terça-feira, 6 de outubro de 2015

Mídia exalta acordo Transpacífico, mas economista ganhador do Prêmio Nobel diz que não é bem assim...

Você leu ontem. Parte da mídia estava excitada com a assinatura da Parceria Transpacífica, acordo comercial com implicações políticas com o qual os Estados Unidos pretendem dar o toque de ordem unida para o Japão, Chile, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia e Peru, entre outros. Na verdade, o acordo ainda não está inteiramente aprovado por todos estes países. Alguns descobriram cláusulas duras, que interferem na autonomia e legislação internas dos signatários. Mas, por aqui, com a observação de que prejudicará o Brasil, o acordo foi devidamente saudado por colunistas e consultores. Bom conhecer o outro lado e a visão de articulistas independentes. Hoje, O Globo publica uma artigo de Joseph Stiglitz (Prêmio Nobel de Economia) e Adam S. Hersh, do Roosevelt Institute, com uma análise que mostra que o acordo não é bem assim tão maravilhoso. Não é um tratado de livre-comércio mas um documento que vai "regular as relações de comércio de investimento dos países", segundo os interesses dos "lobbies mais poderosos". Corporações farmacêuticas, de fumo, de biotecnologia, entre outras, ganharão privilégios que estarão superpostos às legislações e autonomias nacionais. Stiglitz diz claramente que o "acordo" conduzido pelos Estados Unidos vai impor mais controle das economias signatárias do que livre-comércio.
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3 comentários:

Corrêa disse...

Os Estados Unidos historicamente não respeita organizações multilaterais, preferem fazer seus conchavos. Não respeitam a ONU, nem a Unesco, nem A FAO. Não fazem parte do Tribunal de Haia. Isso aí é para enquadrar esses países com PIB baixo, que não se comparam ao do Brasil, que vão vender suas soberanias em troca de exportações. O Japão tem outros motivos, teme a China e que o guarda-chuva protetor americano, mas tudo tem um preço.

Aloysio disse...

Claro que a mídia não diz isso mas esse tratado está sendo criticado pela Austrália, cujo parlamento ainda não assinou a autorização, por obrigar os países signatários a aceitar patentes de genes (DNA) registradas nos Estados Unidos. Isso vai oficializar a biopirataria e levar isso à espécie humana. Algo que os cientistas nazistas sonharam.

J.A.Barros disse...

Não aguento mais nos jornais das TVs entrevistas com "economistas " dando palpites sobre a crise econômica que o Brasil atravessa.