O Caso Carlinhos - o desaparecimento, no Rio, de um menino em um famoso sequestro jamais esclarecido pela polícia -, mobilizou jornais e revistas nos anos 1970. E virou um mistério o destino do tal menino, acrescido do fato de que a polícia, ainda anos depois, levantava a hipótese de que ele estivesse vivo, já adulto. Volta e meia aparecia na mídia alguém que dizia ser o Carlinhos. Geralmente, logo se comprovava a farsa e o "novo Carlinhos" voltava ao anonimato.
Só que, certa vez, apareceu na Manchete um sujeito que afirmava ser o próprio.
A mídia levantava a possibilidade de Carlinhos estar vivo, como apostava a chamada de capa na edição da Manchete |
O quase aval da mãe levou a revista a investir um pouco mais no assunto. A Bloch hospedou o suposto "Carlinhos" no hotel Novo Mundo para garantir a exclusividade da história.
Durante uma semana, até que ficasse provado que o cara era mais um engano, o "Carlinhos" da vez circulou pelos corredores da Manchete, andou paquerando umas moças, comeu bem, bebeu melhor ainda, foi recebido na sala do Adolpho e, não demorou muito, já estava íntimo e até dando uns palpites nas revistas.
Desmascarado pouco depois, foi proibido de entrar no prédio. "Esse 'Carlinhos' não entra mais aqui, foi a ordem que a recepção recebeu.
Depois do vexame, talvez até o próprio e autêntico Carlinhos, se um dia aparecesse por lá, seria defenestrado.
3 comentários:
Acho que nessa época já existia o exame de DNA que comprovaria sem dúvida a verdade sobre a identidade destre "novo "Carlinhos". A mãe dele ainda estava viva e seria fácil esse exame de DNA. Fica a pergunta: foi feito o exame! Onde se lê exclamação, leia se interrogação.
Um informação complementar: a polícia fez um exame de DNA pouco depois de o "Carlinhos" aparecer na imprensa e comprovou que não era o menino sequestrado em 1973.
Esse desaparecimento do menino Carlinhos se transformou assim como o caso de Dana de Teffé os maiores mistérios policiais deste país. A polícia jamais chegou perto de descobrir ou chegar a alguma pista reveladora que levasse ao desvendamento desses dois casos. O caso do tenente Bandeira nunca relamente ficou provada a sua culpa no assassinato do Afrânio encontrado assassinado dentro de um carro na Ladeira do Sacopã. Bandeira foi condenado, cumpriu pena até a sua liberdade condicional e morreu tentando provar a sua inocência.
Esse caso do assassinato do ciclista na Lagoa Rodrigo de Freitas vai ser mais um caso que a polícia não vai descobrir o verdadeiro assassino do médico.
A Delgada do caso já tinha dado como encerrado o caso quando apareceu mais um que se diz ter assassinado o médico. A nossa polícia continua a mesma de 50 anos atrás.
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