Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Deu no Observatório da Imprensa: montanha russa de notícias reduz capacidade de reflexão
por Carlos Castilho (para o Observatório da Imprensa)
Ao renunciar esta semana ( 3/10) à direção do sistema de rádio da emissora britânica BBC, Helen Boaden ressuscitou a expressão “jornalismo lento” (slow journalism) reabrindo um debate que foi atropelado pelo ritmo vertiginoso da corrida deflagrada pela maioria dos órgãos da imprensa em ser o primeiro a dar uma notícia.
A instantaneidade informativa foi de tal maneira incorporada à rotina jornalística que a surpresa ou espanto só se manifestam quando alguém decide propor algo diferente. Se a obsessão com a primazia já era grande na era analógica do jornalismo, ela se tornou ainda maior com a chegada da computação e da internet. Tão intensa que a maioria dos profissionais simplesmente não sentem que pode haver outras alternativas.
A priorização da velocidade ganhou ainda mais força com a multiplicação dos canais 24 horas de notícias na TV, onde além da urgência, a massificação informativa passou a ser a marca registrada deste tipo de programação. Uma mesma notícia é retransmitida várias vezes no mesmo dia, com raras atualizações, levando o espectador a achar que a repetição é sinônimo de relevância. Para as redações, a repetição é um recurso para encher espaços na transmissão e não ficar atrás dos concorrentes, o que acaba padronizando quase todos os noticiários, independente da emissora.
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2 comentários:
A velocidade com que as notícias são realizadas nos jornais das estações de TV, que às vezes o espectador não consegue acompanhar o noticiário e mais tarde vai ver a mesma notíica sendo repetida em outros horários e continuando com mais velocidade do que a anterior. Os jornais estão vendendo cada vez menos nas bancas e com isso, para sobreviver, os jornaleiros estão transformando as suas bancas em quase uma loja de diversos produtos como canetas, lápis, refrigerantes e etc. tudo que possa ser vendido e comprado a um preço bem vantajoso para o comprador. A banca de jornais passou a ser mais uma barraca de camelô.
Na grande imprensa se divulga uma só opinião seja de política, economia, política internacional, social, educação, saúde, parece tudo escrito por uma pessoa só. É chato e prejudica a discussão de problemas do país.
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