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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Fotografia: a tragédia social do trabalho escravo é tema de exposição

Exposição "Sobre o peso das correntes em teus ombros"., com fotos de Sérgio Carvalho. Divulgação

Jornal A Tarde/Reprodução

Hoje, 28 de janeiro, é o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo e o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho. Não por acaso, as datas se completam. O Shopping da Bahia exibe desde a última sexta-feira a exposição "Sobre o peso das correntes em teus ombros".

O jornal A Tarde dedica uma página ao assunto.

A mostra já percorreu várias capitais brasileiras. Integrante das equipes que realizam ações contra a exploração de mão de obra em condições degradantes, o auditor fiscal Sérgio Carvalho, que é fotógrafo, registrou cenas impressionantes ao longo do seu trabalho.

Embora reconheça desde 1995, junto à ONU, a existência dessa modalidade vil de "emprego", o Brasil ainda não conseguiu eliminar o trabalho escravo. Empresários exploradores não deixam. Ao longo de vários governos, a fiscalização sofreu pressão política para "aliviar" a vigilância. No governo ilegítimo de Michel Temer, o quadro se agravou. O presidente investigado por corrupção emitiu portaria suspeita em que são reduzidas as situações que caracterizam o crime. As bancadas ruralistas, da construção civil, setores de confecções, entre outros, aplaudiram a medida desumana.

Além disso, segundo os auditores denunciaram na mídia, o presidente investigado por corrupção cortou em cerca de 70% a verba destinada ao combate ao trabalho escravo que explora, inclusive, crianças.

A exposição é oportuna no momento em que as mesmas forças atendidas por Temer prevalecem no atual governo que, publicamente, já debochou do trabalho escravo, a cujo combate atribui "viés ideológico", trata o assunto como piada e como instrumento que prejudica os empresários e investidores.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos - A Exposição Impossível - 2

Foto Gervásio Baptista

Foto Gervásio Baptsta.
Na foto do alto, em 1954, Tancredo, ao lado de D. Darcy e Alzira Vargas, discursa durante o enterro de Getúlio Vargas em São Borja (RS). Três décadas depois, em 1985, Gervásio - na época, licenciado da Manchete para servir ao presidente eleito -  voltou a fotografar Tancredo em circunstâncias dramáticas:  gravemente enfermo, o político mineiro posou em Brasília ao lado da equipe médica, poucos dias antes de morrer.

Foto Moacir Gomes. Manchete reuniu um quinteto literário de peso: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Mário Quintana e Paulo Mendes Campos. Essa foto foi feita por Moacir Gomes na famosa cobertura de Rubem Braga, em Ipanema. É uma imagem bastante conhecida e muito utilizada em livros e documentários. 
Em setembro de 1969, dois meses depois de voltar da Lua, o astronauta Neil Armstrong veio ao Rio
e fez uma visita especial à Manchete, onde almoçou e conheceu o novo prédio da Rua do Russell. Lá, recebeu jornalistas brasileiros para uma coletiva. Hebe Camargo foi uma das entrevistadoras.

A foto de Tadeu Lubambo, do começo dos anos 1990, mostra a modernidade e
o amor adolescente em uma aldeia dos Waimiri-Atroari, na Amazônia. 



A célebre "pirâmide" do Tricampeonato, com Tostão, Pelé e Jairzinho,
A foto de Orlando Abrunhosa, eleita pela Fifa como a melhor
imagem da Copa de 1970, foi capa da Fatos & Fotos e da Paris Match.

Na mesma Copa, Orlando Abrunhosa fez essa foto de Tostão após o seu gol contra o Peru
arrancando para a comemoração.

Pelé em ação, apesar de dar a impressão de que está sentado na bola, disputa aquele que foi considerado o
jogo mais difícil do Brasil na Copa de 1970, contra a Inglaterra. Orlando Abrunhosa fotografou.

No Baile do Copacabana Palace, em 1955, Manchete fotografou o melhor da festa: Jayne Mansfield no momento em que a alça do vestido não resistiu ao peso. Para o fotógrafo não identificado na matéria foi difícil explicar na redação porque fez a foto só três milésimos de segundo após a atriz recolher os seus 102 cm de busto.


Vinte e um anos depois da Mansfield, foi a vez de Rachel Welch no Baile do Copa. O vestido resistiu.
Mais um belo ângulo do Carnaval. Com a Av. Presidente Vargas interrompida para as obras do metrô, as escolas de samba desfilaram na Av. Antonio Carlos, no Centro do Rio em 1974  e 1975. Nunca mais o desfile teve uma moldura tão luxuosa quanto essa do Pão de Açúcar. Um carnaval verdadeiramente carioca desde o enquadramento escolhido pelo fotógrafo da Manchete. Infelizmente, anônimo: o crédito foi  dado à "equipe".  

Neste segundo post da série, mais algumas fotos de várias épocas do acervo desaparecido da Manchete. A maioria das imagens foi reproduzida de revistas nem sempre em condições ideais. O objetivo é apenas registrar aqui, 65 anos depois do primeiro número da Manchete chegar às bancas, parte do trabalho de várias gerações de fotojornalistas que passaram pela Bloch.