sexta-feira, 19 de junho de 2015

A estranha teoria dos jogos que não valem nada...

por Flávio Sépia
Não acompanho tanto assim futebol e tenho mais perguntas do que respostas em relação a alguns temas. Por exemplo: as seleções europeias chegam à Copa do Mundo com treinamento e em condições de competir bem superiores ao Brasil. No momentos, elas disputam as Eliminatórias da Eurocopa, que são duríssimas e acontecerão na França, e 2016. As Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, também são uma pedreira. Já a seleção brasileira, que tem que obedecer às chamadas datas Fifa para poder convocar jogadores que atuam no exterior, gasta a maior parte do tempo em amistosos, muitos irrelevantes e marcados por questão de marketing dos patrocinadores. Por isso, estranho quando um colunista escreve que a Copa América não vale nada e a Copa das Confederações, muito menos. São simplesmente as raras situações em que o Brasil pode testar suas reais forças, já que as Eliminatórias para a Copa do Mundo não podem ser consideradas testes. São vai ou racha. Não há como negar que a atual, no Chile, é a Copa América mais equilibrada dos últimos anos. Está longe de "valer nada": vale muito como uma etapa da preparação e está mostrando os defeitos do Brasil, o que é melhor do que mostrar qualidades a achar que está tudo bem. Às vezes penso que alguns cronistas precisam de mais "motivação", para usar um jargão dos treinadores. Alguns, por exemplo, querem acabar com o Campeonato Carioca. Ok, precisa ser reformulado, mas acabar? Pra botar o que no lugar? Fechar os estádios? O que sugerem? Há quem ache dispensáveis a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Vai sobrar o que? Vamos concordar que acabar com as competições que "não valem nada" é uma avaliação superficial e até meio preguiçosa. Lembra até uma característica daqueles jogadores que não são muito esforçados e a própria imprensa esportivas chama de "turma do chinelinho".

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