sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O samba do editor doido...

por Omelete
Um jornal de Araraquara (SP) publicou uma matéria sobre a polêmica da revista íntima em mulheres que visitam os companheiros em presídios. Organizações de direitos humanos acham abusivo o método e autoridades justificam o rigor alegando que devem ser minuciosamente revistadas porque muitas contrabandeia celulares e drogas para os maridos escondidos em cavidades e reentrâncias. Só que alguém não entendeu bem o espírito da coisa e ilustrou a matéria com uma "revista" que mostra "intimidades": a Playboy. Resultado: quem leu só o título ficou com a impressão de que a revista de mulher pelada estava banida da cadeia como castigo aos presos. A mancada faz lembrar um piada antiga de redações. Um crime abalou uma cidade, deu primeira página, mas o editor não conseguiu a tempo uma só foto para ilustrar a reportagem. Pressionado pelo fechamento, não teve dúvidas e estampou na capa um chamativo "Assassinada a Esposa Infiel".  Sob o título, uma foto em quatro colunas do político e militar Juarez Távora. Na legenda, só restou ao pobre redator escrever: "Ministro Juarez Távora, em cuja praça se deu o crime".
No caso do Imparcial, este o nome do jornal que apelou para a Playboy, os editores pediram desculpas e explicaram o vacilo em uma nota entre bom humor e vexame:  "A matéria "Conselho recomenda fim da revista íntima" que saiu junto com uma capa da revista Playboy ganhou as redes sociais pela analogia, ou seja, proibida revista íntima sendo que a referida revista é voltada para o público masculino. Experientes e competentes jornalistas ressaltavam que não sabiam se rolavam de rir ou se rasgavam o diploma, e muitos outros, com o objetivo talvez de dar um up na vida sem graça que levam, compartilharam o post para os coleguinhas que como espelhos deveriam estar ávidos por um erro alheio e muitos sedentos, pois com a estiagem, muitos estão economizando a fonte do respeito e da compreensão. Nós aqui do jornal rimos da confusão promovida pelo montador de página que perguntou ao editor como deveria ilustrar a matéria no que este, tirando o sarro, respondeu: com uma Playboy. E não é que saiu!!! Resultado: se cobrir vira circo e se cercar vira hospício".

Um comentário:

J.A.Barros disse...


realmete é humilhante e vexatório para as mulheres dos presos como são submetidas as revistas íntimas em suas partes do corpo. Parece que querem substituir esse processo pelo exame de Raio - X que dectaria os celulares escondidos em orgãos sexuais e anais. Mas a imaginação homem é infinita. Nos tempos da colonização do Brasil o ouro em muitos lugares era extraido dos aluviões. Os negrtoa escravos é que faziam esse trabalho. No fim do dia quando saiam dos rios eram examinados, nus, para descobrirem se estavam roubando pepitas de ouro escondidos nos anus. Aconteceu que um desses negros depois de muito trabalhar na extração do ouro comprou a sua emancipação e ficou rico. O nome dele era Chico Rei. Ele escondia as pepitas que achava nos leitos do rios na sua imensa cabeleira, local onde os fiscais não examinavam.
De uma maneira ou de outra os presos e suas mulheres vão achar um outro jeito de entrar com celulares nas cadeias.