por Omelete
* Um americano, Julien Blanc, é figurinha fácil na mídia por esses dias. É o cara que defende um método violento para conquistar mulheres. Puxões de cabelos, esganar e abordar de qualquer forma estão entre as dicas do rapaz, que se intitula "artista da pegação". Ele viria ao Brasil em janeiro para uma série de palestras. Só que um abaixo assinado com 300 mil assinaturas pede ao Ministério do Exterior que negue o visto ao "professor". Virou polêmica. Melhor deixar o cara vir e se ele e os promotores das palestras - uma delas seria em Florianópolis - fizerem apologia ao crime (o Brasil tem leis específicas, como a Maria da Penha), enjaulem os meliantes. Simples e sem censura. Agora, duas perguntas: Julien Blanc tinha mesmo contrato assinado para vir ao Brasil? Se de fato vem, quem o contratou, quem pagará hotel, passagens, cachê etc? Parece incrível mas nenhuma matéria publicada até agora teve a curiosidade de apurar e desvendar esses meros detalhezinhos. Até Guttenberg correria atrás disso.
* Segundo a PF, a relação de políticos e empresários em esquemas suspeitos na Petrobras remota a 15 anos. Só isso?
* Empreiteiras do Lava Jato doaram quase 200 milhões para campanhas políticas, e o número deve subir já que nem tudo foi apurado. Graninha sem carimbo, no bolo das suspeitas de superfaturamento. E foi doação sem preconceito partidário.
* Papo de bar: agora que a PF botou as mãos em peixões, que tal ampliar a pauta dessa relação simbiótica entre o que é público e o que é privado no Brasil? Há coisas que são tão transparentes quanto as águas do Tietê. Exemplo? Quais são as grandes empresas penduradas no BNDES, aqueles que receberam dinheiro, gastaram, devem, não negam e não pagam? Que tal jogar na internet para consulta do cidadão? Um pouco de luz ajudaria ao Banco do Brasil, por exemplo, a explicar melhor o estranho empréstimo a uma socialite que se dizia rica mas que também estava pendurada na viúva. E a listinha do Refis, da Receita Federal, aquela colher de chá da lei em que os caloteiros têm até 180 meses para pagar. Não se sabe se alguém já quitou o papagaio porque existe também o Refis do Refis. E a Lei Rouanet? Quem tal investigar empresas pequenas e grandes - e há tubarões - que não prestaram contas ou tiveram suas contas recusadas e já estão no milésimo recurso para não pagar? E os contratos com Fundações de grandes grupos que implicam em transferências milionárias de recursos públicos em troca de supostas "boas causas' nas áreas de educação, saúde, treinamento profissional etc. Alguém fiscaliza? E os financiamentos a ruralistas, que tal publicar um balanço de que rola a dívida há anos? E as empresas que entram em "recuperação judicial"? Dívidas são congeladas, papagaios renegociados, o sujeito devedor segue a vida adiante usando outras "pessoas jurídicas" e a pessoa acionista ou a pessoa trabalhador dança. E as contas das milhares de ONGs e organizações sociais que fazem os tais "convênios" com ministérios, estados e prefeituras? Muitas pertencem a políticos, igrejas, sem falar naquelas que subitamente se candidatam a administrar hospitais públicos (nenhum país deve ter tantos "especialistas" nessa áreas, outras dão cursos até de cuspe à distância. O Brasil já devia ter toneladas de medalhas de ouro tantas são as ONGs esportivas que formam os "atletas do futuro'. O Brasil já avançou em transparência, muitos órgãos públicos são obrigados a publicar suas movimentações na internet. Mais ainda há instituições que usando a justificativa de sigilo contratual fecham seus "segredinhos". Instituições privadas que usam dinheiro público também deveriam abrir suas caixas pretas. Não é mole. Combater a corrupção no Brasil é o 13º trabalho de Hércules.
* Marta Suplicy passou pelo Ministério da Cultura quase em branco. Sua carta de despedida repercutiu mais do que tudo o que fez ou não fez em Brasília. Será? Talvez não. A grana que liberou para um costureiro amigo fazer um desfile em Paris, sob o argumento de que ia promover às alturas a moda brasileira, também rendeu notícia. O que não virou notícia foi o suposto benefício para o Brasil do tal desfile em Paris.
* Eduardo Cunha, o deputado que frequentava as páginas dos jornais ligado a questões polêmicas e suspeitas de favorecimento, hoje ganha matéria, digamos, de exaltação em importante veículo. As polêmicas são passado. Ganha elogios agora pela sua "capacidade de trabalho".
* Publicidade nesses tempos de internet tem mistérios que nem os especialistas explicam. Às vezes, uma piada faz sucesso. Vejam o caso de Joel Santana que com o seu "inglês", que era motivo de gozação na rede, emplacou várias e milionárias campanhas e riu por último. Já Roberto Carlos se deu mal. Virou piada com o seu patético comercial do Friboi. A empresa rompeu um contrato que era válido até 2016. Alega, segundo o Estadão, que o cantor tem imagem "não confiável" do ponto de vista publicitário já que, diz a empresa, os consumidores não acreditaram que ele, que é ou foi vegetariano, comesse carne. A matéria do Estadão revela ainda que Roberto tinha dois contratos com a Friboi, no valor de 45 milhões de reais. Um previa pagamento no Brasil, outro lá fora. As partes teriam chagado a um acordo.É Friboi, bicho?
* Um americano, Julien Blanc, é figurinha fácil na mídia por esses dias. É o cara que defende um método violento para conquistar mulheres. Puxões de cabelos, esganar e abordar de qualquer forma estão entre as dicas do rapaz, que se intitula "artista da pegação". Ele viria ao Brasil em janeiro para uma série de palestras. Só que um abaixo assinado com 300 mil assinaturas pede ao Ministério do Exterior que negue o visto ao "professor". Virou polêmica. Melhor deixar o cara vir e se ele e os promotores das palestras - uma delas seria em Florianópolis - fizerem apologia ao crime (o Brasil tem leis específicas, como a Maria da Penha), enjaulem os meliantes. Simples e sem censura. Agora, duas perguntas: Julien Blanc tinha mesmo contrato assinado para vir ao Brasil? Se de fato vem, quem o contratou, quem pagará hotel, passagens, cachê etc? Parece incrível mas nenhuma matéria publicada até agora teve a curiosidade de apurar e desvendar esses meros detalhezinhos. Até Guttenberg correria atrás disso.
* Segundo a PF, a relação de políticos e empresários em esquemas suspeitos na Petrobras remota a 15 anos. Só isso?
* Empreiteiras do Lava Jato doaram quase 200 milhões para campanhas políticas, e o número deve subir já que nem tudo foi apurado. Graninha sem carimbo, no bolo das suspeitas de superfaturamento. E foi doação sem preconceito partidário.
* Papo de bar: agora que a PF botou as mãos em peixões, que tal ampliar a pauta dessa relação simbiótica entre o que é público e o que é privado no Brasil? Há coisas que são tão transparentes quanto as águas do Tietê. Exemplo? Quais são as grandes empresas penduradas no BNDES, aqueles que receberam dinheiro, gastaram, devem, não negam e não pagam? Que tal jogar na internet para consulta do cidadão? Um pouco de luz ajudaria ao Banco do Brasil, por exemplo, a explicar melhor o estranho empréstimo a uma socialite que se dizia rica mas que também estava pendurada na viúva. E a listinha do Refis, da Receita Federal, aquela colher de chá da lei em que os caloteiros têm até 180 meses para pagar. Não se sabe se alguém já quitou o papagaio porque existe também o Refis do Refis. E a Lei Rouanet? Quem tal investigar empresas pequenas e grandes - e há tubarões - que não prestaram contas ou tiveram suas contas recusadas e já estão no milésimo recurso para não pagar? E os contratos com Fundações de grandes grupos que implicam em transferências milionárias de recursos públicos em troca de supostas "boas causas' nas áreas de educação, saúde, treinamento profissional etc. Alguém fiscaliza? E os financiamentos a ruralistas, que tal publicar um balanço de que rola a dívida há anos? E as empresas que entram em "recuperação judicial"? Dívidas são congeladas, papagaios renegociados, o sujeito devedor segue a vida adiante usando outras "pessoas jurídicas" e a pessoa acionista ou a pessoa trabalhador dança. E as contas das milhares de ONGs e organizações sociais que fazem os tais "convênios" com ministérios, estados e prefeituras? Muitas pertencem a políticos, igrejas, sem falar naquelas que subitamente se candidatam a administrar hospitais públicos (nenhum país deve ter tantos "especialistas" nessa áreas, outras dão cursos até de cuspe à distância. O Brasil já devia ter toneladas de medalhas de ouro tantas são as ONGs esportivas que formam os "atletas do futuro'. O Brasil já avançou em transparência, muitos órgãos públicos são obrigados a publicar suas movimentações na internet. Mais ainda há instituições que usando a justificativa de sigilo contratual fecham seus "segredinhos". Instituições privadas que usam dinheiro público também deveriam abrir suas caixas pretas. Não é mole. Combater a corrupção no Brasil é o 13º trabalho de Hércules.
* Marta Suplicy passou pelo Ministério da Cultura quase em branco. Sua carta de despedida repercutiu mais do que tudo o que fez ou não fez em Brasília. Será? Talvez não. A grana que liberou para um costureiro amigo fazer um desfile em Paris, sob o argumento de que ia promover às alturas a moda brasileira, também rendeu notícia. O que não virou notícia foi o suposto benefício para o Brasil do tal desfile em Paris.
* Eduardo Cunha, o deputado que frequentava as páginas dos jornais ligado a questões polêmicas e suspeitas de favorecimento, hoje ganha matéria, digamos, de exaltação em importante veículo. As polêmicas são passado. Ganha elogios agora pela sua "capacidade de trabalho".
* Publicidade nesses tempos de internet tem mistérios que nem os especialistas explicam. Às vezes, uma piada faz sucesso. Vejam o caso de Joel Santana que com o seu "inglês", que era motivo de gozação na rede, emplacou várias e milionárias campanhas e riu por último. Já Roberto Carlos se deu mal. Virou piada com o seu patético comercial do Friboi. A empresa rompeu um contrato que era válido até 2016. Alega, segundo o Estadão, que o cantor tem imagem "não confiável" do ponto de vista publicitário já que, diz a empresa, os consumidores não acreditaram que ele, que é ou foi vegetariano, comesse carne. A matéria do Estadão revela ainda que Roberto tinha dois contratos com a Friboi, no valor de 45 milhões de reais. Um previa pagamento no Brasil, outro lá fora. As partes teriam chagado a um acordo.É Friboi, bicho?
5 comentários:
a corrupção não era combatida no Brasil. Essa é a boa notícia. A má notícia é que por motivos políticos um caso, o da Petrobras, esconde outros como do Metrô de São Paulo, Caso Cachoeira, mensalão do PSDb de Minas, mensalao do DEM etc ,o bom é que atacassem todos, os brasileiros honestos esperam isso das autoridades
O problema é que Guttemberg é bem mais competente do que a geração atual de jornalistas. Infelizmente essa nova safra parece que tá pior que a nova safra de futebol brasileiro.
Mas as autoridades sabem onde e até onde podem meter a mão. Até agora, as grandes cabeças da corrupção na Petrobras continua em segredo. Por enquanto só diretores de estatais e de empresas é que estão envolvidos. Será que eles vão abrir o bico? E dar os nomes verdadeiros dessa corrupção desenfreada que avassalou este pobre país.?
É claro que a corrupção não começou no atual governo. Ela vem de muito longe. Do Brasil colônia aos dias atuais, só que neste governo a corrupção vem atingindo cifras fantástica em milhões de dólares que faz o mensalão virar brinquedo de criança,
. Os jornais falam em 100 milhões, às vezes em reais e outras em dólares.Como se pode acreditar que uma empresa deposita em uma conta de um diretor de uma estatal, em um Banco Suiço, 23 milhões de dólares? Isso, com corrupção endêmica jamais foi divulgado. Vamos esperar que as investigações continuem e tudo não venha acabar em pizza como costuma acontecer. E mais nomes de grande importância política e empresarial venha a aparecer.
Esse Julien Blanc quer é parecer na mídia mundial assim com o Tom Zé que agora se deixa fotografar nu e vive dizendo bobagens a torto e a direita. e a mídia cai na esparrela, por falta de novidades, porque o Tom Zé não tem nada pra dizer.
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