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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Campanha salarial: patrões de jornais e revistas não apresentam nova proposta salarial e jornalistas ficam com salários congelados

(do site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro)
Passados quase 30 dias, e apesar das cobranças do Sindicato, as empresas de jornais e revistas ainda não apresentaram uma nova proposta salarial para os jornalistas deste segmento. A promessa foi feita na última rodada de negociação, realizada em 30 de setembro. Na ocasião, as empresas trouxeram proposta com valor de piso bastante inferior ao da lei: R$ 1.660. A Lei do Piso Regional prevê pagamento de R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A proposta foi recusada pela diretoria do Sindicato, que não está autorizada a negociar piso salarial abaixo do que manda a legislação.
O desrespeito patronal ao piso da lei estadual tem sido o grande entrave ao fechamento das negociações desta campanha salarial, que completa um ano no próximo mês. O impasse criado pelas empresas tem provocado, na prática, o congelamento dos salários dos jornalistas. A data base da categoria é em 1º de fevereiro. Os patrões insistem em apresentar propostas de piso rebaixado mesmo cientes de parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) que alerta para a anulação imediata de uma convenção coletiva que desrespeite a lei.
Já no segmento de rádio e TV, o Sindicato segue à espera do julgamento do dissídio na Tribunal Regional do Trabalho. A campanha salarial de radiodifusão foi parar na Justiça por conta de polêmica a respeito do piso salarial, que os patrões pressionam para que seja inferior ao da lei. No fim de agosto, parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) entregue à Justiça recomenda decisão pelo piso da lei estadual e a concessão de reajuste inflacionário (7,13%) com 1% de aumento real.

Sindicato entra com ação contra a Infoglobo exigindo cumprimento imediato do piso
O Sindicato ajuizou ação trabalhista na 40º Vara do Trabalho do Rio contra a Infoglobo – que edita os jornais ‘O Globo’ e ‘Extra’ – para exigir o cumprimento imediato do piso salarial previsto em lei aprovada em maio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj): R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A Infogolobo, ao contrário de diversas empresas, não adequou os salários dos jornalistas após recebimento de ofício do Sindicato sobre a vigência da lei – e, por isso, é a primeira a ser processada por não cumprir o piso. O Sindicato pretende ingressar com ações semelhantes contra outras empresas que desrespeitam esse direitos dos jornalistas. Se a sua empresa paga salários inferiores ao da legislação estadual, denuncie para denuncia@jornalistas.org.br.

Ato público denuncia demissões, exploração e desrespeito aos jornalistas do Rio


Os jornalistas do Rio foram às ruas nesta terça-feira (20/10) denunciar à população os problemas enfrentados pela categoria na cidade. Demissões, precarização dos postos de trabalho, salário rebaixados – quando não atrasados – e diversas irregularidades foram expostas ao público durante uma hora e meia nas escadaria da Câmara Municipal, na Cinelândia. Foi distribuído durante o ato um manifesto que reivindica aos governos federal, estaduais e municipais o fim do repasse de verbas de publicidades para empresas que desrespeitam os direitos de seus trabalhadores. A manifestação fez parte da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação.
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