por Eli Halfoun
“Sou favorável à liberação das drogas, desde que seja um pacto internacional. Senão pode o Brasil virar a Walt Disney das drogas” – a declaração é do governador Sergio Cabral em extensa entrevista ao Jornal do Brasil. A liberalização das drogas é um problema complicado que envolve muitas e profundas questões e por isso mesmo é uma discussão que, espera-se, um dia tenha fim, enfim. Certo mesmo é a necessidade de resolver urgentemente o comércio (tráfico) ilegal de drogas que continua levando tantos e tantos jovens para um caminho sem volta: o da morte. A liberalização das drogas foi tentada como solução em outros países supostamente mais preparados do que o nosso e não funcionou, não deu certo como se esperava. Aqui nem se fala: mesmo que esse terrível tipo de negócio seja legalizado, o que em tese acabaria com os traficantes, haverá sempre um comerciante legalmente estabelecido querendo levar, como acontece em quase tudo no comércio, vantagem em cima do consumidor. E, convenhamos, o Brasil não pode virar um parque de diversões de usuários, ou seja, drogados de mundo inteiro. Legalizada ou não a droga não pode virar atração turística e nem o Brasil um paraíso de quem escolhe a morte como caminho de vida.
Não é preciso ser especialista no assunto para saber que a questão (tráfico e consumo) está longe de ter uma solução até porque o problema virou apenas caso de polícia (deveria ser de saúde) e nunca é discutido com profundidade em busca de pelo menos uma solução paliativa. O que chama atenção não só nessa, mas em todas as questões colocadas em pauta é a facilidade de falar mal sem acrescentar nada ao tema e, portanto à discussão. Bastou o governador Sérgio Cabral vir a púbico dizer que é, com restrições, é claro, favorável à liberalização das drogas para receber um rajada de críticas. Os adversários políticos sempre se aproveitam de qualquer brecha para botar o nariz pra fora e o rabo pra dentro. Marcelo Itagiba, que já foi nosso Secretário de Segurança e hoje é deputado com grandes ambições políticas acha que “a defesa pela liberação das drogas só é feita por aqueles que são incompetentes para combatê-las”. Ao que se saiba nosso ex-Secretário de Segurança Pública não conseguiu nada na guerra contra o tráfico. O ex-governador Anthony Garotinho, outro ambicioso político limita-se se a dizer que Cabral é “um deslumbrado”. Já o deputado Fernando Gabeira, um convicto batalhador pela liberalização da maconha, mostra bom senso e diz que “o tema é muito difícil de ser debatido e acha que sem a reforma da polícia não há condições nem de reprimir e nem de liberar, porque não terá controle”. A discussão realmente é polêmica e torna-se mais difícil porque cada vez que se fala no assunto a única coisa que se faz é criticar, muitas vezes sem conhecimento do tema e apenas pelo prazer de criticar – criticar qualquer coisa. Falar mal só por falar também é uma droga.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Um comentário:
Bom dia
Pois eu acho que a solução é liberalizar e legalizar a produção a venda e o consumo,tendo algumas drogas mais controle que outras como por exemplo a e heroina seria prescrita com receita medica a quem efectivamente consome e teria o preço justo,pois com a concorrencia que industria farmaceutica tem uma grama de heroina não custaria mais de 1 euro ja embalada em blister,e assim sendo o consumidor passa saber a quantidade de substancia activa que consome e e não está preocupado com as substancias que utilizão para cortar as drogas, também deixa de contribuir para a criminalidade que está associada a ilegalização das drogas desde os traficantes até ou simpless toxicopendente que é tém de roubar todos os dias ou vender o seu corpo pois provavelmente só nessecitava de roubar uma vez por mês ou a prostituir-se uma vez por mês,e os milhões dec toxicopendentes que tambem são trabalhadores em todos os sectores da sociadade teriam muita mais riquesa e melhores condições de vida para si e para os seus filhos e familia. E se se pensa que isto tem de acontecer a nivel mundial em simultaneo então nunca acontecerá, pois os interesses economicos são muitos sendo o pareder dos governantes favoravel ao negocio ilicito, trafico , crime , pobreza desiguldades mais acentuadas, mais custos de toda a ordem que envolve o jogo do gato e do rato ,as prisões cheias rios de dinheiro que estas decições dos governates proporcionam talvez um dia mude e não se pode estar a espera que seja a nivel mundial as culturas são muitas os povos tambem...
Postar um comentário