chute na Heresia" onde o atual candidato comenta o famoso chute em uma imagem de N.S Aparecida perpetrado por um colega pastor, Sergio von Helde.
A canção faz parte de um CD de Crivella e a letra não poderia ser mais explícita: "Na minha vida dei um chute na heresia / Houve tanta gritaria de quem ama a idolatria / Eu lhe respeito meu irmão, não quero briga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga" (...) "Aparecida, Guadalupe ou Maria / Tudo isso é idolatria de quem vive a se enganar / Mas não se ofenda meu irmão, não me persiga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga".
Além de ironizar o ponta-pé em um símbolo religioso caro a milhões de brasileiros católicos, a letra tem notas ameaçadoras e meio "bélicas": "Eu vou cortar o poste de baal? Atropelar a jezabel com meu cavalo/Lançar a pedra na cabeça do golias/E lutar a cada dia contra essa idolatria/Eu quero ver a babilônia despencar/E a fornalha não queimar/Aquele que só serve a Deus/O mar aberto, nosso povo a passar/Faraó a se afogar no meio do mar vermelho".
Crivella tem acusado o opositor, Marcelo Freixo, de supostamente apoiar a tática black bloc.
Mas esse versinho aí, meu amigo, é puro black bloc do fundamentalismo.
Barra pesada. Eu, hein?
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016
O Rio se preocupou tanto com o terrorismo religioso e o terrorismo religioso foi eclodir em Nova Iguaçu...
Em tempos de Rio 2016, o fato passou quase desapercebido. Aliás, mesmo sem Olimpíadas, esse tipo de terrorismo em alta no Brasil não provoca grandes discussões. São comuns os casos de invasão de igrejas católicas e de destruição de imagens de santos. E mais comum ainda é a permanente perseguição às religiões de origem africana. Terreiros são destruídos, adeptos são agredidos nas ruas, fanáticos fundamentalistas instigados por líderes religiosos recorrem ao poder armado de traficantes para intimidar praticantes de umbanda e candomblé. Já foram registradas mortes em trágicos episódios noticiados pela mídia.
Nem a sociedade nem as autoridades parecem dispostas a conter a ascensão do terrorismo religioso no Brasil.
Devem achar que é "briga de torcida".
Ontem, o jornal O Dia relatou mais um desses casos:
Rio - Um templo religioso dedicado à religião africana foi incendiado e teve imagens destruídas, na noite desta quarta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desta quarta-feira. O responsável pelo espaço disse se tratar de crime de intolerância religiosa, mas o caso foi registrado como dano violação de domicílio e dano.
Segundo Bruno Pereira, a 52 DP (Nova Iguaçu) se negou a registrar um caso de intolerância religiosa. “O delegado disse que não podia enquadrar na intolerância porque não tinha provas de que alguém pulou e ateou fogo”, lamenta o responsável pelo templo.
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