Os criadores do novo humorístico da Globo, "Tomara que Caia", devem estar arrependidos de ter adotado tal nome. Em tempos de memes e com a público com um imenso canal, a Internet, para opinar livremente, a turma detonou o tal humorístico que pretendia ser "novo" e tem cara e piadas diluvianas. Para quem assiste, a sensação é de "vergonha alheia". Centenas de apelos circulam pela web, desde "tomara que acabe", "tomara que eu ria... no próximo", "tomara que eu chore" etc. Só que a grade de programação da Net exibiu no último fim de semana uma apelo mais forte: "Tomara que saia logo do ar!"
Em nota oficial, a Net informou que a imagem indevida, na verdade, uma meme bem sacada, foi uma falha da empresa Revista Eletrônica, responsável pelo guia de canais.

Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
A prisão do pai do programa nuclear brasileiro
por Luís Nassif (do site GGN - O Brasil de Todos os Brasil)
Na operação Eletrobrás, a Lava Jato prendeu o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Seu nome apareceu na delação premiada de Danton Avancini, diretor da Camargo Correia, que lhe teria feito três pagamentos.
Ainda há que se esperar o processo final. Hoje em dia tem-se um grupo de procuradores e delegados avalizados por um juiz e, por um conjunto de circunstâncias históricas, donos do poder absoluto de levantar provas, julgar e condenar sem a possibilidade do contraditório, valendo-se de forma indiscriminada da parceria com grupos jornalísticos.
Em outros momentos, o uso indiscriminado de denúncias por jornais produziu grandes enganos e manipulações.
É possível que Othon seja culpado, é possível que não seja, pouco importa: desde hoje está na cadeia o pai do programa nuclear brasileiro.
O Brasil deve a Othon o maior feito de inovação da sua história moderna: o processo de enriquecimento de urânio através de ultra centrífugas. Foi um trabalho portentoso, que sobreviveu às crises do governo Sarney, ao desmonte da era Collor, aos problemas históricos de escassez de recursos, enfrentando boicotes externos, valendo-se de gambiarras eletrônicas para contornar a falta de acesso a componentes básicos, cuja exportação era vetada por países que já dominavam a tecnologia. LEIA A MATÉRIA COMPLETA. CLIQUE AQUI
Na operação Eletrobrás, a Lava Jato prendeu o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Seu nome apareceu na delação premiada de Danton Avancini, diretor da Camargo Correia, que lhe teria feito três pagamentos.
Ainda há que se esperar o processo final. Hoje em dia tem-se um grupo de procuradores e delegados avalizados por um juiz e, por um conjunto de circunstâncias históricas, donos do poder absoluto de levantar provas, julgar e condenar sem a possibilidade do contraditório, valendo-se de forma indiscriminada da parceria com grupos jornalísticos.
Em outros momentos, o uso indiscriminado de denúncias por jornais produziu grandes enganos e manipulações.
É possível que Othon seja culpado, é possível que não seja, pouco importa: desde hoje está na cadeia o pai do programa nuclear brasileiro.
O Brasil deve a Othon o maior feito de inovação da sua história moderna: o processo de enriquecimento de urânio através de ultra centrífugas. Foi um trabalho portentoso, que sobreviveu às crises do governo Sarney, ao desmonte da era Collor, aos problemas históricos de escassez de recursos, enfrentando boicotes externos, valendo-se de gambiarras eletrônicas para contornar a falta de acesso a componentes básicos, cuja exportação era vetada por países que já dominavam a tecnologia. LEIA A MATÉRIA COMPLETA. CLIQUE AQUI
Nerd passa aula de português jogando video game e dá nisso...
Deu no Blue Bus: "Camiseta do Batman vendida na C&A tem erro de português – loja admitiu a falha. Quem chamou a atenção para a falha foi Fernanda Rodrigues, em post no Facebook. Ela comprou a camiseta porque gostou da estampa, mas só quando chegou em casa percebeu que, no lugar de “a menos que”, a C&A escreveu “ao menos que”. O correto seria – “Sempre seja você mesmo, a menos que você possa ser o Batman”. Em resposta à Fernanda, a loja reconheceu o erro e ofereceu a troca da camiseta por um outro modelo. De preferência sem erro dessa vez. Veja no Blue Bus, clique AQUI
Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (CEEBE) informa: na próxima sexta-feira, dia 31 de Julho, haverá nova assembleia no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Na pauta, atualização das reivindicações e importante comunicado sobre os próximos passos.
ASSEMBLÉIA DOS TRABALHADORES HABILITADOS À MASSA FALIDA DA BLOCH EDITORES, NESTA SEXTA-FEIRA, 31, JULHO DE 2015, ÀS 11 HORAS, NO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, RUA EVARISTO DA VEIGA, 16/ 17º ANDAR, CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ.
EM PAUTA, ATUALIZAÇÃO SOBRE A GESTÃO DA MASSA FALIDA, AS PRÓXIMAS REIVINDICAÇÕES E O ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE INTERESSE DOS CREDORES.
O COMPARECIMENTO DE TODOS É ESSENCIAL.
SÓ A UNIÃO E A MOBILIZAÇÃO DOS EX-FUNCIONÁRIOS TORNARÃO POSSÍVEIS O ALCANCE DOS OBJETIVOS COMUNS E A PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS ASSEGURADOS POR LEI.
LUTE PELO QUE É SEU.
EM PAUTA, ATUALIZAÇÃO SOBRE A GESTÃO DA MASSA FALIDA, AS PRÓXIMAS REIVINDICAÇÕES E O ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE INTERESSE DOS CREDORES.
O COMPARECIMENTO DE TODOS É ESSENCIAL.
SÓ A UNIÃO E A MOBILIZAÇÃO DOS EX-FUNCIONÁRIOS TORNARÃO POSSÍVEIS O ALCANCE DOS OBJETIVOS COMUNS E A PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS ASSEGURADOS POR LEI.
LUTE PELO QUE É SEU.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Redentor antenado... com wi-fi de graça
![]() |
Foto Shana Reis |
Foto de Shana Reis
![]() |
Foto de Fernando Maia |
![]() |
Foto de Fernando Maia |
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Há 50 anos, a Grécia foi injustiçada por uma "lady". E nesse caso Angela Merkel não teve culpa
Há 50 anos, a Grécia era pobre mas limpinha, como se diz. A dama do chucrute Angela Merkel ainda não havia quebrado o orgulho do país. Mesmo assim, a terra de Sócrates, não o jogador, levou uma goleada imposta por capitalistas. O vilão daquela época não foi o FMI. Coube a Hollywood derrotar Atenas. Lançado em fins de 1964, "Zorba, o Grego" estava indicado para sete Oscars, em 1965, nas categorias principais. Mas a academia deve ter considerado pobre aquele filme em cenário idem e com personagens nada glamourosos segundo a ótica da capital do cinema, ainda mais em um ano em que a indústria havia investido milhões de dólares em uma luxuosa superprodução. Zorba foi massacrado por "My Fair Lady", que ficou com os Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor (George Cukor), Melhor Ator (Rex Harrison), Melhor Fotografia Colorida, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte Colorida, Melhor Edição de Som e Melhor Trilha Sonora.
Se Anthony Quinn não foi vencedor, apesar de uma atuação antológica, Irene Pappas também não foi lembrada. A Melhor Atriz foi Julie Andrews, pelo filme "Mary Poppins", que derrotou Audrey Hepburn indicada por "My Fair Lady". Para não sair de mãos vazias, "Zorba" foi premiado por Melhor Atriz Coadjuvante (Lila Kedrova), Melhor Fotografia em Preto e Melhor Direção de Arte Preto e Branco. A canção-tema de "Zorba", assinada pelo compositor grego Mikis Theodorakis e igualmente ignorada pelo Oscar, virou sucesso nas paradas mundiais. Talvez você seja capaz de cantarolar a música que pontuou a dança típica syrtaki na famosa sequência de Anthony Quinn e Alan Bates, mas dificilmente lembrará a canção vencedora em 1965, que foi "Mary Poppins".
Há 50 anos, como hoje, o orgulho grego foi quebrado por ladies ocidentais. Apesar disso, "Zorba", um grego nada sofisticado, uma espécie de irresistível "malandro" helênico, entrou para a história do cinema. Reveja a cena da syrtaki, clique AQUI.
Se Anthony Quinn não foi vencedor, apesar de uma atuação antológica, Irene Pappas também não foi lembrada. A Melhor Atriz foi Julie Andrews, pelo filme "Mary Poppins", que derrotou Audrey Hepburn indicada por "My Fair Lady". Para não sair de mãos vazias, "Zorba" foi premiado por Melhor Atriz Coadjuvante (Lila Kedrova), Melhor Fotografia em Preto e Melhor Direção de Arte Preto e Branco. A canção-tema de "Zorba", assinada pelo compositor grego Mikis Theodorakis e igualmente ignorada pelo Oscar, virou sucesso nas paradas mundiais. Talvez você seja capaz de cantarolar a música que pontuou a dança típica syrtaki na famosa sequência de Anthony Quinn e Alan Bates, mas dificilmente lembrará a canção vencedora em 1965, que foi "Mary Poppins".
Há 50 anos, como hoje, o orgulho grego foi quebrado por ladies ocidentais. Apesar disso, "Zorba", um grego nada sofisticado, uma espécie de irresistível "malandro" helênico, entrou para a história do cinema. Reveja a cena da syrtaki, clique AQUI.
É a crise? Revistas tentam "falar" com um tipo de leitora que antes não ganhava dos editores nem beijinho no ombro...
por Clara S. Britto
As revistas brasileiras ainda resistem à diversidade, digamos, estética. São raríssimas as capas que escapam ao que os produtores consideram padrão europeu ou novaiorquino de beleza. Quase sempre simbolizado pela a magreza asséptica de modelos brancas, curvas perfeitas photoshopadas ou não, dentes de porcelanato, cabelos impecáveis. Lá fora, depois de colocar modelos plus size em capas - no início como "novidade e "ousadia" - alguns títulos tradicionais começam a mostrar mulheres "fora do padrão" não como "exotismo" mas com a intenção de alcançar um vasto grupo de leitoras que não se sentia representado pelas publicações. Na capa da edição de agosto da revista de boa forma Women's Running está Erica Jean Schenk, que dá dicas de corridas para iniciantes. Simples: uma pessoa normal falando para pessoas normais.
Com a crise de identidade e o impasse digital no horizonte, as revistas descem do pedestal e tentam "conversar" com leitoras e consumidoras a quem antes, nos tempos de vacas gordas, sem trocadilho, desprezavam. É... não está fácil pra ninguém.
terça-feira, 21 de julho de 2015
A estrela do David
Por ROBERTO MUGGIATI
Outro da Bloch que se
foi, David Klajmic. Certa vez o David me deu um presente. Sou eternamente
grato. Foi um relógio de pulso Mondaine. Aproximou-se da grande mesa do editor,
por trás da qual eu me protegia – dez metros por dez metros, em ângulo reto – e
me entregou o estojo dizendo: “Com os agradecimentos do Egon.” Egon era o pai
do Michel Frank, envolvido até a medula na morte de Cláudia Lessin Rodrigues. O
dono dos relógios Mondaine agradecia porque tínhamos em mão um dossiê completo
do caso e não o publicamos. Os agradecimentos – e um milhão de relógios –
deveriam ser endereçados ao Oscar Bloch Sigelmann, que proibiu a redação da Manchete de publicar a matéria.
Na quarta-feira, 7 de
setembro de 1977, as bancas estariam fechadas. Tínhamos de antecipar o
lançamento da revista para terça. O fechamento da edição foi marcado para um
ensolarado domingo, 4 de setembro. Desci cedo da Serra no meu fusca com meu
sobrinho Sérgio, que tinha acabado seu casamento com a australiana Jane.
Encerrava-se toda uma temporada de fins de semana no Sítio do Sossego, em
Nogueira. Meu casamento também começava a terminar. Um fechamento de Manchete num domingo era um verdadeiro
terror. Cheguei ao prédio do Russell às dez da manhã e arregacei as mangas. Os
patrões já estavam lá, excitadíssimos – o Adolpho, o Oscar e o Jaquito, que
Adolpho denominava “a Troika”, em
alusão ao trio que reinava na União Soviética. De camisa esporte nestes dias
festivos, adrenalina a mil, eles adoravam brincar de jornalista e interferir
ostensivamente no nosso trabalho. A grande história do momento era a morte de
Claudia Lessin Rodrigues, cujo corpo fora encontrado nas rochas da Avenida
Niemeyer numa segunda-feira no final de julho. Uma dupla da revista – o
repórter Tarlis Baptista e o fotógrafo Adir Mera – voltava de um trabalho
na Barra e parou ao ver a movimentação policial. O Mera fotografou toda a
operação de resgate do corpo – a lembrança daquelas fotos em preto e branco da
nudez juvenil de Cláudia Lessin me persegue até hoje. Tarlis prosseguiu, com
seu instinto de cão farejador, atrás de todas as pistas possíveis. Tamanha persistência foi premiada. Às dez
horas da noite daquele domingo ele voltou exultante de um encontro que tivera
numa churrascaria do Meier com o detetive Jamil Warwar. Trazia em mãos o dossiê
completo do caso, ouro puro.
Oscar Bloch Sigelmann
pegou o telefone da minha mesa e ligou para Egon Frank, pai de Michel. “Olá,
Egon, temos aqui a versão completa do dossiê policial, mas não vamos publicar,
de jeito nenhum. Você pode contar conosco.” Os anúncios da Mondaine eram
importantes na receita da Bloch. Jornalismo é isso aí. A Manchete nada publicou e outra cópia do Dossiê Warwar foi entregue
de bandeja ao repórter da Veja
Valério Meinel, que ganhou o Prêmio Esso de Reportagem daquele ano com a
matéria de capa.
Oscar me odiava
cordialmente. “Muggiati, quando o Adolpho morrer, o primeiro que eu vou demitir
é você.” Bipolar, às vezes me beijava e dizia: “Você é o maior editor da Manchete de todos os tempos!” Ironia da
sorte, embora mais jovem do que seu tio Adolpho, morreu antes e só demitiu a si
mesmo. David Klajmic tinha autoridade moral sobre o Oscar. Quando o Célio Lyra
sofreu uma estafa, David intercedeu para que ele tivesse o melhor tratamento no
Samaritano. As contas do hospital VIP assustaram os Bloch. David aproveitou o
susto para convencer os patrões a fazerem uma permuta com a Golden Cross e garantiu
assim, por alguns anos, um plano de saúde para os funcionários. A última vez
que vi David foi no enterro do Célio Lyra, no São João Batista, no canto mais
distante do cemitério, quase perto do Rio Sul. Tudo com o Célio era complicado,
até a morte: o caixão não cabia na vaga junto à parede e teria de ser serrado.
Saí antes do fim. Encontrei o David sentado num banco no portão de entrada do
cemitério. Não acompanhara o enterro até aquelas lonjuras. Parecia cansado, tomado
por aquele cansaço mortal que abateu muitos de nós depois que o Império Bloch
se desmantelou.
Neste próximo 1º de
agosto a falência da Bloch Editores completa quinze anos. Quinze anos de
solidão, sofrimento, doença, morte e agruras.
Meu caro David Klajmic,
muito obrigado pelo reloginho Mondaine, que, como todo relógio popular, se
esfacelou em poucos meses. Obrigado, mais do que tudo, pela lição de jornalismo
– e de vida.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Revelação: os mapas secretos da Guerra Fria... A tecnologia não era avançada mas mesmo assim os soviéticos mapearam cidades americanas com impressionante riqueza de detalhes
![]() |
O mapa soviético, o da esquerda, mostra uma região de Chicago, em 1982, e é muito mais detalhado do que o mapa americano, da mesma região, feito em 1984. Reprodução |
![]() |
Instalações navais em San Diego foram mapeadas pelos soviéticos com muito mais informações do que o mapa equivalente dos próprios americanos. Reprodução |
![]() |
Nova York, parte de Manhattan, ruas, prédios, pontes, tráfego no rio Hudson, porto etc. Reprodução |
![]() |
Pentágono e arredores, em Washington DC. Reprodução VEJA MAIS NO WIRED, CLIQUE AQUI |
domingo, 19 de julho de 2015
The Sun revela: filme de 1933 mostra a família real britânica fazendo a saudação nazista.
A família real britânica subiu nas nobres tamancas. É que o The Sun publicou uma matéria e divulgou um filme no seu website que mostra a Rainha Elizabeth 2ª, ainda criança, fazendo a saudação nazista. As imagens foram captadas em 1933. O Palácio de Buckingham criticou a decisão do jornal de revelar um filme privado. Mas não é novidade a inclinação nazista de parte da realeza no período que antecedeu a 2ª Guerra. Era grande na Inglaterra o medo do comunismo e muitos viam no nacional-socialismo e no fortalecimento a Alemanha um reforço na estratégia de impedir o avanço vermelho na Europa Ocidental. Churchill inclusive. Historiadores afirmam que com um pouco mais de habilidade e se controlasse o ressentimento em função da 1° Guerra, Hitler teria ganho muito aliados no país e talvez até um apoio que retardaria ou impediria a entrada do país no conflito. Tanto que o Alto Comando nazista considerou precipitado o bombardeio de Londres, considerado um erro de Hitler. No filme, a pequena Elizabeth obviamente não tem ideia do que está fazendo. Mas o tio, que viria a ser coroado Edward 3°, sabia muito bem. Parecia um bucólico e inocente fim de semana em Balmoral, Escócia, até que a família faz alegremente a saudação nazista. Edward, notório simpatizante de Hitler, chegou a se reunir com o fuhrer em 1937, depois que abdicou do trono para se casar com a americana Walis Simpson.
The Sun respondeu às críticas do Palácio de Buckingham e justificou jornalisticamente a publicação do material. "Essas imagens ficaram escondidas por 82 anos. Publicá-las é fornecer uma visão histórica fascinantes sobre uma década sombria e tumultuada, de preconceitos e ideias distorcidas".
The Sun respondeu às críticas do Palácio de Buckingham e justificou jornalisticamente a publicação do material. "Essas imagens ficaram escondidas por 82 anos. Publicá-las é fornecer uma visão histórica fascinantes sobre uma década sombria e tumultuada, de preconceitos e ideias distorcidas".
VEJA O VÍDEO DIVULGADO PELO THE SUN E QUE MOSTRA A FAMÍLIA REAL PRATICANDO O "HEIL HITLER". CLIQUE AQUI
Jules Bianchi: ninguém foi punido pela tragédia de erros que causou a morte do piloto francês no GP do Japão
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Ghiggia: o jogador que transformou Carlos Heitor Cony em ateu...
por José Esmeraldo Gonçalves
"Apenas três pessoas, com um único gesto, calaram o Maracanã com 200 mil pessoas; Frank Sinatra, o Papa João Paulo 2° e eu. Acredito que poucas pessoas o farão neste século".
A frase de Ghiggia é tão certeira quanto seu chute contra as traves de Barbosa, aos 34 minutos do segundo tempo, no dia 16 de julho de 1950. Sessenta e cinco anos, ontem.
Por uma dessas inexplicáveis coincidências, Alfredo Ghiggia morreu no data em que deixou sua marca no Maracanã, quando o Brasil perdeu do Uruguai por 2x1. Aos 88 anos, último jogador vivo entre os participantes do jogo que deu a Copa ao seu país, o autor do gol da vitória uruguaia sofreu um ataque cardíaco, em casa, enquanto assistia a uma reprise do jogo Internacional x Tigres pela Libertadores das Américas.
O escritor e jornalista João Máximo, que foi chefe-de-redação da Fatos & Fotos, já disse que aquele gol de Ghiggia pode ter sido recebido em silêncio por todos no estádio mas estava destinado a ecoar para sempre. "Nunca na história do futebol mundial, um único lance acarretou tantas discussões, tantas análises, tantas evocações, talvez porque nenhum, como este, tenha transcendido sua simples condição de fato esportivo para alçar-se às dimensões do drama e mitologia, para converter-se em um momento histórico na vida de uma nação". Já Carlos Heitor Cony, escritor e jornalista, também ex-combatente da velha Manchete, foi bíblico ao relembrar o gol do uruguaio: "Deixei de acreditar em Deus no dia em que vi o Brasil perder a Copa do Mundo no Maracanã". E Cony dá as razões para sua "consagração" em ateu : "Duzentas mil pessoas viram quando Ghiggia fez o gol. Foi um lance claríssimo, sem qualquer confusão que pudesse suscitar dúvidas. Pois bem, depois do jogo não encontrei uma só pessoa que descrevesse aquele lance da mesma maneira. Então, como acreditar na versão de meia dúzia de apóstolos, os poucos que viram Cristo ressuscitar, meio na penumbra, num local ermo e obscuro?"
Paulo Perdigão, um entre tantos jornalistas e escritores que transitaram pelas redações da Manchete nas ruas Frei Caneca e Russell, escreveu o livro "Anatomia de uma derrota" (L&PM), sobre o fatídico 16 de julho de 1950. Mas não se trata de um livro qualquer. Perdigão, um dos 200 mil torcedores que testemunharam a tragédia, era obstinado pelo tema. Em 1975, ele publicou na revista EleEla um conto no qual volta ao passado, coloca-se atrás do gol de Barbosa e tenta alertá-lo para o que sabia que ia acontecer: a investida fatal de Ghiggia. Um segundo antes de o uruguaio desfechar seu chute, Perdigão, o viajante do tempo, grita Parem tudo!. "Nos olhos de Barbosa" - escreveu em "Anatomia de uma derrota" - "vislumbrei por uma fração de segundos uma resposta acolhedora. Pelo menos ele entendeu o apelo. Exatamente. O grito atingiu-o como um raio". (...) "Meu grito distraíra a atenção de Barbosa, num ínfimo instante. O suficiente para que Ghiggia tomasse partido do pequeno ângulo entre o goleiro e a trave esquerda e desferisse o tiro fatal".
Perdigão encerra o conto com uma dramática confissão:
"Pois na dolorosa viagem ao fundo da minha neurose, descobri porque no dia 16 de julho de 1950 comecei a morrer em vida. E aqui tenho essa verdade a carregar para o resto dos meus dias. O Uruguai não derrotou o Brasil!. Eu, somente eu, fui o responsável pelo gol de Ghiggia".
Pesquisador determinado, Perdigão trabalhava em uma monografia sobre o PRK-30, o famoso programa da Rádio Nacional, quando ao revirar os arquivos da emissora encontrou quatro discos de 78 rotações contendo a narração completa de Brasil 1x2 Uruguai. Percebeu que relato era tão esclarecedor, em meio às infinitas e variadas versões do jogo e do gol, como cita Cony, que decidiu transcrevê-lo no livro, na íntegra, A narração do jogo mostra que o gol de Ghiggia não foi assim tão imprevisível.
No primeiro tempo, o Uruguai perdeu gols feitos, colocou bola na trave. Ghiggia, por várias vezes, desceu ameaçador pela direita. O tom de voz do locutor. assustado, e a reação da torcida, temorosa, mostravam que a Celeste não estava no Maracanã a passeio.
O gol de Friaça, a 1min e 21s do segundo tempo (acima, reprodução do livro "Anatomia de uma derrota"), trouxe otimismo ao estádio e reacendeu o clima de "já ganhou" que antecedeu a final da Copa..
Mas o gol de Schiaffino, aos 20min e 13s, aliás com a participação de Ghiggia, devolveu a tensão ao jogo. Pela primeira vez naquela tarde, o Maracanã "ouviu o silêncio", mas caberia a Ghiggia, 14 minutos depois, calar definitivamente o estádio.
Elegante, o "carrasco" uruguaio sempre mostrou respeito pelo goleiro Barbosa, a quem defendeu em inúmeras entrevistas ao longo da vida. Ghiggia explicava que durante a partida recebera muitas bolas pela direita e levantara cruzamentos sobre a área. Ele tinha certeza de que o goleiro brasileiro esperava que ele repetisse a jogada e por isso se deslocou ligeiramente para cortar uma possível bola centrada. Ao perceber tarde demais que o chute viria no canto esquerdo, Barbosa pula, toca a bola, mas não consegue desviá-la.
E foi assim que o gol à direita das cabines de rádio entrou para a história para não sair mais. Virou o "gol de Ghiggia", o Ghiggia que transformou Carlos Heitor Cony em ateu.
Alguma lição ou dever de casa, o dia traumático deixou. Ao sair do Maracanã naquele 16 de julho, nenhum torcedor imaginaria que nas duas décadas seguintes o Brasil ganharia três Copas. Talvez por isso o tempo tenha concedido uma aura épica à derrota de 50. que seduziu ou assombrou gerações que nem eram nascidas na época. Virou lenda, como as grandes derrotas.
Nada a ver com um certo e patético 7x1, do Mineirão, que o Maracanã foi poupado de receber. Aquele foi apenas o dia em que a farsa se eternizou como farsa.
"Apenas três pessoas, com um único gesto, calaram o Maracanã com 200 mil pessoas; Frank Sinatra, o Papa João Paulo 2° e eu. Acredito que poucas pessoas o farão neste século".
A frase de Ghiggia é tão certeira quanto seu chute contra as traves de Barbosa, aos 34 minutos do segundo tempo, no dia 16 de julho de 1950. Sessenta e cinco anos, ontem.
Por uma dessas inexplicáveis coincidências, Alfredo Ghiggia morreu no data em que deixou sua marca no Maracanã, quando o Brasil perdeu do Uruguai por 2x1. Aos 88 anos, último jogador vivo entre os participantes do jogo que deu a Copa ao seu país, o autor do gol da vitória uruguaia sofreu um ataque cardíaco, em casa, enquanto assistia a uma reprise do jogo Internacional x Tigres pela Libertadores das Américas.
O escritor e jornalista João Máximo, que foi chefe-de-redação da Fatos & Fotos, já disse que aquele gol de Ghiggia pode ter sido recebido em silêncio por todos no estádio mas estava destinado a ecoar para sempre. "Nunca na história do futebol mundial, um único lance acarretou tantas discussões, tantas análises, tantas evocações, talvez porque nenhum, como este, tenha transcendido sua simples condição de fato esportivo para alçar-se às dimensões do drama e mitologia, para converter-se em um momento histórico na vida de uma nação". Já Carlos Heitor Cony, escritor e jornalista, também ex-combatente da velha Manchete, foi bíblico ao relembrar o gol do uruguaio: "Deixei de acreditar em Deus no dia em que vi o Brasil perder a Copa do Mundo no Maracanã". E Cony dá as razões para sua "consagração" em ateu : "Duzentas mil pessoas viram quando Ghiggia fez o gol. Foi um lance claríssimo, sem qualquer confusão que pudesse suscitar dúvidas. Pois bem, depois do jogo não encontrei uma só pessoa que descrevesse aquele lance da mesma maneira. Então, como acreditar na versão de meia dúzia de apóstolos, os poucos que viram Cristo ressuscitar, meio na penumbra, num local ermo e obscuro?"
Paulo Perdigão, um entre tantos jornalistas e escritores que transitaram pelas redações da Manchete nas ruas Frei Caneca e Russell, escreveu o livro "Anatomia de uma derrota" (L&PM), sobre o fatídico 16 de julho de 1950. Mas não se trata de um livro qualquer. Perdigão, um dos 200 mil torcedores que testemunharam a tragédia, era obstinado pelo tema. Em 1975, ele publicou na revista EleEla um conto no qual volta ao passado, coloca-se atrás do gol de Barbosa e tenta alertá-lo para o que sabia que ia acontecer: a investida fatal de Ghiggia. Um segundo antes de o uruguaio desfechar seu chute, Perdigão, o viajante do tempo, grita Parem tudo!. "Nos olhos de Barbosa" - escreveu em "Anatomia de uma derrota" - "vislumbrei por uma fração de segundos uma resposta acolhedora. Pelo menos ele entendeu o apelo. Exatamente. O grito atingiu-o como um raio". (...) "Meu grito distraíra a atenção de Barbosa, num ínfimo instante. O suficiente para que Ghiggia tomasse partido do pequeno ângulo entre o goleiro e a trave esquerda e desferisse o tiro fatal".
Perdigão encerra o conto com uma dramática confissão:
"Pois na dolorosa viagem ao fundo da minha neurose, descobri porque no dia 16 de julho de 1950 comecei a morrer em vida. E aqui tenho essa verdade a carregar para o resto dos meus dias. O Uruguai não derrotou o Brasil!. Eu, somente eu, fui o responsável pelo gol de Ghiggia".
Pesquisador determinado, Perdigão trabalhava em uma monografia sobre o PRK-30, o famoso programa da Rádio Nacional, quando ao revirar os arquivos da emissora encontrou quatro discos de 78 rotações contendo a narração completa de Brasil 1x2 Uruguai. Percebeu que relato era tão esclarecedor, em meio às infinitas e variadas versões do jogo e do gol, como cita Cony, que decidiu transcrevê-lo no livro, na íntegra, A narração do jogo mostra que o gol de Ghiggia não foi assim tão imprevisível.
O gol de Friaça, a 1min e 21s do segundo tempo (acima, reprodução do livro "Anatomia de uma derrota"), trouxe otimismo ao estádio e reacendeu o clima de "já ganhou" que antecedeu a final da Copa..
Mas o gol de Schiaffino, aos 20min e 13s, aliás com a participação de Ghiggia, devolveu a tensão ao jogo. Pela primeira vez naquela tarde, o Maracanã "ouviu o silêncio", mas caberia a Ghiggia, 14 minutos depois, calar definitivamente o estádio.
Elegante, o "carrasco" uruguaio sempre mostrou respeito pelo goleiro Barbosa, a quem defendeu em inúmeras entrevistas ao longo da vida. Ghiggia explicava que durante a partida recebera muitas bolas pela direita e levantara cruzamentos sobre a área. Ele tinha certeza de que o goleiro brasileiro esperava que ele repetisse a jogada e por isso se deslocou ligeiramente para cortar uma possível bola centrada. Ao perceber tarde demais que o chute viria no canto esquerdo, Barbosa pula, toca a bola, mas não consegue desviá-la.
E foi assim que o gol à direita das cabines de rádio entrou para a história para não sair mais. Virou o "gol de Ghiggia", o Ghiggia que transformou Carlos Heitor Cony em ateu.
Alguma lição ou dever de casa, o dia traumático deixou. Ao sair do Maracanã naquele 16 de julho, nenhum torcedor imaginaria que nas duas décadas seguintes o Brasil ganharia três Copas. Talvez por isso o tempo tenha concedido uma aura épica à derrota de 50. que seduziu ou assombrou gerações que nem eram nascidas na época. Virou lenda, como as grandes derrotas.
Nada a ver com um certo e patético 7x1, do Mineirão, que o Maracanã foi poupado de receber. Aquele foi apenas o dia em que a farsa se eternizou como farsa.
![]() |
Velório de Ghiggia no Salão dos Passos Perdidos, Palácio Legislativo, em Montevidéu: honras para um herói do Uruguai. Foto: Presidência do Uruguai |
Gol vai equipar aviões com wi-fi aberto durante o vôo. Mas os "web dependentes" vão ter que segurar a ansiedade: o sistema só entrará em operação no primeiro semestre de 2016
por Clara S. Britto
Ao lançar sua nova identidade visual - o novo logo foi desenvolvido pela AlmapBBDO - a Gol avisa que o redesenho da marca é "uma das menores mudanças". De fato, a outra notícia é que a companhia está desenvolvendo sistema que permitirá a conectividade e entretenimento a bordo. A Gol será a primeira aérea da América Latina a oferecer acesso wi-fi à internet, via satélite, durante os voos. A nova plataforma permitirá também acesso de celulares, tablets e notebooks aos canais de televisão ao vivo, programação de filme streaming, games e pay-per-view.
Mas os viciados em internet, os "web dependentes" terão que segurar a ansiedade: o primeiro jato equipado com wi-fi vai voar só no primeiro semestre de 2016. E a frota de 100 aviões da Gol só estará 100% conectada em até três anos, talvez um pouco menos, segundo a empresa.
UNESCO denuncia assassinatos de jornalistas em Honduras
por Flávio Sépia
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura denuncia, através da diretora Irina Bokova, o assassinato de mais três jornalistas em Honduras. A prática se tornou uma marca no país desde que um "golpe institucional", nos moldes de "aparência legal' (em cumprimento a um mandato emitido pelo Poder Judiciário) como esse que está em gestação no Brasil, derrubou o governo eleito de Manuel Zelaya, em 2009. Parte expressiva da mídia brasileira, pra variar, exaltou a derrubada do presidente eleito - mesma postura adotada no golpe que derrubou Fernando Lugo, do Paraguai, vítima de manobra jurídica, o novo modelo conspiratório - e defendeu que a queda se deu dentro da lei, embora a Assembléia Geral da ONU tenha emitido uma resolução definindo o afastamento de Zelaya como um golpe. O governo brasileiro foi criticado em editoriais por não reconhecer o governo ilegítimo de Honduras. Em seis anos, cerca de 50 jornalistas foram mortos. Segundo o Relatório Mundial 2015 do Human Rights Watch “os jornalistas e os ativistas campesinos são particularmente vulneráveis à violência, mas o governo no geral não julga os responsáveis nem oferece proteção a quem se encontra em risco".
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura denuncia, através da diretora Irina Bokova, o assassinato de mais três jornalistas em Honduras. A prática se tornou uma marca no país desde que um "golpe institucional", nos moldes de "aparência legal' (em cumprimento a um mandato emitido pelo Poder Judiciário) como esse que está em gestação no Brasil, derrubou o governo eleito de Manuel Zelaya, em 2009. Parte expressiva da mídia brasileira, pra variar, exaltou a derrubada do presidente eleito - mesma postura adotada no golpe que derrubou Fernando Lugo, do Paraguai, vítima de manobra jurídica, o novo modelo conspiratório - e defendeu que a queda se deu dentro da lei, embora a Assembléia Geral da ONU tenha emitido uma resolução definindo o afastamento de Zelaya como um golpe. O governo brasileiro foi criticado em editoriais por não reconhecer o governo ilegítimo de Honduras. Em seis anos, cerca de 50 jornalistas foram mortos. Segundo o Relatório Mundial 2015 do Human Rights Watch “os jornalistas e os ativistas campesinos são particularmente vulneráveis à violência, mas o governo no geral não julga os responsáveis nem oferece proteção a quem se encontra em risco".
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Deputados do PSOL fazem manifestação contra Eduardo Cunha.
![]() |
Foto José Cruz. Ag Brasil |
por Flávio Sépia
Com o desgaste de Dilma Rousseff, vários partidos, a mídia, e outros setores mega conservadores e derrotados nas últimas eleições viram em Eduardo Cunha um salvador da pátria, o "messias" da direita, o cara que derrota Dilma. Chegou até a ser saudado e reverenciado por revistas, colunistas e jornais que costumavam detoná-lo. Os tucanos fecharam tanto com o deputado-trator que até ajudaram a aprovar projetos que vão contra a suposta filosofia dos partido. Talvez seja a teoria do quanto pior melhor para os que pregam o golpe. O fato é que "pariram o Mateus" e não vai ser fácil embalá-lo. Vale lembrar que o homem, pelo cargo de presidente da Câmara dos Deputados, está bem postado para assumir o Planalto em caso de um golpe que defenestre Dilma (entre outras ameaças, dizem os conspiradores que se Dilma cair por "irregularidades" na campanha - como prega uma das ofensivas golpistas - vai levar junto o vice Michel Temer.
Abertura de vaga de assessor de comunicação no escritório da ONU no Rio de Janeiro
O escritório da ONU, no Rio de Janeiro, está com a vaga de assessor de comunicação aberta.
Além de possuir um diploma em comunicação social ou alguma área correlata e falar fluentemente inglês, os candidatos devem ter preferencialmente experiência internacional e nas Nações Unidas, em assessoria de imprensa, organização de eventos e construção de parceiras. Os interessados em participar do processo de seleção, que acontece até o dia 14 de agosto, encontrarão todos os detalhes da vaga e os formulários que devem ser preenchidos no link http://goo.gl/MXohH6
Fonte: Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio)
www.unicrio.org.br
Além de possuir um diploma em comunicação social ou alguma área correlata e falar fluentemente inglês, os candidatos devem ter preferencialmente experiência internacional e nas Nações Unidas, em assessoria de imprensa, organização de eventos e construção de parceiras. Os interessados em participar do processo de seleção, que acontece até o dia 14 de agosto, encontrarão todos os detalhes da vaga e os formulários que devem ser preenchidos no link http://goo.gl/MXohH6
Fonte: Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio)
www.unicrio.org.br
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Deu no Portal Imprensa: jornalista demitido se despede com um sugestivo "Chupa, Folha". E o jornalão entuba...
![]() |
Reproduzido do Portal Imprensa |
"Tolices": a "análise" de Milton Neves sobre Pan 2015...
por Flávio Sépia
Certos cronistas esportivos brasileiros podem acabar perdendo o emprego por não ter o que comentar. No caso do futebol, muitos detonam todos os campeonatos, com exceção, talvez, da Libertadores e do Brasileirão. O resto, por eles, não deveria existir. Copa do Brasil só atrapalha, dizem (há quem defenda só a fase final), campeonatos regionais eles abominam, Sul-Americana idem. Recentemente, um deles escreveu que a Copa América "vale nada". Outro dia, um outro minimizou a importância das copas sub-20, sub-17 etc. Para eles, só servem para atrapalhar os clubes que têm seus jovens talentos convocados. A medalha de ouro do futebol em Olimpíada, aquela que o Brasil jamais ganhou, também não tem importância, garantem. A rapaziada anda com problemas, pessimista, de mau humor ou deprê, remédio errado, sei lá. Não estou falando do nível dos jogos de futebol, que anda baixo mesmo, mas da percepção de que são desprezíveis os torneios que mantêm clubes e seleções em atividade. A Europa deve estar errada ao dar importância ao sub-20, por exemplo, a ponto de promover um Eurocopa da categoria, cujas eliminatórias estão sendo jogadas agora. Por ter o descrédito como tese, tais cronistas se surpreendem às vezes com o apoio da torcida, que gosta de ver bola rolando, a torneios como a Copa Nordeste que lotou estádios no ano passado ou mesmo em jogos mais concorridos dos campeonatos que abominam.
O mais recente discurso a desvalorizar um evento esportivo é do jornalista Milton Neves. Ele afirmou que as medalhas de ouro dos Jogos Pan-Americanos são "ouro de tolo". Há uma certa arrogância, no mínimo, em julgamento tão apressado e débil. Para ele, presume-se, o "tolo" Pan deveria acabar e restaria apenas a Olimpíada. Não sei a opinião do sujeito sobre campeonatos sul-americanos de natação, judô, atletismo, mas deve ser ainda mais negativa.
Sem falar no desrespeito aos atletas que treinam durante meses para participar do evento apenas, segundo tal raciocínio, por inacreditável "tolice". Milton Neves não sabe mas o Pan é importantíssimo para os atletas olímpicos brasileiros. Pode perguntar a qualquer treinador. Valem a vivência e a experiência reais em uma competição internacional, especialmente para os atletas que vão participar pela primeira vez de uma Olimpíada.
Abaixo, em destaque, algumas frases lapidares de Milton Neves e os comentários deste escriba.
"Em Jogos Pan-Americanos, medalha de ouro é ouro de tolo"
- Tola é frase. Competição com regras olímpicas, o Pan historicamente faz parte da preparação dos atletas para Olimpíadas. Basta perguntar a qualquer treinador.
"Cada medalha de ouro no Pan representa 10º, 11º ou 12º lugar em Jogos Olímpicos"
- Não sempre é verdade. A natação registrou ontem pelo menos um tempo que seria o 6° nos Jogos de Londres. Há outros exemplos em edições dos Pan. Sem falar, no ouro do Arthur Zanetti e nas vitórias do judô.
"O apoio no Brasil é dado apenas para três modalidades: futebol masculino, futebol masculino e futebol masculino!"
- Não é uma verdade absoluta. Banco do Brasil, Correio, Caixa, Petrobras e Eletrobras patrocinam há anos esportes olímpicos. Vôlei, ginástica, atletismo, natação estão aí para confirmar. Falta, nisso o cronistas tem razão, mais apoio privado, especialmente aos atletas que estão se formando. Normalmente, as marcas privadas querem se associar apenas aos atletas consagrados.
"Mas, insisto, vencer Jogos Pan-Americanos é como um clube de futebol conquistar um campeonato regional".
- O comentário acima já é menos ofensivo aos atletas. O nome diz que o Pan é regional, de um continente. Grandes potências olímpicas, como China, Rússia, Inglaterra, Austrália, por óbvio, não estão em Toronto. Os Estados Unidos não comparecem como o peso dos seus atletas. Mas levam ao Pan muitos jovens talentos que estão na disputa por índices para as próximas Olimpíadas. Bom ressaltar, contudo, que nem sempre americanos aparecem com força total mesmo nos mundiais das categorias. Seus atletas se dedicam muito aos meetings patrocinados e aos campeonatos universitários e profissionais internos.
"Enquanto a Olimpíada seria uma Liga dos Campeões"
- Este é um raciocínio digamos simplório de alguns cronistas em relação a certo torneios que consideram "menores". Então o futebol deveria ter apenas a Liga dos Campeões? Qualquer coisa menos do que isso é "ouro de tolo?"
Resumindo: o Comitê Olímpico do Brasil deveria mandar imprimir a "análise" de Milton Neves e mandar colar nos vestiários das competições. Tenho certeza de que os atletas, os "tolos", transformariam indignação em motivação para responder nas quadras, piscinas, campos, tatames e pistas ao comentário infeliz e equivalente, mais ou menos, a um torcedor achar que comentaristas que não estão na Globo, a campeã de audiência, são "regionais" e devem merecer apenas o "ouro de tolo" da mídia esportiva. Quando qualquer um sabe que há excelentes cronistas fora da Vênus Platinada...
Certos cronistas esportivos brasileiros podem acabar perdendo o emprego por não ter o que comentar. No caso do futebol, muitos detonam todos os campeonatos, com exceção, talvez, da Libertadores e do Brasileirão. O resto, por eles, não deveria existir. Copa do Brasil só atrapalha, dizem (há quem defenda só a fase final), campeonatos regionais eles abominam, Sul-Americana idem. Recentemente, um deles escreveu que a Copa América "vale nada". Outro dia, um outro minimizou a importância das copas sub-20, sub-17 etc. Para eles, só servem para atrapalhar os clubes que têm seus jovens talentos convocados. A medalha de ouro do futebol em Olimpíada, aquela que o Brasil jamais ganhou, também não tem importância, garantem. A rapaziada anda com problemas, pessimista, de mau humor ou deprê, remédio errado, sei lá. Não estou falando do nível dos jogos de futebol, que anda baixo mesmo, mas da percepção de que são desprezíveis os torneios que mantêm clubes e seleções em atividade. A Europa deve estar errada ao dar importância ao sub-20, por exemplo, a ponto de promover um Eurocopa da categoria, cujas eliminatórias estão sendo jogadas agora. Por ter o descrédito como tese, tais cronistas se surpreendem às vezes com o apoio da torcida, que gosta de ver bola rolando, a torneios como a Copa Nordeste que lotou estádios no ano passado ou mesmo em jogos mais concorridos dos campeonatos que abominam.
O mais recente discurso a desvalorizar um evento esportivo é do jornalista Milton Neves. Ele afirmou que as medalhas de ouro dos Jogos Pan-Americanos são "ouro de tolo". Há uma certa arrogância, no mínimo, em julgamento tão apressado e débil. Para ele, presume-se, o "tolo" Pan deveria acabar e restaria apenas a Olimpíada. Não sei a opinião do sujeito sobre campeonatos sul-americanos de natação, judô, atletismo, mas deve ser ainda mais negativa.
Sem falar no desrespeito aos atletas que treinam durante meses para participar do evento apenas, segundo tal raciocínio, por inacreditável "tolice". Milton Neves não sabe mas o Pan é importantíssimo para os atletas olímpicos brasileiros. Pode perguntar a qualquer treinador. Valem a vivência e a experiência reais em uma competição internacional, especialmente para os atletas que vão participar pela primeira vez de uma Olimpíada.
Abaixo, em destaque, algumas frases lapidares de Milton Neves e os comentários deste escriba.
"Em Jogos Pan-Americanos, medalha de ouro é ouro de tolo"
- Tola é frase. Competição com regras olímpicas, o Pan historicamente faz parte da preparação dos atletas para Olimpíadas. Basta perguntar a qualquer treinador.
"Cada medalha de ouro no Pan representa 10º, 11º ou 12º lugar em Jogos Olímpicos"
- Não sempre é verdade. A natação registrou ontem pelo menos um tempo que seria o 6° nos Jogos de Londres. Há outros exemplos em edições dos Pan. Sem falar, no ouro do Arthur Zanetti e nas vitórias do judô.
"O apoio no Brasil é dado apenas para três modalidades: futebol masculino, futebol masculino e futebol masculino!"
- Não é uma verdade absoluta. Banco do Brasil, Correio, Caixa, Petrobras e Eletrobras patrocinam há anos esportes olímpicos. Vôlei, ginástica, atletismo, natação estão aí para confirmar. Falta, nisso o cronistas tem razão, mais apoio privado, especialmente aos atletas que estão se formando. Normalmente, as marcas privadas querem se associar apenas aos atletas consagrados.
"Mas, insisto, vencer Jogos Pan-Americanos é como um clube de futebol conquistar um campeonato regional".
- O comentário acima já é menos ofensivo aos atletas. O nome diz que o Pan é regional, de um continente. Grandes potências olímpicas, como China, Rússia, Inglaterra, Austrália, por óbvio, não estão em Toronto. Os Estados Unidos não comparecem como o peso dos seus atletas. Mas levam ao Pan muitos jovens talentos que estão na disputa por índices para as próximas Olimpíadas. Bom ressaltar, contudo, que nem sempre americanos aparecem com força total mesmo nos mundiais das categorias. Seus atletas se dedicam muito aos meetings patrocinados e aos campeonatos universitários e profissionais internos.
"Enquanto a Olimpíada seria uma Liga dos Campeões"
- Este é um raciocínio digamos simplório de alguns cronistas em relação a certo torneios que consideram "menores". Então o futebol deveria ter apenas a Liga dos Campeões? Qualquer coisa menos do que isso é "ouro de tolo?"
Resumindo: o Comitê Olímpico do Brasil deveria mandar imprimir a "análise" de Milton Neves e mandar colar nos vestiários das competições. Tenho certeza de que os atletas, os "tolos", transformariam indignação em motivação para responder nas quadras, piscinas, campos, tatames e pistas ao comentário infeliz e equivalente, mais ou menos, a um torcedor achar que comentaristas que não estão na Globo, a campeã de audiência, são "regionais" e devem merecer apenas o "ouro de tolo" da mídia esportiva. Quando qualquer um sabe que há excelentes cronistas fora da Vênus Platinada...
terça-feira, 14 de julho de 2015
Cada carro, uma história... e a Casa da Dinda na máquina do tempo...
![]() |
No jornal Correio Braziliense, a Ferrari apreendida na Casa da Dinda. |
![]() |
O mesmo jornal fotografou em 2005, abandonado, o famoso Fiat Elba que tornou-se o pivô definitivo da queda de Collor. |
Troque o pesadelo político pela Arte e dê uma chance à sua inteligência. Essas duas exposições vão fazer você esquecer por algumas horas as figuras surreais e medíocres de Dilma, Aécio, Cunha, Serra, Renan, Bolsonaro, Aloísio Nunes, Malafaia e outros menos pintados
EM SÃO PAULO, "ARTE DA FRANÇA: DE DELACROIX A CÉZANNE"
![]() |
Exposição em São Paulo: de Edouard Manet, "Banhistas no Sena". Foto Acervo Masp. |
![]() |
De Toulouse-Lautrec, "A bailarina". Foto Acervo Masp |
![]() |
"O grande pinheiro", de Cézanne. Foto Acervo Masp |
![]() |
De Van Gogh, "O filho do carteiro". Foto Acervo MASP |
A chamada "Escola de Paris", que reuniu artistas franceses e estrangeiros entre os séculos 18 e 20, está no MASP (Museu de Arte de São Paulo). A exposição "Arte da França, de Delacroix a Cézanne", a ser aberta no dia 17 de julho, ficará em cartaz até 25 de outubro e tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, Eugênia Gorini Esmeraldo, coordenadora de Intercâmbio, e Fernando Oliva, curador assistente. A mostra engloba quase 200 anos da produção artística de 24 pintores do período, desde neoclássicos como Jean-Auguste-Dominique Ingres a românticos, como Eugène Delacroix, o Impressionismo de Claude Monet e Edgar Degas, o Pós-Impressionismo, de Paul Cézanne, Vincent Van Gogh e Gauguin e o Cubismo, de Pablo Picasso. Há ainda obras de Edouard Manet, Modigliani, Renoir, Toulouse-Lautrec e Cézanne.
NO RIO, "PICASSO E A MODERNIDADE ESPANHOLA"
![]() |
"O pintor e a modelo', de Picasso, no CCBB, Rio. Foto Divulgação |
![]() |
"Mulher Sentada apoiada sobre os cotovelos", de Picasso. Foto Divulgação |
Vem aí "Moneypenny", a "personal shopper" do Facebook
Segundo o Digiday, o Facebook está desenvolvendo um serviço de personal shopper que se chamará
Moneypenny, em homenagem a secretária de James Bond. Será um aplicativo relativamente semelhante à Siri, da Apple, com diferenças importantes como a que permitirá aos usuários obter a assistência de pessoas reais para localizar e encomendar serviços ou produtos. O aplicativo está sendo testado internamente e o Facebook se recusou a dar mas informações ao pessoal do Digiday. Moneypenny terá características on-demand e vai operar no Messenger.
Moneypenny, em homenagem a secretária de James Bond. Será um aplicativo relativamente semelhante à Siri, da Apple, com diferenças importantes como a que permitirá aos usuários obter a assistência de pessoas reais para localizar e encomendar serviços ou produtos. O aplicativo está sendo testado internamente e o Facebook se recusou a dar mas informações ao pessoal do Digiday. Moneypenny terá características on-demand e vai operar no Messenger.
O site Future Exploration publica um calendário mundial que prevê o ano de extinção dos jornais impressos em cada país... Mas não se preocupe, ainda dá tempo embrulhar o peixe...
![]() |
Reprodução futureexplorqation.net |
Há controvérsias. Embora a mídia impressa, em todo o mundo, permaneça atônita diante do avanço do meio digital, especialistas se dividem. Há que ache que jornais impressos resistiriam como mídia complementar. Outros imaginam que se tornarão objetos cults, assim como o discos em vinil, Mas o fato é que o futuro já chegou para os veículos impressos e as notícias, sem trocadilho, não são boas. Publicidade e vendas avulsas estão em queda. Claro que de acordo com as características de cada país, a data da cremação varia. O mapa acima diz que os jornais brasileiros não passam de 2027. E até 2040 ainda haverá um jornal de papel em algum país remoto. Um bom teste para o mapa é a classificação dos Estados Unidos, cuja data limite é 2017. Parece um prazo curto? Talvez. Mas a terra do Obama é a que mais registra fechamento de jornais e revistas em todo o mundo. Na Argentina, os jornais impressos vão sobreviver até 2039. Na Europa, Itália e Holanda serão os primeiros países a dispensar o papel, em 2027. Na sequência Portugal e Áustria, em 2028, e França e Croácia, em 2029, param as máquinas. As cores do mapa, a partir do vermelho no território dos Estados Unidos indicam o fim dos impressos. Em países com maior incidência de azul, a população terá mais tempo para embrulhar seu peixe com o papel do jornal. A África, onde a comunicação digital é atrasada, será o último continente a colocar um ponto final no impresso. Lá, as rotativas serão desligadas em 2040, 599 anos depois de Gutenberg combinar elementos já existentes em 1439 - tipos móveis criados pelos chineses, prensa de madeira e tinta à base de óleo - e massificar a tecnologia de impressão que em breve irá para os museus.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Nova York proíbe peixe fresco em restaurantes. Saúde pública quer evitar contaminação por parasitas
por Clara S. Britto
Deu no New York Times. Novaiorquinos estão dando adeus a sashimi, sushi, tartare, ceviche e especialidades do gênero feitos com peixe fresco. Novo regulamento do Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade exigem que o peixe servido cru, cozido ou marinado seja primeiro congelado para prevenção de contaminação dos clientes por parasitas. Alguns restaurantes já se preparam para cumprir a lei que entra em vigor em agosto. O congelamento combateria parasitas e bactérias. Houve protestos de alguns chefs mas a exigência não é negociável. A regulação determina que os peixes estejam congelados por um tempo mínimo de 15 horas a uma semana, dependendo das temperaturas utilizadas no processo de armazenamento. E a partir de 2016, os restaurantes terão que colocar nos seus sites e menus uma alerta de que alimentos crus e mal cozidos podem ser prejudiciais à saúde. A pergunta que não quer calar: e no Rio, onde a maioria das pastelarias chinesas já não prima pela higiene, pra dizer o mínimo, haverá alguma recomendação para congelamentos dos peixes crus servidos em restaurantes japoneses e peruanos? Ou doença que bate lá não bate aqui? Alô, Vigilância Sanitária!
Deu no New York Times. Novaiorquinos estão dando adeus a sashimi, sushi, tartare, ceviche e especialidades do gênero feitos com peixe fresco. Novo regulamento do Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade exigem que o peixe servido cru, cozido ou marinado seja primeiro congelado para prevenção de contaminação dos clientes por parasitas. Alguns restaurantes já se preparam para cumprir a lei que entra em vigor em agosto. O congelamento combateria parasitas e bactérias. Houve protestos de alguns chefs mas a exigência não é negociável. A regulação determina que os peixes estejam congelados por um tempo mínimo de 15 horas a uma semana, dependendo das temperaturas utilizadas no processo de armazenamento. E a partir de 2016, os restaurantes terão que colocar nos seus sites e menus uma alerta de que alimentos crus e mal cozidos podem ser prejudiciais à saúde. A pergunta que não quer calar: e no Rio, onde a maioria das pastelarias chinesas já não prima pela higiene, pra dizer o mínimo, haverá alguma recomendação para congelamentos dos peixes crus servidos em restaurantes japoneses e peruanos? Ou doença que bate lá não bate aqui? Alô, Vigilância Sanitária!
Memórias da redação: Manchete revela o que o Rio bebia em 1952. Se você quiser conhecer as receitas dos coquetéis preferidos dos cariocas na Copacabana dos "anos dourados" leia a reportagem de Darwin Brandão
"Eles nos dão de beber. Um passeio pelos bares da cidade"
por Darwin Brandão (para a Manchete N°17, de 9 de agosto de 1952)
"Há bares para sempre ligados à vida das suas cidades. Com os poetas, políticos, escritores e artistas que os frequentam, entram para a história urbana. Nos seus bares típicos, as cidades têm uma fauna especialíssima, curiosa, insubstituível. É o caso de Paris, com um bar para cada rua boêmia e um frequentador típico para cada bar. O Rio, sem a tradição noturna parisiense, já guarda em sua crônica bares que o definem. O Nice, hoje um simples café em pé, já foi por muitos anos o dos cantores de rádio e jogadores de futebol, que ali se reuniam para renovar repertórios, contratos, boatos e fuxicos. Demolido pelo progresso, o Rio Branco está na saudade de muitos cariocas. Sua frequência era antes de tudo esportiva: ali cresceu o Flamengo e suas mesas foram alisadas por craques famosos, chegados quando já se retiravam os estudantes de medicina, cuja escola ficava ali perto, à rua Santa Luzia. O Conselheiro Ruy Barbosa passava às vezes para um cafezinho rápido, mas de quem todos gostavam era do Visconde de Morais, que vinha aos domingos, pela manhãs e distribuía pratas de 2 mil réis aos garçons (para Ruy, garçãos). O Simpatia, de verdadeiros e falsos homens de negócios. O Nacional, na Galeria Cruzeiro, sobrevive aos seus áureos tempos, quando Alberto Torres ali ia destilar seus venenos. Hoje, de maior evidência, é o Vermelhinho, onde pululam os gênios de amanhã e os subliteratos de agora, de permeio com atores, pintores, cinematografistas e grossas colunas do Exército do Pará.
Mas a vida da cidade está mudando e com ela o pouso dos boêmios. Os bares do Centro perdem a fama para os dos bairros, onde o trabalho não afugenta os frequentadores nem a noite os dispersa. Copacabana, por exemplo, uma das mais populosas "cidades" do Brasil, concentra a vida noturna do Rio. Possui, por isso, maior número de bares. Surgiram da noite para o dia (principalmente da noite) e são sofisticados uns, tranquilos outros, mas todos agradáveis e barulhentos. (Alguns deles, como o Aquarium, não sobreviveram por excesso de delicada especialização, que os tornaram alvo fácil da fúria Padilhesca). Geralmente são pequenos: uma salinha bem decorada, poltronas repousantes, pouca ou nenhuma luz, um piano, bebida às vezes boa e sempre cara.
Nos bares antigos,o garçom era a primeira figura: hoje é o barman, o homem cuja função se situa entre a ciência alcoólica e a arte de receber - espécie de alquimista doublé de mordomo. Verdadeiras vedetes, os barmen atraem público e para isso têm os seus segredos profissionais. Ei-los:
Fredy - É o proprietário do Maxim's, o mais famoso bar do Rio. Tem uma tradição de barman que vem da Europa onde serviu aos homens mais famosos, incluindo Ali Khan e Orson Welles. O príncipe, na Côte d'Azur, ficou lhe devendo uma conta de seis mil cruzeiros que foi resgatada, entre sorrisos, há pouco tempo, em nossa capital. É poliglota, maneiroso e considera o coquetel uma verdadeira (e difícil) arte. Sua receita preferida é Stromboli: Cognac 1/3, Gin 1/3, Cointreau 1/3, uma cerveja.
Eduardo Pinhal - É espanhol e barman do Juca's Bar, frequentado por intelectuais mais ou menos bem arranjados a vida. Não tem uma fórmula própria, sua, para coquetel. Conhece milhares internacionalmente famosos. Entre esses, tem preferência especial por um - o Planter's Punch. E explica que sua apresentação é bela e seu preparo dificílimo. É feito com uma base de rum e suco de frutas,
Wilson Faccin - Não tem uma grande "pinta' mas dizem que suas mãos são hábeis e suas dosagens exatas. Conhece o momento exato em que devem ser servidos coquetéis diferentes. Atrás do balcão é sério, compenetrado da sua importância. É o barman do Serrador. Tem um coquetel que batizou com o nome da própria casa. Seus ingredientes; gin, vermute Martini,rum Merino, licor de Ouro e cherry brandy.
Inocêncio Fernandes - Outro espanhol. Sempre foi barman e sua profissão foi herdada da família. Acha que o principal num coquetel é saber "pesar" a bebida no seu sabor e densidade. É o responsável pelos coquetéis do L'Escale, barzinho de Copacabana. Seu coquetel favorito também tem o nome do bar onde trabalha. É feito à base de licor e Dubonet.
Luiz da Cunha - É um dos poucos barmen portugueses do Rio. É jovem ainda e atende à freguesia do Tudo Azul. Ao contrário da maioria dos seus colegas, é modesto quando fala de suas qualidades. Mas arranjou um nome poético para seu coquetel favorito: Espelho d' Água. A receita: Triples, Curaçao, licor Beirão, suco de laranja.
José Gomes de Oliveira - Seu nome verdadeiro é o que está aí. Mas todos o conhecem mesmo é por Zé Gordo. Tem um boteco de uma portinha, na Galeria Cruzeiro. Seus fregueses não conhecem os barmen famosos, nem fazem questão de tomar suas beberragens. Porque a freguesia de Zé Gordo é toda especial: nordestinos em geral, cearenses em particular. Sua especialidade é muito simples: cachaça da melhor procedência, servida em cálices, acompanhada sempre de um pedacinho de fruta, geralmente cajá-manga.
José Lopes - É um homem que se orgulha da sua profissão.E mais: acha que nós já temos barmen nacionais capazes de fazer grande figura em qualquer lugar do mundo. Trabalhou no Quitandinha, com alguns colegas italianos e não conheceu novidades. É hoje o homem que prepara coquetéis no Bar Michel. Sua especialidade é o Balalaika: vodka, cointreau, suco de limão e açúcar.
Hélio Bueno - Esse barman tem uma história interessante. Foi piloto aeronáutico, tendo servido na Força Aérea Brasileira. É também fotógrafo profissional. Mas um dia deixou a aviação, encostou a câmera e montou um barzinho na Senador Dantas: o Bar Badinho. Sua especialidade criou fama em toda a cidade. É a popular Batida de Amendoim: amendoim torrado mais amendoim cru, tudo socado e misturado com cachaça. É recomendado agitar-se demoradamente a mistura".
Nova Zelândia é o primeiro país a proibir cyberbullying e trolagem na web
por Clara S. Britto
Com uma quase unanimidade, o parlamento neo-zelandês arprovou uma lei que proíbe cyberbullying e trolagem na rede. Trata-se da primeira lei nacional específica para tais casos de "brincadeiras" na web que se tornam agressivas e ofensivas e já registraram casos de suicídio de adolescentes, especialmente. A lei obriga o Facebook, o Google e o Twitter a notificar os usuários que promovam tais perseguições a internautas e a tirar do ar o conteúdo em até 24h. A multa é de 50 mil dólares e os infratores estão sujeito a até dois anos de cadeia. Se conteúdo incorrer em outros ilícitos, como instigar o suicídio ou violêncvia, a pena dobra. Os Estados Unidos tentaram aprovar lei semelhante mais, no caso, houve dúvidas quanto à constitucionalidade. No Brasil, não há uma lei nacional punindo a trolagem, embora já existam regras específicas para, por exemplo, divulgação de fotos íntimas à revelia da pessoa fotografada, invasão de computadores etc. Na Câmara há projetos para punir a "intimidação sistemática" via web. E no corpo de uma lei que combate o bullying, o Distrito Federal aprovou artigo que estende a punição a atos cometidos na internet.
Com uma quase unanimidade, o parlamento neo-zelandês arprovou uma lei que proíbe cyberbullying e trolagem na rede. Trata-se da primeira lei nacional específica para tais casos de "brincadeiras" na web que se tornam agressivas e ofensivas e já registraram casos de suicídio de adolescentes, especialmente. A lei obriga o Facebook, o Google e o Twitter a notificar os usuários que promovam tais perseguições a internautas e a tirar do ar o conteúdo em até 24h. A multa é de 50 mil dólares e os infratores estão sujeito a até dois anos de cadeia. Se conteúdo incorrer em outros ilícitos, como instigar o suicídio ou violêncvia, a pena dobra. Os Estados Unidos tentaram aprovar lei semelhante mais, no caso, houve dúvidas quanto à constitucionalidade. No Brasil, não há uma lei nacional punindo a trolagem, embora já existam regras específicas para, por exemplo, divulgação de fotos íntimas à revelia da pessoa fotografada, invasão de computadores etc. Na Câmara há projetos para punir a "intimidação sistemática" via web. E no corpo de uma lei que combate o bullying, o Distrito Federal aprovou artigo que estende a punição a atos cometidos na internet.
domingo, 12 de julho de 2015
Crack, cocaína, álcool: jornal revela o drama de George Michael
por Clara S. Britto
Segundo matéria publicada hoje pelo jornal The Sun, a família de George Michael revela que o cantor, que já vendeu mais de 100 milhões de discos, tem sido internado secretamente em uma clínica de reabilitação pata lutar contra um vício letal em crack. Um dos seus primos confirma que a família temia que ele morresse ou voltasse a ser preso a qualquer momento em função da dependência a crack, cocaína e álcool e ficou aliviada quando ele concordou em se internar. Mais de uma vez foi apanhado do chão em meio a vômito. Os parentes estão esperançosos, dizem que ainda vão vê-lo de volta aos palcos embora tenham descoberto que George Michael tem conseguido beber mesmo depois de um anos de internação. Agora, está sendo tratado em casa.
ATUALIZAÇÃO EM 13/7/2015: George Michael desmente as revelação feita ao The Sun pelo seu primo Jackie Georgiou. No Twitter, o cantor escreveu: «Aos meus adorados, não acreditem no lixo dito nos jornais por alguém que eu já não conheço e não vejo há cerca de 18 anos. Estou em ótimas condições e aproveitei Wimbledon tal como todos vocês". Anteriormente, pelo menos um jornal, o Bild, noticiou que Michael estava internado em uma clínica. Na ocasião, o cantor não desmentiu.
Direita, volver: o novo seguro-desemprego de certos intelectuais, jornalistas, artistas...
por Flávio Sépia
A turba costuma perceber a direção do vento. Não são poucas as figurinhas da música, da mídia, do humor, do cinema, do meio intelectual e adjacências, que, no balanço da onda, pedem agora para uma direita agressiva. É compreensível, e, como dizem, da natureza humana. Ao constatar que ao agradar a mídia e aos setores conservadores ganham espaço, abrem perspectivas de patrocínio e descolam promoções, tais elementos engrossam um discurso de oposição, ou de oportunismo, contra o governo e quanto mais grosseiros forem são agraciados com colunas, shows em teatros, verbas para documentários, para DVDs, lançam livros bancados por empresários adeptos das suas cruzadas "patrióticas" ou são remunerados para palestras etc. Na atual conjuntura, se um sujeito receber críticas de "progressistas" na web e quase como acertas na megassena. A "vítima" ganha milhagem junto aos patrões ou mantenedores. Alguns, que andavam esquecidos, agarram-se ao trampolim do momento e alçam novos vôos. Em meio à campanha para o golpe, essa espécie conhecida desde os tempos de César como "coniunctus adhaerens" cola como um emplastro no que considera a próxima tendência do poder. Será interessante observá-los nos próximos meses. Difícil vai ser aturá-los quando e se chegarem ao "puder'. Um deles segredou em uma roda de admiradores durante a abertura de uma exposição em São Paulo que quando o movimento (ele se referia à a "Revolução Coxinha") triunfar ele terá chances de ser o novo ministro da Cultura...
Deu no Blue Bus...
VEJA O VIDEO QUE MOSTRA QUE O PAPA ENTENDEU PERFEITAMENTE A HOMENAGEM AO JESUÍTA LUÍS ESPINAL, QUE PARTICIPAVA DE MOVIMENTOS SOCIAIS BOLIVIANOS E QUE FOI ASSASSINADO EM 1980 A MANDO DA DITADURA DE GARCIA MEZA, CARACTERIZADA POR BRUTAL REPRESSÃO AOS OPOSITORES. O PRÓPRIO JESUÍTA TALHOU O SÍMBOLO, PARA ELE UMA REPRESENTAÇÃO DOS HUMILDES E UM CHAMADO AO DIÁLOGO COM TODOS. CLIQUE AQUI
Repórter de TV faz topless durante cobertura no Pan 2015, em Toronto
![]() |
Madison Banes em ação. Fotos de Eduardo Palácio/Terra/Reprodução |
VEJA O VÍDEO NO YOU TUBE, CLIQUE
VEJA A MATÉRIA E MAIS FOTOS NO TERRA, CLIQUE AQUI
Futebol de praia... imagem cada vez mais rara
![]() |
Já no final dos anos 70, João Saldanha repetia em mesas redondas e nas conversas com colegas de redação a sua tese de que no avanço dos empreendimentos imobiliários nas cidades grandes e médias e mesmo em periferias urbanas a primeira vítima era o campinho de futebol do bairro. Ele temia que a falta de campos para as primeiras peladas e, a partir daí, o desenvolvimento em muitos garotos do gosto pelo futebol, dificultasse a formação de futuros craques. De lá para cá, o problema só se agravou. Campos de rua e de várzea, como eram chamados, desaparecem com frequência cada vez maior. Um campo de futebol nas medidas oficiais demanda espaço. A maioria dos clubes sociais passou a ter campo de futebol-society ou quadra de futsal. Nas praias, pela mesma razão, o tamanho exigido, foram minguando os espaços exclusivos para futebol, enquanto aumentou o número das redes de vôlei ou de futvôlei. No Rio, a Praia de Copacabana, pela grande extensão da faixa de areia, ainda resiste. Mas os campeonatos de futebol de areia - não o beach soccer, mais popular, hoje - mas aqueles em campos oficiais, onze contra onze, não ganham mais as primeiras páginas dos jornais. Nos tempos do Radar, CopaLeme, Lá Vai Bola, Dínamo... as partidas disputadíssimas atraiam milhares de torcedores. O futebol de praia, assim como o de várzea, revelou muitos craques para os clubes profissionais. Em algumas praias, há as "escolinhas", onde instrutores ensinam os fundamentos do futebol a menino, geralmente de classe média. Se urbanização acabou com muitos campos, os governo não criou uma estrutura em colégios e universidades públicas que compensasse a perda. Houve tentativas nesse sentido, mas sempre foram ferozmente combatidas por opositores da educação pública, geralmente lobbies da escola privada que encontravam espaço na mídia (lembre-se o caso dos Cieps, no Rio, que embora não tivessem campos de futebol, dispunham de equipamentos esportivos como a quadras e piscinas. Tais projetos, que incluíam a aulas em tempo integral, foram bombardeados pela grande mídia em oposição a Brizola). As fotos acima, feitas ontem, em Ipanema, são uma vaga e cada vez mais rara lembrança dos velhos tempos. Apenas uma pelada em um sábado de sol.
Assinar:
Postagens (Atom)