por José Esmeraldo Gonçalves
Violência contra repórteres, fotógrafos e cinegrafistas é inadmissível.
Os profissionais estão em campo cobrindo os fatos. Tais equipes não merecem se tornar alvos da revolta dos manifestantes contra a orientação política da grande mídia.
Não há dúvida de que tudo isso resulta de um acirramento de ânimos estimulado há muito tempo. As lideranças responsáveis dos partidos e dos movimentos sociais condenam as agressões. Mas assim como a mídia tem os seus comentaristas e colunistas que escrevem ou falam com sangue nas teclas e ódio no aúdio, os protestos abertos, nas ruas, recebem a adesão dos mais revoltados, com um potencial de inconsequência que explode com vigor ainda maior diante da repressão policial violenta que transforma a praça em zona de guerra.
Aliás, os jornalistas também acabam vítimas dos excessos e do despreparo das forças de segurança e não raro, no exercício do seu trabalho, são agredidos por políticos, juízes, autoridades e empresários eventualmente questionados e até por torcedores em jogos de futebol.
Os mesmos jornais que publicam matérias em que entidades criticam com razão agressões a jornalistas destacam colunistas que adotam a linguagem hater comum nas redes sociais e, infelizmente, replicada em análises provocativas que deveriam ser mais racionais e menos emocionais. Alguns postam como vândalos que atiram baldes de tinta. Ironicamente, articulistas e colunistas podem lançar suas pedras sem qualquer risco, suas trincheiras têm carpete e ar condicionado. Quem fica exposto às agressões da polícia e dos manifestantes de todos os lados é o repórter de campo, é ele o profissional que carrega o logo do veículo para a terra de ninguém.
Em discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula avaliou que sua prisão provocaria orgasmos múltiplos nos meios do jornalismo de guerra. Lula errou. Antes fosse. Orgasmo é coisa de Eros. Quem comentou os últimos fatos na grande mídia foi Tânatos.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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5 comentários:
A mídia aqui é palhaçada, é partido político.
Pode ser que alguns profissionais da Imprensa tenha sua escolha política, mas a maioria dos jornalista são isentos não tem partidos políticos e se dedicam à sua profissão com coragem e carinho. A sua profissão é a de um investigador do comportamento do político na sociedade. E a sua missão é informar esse comportamento à sociedade. Os políticos e os partidos políticos além do medo deles os odeiam e se pudesse – e já tentaram em diversos governos criar freios em forma de leis para segurar o trabalho do jornalista.– tolheriam de qualquer maneira o trabalho desses jovens que ainda acreditam na honestidade, na pesquisa, na investigação e na sua obrigação de informar ao público os "malfeitos" e também os "benfeitos "dos políticos nas suas trajetórias políticas.
essa cara mora em Marte?
Alguns colunistas se comportam como os orientais das redes sociais isso ningurn pode negar
Bem colocado. Uma coisa e a linha política do jornal e da tv outra é o profissional que cumpre sua missão. Que militantes de esquerda e direita respeitem os jornalistas
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