sábado, 10 de outubro de 2015

O outro lado: análise do acordo TTP, no Brasil, é do tipo "sim, sinhô"...

A mídia exultou, colunistas tremeram de satisfação, ao assegurar que o Acordo TTP, o do "livre-comércio Trans-Pacífico", é a oitava maravilha. Obviamente, comentaram sem ler o conteúdo do acordo ou estão, simplesmente, de má fé. Que falaram sem conhecer, é certo: parte do acordo permanece em sigilo. A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, acaba de anunciar sua posição . "Não posso apoiar esse acordo", disse Hillary, que mencionou, entre outras, cláusulas que defendem interesses de grandes empresas e não de países, as vantagens excessivas às corporações farmacêuticas em detrimento dos pacientes e dos consumidores. Mas nem Hillary teve acesso a todas as cláusulas do polêmico documento que a mídia brasileira elogiou no escuro. Nada do que Hillary disse foi comentado por aqui. O que se sabe é que o acordo TTP impacta a biotecnologia, o registro de patentes, implode determinadas leis de alguns países, terá consequências no mercado de trabalho em certos setores de países signatários e beneficiará especialmente Estados Unidos e Japão com o acesso aos mercados internos das economias mais fracas, que terão contrapartida mas não peso para concorrer no bolo interno dos dois grandes que lideram o bloco. O Trans-Pacífico reúne 12 países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã). São economias mais frágeis, se comparadas aos dois gigantes. É uma espécie de contrato entre leões e coelhinhos. E ainda precisa ser ratificado pelo Congresso americano, onde já enfrenta oposição, e pelo legislativo dos país signatários. Embora, entre estes, estejam várias nações cuja soberania não vale um dólar, resistências internas já se manifestam. De todo modo, o acordo não é essa 'brastemp' que os comentaristas neoliberais exaltam sem conhecer nem o texto completo nem as consequências.

Um comentário:

Corrêa disse...

nossos colunistas são boyzinhos e girlzinhas de Miami, quer o que?