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Reprodução Facebook |
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Jaque Jatai causou "turbulência" a bordo. Foto Divulgação
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por Omelete
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comissária de bordo Jaque Jatai, 27, conta que foi demitida da TAM porque a chefia achou seu uniforme apertado demais. Jaque, que move um processo trabalhista contra a empresa, alega que estava vestida igualzinho às demais aeromoças, só que o seu quadril tem 103cm de envergadura de asa a asa. Impedida de decolar, a Jaque Airways vai provocar turbulência em terra mesmo; ela aterrissou com sua aerodinâmica na capa da edição da Sexy de outubro. Jaque está, digamos, no tôpo da cadeia alimentar de uma espécime que surgiu nos anos 30. Um enfermeira que queria voar mas não sabia pilotar convenceu uma companhia aérea a incluí-la na tripulação para atender aos passageiros mais nervosos e a eventuais emergências. A idéia pegou. Outras companhias viram na "enfermeira de vôo" uma maneira de popularizar o transporte aéreo e vencer a resistência dos mais medrosos: ter no ar uma mulher, considerada mais frágil, daria segurança aos usuários. A pioneira foi Ellen Church que teve o mérito de criar a profissão mas certamente não influiu nas fantasias masculinas que passaram a rondar, depois, as moças de bordo. Com o fim da Segunda Guerra e a intensificação dos vôos transoceânicos, que então atendiam uma elite, as companhias trocaram as "enfermeiras" por jovens elegantes, geralmente com cursos superior, sedutoras, sorridentes e atenciosas. Foram essas meninas, nos anos 50, que deram asas às fantasias e inspiraram Hollywood. Hoje, em tempo do politicamente correto, o rótulo incomoda sindicatos. Respeito é bom e elas gostam.
As viagens de avião também perderam parte do charme dos anos dourados. Em geral, o mau humor substituiu a gentileza. Barra de cereal e amendoim mofado entraram no lugar dos menus requintados e até o espaço entre as poltronas da classe econômica virou fantasia.
As comissárias estão a bordo ainda. Você pode até desviar o olhar do filme que está na tela e arriscar uma olhada discreta, sem contato visual, sem encarar com insistência. Mas do que isso, é assédio. Um crime que pode lhe custar um processo e a viagem.
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Ela inventou a profissão de aeromoça, mas não o mito das musas voadoras. Reprodução |
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Nos anos dourados, charme e elegância. Foto Reprodução Internet |
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Antes da Segunda Guerra, elas já enfeitavam as tripulações, embora o figurino não ajudasse. Foto Reprodução Internet. |
Hollywood, com várias comédias românticas dos anos 50/60, ajudou a construir a fantasia.
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Dois filmes relativamente recentes ainda investiram no mito. Um sobre a lendária Panam e outro, "Voando Alto", dirigido pelo brasileiro Bruno Barreto, |
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...com a loura Gwyneth Paltrow. Foto Divulgação |
3 comentários:
nem uma roupa folgada nem macacão de astronauta vai conseguir esconder o jumbo que a aeromoça carrega nas costas
A função profissional dela não combina com ser modelo
As Empresas aéreas– nunca entendi a razão – criou paralelamente às funções das aeromoças o comissário de bordo. São rapazes que ficam andando nos corredores estreitos do avião sem ter nada do que fazer, porque ainda são as aeromoças que continuam empurrando carrinho distribuindo água, guaranás, outras bebidas mais fortes e as famosas barras de cereal e amendoim mofado.
Fica a pergunta no ar: para que servem os comissários de bordo?
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