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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Cante com os meteorologistas: "esse El Niño tá diferente, já não se conhece mais"...

Registros da intensidade do El Niño, com 2015 brigando pelo título. 
El Niño entrou em 2016 chutando a porta. Segundo o site Mashable, ganhou novos apelidos: Darth Niño e Godzila El Niño. País continental, como o Brasil, o fenômeno climático assola os Estados Unidos em variadas modalidades, dependendo da região: seca, inundações, onda de calor em pleno inverno, nevasca... Aqui, inundação no Sul, calor infernal no Sudeste, seca no Nordeste... Segundo os meteorologistas, estão acontecendo anomalias até mesmo dentro do padrão que se pode esperar do El Niño. Algumas zonas do oceano Pacífico deveriam estar mais quentes em função da intensidade do fenômeno, outras registram temperaturas maiores do que o previsto, a direção dos ventos não é a esperada. Resumindo, este El Niño, um dos mais fortes de todos os tempos, está "estranho", como define um perito. A avaliação é de que o contexto do aquecimento global está enlouquecendo o "menino". Em novembro, a temperatura global da superfície do mar foi a maior já registrada nesse mês. Entre janeiro e novembro de 2015, foi a mais quente da história. Em parte, culpa do El Niño, em parte, por causa do aquecimento global.
O que tudo isso quer significa, segundo os meteorologistas? Que devemos esperar o inesperado. Que ninguém tem um ideia precisa do que o El Ninõ vai trazer ainda nesse começo de ano.
As gerações passadas abusaram do planeta e entregam aos presentes esse caos climático; e as gerações atuais estão preparando cuidadosamente um desastre ainda maior para os próximos habitantes da Terra. Aquela que Yuri Gagárin viu lá de cima que era azul. Era.
Nem a Maju, do Jornal Nacional, vai conseguir aliviar esse verão.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Fotomemória: o dia em que o Rio virou resort de inverno por algumas horas...


Enquanto autoridades e especialistas participam da Conferência do Clima, em Paris, na próxima semana, quando discutirão medidas para conter as mudanças climáticas, meteorologistas garantem que o fenômeno El Niño em curso é o mais forte do últimos anos e deve ficar em cartaz até o final do próximo verão.
A foto acima, do jornal Última Hora, foi publicada na Manchete lá pela metade dos anos 50, em uma época em que não se falava em El Nino e a expressão remetia no máximo ao chamado Baby Jesus. Acredite, o flagrante é de mudança climática crítica então sem precedentes no Rio. Em Marechal Hermes, uma tempestade de granizo deixou o bairro, um dos mais quentes da cidade, com jeito de resort suíço. Na antiga estrada Rio-São Paulo, a "neve carioca" chegou a alcançar 30 centímetros de altura. De Olaria a Realengo, o povo curtiu o visual, como nessa foto tirada na Escola da Aeronáutica.
Neste Verão 2015/2016, a previsão é de seca no Nordeste e na Amazônia e muita chuva no Sul. Sabe-se que o verão carioca será de muito calor, talvez até um recorde de sufoco nesse item. Mas, dizem os meteorologistas, ainda há certa imprevisibilidade em relação ao Sudeste quanto ao regime de chuvas. Essa "imprevisibilidade' vai do aguaceiro intenso ao racionamento de água. Granizo ainda não entrou no mapa das previsões.
E com o aquecimento global, talvez o Rio jamais viva um espetáculo como esse de Marechal Hermes.