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Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Paulo Nogueira escreve: "Só um idiota para acreditar no "escândalo" da UTC"
por Paulo Nogueira (para o Diário do Centro do Mundo)
Somos todos idiotas. É, pelo menos, o que a grande mídia pensa. O ridículo estardalhaço em torno das alardeadas revelações do dono da UTC ultrapassa todos os limites do descaro, da hipocrisia e da desonestidade. Colunistas – os suspeitos de sempre –parecem fingir que acreditam nos disparates que escrevem. Mais uma, o coro é pelo impeachment de Dilma. Dia sim, dia não, aparecem supostas novidades que levam os colunistas das empresas de mídia a gritar, histéricos, pelo fim de um governo eleito há pouco tempo com 54 milhões de votos. O caso particular do UTC é icônico. Todos os holofotes vão, condenatórios, para Dilma e para o PT, pelo dinheiro dado para a campanha petista.
Foram, segundo cálculos de um site ligado à Transparência Brasil, 7,5 milhões de reais.
Não é doação: é achacamento, propina, roubo.
Ninguém diz que a campanha de Aécio levou ainda mais da UTC: 8,7 milhões.
Neste caso, não é propina, não é achaque, não é roubo. É demonstração de afeto e reconhecimento pelos dentes brancos do candidato Aécio. E eles querem que a sociedade acredite nesse tipo de embuste. A mídia presta mais um enorme desserviço ao Brasil com essa manipulação grosseira e farisaica. Você foge do real problema: o financiamento privado de campanhas, a forma como a plutocracia tomou de assalto a democracia. É um problema mundial, e não apenas brasileiro. Dezenas de países já trataram de evitar que doações de grandes empresas desvirtuem a voz rouca das ruas e das urnas. No Brasil, a mídia não trata desse assunto, em conluio com políticos atrasados e guiados pelo dinheiro, porque se beneficia da situação. Nem o mais rematado crédulo compra a história de que as doações empresariais são desinteressadas. A conta vem depois do resultado, na forma de obras ou leis que beneficiam os doadores. Veja os projetos de Eduardo Cunha, para ficar num caso clássico, e depois observe as companhias que o têm patrocinado.Em alguma publicação, li até uma lição de moral na forma como o PT teria abordado o dono da UTC para pedir dinheiro para a campanha de Dilma.
A abordagem não teria sido “elegante”. Imagina-se que quando o PSDB solicita dinheiro seja coisa de lorde inglês, pelo que pude entender: ninguém fala em dinheiro, ninguém toca em dinheiro. É como uma reunião social, entre amigos, em que o dinheiro é a última coisa que importa. Como disse Wellington, quem acredita nisso acredita em tudo. Outro crime jornalístico que é cometido é dar como verdadeiras quaisquer coisas ditas nas delações, como se elas estivessem acima de suspeita.
Quer dizer, esse tratamento só vale contra o PT. Quando se trata dos amigos da mídia, aí sim entram as ressalvas. Há que investigar, provar etc – coisas que absolutamente não valem para o PT.
Que a imprensa, movida pelo interesse de seus donos, aja assim, até que você pode entender.
O que não dá para aceitar é que a justiça faça a mesma coisa, e com ela a Polícia Federal.
Porque aí você subverte, por completo, o conceito de justiça, e retrocede aos tempos de João VI no Brasil.
Sua mulher, a rainha Carlota Joaquina, mandou matar uma rival no amor.
Dom João pediu investigação rigorosa.
Quando chegaram a ele os resultados do trabalho, com Carlota Joaquina comprovadamente culpada da morte, ele refletiu, refletiu – e queimou os documentos que a incriminavam.
Aquela era a justiça, e esta nossa não é muito diferente quando se trata da plutocracia.
Somos todos idiotas. É, pelo menos, o que a grande mídia pensa. O ridículo estardalhaço em torno das alardeadas revelações do dono da UTC ultrapassa todos os limites do descaro, da hipocrisia e da desonestidade. Colunistas – os suspeitos de sempre –parecem fingir que acreditam nos disparates que escrevem. Mais uma, o coro é pelo impeachment de Dilma. Dia sim, dia não, aparecem supostas novidades que levam os colunistas das empresas de mídia a gritar, histéricos, pelo fim de um governo eleito há pouco tempo com 54 milhões de votos. O caso particular do UTC é icônico. Todos os holofotes vão, condenatórios, para Dilma e para o PT, pelo dinheiro dado para a campanha petista.
Foram, segundo cálculos de um site ligado à Transparência Brasil, 7,5 milhões de reais.
Não é doação: é achacamento, propina, roubo.
Ninguém diz que a campanha de Aécio levou ainda mais da UTC: 8,7 milhões.
Neste caso, não é propina, não é achaque, não é roubo. É demonstração de afeto e reconhecimento pelos dentes brancos do candidato Aécio. E eles querem que a sociedade acredite nesse tipo de embuste. A mídia presta mais um enorme desserviço ao Brasil com essa manipulação grosseira e farisaica. Você foge do real problema: o financiamento privado de campanhas, a forma como a plutocracia tomou de assalto a democracia. É um problema mundial, e não apenas brasileiro. Dezenas de países já trataram de evitar que doações de grandes empresas desvirtuem a voz rouca das ruas e das urnas. No Brasil, a mídia não trata desse assunto, em conluio com políticos atrasados e guiados pelo dinheiro, porque se beneficia da situação. Nem o mais rematado crédulo compra a história de que as doações empresariais são desinteressadas. A conta vem depois do resultado, na forma de obras ou leis que beneficiam os doadores. Veja os projetos de Eduardo Cunha, para ficar num caso clássico, e depois observe as companhias que o têm patrocinado.Em alguma publicação, li até uma lição de moral na forma como o PT teria abordado o dono da UTC para pedir dinheiro para a campanha de Dilma.
A abordagem não teria sido “elegante”. Imagina-se que quando o PSDB solicita dinheiro seja coisa de lorde inglês, pelo que pude entender: ninguém fala em dinheiro, ninguém toca em dinheiro. É como uma reunião social, entre amigos, em que o dinheiro é a última coisa que importa. Como disse Wellington, quem acredita nisso acredita em tudo. Outro crime jornalístico que é cometido é dar como verdadeiras quaisquer coisas ditas nas delações, como se elas estivessem acima de suspeita.
Quer dizer, esse tratamento só vale contra o PT. Quando se trata dos amigos da mídia, aí sim entram as ressalvas. Há que investigar, provar etc – coisas que absolutamente não valem para o PT.
Que a imprensa, movida pelo interesse de seus donos, aja assim, até que você pode entender.
O que não dá para aceitar é que a justiça faça a mesma coisa, e com ela a Polícia Federal.
Porque aí você subverte, por completo, o conceito de justiça, e retrocede aos tempos de João VI no Brasil.
Sua mulher, a rainha Carlota Joaquina, mandou matar uma rival no amor.
Dom João pediu investigação rigorosa.
Quando chegaram a ele os resultados do trabalho, com Carlota Joaquina comprovadamente culpada da morte, ele refletiu, refletiu – e queimou os documentos que a incriminavam.
Aquela era a justiça, e esta nossa não é muito diferente quando se trata da plutocracia.
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Mídia: o uso político da ficção...
A mídia de mercado brasileira usa e abusa das fonte anônimas. E demonstra, inclusive, não conhecer, pelo menos do ponto de vista ético, a função que a fonte não-identificada deve exercer em um jornalismo honesto, sem direção ideológica e corporativa (no caso da mídia brasileira, o proselitismo do neoliberalismo e da direita, acima de tudo, como tem demonstrado ao longo da história no apoio a ditaduras no Brasil e no exterior e na participação em conspirações). Trata-se de um recurso que deveria ser usado como "pista" e, em seguida, comprovado com os envolvidos ou em mais de uma fonte através de um trabalho de reportagem decente. Alguns colunistas ou editores, ao dar vazão à notas "psicografadas" (e o meio digital exacerbou a tendência), devem se sentir os Bob Woodward e Carl Bernstein do pedaço, sem levar em conta que os jornalistas que desvendaram, com provas, o Caso Watergate, usaram a fonte não revelada - o famoso Deep Throat - como mapa da apuração e não como interlocutor conclusivo. E isso é óbvio: se o jornalista usa a fonte, sem confirmar o que esta lhe passa, arrisca-se, como acontece frequentemente aos colunistas brasileiros, a ser usado por interesses políticos, empresariais, corporativos, econômicos, esportivos e até sociais. Exemplos não faltam e diariamente. E não envolvem apenas políticos: artistas, jogadores, escritores, apresentadores, cantores e compositores, socialites, etc, são vítimas dessas "fontes anônimas" geralmente codificadas como "pessoas próximas", "interlocutor", "um frequentador do Planalto", um "ex-ministro", um "ex-diretor" etc. Um colunista já ousou escrever um "Lula está pensando", sem explicar como conseguiu a missão telepática de penetrar no cérebro do ex-presidente que, obviamente, desmentiu a nota. O jornalista, também obviamente, não contestou o desmentido, e nem podia.
O exemplo de jornalismo de ficção da semana é da Folha. E o próprio jornal admitiu. Leia nota do Portal Imprensa, abaixo.
O exemplo de jornalismo de ficção da semana é da Folha. E o próprio jornal admitiu. Leia nota do Portal Imprensa, abaixo.
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Ruivas naturais posam para calendário contra bulliyng. Elas aceitam o fetiche mas rejeitam apelidos de "Ferrugem", "Arroto de Fanta" e "Cenoura"...
por Omelete
O fotógrafo Thomas Knights se antecipa à onda de calendários 2016 e lança a "Red Hot", folhinha dedicada às ruivas naturais. Parte da renda obtida com a venda do calendário será destinada a campanhas contra o bulliyng em escolas, uma preocupação constante em algumas países.
Acredite, embora tenham cabelos vistos como um fetiche e a marca de muitas estrelas sedutoras do cinema, meninas ruivas (e meninos também, o fotógrafo Thomas Knights produziu uma versão masculina dos ensaios) são vítimas de bulliyng e costumam ganhar apelidos depreciativos. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 2% da população é ruiva natural (no mundo, seriam 1%). Alguns cientistas defendem que os genes que induziram a despigmentação da pele e dos cabelos já estavam impressos nos povos primitivos da África que emigraram para a Europa. Ao longo de milênios, eles foram se adaptando geneticamente ao clima frio e à pouca exposição ao sol. Os mesmos genes africanos teriam gerado o albinismo. No Brasil, há ruivos, em pequeno percentual, no Sul, consequência da imigração, e até no Nordeste, herança da presença colonial de holandeses e franceses.Alguns cientistas defendem que os genes que induziram a despigmentação da pele e dos cabelos já estavam impressos nos povos primitivos da África que emigraram para a Europa. Em milênios, eles foram se adaptando geneticamente ao clima frio e com pouco sol. Os mesmos genes africanos teriam gerado o albinismo. Nos colégios, os ruivos brasileiros são vítimas de apelidos como "Ferrugem" e "Arroto de Fanta". Em 2013, promoveram um encontro nacional no Rio de Janeiro. A "ameaça" mais divulgada a uma ruiva brasileira deu-se quando a Globo quis cortar os cabelos da atriz Marina Ruy Barbosa durante uma novela. A atriz se recusou, o caso virou polêmicas, mas o visual "C, para usar outro apelido comum aos ruivos, foi preservado.
Mídia: a pauta dominante da semana passada (e as charges do Alpino)
por Clara S. Britto
A morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo foi o tema principal na TV aberta, internet e rádio, principalmente, além da cobertura factual nos principais jornais do país. A música sertaneja, apesar de ampla exposição da TV, não é dominante nos grandes centros. É absoluta na Região Oeste do país e interior de SP e MG e alcança o interior do PR. Na Região Norte tem penetração um pouco menor e, em Belém, divide a preferência com os ritmos locais, como o carimbó, a toada. No Nordeste, acontece algo parecido, com a forte influência e concorrência do forró e do axé. Em capitais como o Rio de Janeiro e em bairros de classe A de São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba e Florianópolis (capital da música eletrônica), a musica sertaneja não mostra muita força em todas as classes, mas tem seu público e consegue atingir certos bolsões. No Rio, por exemplo, a maioria dos sertanejos que fazem shows com bons públicos na Barra da Tijuca, um universo carioca com gostos muito particulares, ou nas casas de espetáculos das cidades do Grande Rio são desconhecidos em Ipanema, Leblon, Lagoa, Gávea, Botafogo e no tradicional bairro da Tijuca, a "capital" carioca do samba. Funk, samba, chorinho, bossa nova, rock, pop, música eletrônica são concorrência forte para os cowboys do interior. Por isso, muita gente e surpreendeu com a repercussão da morte de Cristiano e da sua namorada Allana em acidente de carro. Até apresentadoras erraram o nome do cantor na TV: uma o chamou de "Cristiano Ronaldo", outra de "Leonardo". Claro que as circunstâncias, a idade das vítimas, tudo isso fez aumentar a comoção em torno do acidente e também motivou um interesse maior da mídia. Mas o fato é que grande parte do país não conhecia Cristiano Araújo, que tinha sucessos nas paradas desde 2011, e não via a maioria dos programas de TV nos quais ele era presença frequente. Por ser por preconceito ou por uma simples questão de gosto, mas o fato é que o cantor era
produto de um universo que tem sua importância e seu grande público, goste-se ou não, mas que fica à margem da parcela da maioria da população que aponta para a parte de cima da classe média.
Daí, charges como a de Alpino que bombou na internet. Aliás, Alpino tem a característica jornalística de estar sempre ligado nos fatos, com um lápis rápido no gatilho.
Veja outros exemplos, abaixo, e conheça o blog do cartunista.
VEJA MAIS CHARGES DO ALPINO, CLIQUE AQUI
sábado, 27 de junho de 2015
Do GGN, o jornal de todos os Brasis: "O tempo político de Dilma está prestes a esgotar"
por Luís Nassif on line
O cenário político que se tem atualmente é o seguinte:
Estrangulamento gradativo de todas as ações de governo, ainda que à custa do comprometimento da economia. MPF (Ministério Público Federal) e Lava Jato se empenham em desmontar a cadeia produtiva de petróleo e gás. O TCU (Tribunal de Contas da União) mira suas armas nas hidrelétricas da Amazônia. O Congresso fuzila o ajuste fiscal. O torniquete continuará apertando enquanto o governo não recuperar legitimidade.
Polícia Federal e MPF impondo um cerco severo a todas as atividades do PT e de seus candidatos e o TCU ameaçando rejeitar as contas de Dilma. Esse cerco continuará aumentando.
Ampliação da recessão e do desemprego, agravados pela política monetária do Banco Central. Não há sinais de arrefecimento no horizonte. Vai piorar muito, antes de melhorar.
Incapacidade da presidente de articular um conjunto mínimo de propostas que se assemelhe a um programa de governo, de recriar algum sonho na opinião pública.
***
No momento, o quadro é de dispersão ampla do conjunto de forças que, de alguma maneira, apoiaria Dilma.
Em entrevista ao Washington Post, Dilma endossou as ações da PF. Na planície, Lula começa a preparar estratégias de imagem que o descolem do governo Dilma e do PT. E o PT trata de reforçar seus princípios, distanciando-se do governo Dilma.
***
Paradoxalmente, há um amplo espectro de forças disponível na sociedade, à procura de uma alternativa contra a frente heterogênea, confluência de ódio, preconceito e uma gana tão ampla de destruir empresas que alguém, no meu Blog, taxou a esse movimento de ofensiva do país improdutivo contra o país que produz.
***
Em que pese a crise e a desesperança, há uma enorme energia pronta para vir à tona, quando se resolver o nó político. O país acumulou um enorme acervo de conceitos, organizações, empresas, estruturas.
Hoje em dia, há grupos organizados e conceitos claros sobre políticas industrial, de inovação, há uma experiência acumulada no mercado de capitais, nas parcerias público-privadas, nos programas de gestão, na organização de modelos de atendimentos às pequenas e micro empresas. As políticas sociais estão no estado da arte, tanto no setor público quanto nas organizações privadas, e a nova economia e nova sociedade estão formando uma nova geração de empreendedores e militantes digitais com um perfil totalmente distinto da geração de seus pais.
Nas universidades, acumula-se um conhecimento amplo sobre uma extensa variedade de temas de desenvolvimento, da geografia das médias cidades ao modelo urbano das metrópoles.
Tudo isso confere à crise atual sua verdadeira dimensão: é uma crise política.
***
No Planalto se alimenta a esperança de que, passado o ajuste fiscal, possa avançar a agenda positiva, provavelmente sob a batuta do Ministro do Planejamento Nelson Barbosa.
Mas há um problema de “timing”.
Se a presidente não antecipar ações concretas de aproximação com os diversos segmentos sociais, econômicos, acadêmicos para começar a desenhar um plano de governo minimamente factível, não vai chegar até lá.
Seu tempo político encurtou drasticamente. Ou mostra agora alguma capacidade de iniciativa e começa a desenhar a fundo seu segundo governo agora, ou não chegará ao final do ano.
O cenário político que se tem atualmente é o seguinte:
Estrangulamento gradativo de todas as ações de governo, ainda que à custa do comprometimento da economia. MPF (Ministério Público Federal) e Lava Jato se empenham em desmontar a cadeia produtiva de petróleo e gás. O TCU (Tribunal de Contas da União) mira suas armas nas hidrelétricas da Amazônia. O Congresso fuzila o ajuste fiscal. O torniquete continuará apertando enquanto o governo não recuperar legitimidade.
Polícia Federal e MPF impondo um cerco severo a todas as atividades do PT e de seus candidatos e o TCU ameaçando rejeitar as contas de Dilma. Esse cerco continuará aumentando.
Ampliação da recessão e do desemprego, agravados pela política monetária do Banco Central. Não há sinais de arrefecimento no horizonte. Vai piorar muito, antes de melhorar.
Incapacidade da presidente de articular um conjunto mínimo de propostas que se assemelhe a um programa de governo, de recriar algum sonho na opinião pública.
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No momento, o quadro é de dispersão ampla do conjunto de forças que, de alguma maneira, apoiaria Dilma.
Em entrevista ao Washington Post, Dilma endossou as ações da PF. Na planície, Lula começa a preparar estratégias de imagem que o descolem do governo Dilma e do PT. E o PT trata de reforçar seus princípios, distanciando-se do governo Dilma.
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Paradoxalmente, há um amplo espectro de forças disponível na sociedade, à procura de uma alternativa contra a frente heterogênea, confluência de ódio, preconceito e uma gana tão ampla de destruir empresas que alguém, no meu Blog, taxou a esse movimento de ofensiva do país improdutivo contra o país que produz.
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Em que pese a crise e a desesperança, há uma enorme energia pronta para vir à tona, quando se resolver o nó político. O país acumulou um enorme acervo de conceitos, organizações, empresas, estruturas.
Hoje em dia, há grupos organizados e conceitos claros sobre políticas industrial, de inovação, há uma experiência acumulada no mercado de capitais, nas parcerias público-privadas, nos programas de gestão, na organização de modelos de atendimentos às pequenas e micro empresas. As políticas sociais estão no estado da arte, tanto no setor público quanto nas organizações privadas, e a nova economia e nova sociedade estão formando uma nova geração de empreendedores e militantes digitais com um perfil totalmente distinto da geração de seus pais.
Nas universidades, acumula-se um conhecimento amplo sobre uma extensa variedade de temas de desenvolvimento, da geografia das médias cidades ao modelo urbano das metrópoles.
Tudo isso confere à crise atual sua verdadeira dimensão: é uma crise política.
***
No Planalto se alimenta a esperança de que, passado o ajuste fiscal, possa avançar a agenda positiva, provavelmente sob a batuta do Ministro do Planejamento Nelson Barbosa.
Mas há um problema de “timing”.
Se a presidente não antecipar ações concretas de aproximação com os diversos segmentos sociais, econômicos, acadêmicos para começar a desenhar um plano de governo minimamente factível, não vai chegar até lá.
Seu tempo político encurtou drasticamente. Ou mostra agora alguma capacidade de iniciativa e começa a desenhar a fundo seu segundo governo agora, ou não chegará ao final do ano.
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Não é bem assim... o outro lado da notícia: terrorismo, reforma ou 'deforma' política brasileira, intolerância religiosa, frase de Dunga, UE sufoca Grécia...
* Religiosos brasileiros - e não foram poucos - justificaram publicamente em entrevistas e disseram "entender" o atentado ao Charlie Hebdo alegando que as charges do jornal ofendiam crenças. O terrorista islâmico que degolou um funcionário de uma empresa de transporte, agora, na França, não precisou de um motivo que não fosse o seu fanatismo patológico. Pelo que se sabe, o funcionário não era chargista. Deve-se "entender", aí sim, que religiões focam o céu mas são sistemas de poder terreno e é essa ambição por conquistar, aliciar, faturar e dominar que pode transformar fanáticos, como a história e a atualidade contam, em estopins de conflitos, guerra e terror. Não tem nada a ver com suposta fé. Como forças políticas - e, no caso do Brasil - estão aí as "bancadas" que já impõem leis que interferem na vida e na liberdade de cidadãos que não professam sua respectiva crença, apesar de teoricamente ainda vivermos em um Estado constitucionalmente laico - podem e devem ter suas ações seculares criticadas e questionadas.
* A propósito da nota acima: os cemitérios do Rio foram privatizados - os defuntos, por enquanto, ainda não - e ontem uma empresa que administra um desses cemitérios proibiu que parentes e amigos da falecida promovessem um ritual de candomblé nas dependências do local, que deve prestar um serviço público. Seu administrador não pode impôr suas convicções fundamentalistas às famílias que se despedem dos seus entes e liberar apenas determinadas manifestações religiosas. As autoridades (estarão baseadas em seus próprios princípios? Já temos os nossos aiatolás?), fazem vista grossa para a escalada de ataques a pessoas e instituições (aqui mesmo no Brasil não em um país distante), que não praticam as crenças dominantes.
* A União Europeia - para defender especuladores - sufoca o povo grego. O primeiro-ministro Alexis Tsipras se recusa a ceder ao que chama de chantagem e decidiu convocar um referendo para que a população se manifeste quanto a aceitar ou não as exigências da UE. Há dois aspectos a comentar; primeiro, o uso democrático do referendo, instrumento que a Constituição brasileira prevê mas que os nossos congressistas resistem a usar temendo que a população contrarie seus interesses pessoais.
* A atual reforma política, mais conhecida com a deforma política, em vias de aprovação, mostra que não se pode subestimar a capacidade de deputados e senadores em mudar regras e leis para pior. No financiamento privado não vão mexer porque é a razão de ser de muitos deles; vão aumentar a duração dos mandatos; o pula-pula de suas senhorias de um partido para outro em função de convicções pessoais vai ser mantido (o político terá 30 dias para decidir se muda de partido, parece até a piada da mulher que reclama do assediador ao lado e diz que ele tem meia-hora para "tirar a mão daí"); o fundo partidário que, segundo denúncias, sustenta alguns "donos" de "partidos", quase inexistentes, e seus parentes vai receber apenas uma maquiagem; será mantida a ultrapassada obrigatoriedade do voto já que os "currais" eleitorais são uma instituição defendida pelos chamados "coronéis" do voto. Propostas encaminhadas pela sociedade civil foram ignoradas. Referendo, nem pensar. E depois ainda reclamam das pesquisas que constatam que apenas 5% dos brasileiros confiam em um sujeito do tipo que tem o rótulo de "político" profissional colado na testa.
* Método "jornalístico" de apuração: a Folha ouviu de um senador que Lula havia entrado com um pedido de "habeas-corpus preventivo". O jornalão "esqueceu" a regra básica da boa apuração - confirmar o pedido junto ao TRF (de Porto Alegre, local que recebeu a petição, ou ligar para o STF, ou, ainda, ouvir o Lula ou o Instituto Lula. Simplesmente publicou a "notícia", o que levou outros grandes jornais a replicarem, também sem apurar, a "informação". Até que a Justiça revelou que o pedido era de um cidadão, por iniciativa própria (aliás um recordista em pedidos de habeas corpus aleatórios, é o hobby do sujeito). Restou o mico provocado pela ansiedade político-partidária e a triste oportunidade de mostrar como funciona, na maioria dos casos, o jornalismo da mídia de mercado por essas bandas.
* Anote aí porque você vai ler muito sobre isso nas próximas semanas ou meses. O governo corta gastos, certo? É uma das medidas defendidas por muitos setores, incluindo aí os colunistas de economia e afins. Os cortes são aprovados, mas depende... Já aparece na mídia a insatisfação de um poderoso setor contra as medidas de "austeridade". Algumas editoras reclamam que o governo ainda não anunciou as volumosas e milionárias compras de livros didáticos. Esse lobby vai crescer e,desse, nenhum colunista vai reclamar. Pode crer. No fim, o arrocho vai sobrar para assalariados, aposentados, saúde pública, programas sociais etc. O que os conservadores e o mercado financeiro querem hoje, e a dona Dilma entuba, é que o Brasil seja a Grécia de amanhã. Os especuladores vão se amarrar.
* Inaugurada em São Paulo mais uma etapa do Rodoanel. A obra é uma parceria do Governo Federal com o Governo Estadual. Há várias outras em andamento, incluindo a ampliação do sistema de abastecimento de água. Se é estratégia ou não, o fato é que, focado nos problemas de São Paulo, Geraldo Alkmin não aposta no "fim do mundo", se afasta cada vez mais da cúpula incendiária do PSDB e ganha pontos junto à população do Estado na corrida eleitoral para 2018. Os dois outros presidenciáveis tucanos, sem obras no currículo, a não ser a da "demolição" política, vão ter que rebolar até na Venezuela para mostrar serviço.
* Dunga errou. Foi infeliz ao declarar que se acha afrodescendente de "tanto que apanhou". Pediu desculpas depois pelo surto racista. Mas não estaria longe dos fatos se tivesse incluído um adjetivo e alterado o tempo do verbo para "acho que sou afrodescendente americano de tanto que apanho". Infelizmente, são recorrentes os casos nos Estados Unidos. É só perguntar pros policiais brancos que fazem tiro ao alvo nos jovens negros.
* Racismo na ginástica olímpica. Lembra do caso dos atletas que promoveram um bullying racista contra um colega negro, isso em viagem de treinamento e com vídeo exibido as lamentáveis cenas? Deu em nada. A única punição foi uma breve suspensão preventiva sem direito a receber bolsas. O Superior Tribunal de Justiça Desportivas encerrou uma investigação, também rápida, e não apresentou denúncia contra os atletas. A chance de impunidade, como ocorre em todos os casos de racismo no Brasil, é grande, apesar de a entidade Educafro ter anunciado processo na Justiça exigindo punição para crime previsto em lei.
* A propósito da nota acima: os cemitérios do Rio foram privatizados - os defuntos, por enquanto, ainda não - e ontem uma empresa que administra um desses cemitérios proibiu que parentes e amigos da falecida promovessem um ritual de candomblé nas dependências do local, que deve prestar um serviço público. Seu administrador não pode impôr suas convicções fundamentalistas às famílias que se despedem dos seus entes e liberar apenas determinadas manifestações religiosas. As autoridades (estarão baseadas em seus próprios princípios? Já temos os nossos aiatolás?), fazem vista grossa para a escalada de ataques a pessoas e instituições (aqui mesmo no Brasil não em um país distante), que não praticam as crenças dominantes.
* A União Europeia - para defender especuladores - sufoca o povo grego. O primeiro-ministro Alexis Tsipras se recusa a ceder ao que chama de chantagem e decidiu convocar um referendo para que a população se manifeste quanto a aceitar ou não as exigências da UE. Há dois aspectos a comentar; primeiro, o uso democrático do referendo, instrumento que a Constituição brasileira prevê mas que os nossos congressistas resistem a usar temendo que a população contrarie seus interesses pessoais.
* A atual reforma política, mais conhecida com a deforma política, em vias de aprovação, mostra que não se pode subestimar a capacidade de deputados e senadores em mudar regras e leis para pior. No financiamento privado não vão mexer porque é a razão de ser de muitos deles; vão aumentar a duração dos mandatos; o pula-pula de suas senhorias de um partido para outro em função de convicções pessoais vai ser mantido (o político terá 30 dias para decidir se muda de partido, parece até a piada da mulher que reclama do assediador ao lado e diz que ele tem meia-hora para "tirar a mão daí"); o fundo partidário que, segundo denúncias, sustenta alguns "donos" de "partidos", quase inexistentes, e seus parentes vai receber apenas uma maquiagem; será mantida a ultrapassada obrigatoriedade do voto já que os "currais" eleitorais são uma instituição defendida pelos chamados "coronéis" do voto. Propostas encaminhadas pela sociedade civil foram ignoradas. Referendo, nem pensar. E depois ainda reclamam das pesquisas que constatam que apenas 5% dos brasileiros confiam em um sujeito do tipo que tem o rótulo de "político" profissional colado na testa.
* Método "jornalístico" de apuração: a Folha ouviu de um senador que Lula havia entrado com um pedido de "habeas-corpus preventivo". O jornalão "esqueceu" a regra básica da boa apuração - confirmar o pedido junto ao TRF (de Porto Alegre, local que recebeu a petição, ou ligar para o STF, ou, ainda, ouvir o Lula ou o Instituto Lula. Simplesmente publicou a "notícia", o que levou outros grandes jornais a replicarem, também sem apurar, a "informação". Até que a Justiça revelou que o pedido era de um cidadão, por iniciativa própria (aliás um recordista em pedidos de habeas corpus aleatórios, é o hobby do sujeito). Restou o mico provocado pela ansiedade político-partidária e a triste oportunidade de mostrar como funciona, na maioria dos casos, o jornalismo da mídia de mercado por essas bandas.
* Anote aí porque você vai ler muito sobre isso nas próximas semanas ou meses. O governo corta gastos, certo? É uma das medidas defendidas por muitos setores, incluindo aí os colunistas de economia e afins. Os cortes são aprovados, mas depende... Já aparece na mídia a insatisfação de um poderoso setor contra as medidas de "austeridade". Algumas editoras reclamam que o governo ainda não anunciou as volumosas e milionárias compras de livros didáticos. Esse lobby vai crescer e,desse, nenhum colunista vai reclamar. Pode crer. No fim, o arrocho vai sobrar para assalariados, aposentados, saúde pública, programas sociais etc. O que os conservadores e o mercado financeiro querem hoje, e a dona Dilma entuba, é que o Brasil seja a Grécia de amanhã. Os especuladores vão se amarrar.
* Inaugurada em São Paulo mais uma etapa do Rodoanel. A obra é uma parceria do Governo Federal com o Governo Estadual. Há várias outras em andamento, incluindo a ampliação do sistema de abastecimento de água. Se é estratégia ou não, o fato é que, focado nos problemas de São Paulo, Geraldo Alkmin não aposta no "fim do mundo", se afasta cada vez mais da cúpula incendiária do PSDB e ganha pontos junto à população do Estado na corrida eleitoral para 2018. Os dois outros presidenciáveis tucanos, sem obras no currículo, a não ser a da "demolição" política, vão ter que rebolar até na Venezuela para mostrar serviço.
* Dunga errou. Foi infeliz ao declarar que se acha afrodescendente de "tanto que apanhou". Pediu desculpas depois pelo surto racista. Mas não estaria longe dos fatos se tivesse incluído um adjetivo e alterado o tempo do verbo para "acho que sou afrodescendente americano de tanto que apanho". Infelizmente, são recorrentes os casos nos Estados Unidos. É só perguntar pros policiais brancos que fazem tiro ao alvo nos jovens negros.
* Racismo na ginástica olímpica. Lembra do caso dos atletas que promoveram um bullying racista contra um colega negro, isso em viagem de treinamento e com vídeo exibido as lamentáveis cenas? Deu em nada. A única punição foi uma breve suspensão preventiva sem direito a receber bolsas. O Superior Tribunal de Justiça Desportivas encerrou uma investigação, também rápida, e não apresentou denúncia contra os atletas. A chance de impunidade, como ocorre em todos os casos de racismo no Brasil, é grande, apesar de a entidade Educafro ter anunciado processo na Justiça exigindo punição para crime previsto em lei.
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Mandou um email detonando o chefe e se arrependeu? Novo recurso lhe dará 30 segundos para cancelar mensagens enviadas
por Clara S. Britto
O Gmail desenvolveu um recurso para permitir que usuários cancelem emails enviados. A ferramenta vinha sendo testada e finalmente poderá ser usada. Para isso, será preciso ativar o "cancelador" nas configurações do Gmail. Mas é bom lembrar a mensagem só pode ser desfeita em até 30 segundos. São comuns os casos de mensagens emocionais, digamos. A pessoa acaba de levar uma bronca do chefe e, logo em seguida, vai pro computador e descarrega a raiva em mensagens devastadoras. Mas arrepende-se ao teclar o "envia". Mandou um email elogiando as pernas da colega de trabalho e convidando para um chope altas horas e só depois percebeu que isso aí é prova de assédio? É só cancelar. Criticou o fulano em mensagens coletivas e só depois percebeu que o próprio estava copiado no endereçamento? Os 30 segundos parecem pouco mas são suficientes para as situações descritas. Geralmente, o arrependimento é quase imediato. O cancelador será útil para situações menos conflituosas também, casos de erros gramaticais que poderão pegar mal e só são percebidos após enviados, informações erradas etc. Geralmente, o arrependimento é quase imediato. Em breve, os usuários do Gmail receberão instruções sobre os procedimentos para ativar o recurso, que era, aliás, uma reivindicação antiga da galera.
O Gmail desenvolveu um recurso para permitir que usuários cancelem emails enviados. A ferramenta vinha sendo testada e finalmente poderá ser usada. Para isso, será preciso ativar o "cancelador" nas configurações do Gmail. Mas é bom lembrar a mensagem só pode ser desfeita em até 30 segundos. São comuns os casos de mensagens emocionais, digamos. A pessoa acaba de levar uma bronca do chefe e, logo em seguida, vai pro computador e descarrega a raiva em mensagens devastadoras. Mas arrepende-se ao teclar o "envia". Mandou um email elogiando as pernas da colega de trabalho e convidando para um chope altas horas e só depois percebeu que isso aí é prova de assédio? É só cancelar. Criticou o fulano em mensagens coletivas e só depois percebeu que o próprio estava copiado no endereçamento? Os 30 segundos parecem pouco mas são suficientes para as situações descritas. Geralmente, o arrependimento é quase imediato. O cancelador será útil para situações menos conflituosas também, casos de erros gramaticais que poderão pegar mal e só são percebidos após enviados, informações erradas etc. Geralmente, o arrependimento é quase imediato. Em breve, os usuários do Gmail receberão instruções sobre os procedimentos para ativar o recurso, que era, aliás, uma reivindicação antiga da galera.
Pilotos são demitidos por deixarem modelo pilotar avião. Veja o vídeo...
A modelo e atriz Victoria Xipolatakis provocou, sem querer, a demissão de dois pilotos da Austral, empresa controlada pela Aerolíneas Argentinas. Durante um vôo entre Buenos Aires e Rosário, ontem, o comandante e o co-piloto permitiram que Victoria pilotasse o avião por alguns segundos pouco antes da decolagem. A mão dela é vista acelerando o avião. O afastamento dos pilotos foi decidido após a modelo divulgar um vídeo nas redes sociais. No filme, ela agradece, pergunta, rindo, se pode ser presa por isso. Um dos pilotos chega a levantar a possibilidade de punição e diz: "se me afundo, vou com você". "Então, quer me levar com você?, pergunta a modelo. E o piloto se empolga: "desde que você entrou no avião". Victoria Xipolatakis, grega com carreira na Argentina, capa de revistas, incluindo a Playboy, já atuou no "Caiga quien Caiga (o CQC argentino) e em cerca de dez séries de TV, desde 2007.
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Victoria Xipolatakis. Foto Reprodução Internet/Día a Día |
Defensoria Pública do Rio proíbe divulgação de imagens de presos. Como isso afeta a imprensa?
por Flávio Sépia
A Justiça exerce o questionável direito de impor uma restrição às coberturas da imprensa. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro determina que a polícia do Estado não pode divulgar imagens de presos até que a condenação definitiva dos suspeitos tenha sido emitida, o que, evidentemente, pode levar décadas. Pessoas inocentes geralmente fazem até questão de mostrar a cara. A medida beneficia exatamente a turma com culpa no cartório, que puxa camiseta, abaixa a cabeça quase quebrando o pescoço, se cobre com papelão, tudo para não ser flagrado pelas câmeras. Exibir suspeitos no momento em que são presos tem ajudado telespectadores a, muitas vezes, identificar assaltantes, assassinos e estupradores, contribuindo para configurar processos que tiram das ruas muitos bandidos. Os bandidos escondem a cara exatamente por temer que vítimas de crimes anteriores os identifiquem. Pode-se dizer que mostra-los é quase um serviço público que a mídia presta às vítimas. Se o sujeito for preso, com a culpa configurada, e fugir da cadeia, a polícia não poderá fazer cartaz de procura-se já que o meliante não foi julgado. Não ficou clara uma coisa: a polícia não pode divulgar deliberadamente mas se um fotógrafo ou um câmera tiver a habilidade de flagrar o acusado pode levar a imagem ao ar ou publicar a foto? Significa que imagens dos acusados da Lava Jato jamais poderiam ser divulgadas no Rio? Ou a medida se estende à imprensa o que, no caso, configuraria censura prévia? E se um indivíduo comete um crime e foge, a polícia não poderá divulgar a imagem para tornar possível a captura? Hoje mesmo o site do disque Denúncia publica fotos de suspeitos capturados. Ás vezes divulga fotos de procurados. E aí? Uma instituição respeitada e que ajuda no combate ao crime vai ser impedida de fazer seu trabalho? A notícia foi publicada pelo jornal O Dia que acrescentou que a Justiça permite que imagens sejam divulgadas mas só com "justificativa prévia" da polícia. Dificilmente isso vai funcionar. Primeiro porque a burocracia usual vai fazer demorar a apreciação da tal justificativa; segundo, se aprovada, deverá chegar à delegacia muito depois dos habeas corpus que muitas vezes liberam os tais acusados. E, aí, o "invisível" estará livre para matar ou roubar. A intenção pode ser boa, mas o que vale é que a bandidagem está comemorado mais esse gol na goleada que impõe à sociedade.
A Justiça exerce o questionável direito de impor uma restrição às coberturas da imprensa. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro determina que a polícia do Estado não pode divulgar imagens de presos até que a condenação definitiva dos suspeitos tenha sido emitida, o que, evidentemente, pode levar décadas. Pessoas inocentes geralmente fazem até questão de mostrar a cara. A medida beneficia exatamente a turma com culpa no cartório, que puxa camiseta, abaixa a cabeça quase quebrando o pescoço, se cobre com papelão, tudo para não ser flagrado pelas câmeras. Exibir suspeitos no momento em que são presos tem ajudado telespectadores a, muitas vezes, identificar assaltantes, assassinos e estupradores, contribuindo para configurar processos que tiram das ruas muitos bandidos. Os bandidos escondem a cara exatamente por temer que vítimas de crimes anteriores os identifiquem. Pode-se dizer que mostra-los é quase um serviço público que a mídia presta às vítimas. Se o sujeito for preso, com a culpa configurada, e fugir da cadeia, a polícia não poderá fazer cartaz de procura-se já que o meliante não foi julgado. Não ficou clara uma coisa: a polícia não pode divulgar deliberadamente mas se um fotógrafo ou um câmera tiver a habilidade de flagrar o acusado pode levar a imagem ao ar ou publicar a foto? Significa que imagens dos acusados da Lava Jato jamais poderiam ser divulgadas no Rio? Ou a medida se estende à imprensa o que, no caso, configuraria censura prévia? E se um indivíduo comete um crime e foge, a polícia não poderá divulgar a imagem para tornar possível a captura? Hoje mesmo o site do disque Denúncia publica fotos de suspeitos capturados. Ás vezes divulga fotos de procurados. E aí? Uma instituição respeitada e que ajuda no combate ao crime vai ser impedida de fazer seu trabalho? A notícia foi publicada pelo jornal O Dia que acrescentou que a Justiça permite que imagens sejam divulgadas mas só com "justificativa prévia" da polícia. Dificilmente isso vai funcionar. Primeiro porque a burocracia usual vai fazer demorar a apreciação da tal justificativa; segundo, se aprovada, deverá chegar à delegacia muito depois dos habeas corpus que muitas vezes liberam os tais acusados. E, aí, o "invisível" estará livre para matar ou roubar. A intenção pode ser boa, mas o que vale é que a bandidagem está comemorado mais esse gol na goleada que impõe à sociedade.
Tucanos reeditam o caso da "bolinha de papel" em Caracas?
por Omelete
Vídeo divulgados pelo site Conexão Jornalismo mostra a famosa van dos senadores do Esquadrão Classe A que foi à Venezuela cercada por manifestantes e protegida pela polícia local. Os senadores chegaram a dizer que a polícia "não fez nada". Queriam o que? Que atirassem nos manifestantes? O vídeo não mostra paus e pedras alegados pela comitiva. Na parte final do filme, aparecem batedores em moto e, logo em seguida, o trânsito volta a rolar. Mas provavelmente nesse momento o Esquadrão já teria desistido de prosseguir na missão. O incidente lembra o também famoso atentado sofrido pelo então presidenciável José Serra, quando um "terrorista" lançou uma perigosa bolinha de papel contra a comitiva e o fato foi levado aos telejornais como se o petardo fosse uma pedra ou quase uma granada de mão. VEJA NO SITE CONEXÃO JORNALISMO O VÍDEO DA FORÇA-TAREFA INTERNACIONAL TUCANA, CLIQUE AQUI
Vídeo divulgados pelo site Conexão Jornalismo mostra a famosa van dos senadores do Esquadrão Classe A que foi à Venezuela cercada por manifestantes e protegida pela polícia local. Os senadores chegaram a dizer que a polícia "não fez nada". Queriam o que? Que atirassem nos manifestantes? O vídeo não mostra paus e pedras alegados pela comitiva. Na parte final do filme, aparecem batedores em moto e, logo em seguida, o trânsito volta a rolar. Mas provavelmente nesse momento o Esquadrão já teria desistido de prosseguir na missão. O incidente lembra o também famoso atentado sofrido pelo então presidenciável José Serra, quando um "terrorista" lançou uma perigosa bolinha de papel contra a comitiva e o fato foi levado aos telejornais como se o petardo fosse uma pedra ou quase uma granada de mão. VEJA NO SITE CONEXÃO JORNALISMO O VÍDEO DA FORÇA-TAREFA INTERNACIONAL TUCANA, CLIQUE AQUI
As Eliminatórias vêm aí. Neymar será solução ou problema?
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Neymar se despede da seleção, no Chile. Depois da Copa do Mundo, Copa América é a segunda competição oficial que o craque não leva até o fim. Foto Rafael Ribeiro/Divulgação CBF |
Com todo o reconhecimento ao craque que é no Barcelona, o Neymar da seleção não se destaca, digamos, pela produtividade em competições oficiais. Reclama, cai seguidamente, prende e tudo isso o leva a virar alvo de zagueirões e a irritar árbitros. Falta ao garoto de Santos a velha e boa malandragem, no bom sentido, aquela 'estratégia esportiva' com que Pelé, Garrincha, Rivelino, Jairzinho, entre outros, de cabeça fria, levavam adversários ao desespero. Pelé era um mestre na 'guerra invisível' que se desenrola em campo, tratando-se de um esporte onde o contato e o confronto, físico são permanentes. Tanto nas provocações quanto nas respostas às agressões, ele não perdia o foco no seu objetivo: a vitória. A grande maioria dos jogadores da seleção atua como titular em clubes de ponta do futebol mundial. Isso significa que mesmo aqueles que não são super craques possuem qualidade técnica. Criticados pela mídia brasileira, Firmino e Douglas Costas acabam de protagonizar transações milionárias na Europa: o primeiro para o Liverpool e o segundo para o Bayern de Munique. O mesmo conjunto que falta à seleção e que atrapalha Neymar também prejudica outros jogadores. Com o calendário atual e com os clubes europeus obrigados a ceder jogadores apenas nas "datas Fifa", não há sequência de para treinos para buscar tal conjunto. Nos últimos 20 anos, no mínimo, as seleções brasileiras entram em competições oficiais e vão, na própria competição, jogo a jogo, corrigindo erros. Às vezes, isso dá certo, às vezes, não. Tem sido assim nas últimas Copas. O Neymar da seleção é, talvez por isso, muito impaciente e irritadiço ao tentar resolver o jogo sozinho. Muito marcado, não consegue dar sequência a muitas jogadas e perde de vez a calma. Por tudo isso, acho positivo, seja lá o que aconteça, que a seleção faça dois ou três jogos sem o Neymar. Dificilmente, mantido o estilo atual, Neymar jogará todos os jogos da pesada Eliminatória que o Brasil vai precisar passar para chegar à Rússia. A seleção deve, portanto, aprender a jogar sem o camisa 10 e a não entrar em parafuso cada que o seu principal jogador fica de fora.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Nicole Puzzi: musa do cinema revela a epopeia das pornochanchadas e homenageia gênero recordista de bilheterias do cinema brasileiro
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Os bastidores do cinema em livro. |
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Nicole Puzzi na capa da Status e... |
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... em destaque e... |
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...matéria na revista Amiga, da Bloch Editores. |
"O Vasco que Eu Conheci", por Nelio Horta
por Nelio Horta (de Saquarema)
“Casaca, Casaca, Casaca, Casa, Casa, Casa, Casaca, Casaca, Casaca, a Turma é Boa, é Mesmo da Fuzarca, Vasco, Vasco, Vasco!!!
Nos anos 50, eu, com 13 anos, morava na Praça Argentina, em São Cristóvão, próxima ao campo do Vasco, em São Januário. Era apaixonado por futebol e, meu pai, que torcia pelo América, tentava de todas as maneiras que eu seguisse essa tendência, já que, naquela época, o América era da “elite” do futebol carioca. O primeiro jogo de futebol que assisti foi no outrora distante campo do Bonsucesso, na Avenida Teixeira de Castro, entre América x Bonsucesso. Fomos de trem e meu pai me levou na esperança de eu fosse mais um torcedor dos chamados “Diabos Rubros”. O jogo terminou com 6 a 0 para o América. Nunca esqueci aquele time do América: Vicente, Domício e Grita; Oscar, Dino e Amaro: China, Maneco, Cesar, Lima e Jorginho. Foi um autêntico passeio dos "Rubros". Assisti o jogo numa cadeira, encostada no “alambrado”, onde eu podia ouvir o barulho dos chutes, bem ao meu lado. Tudo muito tranqüilo e sem nenhum incidente.
Infantis, Infanto-Juvenis e Juvenis
Ainda com 13 anos fui tentar a sorte como jogador nas divisões de base do Vasco, dessa vez incentivado por meu tio Antenor, que, quando jovem, tinha sido jogador, também, do América. Joguei nos Infantis e no Infanto-juvenil. O técnico era o Eduardo Pellegrini, que me encaminhou para os Juvenis. A maioria dos jovens recrutados pelo Vasco, naquela época, vinha do interior do Estado do Rio e do Espirito Santo. O Vasco tinha os chamados “olheiros”, que garantiam, além de moradia e alimentação, o pagamento de estudo em colégios das redondezas. O Vasco sempre foi muito correto com seus jogadores. Jogando no Juvenil, cujo técnico era o Otto Vieira (não confundir com o Ondino Viera, dos profissionais), viajei, de trem, que saia da Leopoldina, pelo interior do Estado do Rio e Espirito Santo. Lembro-me do Orlando Peçanha, do Coronel, do Vavá, que nem pensava em seleção brasileira, do Assed, do Pedro, do Élcio, do Castelo, do Yêdo, do “Fumaça”, e tantos outros, de uma época que, parecia, não ia acabar nunca.
Foi nessa época que eu conheci, em São Januário - num ambiente vencedor, jogadores famosos, com os quais convivi, durante dois anos. Uma verdadeira família. Também nessa época, meu pai, que era “crupier” no Cassino da Urca, ficou desempregado. Eu era do ginásio Instituto Cylleno, na Rua São Januário, e o Vasco, acreditando no meu potencial, pagou meus estudos até os 15 anos, quando terminei o ginásio, deixando o clube e me aventurando no jornalismo, onde passei o resto da minha existência.
Vasco, Campeão dos Campeões
Era uma equipe maravilhosa, a começar pelo “grande” Moacir Barbosa, que jogava “sinuca” comigo , na concentração, o Augusto, que era da antiga Polícia Especial, o Haroldo, o Eli, que era irmão do goleiro Osni, do América, o Danilo, e o Jorge; no ataque, Sabará, Maneca, Ademir, Jair e Chico
ou o Djair, um “baixinho”, meu vizinho, que veio do São Cristóvão e brilhou no ataque cruzmaltino.
Após a Copa de 50, a seleção do Brasil, quase toda formada pela equipe do Vasco, inclusive pelo técnico, Flávio Costa, que era um técnico “caxias”, caiu em profunda depressão e era comum vermos jogadores, encostados no alambrado, conversando com torcedores, tentando explicar os motivos da derrota. O caso mais triste foi o do goleiro Barbosa, que sofreu até a morte cobranças pelo 2x1 para o Uruguai..
Ademir, “o Queixada”, que era pernambucano, morava numa casa imensa, na rua Coronel Cabrita, próxima ao estádio, e o pai dele, “seu Meneses” , era pai e advogado na hora das reformas de contrato do jogador.
Passados alguns anos, eu já tinha deixado o Vasco, encontrei com o Maneca, no Largo da Cancela, em São Cristóvão. Ele estava com uma pasta e me disse que era vendedor. Algum tempo depois, soube que ele se suicidara..
Todos os anos, no imenso “Campeonato Brasileiro”, a imensa torcida do Vasco tem a esperança de que apareça uma equipe vencedora, como aquela dos anos 50, apesar da derrota para o Uruguai, para disputar a liderança e não amargar a lanterna como vem acontecendo ultimamente.
“Casaca, Casaca, Casaca, a Turma é Boa, é Mesmo da Fuzarca, Vasco, Vasco, Vasco!!!
“Casaca, Casaca, Casaca, Casa, Casa, Casa, Casaca, Casaca, Casaca, a Turma é Boa, é Mesmo da Fuzarca, Vasco, Vasco, Vasco!!!
Nos anos 50, eu, com 13 anos, morava na Praça Argentina, em São Cristóvão, próxima ao campo do Vasco, em São Januário. Era apaixonado por futebol e, meu pai, que torcia pelo América, tentava de todas as maneiras que eu seguisse essa tendência, já que, naquela época, o América era da “elite” do futebol carioca. O primeiro jogo de futebol que assisti foi no outrora distante campo do Bonsucesso, na Avenida Teixeira de Castro, entre América x Bonsucesso. Fomos de trem e meu pai me levou na esperança de eu fosse mais um torcedor dos chamados “Diabos Rubros”. O jogo terminou com 6 a 0 para o América. Nunca esqueci aquele time do América: Vicente, Domício e Grita; Oscar, Dino e Amaro: China, Maneco, Cesar, Lima e Jorginho. Foi um autêntico passeio dos "Rubros". Assisti o jogo numa cadeira, encostada no “alambrado”, onde eu podia ouvir o barulho dos chutes, bem ao meu lado. Tudo muito tranqüilo e sem nenhum incidente.
Infantis, Infanto-Juvenis e Juvenis
Ainda com 13 anos fui tentar a sorte como jogador nas divisões de base do Vasco, dessa vez incentivado por meu tio Antenor, que, quando jovem, tinha sido jogador, também, do América. Joguei nos Infantis e no Infanto-juvenil. O técnico era o Eduardo Pellegrini, que me encaminhou para os Juvenis. A maioria dos jovens recrutados pelo Vasco, naquela época, vinha do interior do Estado do Rio e do Espirito Santo. O Vasco tinha os chamados “olheiros”, que garantiam, além de moradia e alimentação, o pagamento de estudo em colégios das redondezas. O Vasco sempre foi muito correto com seus jogadores. Jogando no Juvenil, cujo técnico era o Otto Vieira (não confundir com o Ondino Viera, dos profissionais), viajei, de trem, que saia da Leopoldina, pelo interior do Estado do Rio e Espirito Santo. Lembro-me do Orlando Peçanha, do Coronel, do Vavá, que nem pensava em seleção brasileira, do Assed, do Pedro, do Élcio, do Castelo, do Yêdo, do “Fumaça”, e tantos outros, de uma época que, parecia, não ia acabar nunca.
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O ataque do Vasco em 1951: Tesourinha, Ipojucan, Friaça, Maneca e Djair. Reprodução/Acervo Nelio Horta |
Vasco, Campeão dos Campeões
Era uma equipe maravilhosa, a começar pelo “grande” Moacir Barbosa, que jogava “sinuca” comigo , na concentração, o Augusto, que era da antiga Polícia Especial, o Haroldo, o Eli, que era irmão do goleiro Osni, do América, o Danilo, e o Jorge; no ataque, Sabará, Maneca, Ademir, Jair e Chico
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No combinado Vasco e Santos, anos 50, o vascaíno Pelé. Reprodução/Acervo Nelio Horta |
Após a Copa de 50, a seleção do Brasil, quase toda formada pela equipe do Vasco, inclusive pelo técnico, Flávio Costa, que era um técnico “caxias”, caiu em profunda depressão e era comum vermos jogadores, encostados no alambrado, conversando com torcedores, tentando explicar os motivos da derrota. O caso mais triste foi o do goleiro Barbosa, que sofreu até a morte cobranças pelo 2x1 para o Uruguai..
Ademir, “o Queixada”, que era pernambucano, morava numa casa imensa, na rua Coronel Cabrita, próxima ao estádio, e o pai dele, “seu Meneses” , era pai e advogado na hora das reformas de contrato do jogador.
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Jorginho (América) e Djair, em 1951. Reprodução |
Todos os anos, no imenso “Campeonato Brasileiro”, a imensa torcida do Vasco tem a esperança de que apareça uma equipe vencedora, como aquela dos anos 50, apesar da derrota para o Uruguai, para disputar a liderança e não amargar a lanterna como vem acontecendo ultimamente.
“Casaca, Casaca, Casaca, a Turma é Boa, é Mesmo da Fuzarca, Vasco, Vasco, Vasco!!!
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Estados Unidos espionam aliados europeus. Pra que? A Europa já é tão obediente...
Jornais repercutem hoje em todo o mundo a revelação de que os Estados Unidos espionavam (e provavelmente continuam espionando) os principais líderes europeus. Embora criminosa, parece desnecessária a tal espionagem. Nos últimos anos, a Europa não demostra ter uma uma autonomia diplomática que merece esse nome. Tem se subordinado às decisões do Departamento de Estado. Em todas as questões vitais internacionais que exigem um posicionamento da Europa, Washington determina e os tais líderes europeus abaixam a cabeça, levantam o rabo, e cumprem as medidas. Nem a América do Sul, conhecida como o "quintal" dos Estados Unidos, anda tão subserviente. Daí, ser incompreensível a necessidade de montar um aparato para saber o que pensam os principais líderes europeus. São tão submissos que não têm nem direito de mostrar indignação. Os fatos demonstram que eles não pensam, Washington pensa por eles. Espionar, pra que? Só se for pra descobrir quantos tipos de queijo a França tem.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Meninas poderosas (e patrocinadas) conseguem um "senhor que as ajuda". Virou moda em Londres e Nova York e há até curso para preparar as candidatas a "sugar babbies". É a versão moderna do "coronel"
por Omelete
Virou moda na Inglaterra: universitárias procuram homens mais velhos, com estabilidade financeira, capazes de custear seus estudos ou complementar salário em torca de relações descomplicadas limitadas a bate-papo, eventuais saídas para ver concertos ou exposições de arte e momentos para o bom e velho sexo. Na prática é a reedição do típico "coronel" tão comum no Brasil agrário e, agora, turbinada por redes sociais. Em Londres, os "coronéis" dessa nova onda do século 21, atendem pelo nome de "sugar daddies", algo como um "papaizinho de açúcar" protetor e provedor. As meninas que aderem ao esquema são conhecidas como "sugar babbies".
Aquelas que dão sorte de encontrar um "daddy" mais abonado recebem até cerca 4 mil reais por uma noite. Já dá para pagar as contas. As adeptas não negam que praticam um tipo de prostituição mas rejeitam o estigma que tal palavra - que rotula uma profissão como outra qualquer - carrega. Algumas mães sabem da opção feita pela filha e não se incomodam. Uma delas aceitou falar a um TV britânica e admitiu que a filha é bonita e tem atrativos sexuais, está feliz e não vê problema em lançar mão de um recurso capitalista, como uma commodity, uma simples oferta para um patrocinador. Uma "sugar baby" revelou que já saiu com 13 "sugar daddies" mas que transou com apenas três. Os outros queriam apenas companhia. E ela acrescenta que alguns encontros resultaram até em boas amizades. Outras até esperam transformar um desses encontro em um bom casamento. Segundo o Mirror, há o caso de uma "sugar daddy" que ganhou um carro Bentley e uma casa. Obviamente, um exceção, embora os rendimentos médios sejam altos. Não há ocorrências de agressões, pelo menos, não que cheguem a público. Mas uma "sugar baby" justifica com o argumento de que elas só procuram senhores ricos, altos executivos, até políticos e nenhum deles quer se meter em um escândalo causado por maus tratos ou brigas.
Mas não só Londres entrou na onda dos novos "coronéis". Em Nova York, segundo matéria no New York Post, há até cursos para preparar as interessadas em entrar me um mercado promissor. Uma das lições do curso ministrado por um "sugar baby" experiente ensina o jeitinho delicado e sedutor para tirar o máximo do "patrocinador".
"Mostre-lhe roupas que você quer, sapatos, contas, um carro, pro exemplo, diga-lhe que seu sonho é ter um Audi ou uma Mercedes, valorize-se", diz a PHD em "sugar daddies". Um "papai" endinheirado garante que se sente feliz ao proporcionar viagens a Paris ou Bahamas para suas "babies". "É uma boas forma de gastar dinheiro", diz, admitindo que gasta até 5 mil dólares por mês com "patrocínios".
Virou moda na Inglaterra: universitárias procuram homens mais velhos, com estabilidade financeira, capazes de custear seus estudos ou complementar salário em torca de relações descomplicadas limitadas a bate-papo, eventuais saídas para ver concertos ou exposições de arte e momentos para o bom e velho sexo. Na prática é a reedição do típico "coronel" tão comum no Brasil agrário e, agora, turbinada por redes sociais. Em Londres, os "coronéis" dessa nova onda do século 21, atendem pelo nome de "sugar daddies", algo como um "papaizinho de açúcar" protetor e provedor. As meninas que aderem ao esquema são conhecidas como "sugar babbies".
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Em Nova York, curso para "sugar babbies". Foto reproduzida do New York Post |
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A camiseta é a mensagem. Foto reproduzida do New York Post |
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Universitária londrina trocou namorado por uma agenda de "sugar daddies". Foto reproduzida do Mirror |
Itaipu faz o vôo inaugural do primeiro avião elétrico tripulado da América Latina
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Foto Rubens Fraulini/Itaipu Binacional |
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O programa tem apoio da Finep, vinculada do Ministério da Ciência e Tecnologia. |
O avião foi desenvolvido dentro do Programa Veículo Elétrico (VE) de Itaipu, em parceria com a ACS e a Finep, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fabricado com estrutura de fibra de carbono, o modelo tem autonomia de uma hora e meia de voo, com velocidade de cruzeiro de 190 km/h e máxima de 340 km/h. O avião está equipado com dois propulsores Enrax, de 35 kW cada um, e seis packs de baterias de lítio íon polímero, totalizando 400 volts. O interesse do Programa VE no projeto é aprofundar os estudos sobre materiais compostos usados no setor aeronáutico, considerados fundamentais para a redução do peso dos veículos elétricos. Quanto menor o peso, maior a autonomia.
Fonte:Assessoria de Imprensa/Itaipu
Deu no Portal Imprensa: jornalista é denunciada por plagiar 65 reportagens e promete processar acusadores...
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ATUALIZAÇÃO EM 24/6/2015 - SEGUNDO O PORTAL IMPRENSA A JORNALISTA JOICE HASSELMANN ALEGA QUE "AUXILIAR" NÃO CREDITOU OS TEXTOS
Grupo Globo é o patrocinador de mídia da Rio 2016. A TV Globo e a Globosat já detém os direitos de transmissão. Como patrocinadores oficiais, ao lado do Bradesco, Claro, Correios e Nissan, jornais, revistas, sites e TVs do grupo montam um mega projeto de cobertura
O Grupo Globo é o novo patrocinador de mídia dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Segundo acordo já assinado, Globo, Globosat, Infoglobo e Sistema Globo de Rádio estarão integrados em projetos e produtos jornalísticos especiais para levar a cobertura dos Jogos a todo o país. Segundo Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do Comitê Rio 2016, a escolha do Grupo Globo se justifica "pela relevância, pela abrangência e pela capilaridade do grupo, o que traz uma grande visibilidade à realização dos Jogos Olímpicos em todas as plataformas". Entre outras iniciativas, além da transmissão dos eventos de todas as modalidades, estão previstos cadernos e revistas especiais, conteúdo destacado em todos os veículos do grupo, cobertura em sites, aplicativos com informações e serviços, e-books, 16 canais em HD na TV paga, 56 canais ao vivo na web e programas de rádio. Parte do projeto olímpico do Grupo Globo começará no dia 5 de agosto, a um ano da abertura da Rio 2016. Durante os Jogos, uma das atrações será a Central Olímpica, montada no Parque Olímpico, e que reunirá comentaristas, atletas e convidados. O Rio já começa a viver o clima olímpico.
Rio 2016: o que será do Parque Olímpico após a Olimpíada? O Rio terá legado ou será lesado?
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Foto Renato Sette Câmara/Prefeitura do Rio de Janeiro |
Rio 2016: os mascotes Tom e Vinícius ganham série animada para a TV
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Ilustração Rio 2016 |
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Ilustração Rio 2016 |
COB LANÇA GINGA, O MASCOTE DO TIME BRASIL E DA TORCIDA RIO 2016
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Ilustração Rio 2016 |
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Laura Antonelli: o fim de uma musa que encantou o cinema
por Flávio Sépia
Ela foi um ícone dos anos 70. Um infarto matou, aos 74 anos, a Laura Antonelli, hoje de manhã, em Ladispoli, perto de Roma. Seus últimos anos foram de pobreza e crises de depressão. O filme que a lançou para o estrelato foi Malícia ( Malizia), em 1973, onde interpretou uma empregada doméstica que é assediada por um adolescente de 14 anos vivido por Turi Ferro. O filme, uma das maiores bilheterias do cinema italiano, sofreu pressões e ameaças de censura por parte de autoridades ligadas ao Vaticano. Laura Antonelli foi reconhecida depois como atriz talentosa, característica que a sua beleza, muito explorada em dezenas de comédias eróticas, escondeu nos primeiros filmes. Trabalhou, em seguida, com grandes diretores como Ettore Scola, Claude Chabrol, Luchino Visconti, entre outros. Em 1991, foi presa quando a polícia encontrou cocaína na sua casa de campo, recorreu em liberdade mas só dez anos depois a justiça a reconheceu como dependente e não traficante. Depois de uma cirurgia plástica que desfigurou seu rosto, passou a raramente sair de casa e, desde 2009, estava sob a proteção de serviços públicos sociais. Foi o fim melancólico de uma musa que gerou milhões de dólares para a industria cinematográfica italiana.
VEJA A CENA DE MALIZIA QUE IRRITOU VATICANO, CLIQUE AQUI
domingo, 21 de junho de 2015
Cartaz de Verão incomoda 60 pessoas e Conar decide proibir a peça publicitária.
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As roupas justas da modelo e a frase do cartaz exposto em bares tiraram 60 consumidores do sério. Eles conseguiram que o poster fosse censurado. |
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Eu, hein? Cartaz de ponto de venda da campanha da Itaipava é proibido. Alguns consumidores... |
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...se sentiram fortemente perturbados pela Verão do pôster. |
Este blog apurou que alguns donos de botequim garantem que nem uma tropa de elite vai obrigá-los a tirar Verão da parede. Um deles afirmou que isso parece coisa das "Irmãs Cajazeiras", as carolas da célebre novela "O Bem-Amado que defendia a moral e os bons costumes de Sucupira. Os botecos unidos jamais serão vencidos.
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