quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O gol contra de Pelé

por Eli Halfoun
Com a bola nos pés Pelé, o atleta do século (de todos os séculos) e definitivo Rei do futebol (não haverá outro como ele), podia e fazer (e fazia) de tudo encantando o mundo com mais do que o seu futebol, a magia com a bola. Era um desses bailarinos fantásticos para os quais o espaço, em campo ou no palco, não tem limites. Pelé conquistou tudo, mas não deixou morrer os ainda sonhos quase infantis de Edson Arantes do Nascimento. Um desses sonhos é cantar. Até já fez isso ao lado de Elis Regina (não poderia haver parceira melhor) quando gravou em 1980 o compacto Tabelinha. O menino Edson, que também experimentou ser ator (foi um desastre) não desistiu do sonho de soltar a voz: está decidido a transformar esse sonho em realidade – uma realidade que, convenhamos, pode ser um pesadelo para os nossos ouvidos – se bem que tem tanto profissional cantando mal por aí que até e infelizmente nos acostumamos com essa também terrível poluição sonora. Pelé, ou melhor, Edson acaba de compor uma música sobre a cidade de São Paulo. Até passava se fosse apenas isso, mas ele quer mais e ameaça gravar um CD inteirinho no ano que vem. Tudo bem que continue perseguindo o velho sonho de ser cantor, mas corre o sério risco der permitir que o cantor Edson acabe manchando a irretocável imagem do atleta Pelé.

Um comentário:

  1. Eli, a imagem de Pelé jamais será manchada. Os deuses, principamente dos Estádios, permanecerão até os últimos milênios deste planeta condenado pelo homem à sua destruição. Pelé não é ídolo somente no Brasil é ídolo no mundo. Ele pode errar nas suas previsões – até porque nunca acertou, nas que fez – pode fazer uma análise infeliz de um problema qualquer e pode até ser um pésimo cantor – o que realmente é – mas, Zeus o consagrou em terras do monte Olimpo, como o Deus dos Estádios e assim o será para todo o sempre.

    ResponderExcluir