segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"Air Cocaine": membros da direita francesa suspeitos de envolvimento com traficantes de drogas

Gene Hackman no filme French Connection. Divulgação
por Flávio Sépia
Lembra do filme French Connection (Operação França)? Um sucesso dos anos 1970. Na tela, o detetive Popeye, vivido por Gene Hackman, consegue desbaratar em Nova York uma quadrilha internacional de traficantes de droga baseada em Marselha. Na ficção, tudo funciona e o mocinho derrota os vilões. Na vida real, o tráfico, que tanto aqui como lá tenta estender à base de dólares sua influência política, muitas vezes sai ganhando à custa dessas ligações perigosas. Você já ouviu falar em Jean-Marie Le Pen, uma espécie de símbolo da direita francesa. Pois é. Os jornais franceses se ocupam de uma dessas histórias nebulosas do tráfico internacional. O escândalo tem um nome: "Air Cocaine". Repórteres tentam descobrir como dois pilotos franceses, com conexões em Marselha e condenados na República Dominicana por contrabandear cocaína, conseguiram escapar da cadeia com a ajuda de um sujeito chamado Peter Malinowski, que é um importante assessor de Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional (FN), no Parlamento Europeu. O próprio Malinowski confirma a participação na operação de fuga, junho com outro membro da FN e alega que agiu por "solidariedade militar". Após as denúncias, os dois pilotos foram colocados em prisão provisória, já em Marselha. Políticos franceses pedem apuração rigorosa sobre os reais interesses de membros da FN no resgate dos pilotos da Air Cocaine, por enquanto, os únicos presos. O caso remete ao famoso e recente escândalo de um helicóptero com registro em Minas Gerais apreendido no Espírito Santo carregado de cocaína. Só os pilotos foram autuados e o caso, aparentemente, virou pó.

Um comentário:

Corrêa disse...

Jornalista independentes confirmam em matéria publicadas em jornais europeus que O Afeganistão tem sua economia hoje baseada na venda de drogas, produz quase cem por cento do ópio do mundo. As grandes potência e a Otan prefere fingir que não estao vendo.