quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Direito de resposta: você agora tem um...
Até agora, o Brasil era um dos poucos países do mundo sem uma lei que garantisse o direito de resposta. Quando foi derrubada a Lei de Imprensa dos tempos da ditadura, o Congresso enterrou, junto, o dispositivo que garantia aos cidadãos atingidos por ofensas, injúrias ou inverdades publicadas na mídia um espaço de defesa em curto prazo. Sem isso, restava aos atingidos ir à justiça para obter tal direito. A luta era inglória já que isso significava um prejuízo em função da lentidão e dos inúmeros recursos previstos nos processo, além de um enfrentamento com poderosas bancas de advogados a serviço da grande mídia.
Ontem, Dilma Rousseff sancionou lei que regula o direito de resposta ou retificação de pessoas ofendidas nos meios de comunicação. A presidente vetou artigo que afirmava que o ofendido poderia requerer o direito de resposta ou retificação pessoalmente nos veículos de rádio e televisão.
A lei foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União.
O texto determina o direito de resposta à pessoa (física ou jurídica) ofendida por qualquer reportagem, nota ou notícia “divulgada por veículo de comunicação social, independentemente do meio ou plataforma de distribuição, publicação ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, intimidade, reputação, conceito, nome, marca ou imagem”.
A Lei 13.888, de 11 de novembro de 2015, afirma que a resposta poderá ser divulgada, publicada ou transmitida no mesmo espaço, dia da semana e horário em que ocorreu o agravo e deverá ser exercida no prazo de 60 dias, “contados da data de cada divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva”.
A nova lei provocou polêmica. Os controladores da mídia e entidades patronais contestaram o exercício imediato da retificação e demonstraram preferir que os ofendidos continuassem a depender de custosos e intermináveis processos judiciais. Em suma: foi ofendido? Ok. Procure a justiça. Já a entidades de classe, como ABI e Fenaj, temiam que a lei pudesse ser usada para intimidar jornalistas. Curiosamente, nessa polêmica juntaram-se interesses dos patrões e dos empregados. Nenhum dos dois lados parece pensar no cidadão ofendido. Que o meio de comunicação tenha que publicar a resposta no prazo mais curto possível, é positivo. Não é possível que um legítimo direito de resposta intimide jornalista que apurou bem a matéria e não veicula mentiras. Contra aquele que eventualmente distorce os fatos, o direito de resposta é um instrumento justo e democrático.
O que intimida jornalista, especialmente aqueles que atuam no interior do Brasil, é bala, visto que é alarmante o número de profissionais assassinados por se posicionarem contra poderosos interesses locais. Contra isso, as entidades de classe precisam reagir fortemente.
Segundo revelou pesquisa recente feita no Paraná e já divulgada neste espaço, jornalistas se sentem mais intimidados pela pressão interna de editores e proprietários ao carimbar, geralmente, o material jornalístico com interesses empresarias, financeiros e políticos.
Não há registro de que a verdade intimide os bons profissionais.
Ontem, Dilma Rousseff sancionou lei que regula o direito de resposta ou retificação de pessoas ofendidas nos meios de comunicação. A presidente vetou artigo que afirmava que o ofendido poderia requerer o direito de resposta ou retificação pessoalmente nos veículos de rádio e televisão.
A lei foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União.
O texto determina o direito de resposta à pessoa (física ou jurídica) ofendida por qualquer reportagem, nota ou notícia “divulgada por veículo de comunicação social, independentemente do meio ou plataforma de distribuição, publicação ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, intimidade, reputação, conceito, nome, marca ou imagem”.
A Lei 13.888, de 11 de novembro de 2015, afirma que a resposta poderá ser divulgada, publicada ou transmitida no mesmo espaço, dia da semana e horário em que ocorreu o agravo e deverá ser exercida no prazo de 60 dias, “contados da data de cada divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva”.
A nova lei provocou polêmica. Os controladores da mídia e entidades patronais contestaram o exercício imediato da retificação e demonstraram preferir que os ofendidos continuassem a depender de custosos e intermináveis processos judiciais. Em suma: foi ofendido? Ok. Procure a justiça. Já a entidades de classe, como ABI e Fenaj, temiam que a lei pudesse ser usada para intimidar jornalistas. Curiosamente, nessa polêmica juntaram-se interesses dos patrões e dos empregados. Nenhum dos dois lados parece pensar no cidadão ofendido. Que o meio de comunicação tenha que publicar a resposta no prazo mais curto possível, é positivo. Não é possível que um legítimo direito de resposta intimide jornalista que apurou bem a matéria e não veicula mentiras. Contra aquele que eventualmente distorce os fatos, o direito de resposta é um instrumento justo e democrático.
O que intimida jornalista, especialmente aqueles que atuam no interior do Brasil, é bala, visto que é alarmante o número de profissionais assassinados por se posicionarem contra poderosos interesses locais. Contra isso, as entidades de classe precisam reagir fortemente.
Segundo revelou pesquisa recente feita no Paraná e já divulgada neste espaço, jornalistas se sentem mais intimidados pela pressão interna de editores e proprietários ao carimbar, geralmente, o material jornalístico com interesses empresarias, financeiros e políticos.
Não há registro de que a verdade intimide os bons profissionais.
Monica Bellucci na capa da GQ ao lado do ator... quem mesmo?
por Omelete
Na onda do "Spectre", novo filme de 007, a GQ inglesa, edição de novembro, vem com Daniel Craig e Monica Ballucci na capa. Aos 51 anos, a Bellucci é a mais bond girl, digamos, mais madura, da longa série de beldades a serviço de James Bond. A GQ, nas suas edições internacionais, sempre exaltou na capa a beleza da musa italiana. Veja, abaixo, capas de outras épocas.
Na onda do "Spectre", novo filme de 007, a GQ inglesa, edição de novembro, vem com Daniel Craig e Monica Ballucci na capa. Aos 51 anos, a Bellucci é a mais bond girl, digamos, mais madura, da longa série de beldades a serviço de James Bond. A GQ, nas suas edições internacionais, sempre exaltou na capa a beleza da musa italiana. Veja, abaixo, capas de outras épocas.
Deu no Portal Imprensa: editor da Placar pede demissão por não concordar com edição da revista que antecipa o título do Corinthians
O jornalista Celso Unzelte se demitiu na manhã desta terça-feira (10/11) do comando da revista Placar, na qual atuava desde agosto deste ano como editor. À IMPRENSA, ele confirmou a informação e a justificou a saída do veículo em razão da diferença entre as visões dele e do Superintendente e Diretor Editorial da Editora Caras, Edgardo Martolio.
"A revista que está sendo feita não é a que eu gostaria de fazer, por isso achei melhor não prosseguir com o projeto. Mas, continuo amigo do Martolio. Temos concepções diferentes, apenas", disse Unzelte.
O jornalista ainda ressaltou que a revista-pôster publicada por Placar na qual o Corinthians seria considerado campeão brasileiro de 2015 teria sido a "gota d’água" para a sua saída. "Não participei da produção desse pôster, ele foi feito à minha revelia. Foi a gota d’água porque sou filosoficamente contra isso. Mas, isso não quer dizer que o pôster tenha sido o único motivo".
"A revista que está sendo feita não é a que eu gostaria de fazer, por isso achei melhor não prosseguir com o projeto. Mas, continuo amigo do Martolio. Temos concepções diferentes, apenas", disse Unzelte.
O jornalista ainda ressaltou que a revista-pôster publicada por Placar na qual o Corinthians seria considerado campeão brasileiro de 2015 teria sido a "gota d’água" para a sua saída. "Não participei da produção desse pôster, ele foi feito à minha revelia. Foi a gota d’água porque sou filosoficamente contra isso. Mas, isso não quer dizer que o pôster tenha sido o único motivo".
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terça-feira, 10 de novembro de 2015
SEMANA DE FILMES RUSSOS NO ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA, NO RIO
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Do site Sputnik Brasil |
Realizada com grande sucesso pela primeira vez no Brasil em 2013, a Semana de Filmes Russos volta ao país para trazer ao público brasileiro o que há de mais recente no cinema russo. Os espectadores terão a oportunidade de assistir a filmes produzidos entre 2014 e 2015, premiados em festivais de cinema russos e internacionais.
Um dos filmes programados, “Número 1”, que foi produzido com o apoio do Ministério da Cultura da Rússia no âmbito das comemorações dos 70 anos do Dia da Vitória, aborda a temática patriótica da União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.
No longa-metragem, quando as forças soviéticas continuam sua ofensiva no leste da Polônia, em agosto de 1944, a divisão do tenente Yegorov tem a missão proteger a ponte através da qual se planeja a travessia do Exército Soviético. Chegando na posição, os soldados descobrem um mosteiro em ruínas, e se deparam com um grupo de órfãos surdos.
A Semana de Filmes Russos, que acontecerá no Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo, no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 17 de novembro, também exibirá produções de curta metragens.
Em breve, a programação completa será divulgada ao público, bem como os horários das sessões.
A Segunda Semana de Filmes Russos é patrocinada pelo Ministério da Cultura da Federação Russa, Fundação “Notícia Boa”, Mir Mídia & Consultoria Internacional, Agência de Notícias e Rádio Sputnik e Espaço Itaú de Cinema.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE SPUTNIK BRASIL. CLIQUE AQUI
Cinco mil pessoas se reúnem em fórum da ONU sobre Internet em João Pessoa
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Foto Ricardo Matsukawa |
Uma coletiva de imprensa será realizada às 16h na sala de conferência de mídia às 16h, com transmissão somente pelo YouTube: www.youtube.com/igf
Cerca de 5 mil pessoas, incluindo funcionários governamentais de alto nível, líderes da sociedade civil e especialistas em políticas da Internet, vão se reunir – presencialmente e online – durante a 10ª Reunião Anual do Fórum de Governança da Internet da ONU (IGF), em João Pessoa (Paraíba), entre os dias 10 a 13 de novembro para discutir o papel central da Internet na implementação bem-sucedida da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Participa do encontro o secretário-geral assistente da ONU para o Desenvolvimento Econômico, Lenni Montiel, que representa o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “A Plataforma IGF tem contribuído para os esforços a nível nacional, regional e internacional para construir um ciberespaço que promova a paz e a segurança, permita o desenvolvimento e garanta os direitos humanos”, disse Montiel.
Odécimo IGF vem em um momento crítico, em meio à recente adoção da nova agenda de desenvolvimento sustentável, que destaca a importância das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e da Internet nas atividades de desenvolvimento. A nova agenda define uma meta ambiciosa para “aumentar significativamente o acesso à tecnologia da informação e comunicação” e no esforço para “fornecer acesso universal e barato à Internet nos países menos desenvolvidos até 2020”.
As TICs e a Internet promovem o desenvolvimento ao permitir o acesso à informação e a recursos educativos, de saúde; bem como melhorando a produção e distribuição de alimentos.
“Há menos de dois meses, os líderes mundiais adotaram a visionária Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nosso desafio agora é implementar este plano para um futuro melhor. Tecnologias de informação e comunicação e a Internet podem capacitar esse empreendimento global”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
De acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), haverá mais de 7 bilhões de assinantes de um serviço de telefone celular até o final de 2015, correspondendo a uma taxa de 97% de penetração, acima dos 738 milhões em 2000. No entanto, embora tenha havido alguns progressos na redução da chamada “lacuna digital” – que separa os “conectados” e os “desconectados” –, quatro bilhões de pessoas no mundo em desenvolvimento permanecem sem acesso à Internet.
Mais sobre o IGF
O IGF fornece uma plataforma de diálogo e intercâmbio de pontos de vista multissetorial, imparcial e independente, e de compartilhamento de conhecimentos e melhores práticas sobre políticas relativas à Internet. É um fórum aberto a todas as pessoas com interesse em questões de governança da Internet.
O Fórum da ONU fornece uma plataforma facilitadora para discussões entre todos os setores envolvidos na governança da Internet, incluindo as entidades credenciadas pela Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), bem como outras instituições e indivíduos com especialidade comprovada e experiência em assuntos relacionados à governança da Internet.
O tema deste ano – “Evolução da Governança da Internet: empoderando o desenvolvimento sustentável” – abordará oito subtemas: Cibersegurança e confiança; Economia da Internet; Inclusão e diversidade; Abertura de acesso; Reforçando a cooperação multissetorial; Internet e os Direitos Humanos; Recursos críticos da Internet; e questões emergentes.
“As tecnologias da informação e da comunicação, que são um promotor poderoso do desenvolvimento sustentável, podem fazer grandes contribuições para a implementação dos objetivos e metas da Agenda 2030”, observou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Wu Hongbo.
Ocorrerão dentro do Fórum dezenas de eventos, incluindo o Fórum de Melhores Práticas do IGF, as “Coligações Dinâmicas” e o encontro “Opções Políticas para Conectar o Próximo Bilhão”, oportunidades únicas para discutir assuntos relacionados ao futuro da Internet.
Todas as informações, incluindo links para a programação e outros dados, em http://nacoesunidas.org/tema/igf2015
Acesse também o site oficial do evento: www.intgovforum.org
Participação remota: a imprensa e outras partes interessadas que não estão presentes em João Pessoa podem participar remotamente. Qualquer um pode acessar os eventos: www.intgovforum.org/cms/remote-participation/igf2015-cast
Fonte: ONU BR
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
A marcha das menstruadas. Protesto contra o imposto do tampão
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Reprodução/Facebook |
por Clara S. Britto
Aqui no Brasil, as mulheres estão protestando contra o fundamentalismo religioso que Eduardo Cunha quer impôr aos direitos civis. Já na Inglaterra, o alvo é David Cameron. Cansadas de reivindicar o fim de um imposto sobre tampões, que a legislação britânica taxa com se fosse item de luxo e não produto de higiene, um grupo de mulheres iniciou um protesto radical: elas foram para a porta do Parlamento, sem tampões, em pleno período menstrual. A tática, visível na foto, foi chamada de "dirty looks". O primeiro-ministro David Cameron diz que até é a favor do fim da taxação mas, para acabar com o imposto, a Inglaterra precisa do OK de todos os países da Comunidade Europeia. Pura enrolação do primeiro-ministro. A Inglaterra não é membro pleno da área do euro, tanto que nem a moeda adota e não costuma submeter sua legislação em muitos setores aos 28 países do bloco. A julgar pelos políticos que não têm útero, como diz o cartaz, as mulheres vão ter que radicalizar. Uma das propostas é convencer a sra. Cameron e as mulheres dos parlamentares a fazer uma greve de sexo até que caia o imposto do tampão. Pode funcionar. A não ser que eles nem sintam falta da brincadeira e a greve fracasse.
Fotomemória: o dia em que o Rio virou resort de inverno por algumas horas...
Enquanto autoridades e especialistas participam da Conferência do Clima, em Paris, na próxima semana, quando discutirão medidas para conter as mudanças climáticas, meteorologistas garantem que o fenômeno El Niño em curso é o mais forte do últimos anos e deve ficar em cartaz até o final do próximo verão.
A foto acima, do jornal Última Hora, foi publicada na Manchete lá pela metade dos anos 50, em uma época em que não se falava em El Nino e a expressão remetia no máximo ao chamado Baby Jesus. Acredite, o flagrante é de mudança climática crítica então sem precedentes no Rio. Em Marechal Hermes, uma tempestade de granizo deixou o bairro, um dos mais quentes da cidade, com jeito de resort suíço. Na antiga estrada Rio-São Paulo, a "neve carioca" chegou a alcançar 30 centímetros de altura. De Olaria a Realengo, o povo curtiu o visual, como nessa foto tirada na Escola da Aeronáutica.
Neste Verão 2015/2016, a previsão é de seca no Nordeste e na Amazônia e muita chuva no Sul. Sabe-se que o verão carioca será de muito calor, talvez até um recorde de sufoco nesse item. Mas, dizem os meteorologistas, ainda há certa imprevisibilidade em relação ao Sudeste quanto ao regime de chuvas. Essa "imprevisibilidade' vai do aguaceiro intenso ao racionamento de água. Granizo ainda não entrou no mapa das previsões.
E com o aquecimento global, talvez o Rio jamais viva um espetáculo como esse de Marechal Hermes.
Luana Piovani X Paparazzi: a luta continua na web...
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Reprodução |
Uma internauta criticou Luana Piovani por se expor na internet - ´"até no banheiro você posta foto... Aí vem falar de pessoas q tiram todos suas na rua, local público" - e foi chamada de "bruacaaa" pela atriz. Já os paparazzi, esses teriam tomado a decisão de não fotografar mais a atriz que, está fora do ar, na Globo, no momento. Luana estará hoje no programa de Xuxa, na Record. Especula-se na web que ela estaria mandando sinais para a Rede Record e poderia participar de uma novela na TV do bispo Macedo.
Celebridades exaltam Ronda Rousey, a musa imbatível do UFC. A campeã é capa da Self
por Omelete
Ronda Rousey, a campeã de UFC que lutou recentemente no Brasil e destruiu a desafiante Bethe Correa em 34 segundos com uma direita no meio da cara, é capa da Self. A lutadora, atleta mais cotada hoje para filmes publicitários nos Estados Unidos, é apontada como a nova "Michael Jordan" do esporte. No vídeo abaixo, várias celebridades dão depoimento sobre a campeã. Um deles, Sylvester Stallone, com quem ela atuou em "Os Mercenários 3". Neste vídeo em homenagem a Rousey, a queda-relâmpago da brasileira é reprisada mais de uma vez.
Ronda Rousey, a campeã de UFC que lutou recentemente no Brasil e destruiu a desafiante Bethe Correa em 34 segundos com uma direita no meio da cara, é capa da Self. A lutadora, atleta mais cotada hoje para filmes publicitários nos Estados Unidos, é apontada como a nova "Michael Jordan" do esporte. No vídeo abaixo, várias celebridades dão depoimento sobre a campeã. Um deles, Sylvester Stallone, com quem ela atuou em "Os Mercenários 3". Neste vídeo em homenagem a Rousey, a queda-relâmpago da brasileira é reprisada mais de uma vez.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI
"Air Cocaine": membros da direita francesa suspeitos de envolvimento com traficantes de drogas
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Gene Hackman no filme French Connection. Divulgação |
Lembra do filme French Connection (Operação França)? Um sucesso dos anos 1970. Na tela, o detetive Popeye, vivido por Gene Hackman, consegue desbaratar em Nova York uma quadrilha internacional de traficantes de droga baseada em Marselha. Na ficção, tudo funciona e o mocinho derrota os vilões. Na vida real, o tráfico, que tanto aqui como lá tenta estender à base de dólares sua influência política, muitas vezes sai ganhando à custa dessas ligações perigosas. Você já ouviu falar em Jean-Marie Le Pen, uma espécie de símbolo da direita francesa. Pois é. Os jornais franceses se ocupam de uma dessas histórias nebulosas do tráfico internacional. O escândalo tem um nome: "Air Cocaine". Repórteres tentam descobrir como dois pilotos franceses, com conexões em Marselha e condenados na República Dominicana por contrabandear cocaína, conseguiram escapar da cadeia com a ajuda de um sujeito chamado Peter Malinowski, que é um importante assessor de Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional (FN), no Parlamento Europeu. O próprio Malinowski confirma a participação na operação de fuga, junho com outro membro da FN e alega que agiu por "solidariedade militar". Após as denúncias, os dois pilotos foram colocados em prisão provisória, já em Marselha. Políticos franceses pedem apuração rigorosa sobre os reais interesses de membros da FN no resgate dos pilotos da Air Cocaine, por enquanto, os únicos presos. O caso remete ao famoso e recente escândalo de um helicóptero com registro em Minas Gerais apreendido no Espírito Santo carregado de cocaína. Só os pilotos foram autuados e o caso, aparentemente, virou pó.
Terroristas da Ku Klux Klan tentam se aproximar de grupos neonazistas para crescer em plena onda conservadora
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Reprodução/Panorama |
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Reprodução/Panorama |
por Flávio Sépia
A semanal italiana Panorama publica uma matéria sobre o renascimento da Ku Klux Klan em meio à onda fascista que assola vários países. Em declínio até cerca de três anos, a organização tenta se aproximar dos neonazistas. A KKK, responsável por milhares de assassinatos desde 1866, quando foi fundada por um grupo de ex-confederados, se identifica agora com os carecas racistas que têm como alvo nos Estados Unidos não apenas os negros mas os estrangeiros em geral, judeus, católicos e.homossexuais, O último "renascimento" da KKK foi nos anos 60/70, em resposta ao movimento de direitos civis e políticos dos negros, à liberdade cantada pela contracultura e pelos hippies, às passeatas contra a Guerra do Vietnã e pelo extermínio de qualquer pessoa ou instituição considerada antiamericana.
Após a eleição de Barack Obama, a KKK se beneficiou da onda conservadora que estimulou grupos radicais em nome da "supremacia branca". Os terroristas da KKK mantém uma característica: o identidade secreta dos seus integrantes. Há poucos dias, esse "dogma" começou a cair: o grupo Anonymous revelou centenas de nomes de membros da KKK, com dados pessoais. Os hackers divulgaram também páginas de redes sociais, sites e emails de afiliados da organização. O Anonymous dispõe de mais mil nomes não divulgados ainda por falta de confirmação se pertencem ou não à KKK. Na lista divulgada há muitos policiais (atualmente e coincidentemente, são recorrentes nos Estados Unidos os assassinatos de negros nas ruas por policiais brancos sob os mais variados pretextos). Na lista em análise, haveria autoridades e personalidades conhecidas da direita americana. A cruz em chamas que voltar a incendiar as liberdades e os direitos civis.
LEIA MAIS NA PANORAMA, CLIQUE AQUI
Greenpeace trola a Volkswagen, a montadora que lançou o modelo 171 automobilístico...
por Clara S. Britto
Metida em um vergonhoso escândalo ambiental, a Volkswagen ganhou do Greenpeace um trolada merecida. Como foi assunto na imprensa mundial, a montadora alemã é acusada de manipular equipamento para encobrir a emissão de gases poluentes. Na verdade, embora o escândalo tenha estourado agora, o o Greenpeace já denuncia a Volkswagen há quatro anos. Na sequência abaixo, o primeiro filme, um docudrama,[é atual;o segundo foi divulgado em 2011.
Veja os filmes do Greenpeace sobre o lado obscuro da Volkswagen.
Metida em um vergonhoso escândalo ambiental, a Volkswagen ganhou do Greenpeace um trolada merecida. Como foi assunto na imprensa mundial, a montadora alemã é acusada de manipular equipamento para encobrir a emissão de gases poluentes. Na verdade, embora o escândalo tenha estourado agora, o o Greenpeace já denuncia a Volkswagen há quatro anos. Na sequência abaixo, o primeiro filme, um docudrama,[é atual;o segundo foi divulgado em 2011.
Veja os filmes do Greenpeace sobre o lado obscuro da Volkswagen.
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Editar + manipular x tucanar. Como a mídia conjuga esses verbos
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Reprodução Facebook |
por Chico Bicudo
LULA E FHC - QUANDO UNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS
Não tenho procuração para defender A ou B e penso que crimes de qualquer natureza ou 'tamanho' devam ser todos investigados, independentemente do cargo ou status do suspeito, respeitados todos os trâmites e procedimentos determinados pelo Estado de Direito. Mas vamos lá, um minutinho de atenção para um modesto e simples exercício de análise de discurso. Observem as duas matérias abaixo, publicadas hoje pelo 'Estadão'. Estão na mesma página. A notícia sobre o ex-presidente Lula recebe destaque, está no alto, embora as doações já fossem conhecidas. O título sugere que foi Lula, pessoa física, quem recebeu o dinheiro, e não o Instituto Lula, o que faz muita diferença. A empresa é nomeada - Odebrecht. E quem faz a afirmação tem nome também, é a Polícia Federal, estratégia discursiva que pretende garantir legitimidade à afirmação. Argumento de autoridade. Passemos agora à segunda notícia, que vem abaixo, com menos destaque, embora essa fosse, jornalisticamente, a novidade - pela primeira vez, foram identificados repasses para o Instituto FHC. Notem também que, enquanto lá 'Lula recebeu...', aqui a 'empreiteira doou...'. Faz toda a diferença. Ações atribuídas a sujeitos diferentes. Além disso, a empreiteira não tem nome, é genericamente chamada de 'empresa'. O destinatário da grana é o Instituto FHC, não o ex-presidente FHC. E quem chancela a denúncia é um 'laudo', e não mais a PF. Generalidades, de novo. Pergunto - esse tratamento narrativo absurdamente diferenciado e seletivo é casual? Mera coincidência?
por Tico Santa Cruz
Ambos recebem MAS...
Tudo é uma questão de como se é dada a notícia…
E vai ter gente vindo aqui dizendo que eu defendo o Governo e não uma maneira mais honesta de conduzir os fatos….
3…2…1… Valendo
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Reprodução Facebook |
domingo, 8 de novembro de 2015
Aécio Airlines: "agilidade, conforto e conveniência"...
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Reprodução Folha de São Paulo |
O slogan da Delta nos anos 1930 era "Agilidade, Conforto e Conveniência". Eram os primórdios da aviação civil, mas a frase bem poderia promover uma "companhia aérea" bem mais moderna que o Brasil nem sabia que tinha: a Aécio Airlines. A Folha de São Paulo revela hoje que, entre 2003 e 2010, essa "companhia" cruzou os céus do Brasil com ilustres passageiros. Funcionava apenas para uma classe privilegiada. Brasileiros comuns, sem cargo ou status de celebridades, não podiam fazer check in no balcão da Aécio Airlines. Segundo a Folha, os aviões da frota oficial do governo tucano de Minas Gerais foram cedidos "para deslocamento de políticos, celebridades, empresários a pedido do então governador Aécio Neves". Ainda segundo a Folha, que obteve registro oficiais com base na Lei da Transparência, em 198 desses vôos o governador anfitrião aéreo nem estava a bordo. Entre as figuras que voaram nas naves mineiras custeadas pelo contribuinte estiveram Luciano Huck, Roberto Civita, Boni, Sandy e Junior, José Wilker, Milton Gonçalves, Ricardo Teixeira. Aécio tem, aparentemente, afinidades com o transporte aéreo. Não faz muito tempo, foi revelado que a governo mineiro sob a gestão tucana construiu um aeroporto em terras que pertenciam a membros da família de Aécio Neves. Na época, em matéria publicada em 2014, a Folha afirmou que a chave do terminal construído em 2010 ficava sob a posse de um tio do então governador e que para pousar lá era preciso pedir autorização à família.
Um informante de Omelete diz que a caixa-preta de uma das aeronaves que pousaram em Cláudio, cidade onde fica o citado aeródromo, registrou um diálogo revelador entre um piloto minerim e os "aeroviários" locais. Veja a transcrição:
- "Óiqui, tô aqui pelejando pra apousar, tenho sua licença?
- "Aécim torizou?
- Ói ó, sim, larga deu sô, ele tava em Berlândia e mandô eu descer nesse trem aí, uái!.
- Minutim, o trem tá aberto, kédi ocê?
- Tôqui. Ma qui beleeez. e vô querer combustive quinda vô pra Gizdefora.
sábado, 7 de novembro de 2015
Robert Capa: exposição na França mostra o fotojornalismo colorido do mestre do preto e branco
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Piloto americano à frente de um bombardeiro B-17, na Tunísia. Foto Roberto Capa |
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Queda de bombardeiro na França. Foto de Robert Capa |
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Mulher na praia, França, 1951. Foto Robert Capa |
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Indochina, 1954. Foi durante a cobertura dessa guerra que Capa morreu ao pisar em uma mina terrestre. Foto Robert Capa |
Do seu acervo colorido, foram selecionadas 150 impressões, algumas delas publicadas nas revista, Life, Life and Collier e no jornal Evening Post.Capa, um dos fundadores da agência Magnum, começou a usar a cor ainda em 1938, quando raros fotojornalistas a adotavam. Ele passou a carregar câmeras extras com filmes Kodachrome 35mm ou 4x5 e Ektachrome com a qual fez algumas fotos coloridas durante a Guerra Civil da Espanha e da Guerra China-Japão. Ocasionalmente, ele usou cor na Segunda Guerra, como ao cobrir ações de batalhões franceses e americanos na Tunísia, embora suas fotos mais famosas do conflito mundial sejam as do desembarque na Normandia e as da libertação de Paris. Para mais informações, clique AQUI
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Luana Piovani compara paparazzi a ladrões. Fotógrafos ficam indignados e vão à Justiça contra a atriz
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VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI |
Embates entre fotógrafos e figuras públicas são comuns aqui, em Roma, em Beverly Hills, em Londres, Mônaco, Ibiza ou Nova York. De um modo geral, segundo a jurisprudência, o registro de flagrantes de personagens públicos em logradouros públicos ou em espaços abertos ao público (ruas, praias, aeroportos, praças, shoppings) não é crime. Em espaços privados, sim, o direito de imagem é absoluto. Estratégias como usar escadas para observar sobre o muro piscinas de celebridades, invadir residências ou festas privadas, usar drones para fotografar famosos de topless no jardim de casa etc, são situações normalmente condenadas. Relativamente comum na Europa, essa prática invasiva não é adotada pelos paparazzi brasileiros. Jornais e revistas não publicam: pelas nossas leis, a condenação seria certa. Já houve casos de veículos processados por "invadir" festas privadas. Agora na rua, um abraço, o foco é livre. E isso vale não apenas para artistas. Você deve ter visto durante as prisões da Lava Jato suspeitos saindo de casa levados pela PF. Acha que o caguete em questão posou para as câmeras? Assinou uma "autorização" cedendo a imagem? Obviamente, não. Os fotógrafos agiram nessas situações como qualquer paparazzo. É da função jornalística e a mesma se aplica aos artistas. Se há interesse dos leitores em vê-los nas ruas (e há, o segmento de revistas, coluna e sites especializados em celebridades é bem sucedido no Brasil e no mundo), cabe aos fotojornalistas mostrá-los. É inerente à profissão e à liberdade de expressão. Quase sempre, os paparazzi fotografam Luana Piovani e várias outras assim chamadas celebridades caminhando na orla ou nas calçadas do Leblon. Fotos, digamos, triviais, que não constituem ofensa moral, ética ou algo assim. Não a fotografam em ambiente privado. Essas imagens mais íntimas, uma espécie de "selfie paparazzo", pequenos flagrantes, ela mesma costuma divulgar nas suas páginas das redes sociais com acesso aberto que, por serem publicamente expostas, são livremente replicados em jornais, revistas, sites e programas de TV.
Voltando à coluna do jornal O Dia, Leo Dias divulga um vídeo gravado pelo paparazzo Gabriel Reis, onde ele manda um recado: "Faz o seguinte: manda a polícia vir me prender aqui na rua".
Indignação à parte, o desafio lançado pelo fotógrafo faz sentido. Como dizem os Titãs, "polícia pra quem precisa de polícia". Não é o caso dos paparazzi. A rua é pública e o fotógrafo tem o direito de ir, vir e fotografar as figuras públicas de interesse jornalístico. Sejam artistas, atletas, políticos, modelos, cantores, juízes, empresários etc. Apenas uma consequência da fama que tantos lutam incansavelmente para conquistar.
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VEJA A REAÇÃO DE UM PAPARAZZO, O FOTÓGRAFO GABRIEL REIS, CLIQUE AQUI |
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Alvaro Costa e Silva, o Marechal, ex-repórter da EleEla e da Manchete, lança o livro "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro"
Alvaro Costa e Silva, o Marechal, jornalista que atualmente escreve na Folha de São Paulo, é um profundo conhecedor de um certo estado de espírito, um jeito de viver, de um ser popularmente conhecido como carioca. Daí, Marechal, que trabalhou na EleEla e Manchete, lança neste sábado, dia 7, às 13h, na Livraria Folha Seca, "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro" (Editora Casarão do Verbo). O livro mostra em verbetes os personagens, o comportamento e as curiosidades do Rio. Uma excelente pedida. Você vai descobrir se o meio ambiente formou o carioca, se o carioca moldou o seu meio ambiente ou se o Rio e o seu ilustre morador são nascidos e criados juntos.
Não por acaso leia, abaixo, um verbete bem típico do Rio: B de balcão...
B de balcão
Hemingway escrevia de pé e nu. Guillermo Cabrera Infante, apenas nu. O carioca muitas vezes come de pé, embora vestido. Em especial na hora do almoço e na correria e no formigueiro do Centro da cidade. E não come, necessariamente, mal. Em certos botecos, a arte de roçar cotovelos no balcão, enquanto se mastiga um sanduíche de pernil com molho de cebola — sem sujar a camisa — é um prazer.
O melhor pernil está no Opus, pequeno bar na sassaricante Rua Gonçalves Dias, depois da Colombo e à esquerda de quem vai ao Mercado das Flores. Um bar estreito e comprido, com tamboretes que, ao freguês tomar assento, deixa a metade da bunda de fora. Daí a preferência pela parte da frente, quase se misturando ao movimento da rua. Cuidado: no teto, abacaxis e laranjas pendurados.
Peça o sanduíche de pernil “molhado” no pão canoa. O segredo, dizem, é o molho, cuja receita é segredo. É, sem favor, um dos melhores do Rio. Há as opções com queijo ou abacaxi. A iguaria será preparada — modo de dizer, cortado o pão, fatiada a carne — a sua frente. Essa é uma das vantagens do balcão, total transparência. Para beber, sucos de frutas; o chope, claro ou escuro, é honesto. Evite o xixi por ali: o banheiro fica no sótão, ao qual se chega por uma escada mui íngreme, mais adequada a um submarino.
O cachorro-quente de linguiça no pão francês com molho — uns 600 são vendidos por dia — é a especialidade do Café Gaúcho, desde 1935 na Rua São José, com vista para o Buraco do Lume (que a prefeitura insiste em chamar de Praça Mário Lago). De bobeira no Rio de Janeiro, o escritor Reinaldo Moraes (que é o mais paulista dos seres humanos) gostou tanto do sanduíche e das imediações, que resolveu conhecer todos os buracos da cidade. “Com lume ou sem lume”, decretou ele.
Outra pedida no Café Gaúcho é o bolinho de carne (que fica melhor com pimenta) servido pelo mais popular atendente da casa, o Sorriso. É um dos poucos locais no Centro que ainda mantém a tradição do cafezinho na xícara de louça e pires de alumínio. Tudo no balcão, naturalmente.
O cartunista Jaguar, um campeão dos balcões cariocas, dono de calos no cotovelo de tanto debruçar-se em legítimos mármores dos mais memoráveis botequins, ensina as vantagens do exercício de beber e comer em pé: você é servido mais depressa, fica mais fácil driblar os chatos, pode-se escolher o tira-gosto de melhor aparência, filar uma lasquinha da porção de presunto de perna e fiscalizar, num espichão de pescoço, se o cara está tirando direito o chope. E, não por último, conservar a silhueta sem barriga.
(O texto em destaque está no livro "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro")
Não por acaso leia, abaixo, um verbete bem típico do Rio: B de balcão...
B de balcão
Hemingway escrevia de pé e nu. Guillermo Cabrera Infante, apenas nu. O carioca muitas vezes come de pé, embora vestido. Em especial na hora do almoço e na correria e no formigueiro do Centro da cidade. E não come, necessariamente, mal. Em certos botecos, a arte de roçar cotovelos no balcão, enquanto se mastiga um sanduíche de pernil com molho de cebola — sem sujar a camisa — é um prazer.
O melhor pernil está no Opus, pequeno bar na sassaricante Rua Gonçalves Dias, depois da Colombo e à esquerda de quem vai ao Mercado das Flores. Um bar estreito e comprido, com tamboretes que, ao freguês tomar assento, deixa a metade da bunda de fora. Daí a preferência pela parte da frente, quase se misturando ao movimento da rua. Cuidado: no teto, abacaxis e laranjas pendurados.
Peça o sanduíche de pernil “molhado” no pão canoa. O segredo, dizem, é o molho, cuja receita é segredo. É, sem favor, um dos melhores do Rio. Há as opções com queijo ou abacaxi. A iguaria será preparada — modo de dizer, cortado o pão, fatiada a carne — a sua frente. Essa é uma das vantagens do balcão, total transparência. Para beber, sucos de frutas; o chope, claro ou escuro, é honesto. Evite o xixi por ali: o banheiro fica no sótão, ao qual se chega por uma escada mui íngreme, mais adequada a um submarino.
O cachorro-quente de linguiça no pão francês com molho — uns 600 são vendidos por dia — é a especialidade do Café Gaúcho, desde 1935 na Rua São José, com vista para o Buraco do Lume (que a prefeitura insiste em chamar de Praça Mário Lago). De bobeira no Rio de Janeiro, o escritor Reinaldo Moraes (que é o mais paulista dos seres humanos) gostou tanto do sanduíche e das imediações, que resolveu conhecer todos os buracos da cidade. “Com lume ou sem lume”, decretou ele.
Outra pedida no Café Gaúcho é o bolinho de carne (que fica melhor com pimenta) servido pelo mais popular atendente da casa, o Sorriso. É um dos poucos locais no Centro que ainda mantém a tradição do cafezinho na xícara de louça e pires de alumínio. Tudo no balcão, naturalmente.
O cartunista Jaguar, um campeão dos balcões cariocas, dono de calos no cotovelo de tanto debruçar-se em legítimos mármores dos mais memoráveis botequins, ensina as vantagens do exercício de beber e comer em pé: você é servido mais depressa, fica mais fácil driblar os chatos, pode-se escolher o tira-gosto de melhor aparência, filar uma lasquinha da porção de presunto de perna e fiscalizar, num espichão de pescoço, se o cara está tirando direito o chope. E, não por último, conservar a silhueta sem barriga.
(O texto em destaque está no livro "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro")
Crimes contra jornalistas: um zoom na impunidade...
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Reprodução sitoe ONUBr |
(do site ONUBr - Nações Unidas no Brasil)
Marcando o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas – lembrado anualmente no em 2 de novembro –, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lembrou os jornalistas e trabalhadores da mídia que foram mortos no cumprimento do dever por simplesmente “relatarem a verdade”. Em uma mensagem especial para a data, ele enfatizou a importância de proteger os seus direitos e garantir que eles possam dar informações à sociedade livremente.
“Mais de 700 jornalistas foram mortos na última década – um a cada cinco dias – simplesmente por trazer notícias e informação ao público. Muitos perecem nos conflitos que cobrem tão destemidamente. Muitos têm sido deliberadamente silenciados por tentar relatar a verdade”, disse Ban na mensagem para o Dia, que é marcado pela segunda vez.
Observando que apenas 7% dos casos que envolvem crimes contra jornalistas são solucionados e menos de um crime a cada 10 é plenamente investigado, o chefe da ONU ressaltou que essa impunidade aprofunda o medo entre os jornalistas e permite que os governos promovam a censura.
“Devemos fazer mais para combater esta tendência e se certificar de que os jornalistas possam informar livremente. Os jornalistas não deveriam se autocensurar por temerem por suas vidas”, disse o chefe da ONU.
Ban Ki-moon pediu uma ação coletiva para acabar com o ciclo de impunidade e proteger o direito dos jornalistas de “falar a verdade ao poder”.
A diretora-geral da UNESCO também marcou a data. Irina Bokova, que chefia a agência da ONU responsável pelo tema da liberdade de expressão, lembrou que tem condenado pública e inequivocamente os mais de 540 casos de assassinatos de jornalistas, profissionais de mídia e produtores de redes sociais que produzem quantidades significativas de matérias jornalísticas.
“A impunidade quase completa dos autores de crimes contra jornalistas vai contra tudo o que defendemos, os nossos valores comuns, os nossos objetivos comuns”, acrescentou.
Bokova disse que, toda vez que se permite que o autor de um crime escape da punição, encorajam-se outros criminosos e cria-se um ciclo vicioso de violência. “Isso deve acabar”, disse.
Com o aumento de ataques a jornalistas, a UNESCO liderou o Plano de Ação da ONU sobre a Segurança dos Jornalistas e a Questão da Impunidade, para acabar com a impunidade por meio da promoção de ações coordenadas entre as agências das Nações Unidas, trabalhando em todo o mundo com governos, sociedade civil, universidades e a própria mídia. No Brasil, a UNESCO trabalho com o apoio do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) no tema.
“Este trabalho está dando resultados. Há um crescente reconhecimento internacional acerca da importância de se melhorar a segurança dos jornalistas e acabar com a impunidade”, afirmou Bokova.
Ela lembrou que a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos e o Conselho de Segurança aprovaram resoluções de referência que tratam especificamente desses obstáculos – assim como fez o Conselho da Europa, em âmbito regional. “Mais e mais Estados estão estabelecendo novas leis e mecanismos para combater a impunidade e melhorar a segurança dos jornalistas. Sistemas judiciários e forças de segurança têm aumentado seu envolvimento nessas questões”, comemorou.
No entanto, a chefe da UNESCO destacou que o desafio continua grande. “Neste momento de grandes mudanças, quando todas as sociedades estão em processo de transformação, devemos redobrar os esforços para acabar com a impunidade pelos ataques a jornalistas, a fim de fazer avançar o direito ‘de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras’, consagrado no Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, acrescentou.
“Isso é vital para se alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16.10, que apela a todos nós para garantir o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os acordos internacionais.”
O Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas para destacar a necessidade urgente de proteger os jornalistas. Celebrado todo dia 2 de novembro, a data também marca o assassinato de dois jornalistas franceses no Mali, neste mesmo dia de 2013.
Fonte: ONUBr
Confira o site especial sobre o tema, produzido pela UNESCO e pelo UNIC Rio, em http://nacoesunidas.org/segurancadejornalistas
Fotógrafos do Rio e de Lisboa traduzem em imagens a relação das duas cidades com a água. Um dos fotógrafos-autores do livro "Rio Mar Lisboa Rio" é Frederico Mendes, ex-integrante da equipe da revista Manchete
Como parte do Ano Oficial de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, o livro "Rio Mar Lisboa Rio" reúne fotos de doze profissionais, seis de cada país, que buscaram captar a relação de cariocas e lisboetas com a água, uma característica que banha as duas cidades. O mar, no Rio, e o rio Tejo, em Lisboa, são o traço poético que une os habitantes das duas belas cidades, expresso nas fotos dos brasileiros Bruno Veiga, Claudia Jaguaribe, Frederico Mendes (fotógrafo que atuou na Manchete), Kitty Paranaguá, Leonardo Ramadinha e Rogério Reis; e dos portugueses Ana Brígida, Clara Azevedo, Luisa Ferreira, Rodrigo Cabrita, Tomaz Curvo e Valter Vinagre. O lançamento está marcado para terça-feira, 10 de novembro, às 18h, no Palácio São Clemente (Consulado de Portugal).
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Credibilidade a perigo. Só duas instituições brasileiras - as Forças Armadas e a Igreja Católica - escapam da desconfiança geral
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi a campo para saber em quais instituições os brasileiros acreditam. A pesquisa foi realizada em oito estados e no Distrito Federal e ouviu 3 mil e 300 pessoas. O detalhe é que o estudo avalia a confiança da população em determinadas instituições com base no Índice de Percepção do Cumprimento das Leis. Ou seja: quis saber se são confiáveis e também se respeitam as leis. A maioria não se sai bem. Apenas as Forças Armadas e a Igreja Católica merecem a confiança de mais da metade dos entrevistados. As FA com 67% e os católicos com 58%.
O resto é alvo da desconfiança de mais da metade dos cidadãos. Cerca de 53% da população não acredita em jornais e revistas; 66% tem um pé atrás com TV; 60% não acreditam nas grandes empresas; 95% atravessam a calçada quando vêm um partido político; 57% desconfiam do Ministério Público e 83% não confiam no Governo Federal.
Esses últimos são os percentuais negativos. Agora veja, abaixo, o ranking de confiança:
Forças Armadas 67%
Igreja Católica 58%
Mídia Impressa 47%
Ministério Público 43%
Grandes Empresas 40%
Emissoras de TV 34%
Polícia 33%
Poder Judiciário 31%
Governo Federal 17%
Congresso Nacional 15%
Partidos Políticos 5%
O resto é alvo da desconfiança de mais da metade dos cidadãos. Cerca de 53% da população não acredita em jornais e revistas; 66% tem um pé atrás com TV; 60% não acreditam nas grandes empresas; 95% atravessam a calçada quando vêm um partido político; 57% desconfiam do Ministério Público e 83% não confiam no Governo Federal.
Esses últimos são os percentuais negativos. Agora veja, abaixo, o ranking de confiança:
Forças Armadas 67%
Igreja Católica 58%
Mídia Impressa 47%
Ministério Público 43%
Grandes Empresas 40%
Emissoras de TV 34%
Polícia 33%
Poder Judiciário 31%
Governo Federal 17%
Congresso Nacional 15%
Partidos Políticos 5%
Taís Araújo depõe na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática sobre agressões racistas que sofreu na internet. Polícia parte agora para localizar os marginais
Taís Araújo dá um bom exemplo de cidadã ao levar adiante a denúncia sobre as ofensas racistas que sofreu na sua página na internet. A atriz foi à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio, hoje, prestar depoimento. Em nota à imprensa, Taís ressalta que pede a abertura de processo por esperar que autores de injúria racial possam ser punidos. Agora, com a denúncia formalizada, vai começar a investigação. Alguns dos marginais racistas apagaram suas páginas, embora isso não impeça a polícia de localizá-los e identificá-los. Os crimes de racismo ou de injúria racial dependem de representação. Ou seja, se a vítima não fizer um B.O, os criminosos não serão punidos. Vale acompanhar o caso porque a impunidade é grande nesse tipo de crime. Mas Taís Araújo fez a sua parte, ao contrário de várias vítimas recentes de agressões semelhantes cuja indignação não ultrapassou a mídia e não se configurou em queixa-crime.
terça-feira, 3 de novembro de 2015
#mandanudes abala o Vaticano
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Francesca no Vaticano. Reprodução |
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Reprodução Facebook |
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Reprodução |
Vergonha na cara? Duvida-se...
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Fotos: Reproduções Greenpeace España |
VEJA O VÍDEO DOS BASTIDORES DA CAMPANHA. CLIQUE AQUI
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